A situação do RS

 Vocês sabem que o governo lulopetista voltou ao território gaúcho neste domingo, 72 horas depois da desastrada visita feita a Santa Maria por Lula da Silva.

Desta vez o líder inconteste das esquerdas brasileiras veio acompanhado de 10 ministros, do presidente da Câmara e do presidente do Senado.

Desta vez ele não fez piadinha infame sobre futebol e nem falou apenas abobrinhas, mas novamente não entregou nada.

O prefeito Sebastião Melo, Porto Alegre, fez a melhor cobrança da reunião que o governo federal manteve com autoridades estadual e municipal, ao cobrar de modo incisivo:

- Não adianta falar. Esta é a maior tragédia ambiental da história do Brasil. Queremos ação imediata.

Lula e seus ministros voltaram a fazer promessas de ajuda infinita.

O fato é que o povo gaúcho supera de muito a mobilização dos governos, que atuam como se tivessem perdido o eixo, inclusive e principalmente os militares. É o povo quem sai em massa às ruas para resgatar alagados, refugiá-los nos abrigos, fornecer-lhes roupas, remédios, comida, assistência médica, psicológica, além de estender-lhes a mão amiga. Governos estaduais como SC, PR, SP e Minas, mandaram socorro. De Santa Catarina, ajuda de pessoas comuns e empresários vieram a tempo. 

O Estado rendeu-se perante a Nação gaúcha. 

Milhares de gaúchos estão nas ruas para socorrer, correndo todos os riscos, gastando o que têm e o que não têm, mostrando aquela coragem que a história brasileira registra quando se referem os habitantes desta parte do Brasil.

As chuvas cessaram neste domingo, depois de 10 dias de dilúvio. 

No balanço entregue por Eduardo Leite para Lula, ontem, os números são assustadores, caracterizando uma situação que eu chamo de Tragédia das Águas: 334 dos 497 municípios severamente atingidos, 75 mortos e 110 desaparecidos até este momento, quase 1 milhão dos 10,5 milhões de gaúchos atingidos diretamente. 

A Capital está praticamente sem água, porque 4 das 6 estações de tratamento colapsaram. Caminhões pipa, como no Nordeste, abastecem quem tem pelo menos R$ 10 mil para pagar, já há desabastecimento pontual de combustíveis e perecíveis, saques ocorrem em residências alagadas. E Porto Alegre, invadida pelo Guaíba, que alcançou níveis inimagináveis, maiores do que os da histórica enchente de 1941, faz das tripas coração.

Já há quem queira discutir o tamanho dos prejuízos e o início da reconstrução.

Um Plano Marshall para o RS ou uma mistura de Marshall com New Deal ?

Eu fiz um cálculo com base no que a média dos municípios sofreu de prejuízos com a tragédia das águas de setembro, no caso R$ 150milhões por cada um, e encontrei algo semelhante a R$ 350 bilhões, desta vez. Seria algo como a arrecadação de 8 anos do governo do RS. 

É cedo para fazer as contas, porque será preciso mapear o tamanho da destruição, muito mais grave na chamada infraestrutura material do Estado, mas a gauchada vai meter a mão na massa para valer e recuperará o que perdeu para avançar civilizatoriamente e melhor depois da união que consegue diante desta tragédia sem paralelo na história. 


CNseg recomenda medidas de apoio a segurados e corretores do RS

Acionada pelo Sincor-RS, que registrou diversas manifestações de Corretores de Seguros do estado, a Fenacor solicitou à CNseg - Confederação Nacional das Seguradoras a adoção de medidas de apoio, amparo e proteção aos segurados atingidos pelas fortes chuvas que atingem o Rio Grande do Sul. A CNseg, demonstrando bastante sensibilidade, acatou prontamente a solicitação da Fenacor e divulgou, neste sábado (04), uma recomendação para que as suas associadas que atuam no Rio Grande do Sul, façam a prorrogação dos contratos de seguros de todos os segmentos cujos vencimentos ocorrem entre primeiro e 10 de maio. “Essa é uma medida muito importante, que vai ajudar sensivelmente milhares de segurados e centenas de Corretores de Seguros”, afirma o presidente da Fenacor, Armando Vergilio.

De acordo com a CNseg, a recomendação visa atender os moradores que foram drasticamente atingidos pelas fortes chuvas que impactaram as cidades do Rio Grande do Sul nos últimos dias.  “A extensão de prazo também se aplica aos boletos emitidos pelas Seguradoras com vencimento neste período, sem prejuízo no atendimento da cobertura dos contratos”, informa o texto da nota, assinada pelos presidentes Executivo e do Conselho Diretor da CNseg, Dyogo Oliveira e Roberto Santos, respectivamente

Nota CNseg ao mercado segurador gaúcho


A Confederação Nacional das Seguradoras recomenda as suas associadas que atuam no estado do Rio Grande do Sul a prorrogação dos contratos de seguros de todos os segmentos cujos vencimentos ocorrem entre primeiro e 10 de maio. A proposta visa atender os moradores que foram drasticamente atingidos pelas fortes chuvas que impactaram as cidades do Rio Grande do Sul nos últimos dias.  A extensão de prazo também se aplica aos boletos emitidos pelas Seguradoras com vencimento neste período, sem prejuízo no atendimento da cobertura dos contratos.  


Dyogo Oliveira – Presidente Executivo da CNseg 

Roberto Santos – Presidente do Conselho Diretor CNseg

Marshall + New Deal

 O mínimo que o governo lulopetista poderá entregar, hoje, na nova visita de Lula da Silva e seus 10 ministros, é a carênciade pelo menos 1 anos para o pagamento da dívida do governo estadual com a União, liberando R$ 3 bilhões para uso imediato.

Lula tenta se redimir do fiasco que foi sua viagem de 72 horas atrás a Santa Maria.

Hoje, terá que anunciar mais do que promessas sem conteúdo efetivo e prático, ou seja, mais do que discursos demagógicos e mentirosos de verdade.

O governador Eduardo Leite fala em exigir um Plano Marshal para o RS. O editor falou em algo semelhante na live de sexta-feira a noite no programa "De olho na Notícia", apresentado desde Portugal pelo jornalista Alfredo Bessow. O que o editor sugeriu:

- Na verdade, uma combinação de Plano Marshall com New Deal.

Trata-se de um plano de ajuda maciça e imediata, como o Marshall, mas também de recuperação econômica de longo prazo, como o New Deal.

E para isto, além da união de todas as correntes políticas gaúchas, será preciso forte participação federal.