Nova joint venture da Taurus

 Taurus, uma das principais fabricantes de armas leves do mundo, e a Joalmi, importante empresa brasileira com mais de 30 anos de atuação no setor automotivo e com expertise em estamparia de alta complexidade, assinaram nesta quinta-feira (8) um acordo definitivo para criação de uma joint venture que permitirá a fabricação e comercialização de carregadores e outros componentes estampados de armas leves para o mercado nacional e internacional.


A tecnologia empregada na fabricação dos carregadores, além de ser considerada pela companhia estratégica, é fundamental para o perfeito funcionamento e segurança das armas. A parceria vai tornar a Taurus autossuficiente na produção de carregadores, mercado atualmente dominado por poucos fornecedores estrangeiros. Além disso, propicia uma forte redução de custo para as operações da companhia, com uma logística integrada e ágil, flexibilidade de volumes e agregará valor ao Centro de Tecnologia e Engenharia da Taurus.


A nova empresa de carregadores iniciará sua produção ainda neste ano de 2020 e, de acordo com o presidente da Taurus, Salesio Nuhs, está totalmente alinhada com a estratégia global de tornar a unidade do Brasil a mais eficiente fábrica de armas no mercado mundial e um hub de distribuição de peças a todas unidades do grupo, para sustentar o eficiente e lucrativo modelo produtivo. Também promoverá a entrada da Taurus em um novo segmento de negócio, que é o mercado de reposição, atualmente não explorado pela companhia.


A demanda anual da Taurus é de aproximadamente 5 milhões de carregadores, considerando as fábricas do Brasil e dos Estados Unidos, sem contar outras empresas e o enorme e promissor mercado de reposição. A joint venture terá uma capacidade instalada de 7,4 milhões por ano até o final de 2022 e sua ampliação poderá ser antecipada, dependendo da atuação da empresa no mercado de reposição.


A joint venture terá capital acionário formado por ambas as empresas, na proporção 51% Taurus e 49% Joalmi, e tem como objetivo desenvolver tecnologia própria compatível com os mais altos padrões de qualidade do mercado para atender a demanda global da Taurus e também o mercado de reposição de carregadores no mundo inteiro.


Atualmente, a Joalmi Indústria Metalúrgica Ltda conta com uma moderna planta industrial de 26 mil m² localizada na cidade de Guarulhos, no Estado de São Paulo, e possui diversas certificações nacionais e internacionais de qualidade, além de equipe técnica altamente qualificada. A empresa é especialista em engenharia, tecnologia e desenvolvimento de peças estampadas em metais ferrosos e não ferrosos, em sua maioria relacionadas à sistemas de segurança automotiva e fabrica produtos aplicados em diversos modelos das principais montadoras brasileiras e internacionais, tais como: Jeep, Peugeot, Citroen, Chery, Hyundai, VW, Ford, Volvo e Renault.


A operação será iniciada no parque industrial da Joalmi, em Guarulhos (SP), com previsão de transferência em 2021 para o complexo industrial da Taurus, em São Leopoldo (RS).


"Esta parceria faz parte da estratégia da Taurus de crescimento e inovação, e foi possível devido a sinergia entre as duas empresas que possuem como característica fortes investimentos em desenvolvimento de novos produtos e tecnologias de ponta voltados para a segurança das pessoas. A celebração desse acordo foi mais um importante passo no processo de restruturação da Taurus, buscando novos patamares de rentabilidade sustentável, qualidade e melhora dos indicadores financeiros e operacionais", afirma Nuhs.


Essa é a segunda joint venture assinada pela Taurus este ano. Em janeiro, a empresa realizou parceria com o Jindal Group, um dos maiores conglomerados de negócios indiano e global, para fabricação e comercialização de armas no promissor mercado da Índia.

6400 cientistas querem liberdade para todos

 Segundo os signatários, os confinamentos produzem "efeitos devastadores" na saúde física e mental dos indivíduos e na saúde pública de curto e longo prazo.


"Manter essas medidas [de bloqueio] em vigor até que uma vacina esteja disponível causará danos irreparáveis, com os desprivilegiados desproporcionalmente prejudicados."


Entre os efeitos das restrições eles listam taxas de vacinação infantil mais baixas, piora nos desfechos de doenças cardiovasculares, queda em exames de câncer e deterioração da saúde mental.


Segundo os cientistas, esse impacto levará a um maior excesso de mortalidade nos próximos anos, com os mais pobres e mais jovens carregando o fardo mais pesado. "Manter os alunos fora da escola é uma grave injustiça", diz o texto.


Os pesquisadores dizem que o conhecimento sobre o novo coronavírus avançou, e hoje já se sabe que a vulnerabilidade à morte por Covid-19 "é mais de mil vezes maior em idosos e enfermos do que em jovens".


"Na verdade, para as crianças, Covid-19 é menos perigoso do que muitos outros danos, incluindo a gripe", afirma a petição.


Os autores defendem que acelerar a aquisição de imunidade na população reduz o risco de infecção para todos, incluindo os vulneráveis.


A chamada imunidade de rebanho é atingida quando a porcentagem de imunes é grande o suficiente para bloquear a transmissão.


Para o novo coronavírus, estima-se que ela esteja entre 60% e 70% da população, bem acima dos 10% que já contraíram o coronavírus até hoje, segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde).


Segundo os cientistas que assinam a carta, a vacina é uma forma de atingir a imunidade de rebanho, mas não é indispensável. "Nosso objetivo deve ser, portanto, minimizar a mortalidade e os danos sociais até atingirmos a imunidade coletiva."


Como a maioria da população não corre o risco de morrer se for infectada pelo novo coronavírus, essa parcela deve continuar suas vidas normalmente, argumentam os cientistas.


Complicações de longo prazo provocadas pela Covid-19 não são mencionadas pela carta, batizada de Declaração do Grande Barrington, em referência à cidade em que foi escrita, no estado de Massachusetts (EUA).


Os autores sugerem que escolas e universidades devem adotar ensino presencial e retomar atividades extracurriculares, como esportes.


"Os jovens adultos de baixo risco devem trabalhar normalmente, e não em casa. Restaurantes e lojas devem ficar abertos. Artes, música, jogos e outras atividades públicas devem ser retomadas", escrevem.


A proposta ressalta que a proteção dos vulneráveis deve ser a prioridade de saúde pública. Entre possíveis medidas eles citam garantir que funcionários de casas de repouso estejam imunes ao Sars-Cov-2 ou façam testes frequentes e que todos os visitantes sejam testados.


Um sistema de apoio deve ser organizado para fornecer alimentos, medicamentos e outros itens essenciais a idosos, para que eles não deixem suas casas.


Quando possível, idosos devem encontrar os membros da família ao ar livre, e não dentro de sua casa, sugerem os cientistas.


A carta diz também que todos, jovens ou idosos, devem adotar medidas como lavar as mãos e ficar em casa quando está doente, porque isso reduz o liminar necessário para propiciar a imunidade de rebanho.


Publicado em inglês, alemão, espanhol, português e sueco, ele é coassinado por professores e cientistas de dezenas de universidades do mundo, entre elas as britânicas de Londres, Cambridge, Leicester, Edimburgo, York e Glasgow (Reino Unido), Yale (EUA), de Mainz (Alemanha), Tel-Aviv (Israel), Canterbury e Auckland (Nova Zelândia), Queens (Canadá), Instituto Karolinska (Suécia) e o Instituto Estatístico da Ìndia, e já recebeu apoio de mais de 57 mil pessoas.


A carta surge num momento em que o número de novos casos de Covid-19 bate recordes e já começa a pressionar os sistemas de saúde. Na última semana, registrou-se 1 milhão de mortes desde o começo da pandemia.


Sob o impacto da segunda onda, governos de vários países europeus retomam restrições de mobilidade e estudam a possibilidade de reimpor confinamentos.


Um deles é o próprio Reino Unido, que pode retomar o confinamento no norte da Inglaterra ainda nesta semana. O governo britânico chegou a adotar a estratégia de imunidade de rebanho no começo da pandemia, mas a abandonou ao longo de março deste ano.


Pesquisa realizada nesta quarta-feira no país pelo instituto YouGov, porém, mostra que 56% são contra a estratégia de "proteção forçada" sugerida pelos cientistas, enquanto 32% se dizem a favor. Entre os idosos, 65% são contra.


A discussão sobre retomar a vida normal dos mais novos surge também no momento em que o governo brasileiro permitiu que escolas mantenham aulas remotas até o final de 2021.