Eu conversei há pouco com a jornalista e vereadora do PL de Porto Alegre, Fernanda Barth, que estava indignada com esta declaração feita pela sua colega da Rede Globo, Eliane Cantanhêde, geralmente alinhada com o lulopetismo, tudo no âmbito da inconformidade dessa gente com as denúncias do deputado Nikolas Ferreira a respeito de maldades projetadas pelo governo lulopetismo no caso do Pix.
Eliane Cantanhêde não foi a única jornalista chapa branca que ficou indignada com a derrota do governo lulopetista no caso do Pix. Aqui em Porto Alegre, pelo menos uma jornalista do puxadinho da Globo, no caso a jornalista Marta Sfredo, somou-se ao cordão dos puxa-sacos do governo lulopetista, mas não foi tão longe.
O que assombrou e indignou Fernanda Barth foi esta deduragem de Eliane Cantanhêde, referindo-se ao video de Nikolas Ferreira, mas mirando todos nós, jornalistas ou não:
- A crítica a políticas públicas pode ser enquadrada como um ataque ilegítimo ou até criminal.
Ops !
Então é assim.
Não se pode mais criticar governos ?
Até o X, ontem, advertiu que criticar ou desacrditar medidas públicas não é crime, mas um direito garantido pela Constituição Federal e pela Declaração Universal dos Direitos Humanos.
Na verdade, a liberdade de criticar e duvidar de ações governamentais é assegurada pelos artigos 5º e 220 da Constituição Federal de 1988, além do Art. 19 da Declaração Universal dos Direitos Humanos. Esses dispositivos reforçam a importância da liberdade de pensamento, opinião e expressão como pilares fundamentais de uma democracia robusta.
É direito e obrigação de sociedades livres.
O episódio envolvendo Eliane Cantanhêde chama a atenção para o papel da grande mídia na criação de narrativas que, por vezes, reforçam o viés autoritário em curso em ações do governo federal nomeado lulopetista e seu aliado STF.
O que estas jornalistas mais do que visadas sabem, democracia é isto, ou seja, é admitir opiniões divergentes, o que só é possível ocorrer em cenário de liberdade.
O filósofo e pensador gaúcho Fernando Schuller, hoje, no seu X, ensina uma lição que Cantanhêde e Marta Sfredo já receberam, mas que parecem ter se esquecido por ignorância ou interesse. Eensina Schuller:
- Criticar uma politica pública não é e não pode ser crime, em uma democracia. E o governo não pode usar a máquina política do Estado, que é de todos, para perseguir quem lhe faz oposição. A criminalização da opinião é uma marca do autoritarismo, não da democracia.