Amoêdo avisa Marcel Van Hattem: "Quem não defende o impeachment, deve sair do Novo"

O anúncio da saída de Christian Lohbauer, um dos fundadores do Partido Novo e candidato a vice-presidente na chapa encabeçada por João Amoêdo na eleição de 2018, provocou nova e devastadora crise no Partido.

Nesta quinta-feira, o próprio Amoêdo usou as redes sociais para minimizar a decisão de seu ex-companheiro de chapa de sair da agremiação. Segundo o ex-presidente nacional do Novo, “a saída de filiados que são contra o impeachment [de Jair Bolsonaro] fortalece a unidade partidária, fundamental para o crescimento do partido”.

O deputado federal Marcel van Hattem (Novo-RS), um dos principais nomes da legenda no Congresso Nacional, rebateu o comentário de Amoêdo e manifestou “solidariedade” a Lohbauer. “Descartar pessoas e desrespeitar sua história e contribuição, apesar das divergências, nada tem a ver com ser Novo. Ao contrário: é a mais velha política”, escreveu o parlamentar no Twitter.Também em resposta ao tuíte de Amoêdo, outro deputado do partido, Alexis Fonteyne (SP), ironizou o candidato do Novo ao Planalto em 2018. “Fico imaginando você presidente do Brasil: ‘Quem não estiver satisfeito pode pegar um avião e ir embora'”, escreveu.

Artigo, Onyx Lorenzoni, Gazeta do Povo - A arma de Bolsonaro

Atacado 24 horas por dia, sete dias por semana, Jair Bolsonaro nunca teve descanso. Não é de agora. As tentativas de desconstrução da imagem do presidente da República vêm desde que ele era deputado federal. É fácil explicar. Jair Bolsonaro nunca se curvou ao sistema – ao contrário, sempre o combateu. Mas o que é o sistema? É o universo paralelo onde vivem algumas pessoas que sempre detiveram o poder neste país.


Muitas delas seguem seus delírios de que logo “as coisas voltam para o lugar”. Não voltam. E nas últimas semanas isso ficou muito claro: milhões de pessoas nas ruas em apoio ao presidente, e, de outro lado, uma manifestação contrária de pequenos grupos, mesmo sendo largamente divulgada na imprensa. O resultado pífio incomodou muito aos que estavam acostumados a direcionar opiniões, a usar o diversionismo para o inexplicável. Eles fingem não entender que o Brasil mudou porque o povo brasileiro cansou.


O tempo da roubalheira acabou. O tempo das mentiras empilhadas pelos governos esquerdistas e infladas por parte da imprensa brasileira acabou. O tempo do desperdício do que é dos brasileiros acabou. Hoje o que o governo arrecada vai para o que o Brasil precisa, para o que o povo precisa.


Não fosse assim, como iríamos atravessar a pandemia podendo garantir comida na mesa de 70 milhões de famílias brasileiras com o auxílio emergencial? Como o governo poderia ajudar milhões de empresas a não demitirem seus funcionários pagando parte do salário? E mais: como o Brasil teria gerado 1,8 milhão de vagas com carteira assinada?


Como iríamos comprar as 600 milhões de doses de vacinas e nos tornarmos um dos três países do mundo que mais vacinam? Já passamos os Estados Unidos. Como o governo federal teria recursos para enviar aos estados e municípios, não só para reforçar os sistemas de saúde, mas para recompor perda de arrecadação por causa do fecha-tudo que governadores e prefeitos promoveram? Aliás, cabe mais um registro importante: em muitos casos, o recurso enviado para os governos estaduais ultrapassou em muito o que perderam com o fecha-tudo que eles mesmos criaram. Houve governador que não usou esse dinheiro na saúde, mas colocou as “contas em dia” depois de anos, e ainda assim ataca o presidente e o governo.


Enquanto o governo Bolsonaro trabalha, aqueles que não se conformam que o povo escolheu um homem humilde, temente a Deus, que escolheu ficar ao lado do povo, já inventaram até corrupção sem um real de dinheiro público gasto. Agora inventaram manifestação pela democracia que não tem a participação do povo. A diferença está aí. Quem precisa da mentira como método nunca tem razão.


Enquanto é atacado, o governo de Jair Messias Bolsonaro promove a transformação do Brasil munido da melhor arma que um governante que faz as coisas como devem ser feitas tem: a verdade. Para o desespero do sistema, o presidente que o povo escolheu defende o Brasil 24 horas por dia, sete dias por semana.


Onyx Lorenzoni é ministro do Trabalho e Previdência.

Surgem novos indícios de fraude no ingresso do vestibular da UFRGS

 Novamente a comunidade gaúcha é surpreendida por uma segunda denúncia de indícios de fraude no ingresso via vestibular da UFRGS! 


Depois da primeira denúncia de favorecimento pelo Reitor da UFRGS de aluno que perdeu todos os prazos de recurso contra a negativa de matrícula por ele não ter conseguido comprovar ser pessoa de família de baixa renda, caso esse repleto de irregularidades e até exercício ilegal da medicina, vem à tona uma nova e ainda mais grave irregularidade no ingresso via concurso vestibular! 


Nesse segundo caso, o reitor teria não só teria desrespeitado todos os dispositivos legais que regem o concurso vestibular, agindo acima da lei, pois inclusive contrariou a recomendação da procuradoria, para favorecer um candidato deficiente egresso de escola privada mas que utilizou vaga para deficiente egresso de escola pública. Além dessa irregularidade, teria ele criado, ao arrepio da lei, uma vaga extra para essa pessoa favorecida. 


Sendo o vestibular da UFRGS um dos mais concorridos do Brasil, a comunidade gaúcha assiste incrédula a mais essa aberração que acontece na UFRGS! 


Portanto, que esse caso gravíssimo chegue ao conhecimento das autoridades federais para que seja apurado na forma da lei!

Bolsonaro, eu não estou entendendo nada.

 No dia 7 de setembro, milhões de pessoas foram às ruas prestar sua solidariedade ao presidente e reivindicar respeito à Constituição Federal.

Bolsonaro, que conclamou o povo às ruas,  falou por duas vezes, uma em Brasília e outra mais contundente em São Paulo. O povo o aclamou e gritou o já famoso, “eu autorizo”.

A expectativa por mudanças fez vibrar o coração das pessoas que anteviram ações enérgicas já para o dia seguinte.

Mas, não vimos cabo e nem soldado. O que houve foi a publicação da mensagem elaborada conjuntamente com Michel Temer que, no primeiro momento, jogou um balde de água fria no ânimo de grande parte daqueles que participaram ou apoiaram as manifestações.

O que teria levado Bolsonaro a levantar uma bandeira branca quando todo o seu exército, aqui entendido como o povo conservador, estava em prontidão para a guerra?

Passada a tempestade congelante, surgiu a expectativa de que, tendo estendido a mão aos adversários, estes retribuiriam seu gesto e deporiam as armas passando a agir conforme determina a carta magna.

O que se pode constatar até o presente momento?

Bolsonaro, com o apoio da maior multidão que já saiu às ruas na história do Brasil, cedeu, e seus adversários, que nem sequer podem sair em público sem serem rechaçados pela população, acirraram os ânimos e redobraram sua fúria contra ele e contra todos os conservadores.

O STF e o TSE não retroagiram um milímetro sequer. Ao contrário, redobraram seus ataques. Nenhum preso ou investigado por crime de opinião sentiu arrefecimento na insana sanha persecutória. Rodrigo Pacheco simplesmente devolveu a MP da liberdade de expressão, cláusula pétrea de uma constituição federal já em desuso pelo atual STF, sem nem ao menos analisar seu mérito. Os partidos de esquerda vociferam cada vez mais contra Artur Lira para que ele aceite os inúmeros e repetitivos infundados pedidos de impeachment de Bolsonaro, e até mesmo a CPI da fraudemia, que passou meses criando narrativas contra o governo federal sem nem ao menos permitir que os desmandos perpetrados por governadores e prefeitos que desviaram bilhões de Reais enviados pelo executivo federal para a saúde e o tratamento da pandemia fossem investigados, resolveu agora querer até mesmo mudar a lei para forçar o presidente da câmara a aceitar os pedidos de impeachment.

Os ataques se exponencializaram em todas as frentes. Só o executivo cedeu.

Agora pergunto: qual foi a intenção do Bolsonaro quando publicou sua mensagem de paz? Foi recuo mesmo? Será que foi aconselhado por Temer a se acomodar e esperar seu sacrifício como um cordeiro que ruma balindo em direção ao abatedouro?

Realmente, não estou entendendo nada. Absolutamente, nada.

Não há qualquer possibilidade de galvanizar novamente o povo para sair gritando em seu apoio. Terá Bolsonaro realmente desistido de lutar? Será que a previsão de suicídio anunciada pelo boquirroto Ciro Gomes tem algum fundo de verdade?

Se ficar por isso mesmo, podemos nos preparar para os terríveis dias que se avizinham com a tomada do poder pela esquerda, segundo disse o Zé Dirceu em tom sério e pelo Barroso em tom de brincadeira.

Já estou quase perdendo as esperanças.

O meu oráculo particular já está assoprando nos meus ouvidos que teremos tempos tenebrosos pela frente. Espero estar completamente equivocado.

Que Deus nos ajude.

Fabio Freitas Jacques. Engenheiro e consultor empresarial, Diretor da FJacques – Gestão através de Ideias Atratoras e autor do livro “Quando a empresa se torna azul – o poder das grandes ideias”.


Luciano Hang vence e Folha perde de novo

 Depois do UOL, decisão judicial obriga jornal a publicar retratação sobre matéria falsa baseada no suposto relatório da Abin

O empresário Luciano Hang, dono da Havan, mandou dizer ao editor que o jornal Folha de S. Paulo também será obrigado a se retratar pela divulgação de matéria caluniosa envolvendo-o no caso de um suposto relatório da Agência Brasileira de Inteligência (Abin). O jornal tem cinco dias úteis para publicar o direito de resposta concedido pela Justiça de Santa Catarina ao empresário Luciano Hang e a empresa Havan. 

A decisão e é resultado do processo movido pelo escritório Leal & Varasquim Advogados, representante legal de Hang.

Entenda o caso

A reportagem mentirosa foi publicada primeiramente pelo portal de notícias UOL, em 22 de junho de 2021. Nela, o jornalista, Lucas Valença, afirmava que a Abin teria produzido um relatório questionando a origem da fortuna de Luciano Hang. No mesmo dia, a agência emitiu uma nota oficial esclarecendo não ser a autora de suposto relatório.

Em 9 de setembro, cumprindo a determinação da Justiça de SC, o UOL foi obrigado a divulgar a retratação que esclarecia os fatos e as inverdades publicadas na reportagem. Veja: https://noticias.uol.com.br/cotidiano/ultimas-noticias/2021/09/09/direito-de-resposta-concedido-pela-justica-de-sc-a-luciano-hang-e-a-havan.htm


Por reproduzir o conteúdo falso, a mesma decisão se aplica ao Jornal Folha de S. Paulo, sob pena de multa de R$ 10 mil reais por dia em caso de descumprimento.

As decisões resultam da ação dos advogados de defesa de Hang, Murilo Varasquim e Victor Leal, que recorreram à Justiça, anexando ao processo documentos como a consulta formal feita à Abin e também o relatório apresentado pelo Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República (GSI), que apontou diversas inconsistências no documento utilizado como suposta fonte para a matéria do UOL.

Com base nesses documentos, o Tribunal de Justiça de Santa Catarina determinou, no dia 18 de agosto, a publicação da retratação pelo site UOL. Após avaliação de um novo processo direcionando a Folha de S. Paulo, o juiz Gilberto Gomes de Oliveira Junior, decidiu que o jornal também divulgue a retratação, reafirmando a orientação do TJSC.

Copom decide taxa Selic na próxima semana

Especialistas repercutem possível elevação de 1% na taxa de juros. Presidente do Banco Central afirmou que Selic pode subir para onde precisar para controlar inflação 


Na próxima semana, o Comitê de Política Monetário do Banco Central decide a nova taxa de juros Selic. Na última terça (14), Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central, afirmou que a Selic pode subir para "onde precisar" para controlar a inflação. 


"A gente entende que a gente pode levar a Selic até onde precisar ser levada para que a gente tenha uma convergência da meta [de inflação] no horizonte relevante. Mas a gente também gostaria de dizer que o BC vai reagir ou alterações no plano de voo a cada dado de alta frequência que saia", afirmou. 


A decisão que será tomada na próxima reunião é se o aumento será de 1 ponto já sinalizado ou de 1,25 ponto. O relatório Focus divulgado na segunda (13) mostra que o mercado prevê a taxa básica de juros a 8% no final do ano e em 2022 devido à pressão inflacionária. Economistas ouvidos pelo Banco Central também elevaram a projeção do IPCA ao final do ano de 7,58% para 8%. 


"O mercado começou a precificar uma alta de 1,25%, principalmente depois do último dado do IPCA bem acima do esperado. Depois de declarações recentes em um evento corporativo, mercado convergiu de volta para uma alta de 1%. O ‘dado de alta frequência’ a que o presidente do BC se referiu foi o IPCA de agosto, que veio bem acima do esperado. Assim, Campos Neto passa a mensagem de que não vai colocar tanto peso nesse indicador", diz João Beck, economista e sócio da BRA. 


Segundo o economista, a declaração é necessária para resgatar a confiança do mercado e dos investidores: "O objetivo do Banco Central é esse, de buscar a meta. É também uma sinalização ao governo que precisa contribuir na sua parte para não criar mais situações inseguras para o investidor resultando na alta do dólar e pressionando a inflação", comenta. 


Para Jansen Costa, sócio-fundador da Fatorial Investimentos, a alta da Selic tem influenciado na elevação dos juros nos pré-fixados, que tem possibilitado maior rentabilidade no curto prazo. "Essa elevação também tem aumentado taxas percentuais do CDI dos pós-fixados. Isso abre espaço para clientes aplicarem na renda fixa com medo de alocar em risco na renda variável", afirma. 


Segundo ele, o Banco Central irá continuar usando a política econômica por meio do aumento de juros para conter a inflação. "Isso é negativo, já que o Brasil teria capacidade de crescer mais no ano que vem, mas é necessário. Outros países fizeram também. Quando tivermos menor pressão sobre preços dos insumos, teremos um maior controle da inflação e uma volta aos poucos da normalidade", diz. 


Para Beck, as pressões inflacionárias foram muito além do esperado, principalmente comparando com o resto do mundo: "Já era esperada uma inflação residual conforme a vacinação e a atividade fossem acelerando. O problema é que o Brasil passou por uma crise hídrica, geadas históricas e de quebra uma crise institucional no governo que deixa o congresso inoperante". 

Pediatras alertam para os perigos do shareting, exposição excessiva de crianças nas redes sociais

Utilizar a internet, especialmente as redes sociais, para documentar aspectos da vida dos filhos, experiências da maternidade ou paternidade é uma prática cada vez mais comum. No entanto, ao exercerem essa liberdade, os pais ou responsáveis legais podem expor indevidamente informações pessoais de menores e colocá-los ainda em situação de vulnerabilidade. Esse tipo de atitude, conhecida como shareting - termo em inglês que combina as palavras "share" e "parenting" -, parte de uma tendência crescente e que pode ter consequências indesejadas. A Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) alerta para os perigos e impactos de longo prazo desse hábito na vida dos menores. 

"A criança e o adolescente não devem ter vida pública nas redes sociais. Não sabemos quem está do outro lado da tela. O conteúdo compartilhado publicamente por falta de critérios de segurança e privacidade pode ser distorcido e adulterado por predadores em crimes de violência e abusos nas redes internacionais de pedofilia ou pornografia, por exemplo", explica a coordenadora do Grupo de Saúde Digital da SBP, dra. Evelyn Eisenstein. 

Para atualizar pediatras, pais e educadores sobre a influência das tecnologias de informação e comunicação (TICs), redes sociais e internet nas questões de saúde e de comportamento das crianças e adolescentes, a SBP publicou neste ano o documento "#Sem Abusos #Mais Saúde" . O guia destaca importantes recomendações aos médicos sobre como avaliar na história e no exame durante a consulta casos suspeitos de violência ou abusos, offline ou online; orientar os pais sobre alternativas seguras, educativas e saudáveis de atividades para crianças e adolescentes. 

Também orienta sobre como analisar os hábitos da família em relação ao uso das tecnologias; reconhecer os limites de segurança e privacidade em caso de situações de risco, bem como a possibilidade da ocorrência de abusos e de repercussões nos comportamentos e transtornos mentais; dentre outras. 

A exposição exagerada de informações sobre crianças representa uma ameaça à intimidade, vida privada e direito à imagem, como dispõe o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). Somado a isso, todo conteúdo publicado na internet gera dados que, no futuro, podem ser desaprovados pelos filhos, por entenderem que sua vida privada foi exposta indevidamente durante a infância. 

Esse é um fenômeno antigo que teve início com as estrelas mirins em Hollywood, nos anos 1920. Um dos casos emblemáticos é o do ator Jackie Coogan, que interpretou o garoto no filme The Kid (1921), dirigido por Charlie Chaplin. Além de astro de cinema, o menino se tornou uma estrela da publicidade após ser explorado por pelo menos uma década pelos pais. Ao atingir a maturidade, abriu um processo judicial contra os familiares em decorrência de toda a exploração da sua imagem, na época amplamente comercializada. 

INFLUENCERS - Na última década, muitas crianças se tornaram "influencers" com status de celebridade, por meio de estímulo de familiares e o respaldo de patrocinadores. "Essas crianças constroem uma vida falsa, de imagens e não uma vida de experiências reais. E os pais estão colaborando para a construção de uma personalidade moldada para agradar a imagem que fazem da pessoa, ou seja, de um falso self. A criança começa a passar por essa situação desde pequena. Muitas vezes, por trás desse perfil falso pode existir um grande vazio. A exploração dessas crianças por parte dos pais é uma forma de abuso infantil", apontou o coordenador do Grupo de Trabalho de Saúde Mental, dr. Roberto Santoro. 

Segundo dr. Santoro, a exploração dos filhos engloba múltiplos aspectos como o interesse econômico e o narcisismo patológico. "Existe o ganho financeiro, que é evidente, o de ganhar dinheiro em cima da exploração dos filhos. Mas existe também uma questão de patologia do narcisismo. Isso significa que os pais realizam seus sonhos frustrados de sucesso, de projeção e de fama por meio dos filhos", frisou. 

RISCOS - Os interesses envolvendo os dados das crianças são os mais variados e podem ser utilizados para diferentes finalidades, desde o roubo de identidade, cyberbullying, uso indevido de imagens e vídeos por pedófilos, fins comerciais a outras ameaças à segurança. Dessa forma, a privacidade online é uma garantia de que as futuras gerações possam entrar na sua maturidade livres para construir por elas mesmas suas identidades digitais. 

"Isso é mandatório. A SBP sempre procura destacar a importância da mediação parental em acessos a conteúdos nas redes sociais para tentar reduzir problemas relacionados à segurança e à saúde das crianças e adolescentes", disse dra. Evelyn Eisenstein. 

No Brasil ainda não existem medidas legislativas que regulem a privacidade das crianças pelos provedores de internet. Logo, a publicação de uma foto aparentemente simples pode ter diversas interpretações e prejuízos, mesmo anos após a postagem. 

"Temos vários projetos de lei barrados por indústrias de entretenimento, mídias e provedores que lucram em demasia com esse tipo de compartilhamento", comentou dra. Evelyn. Segundo a pediatra, não há na legislação brasileira uma lei como a Children's Online Privacy Protection Act (Coppa), instituída nos Estados Unidos, em 1998, para a proteção de dados e regulação de exposição das crianças menores de 13 anos na internet. 

Para tentar minimizar os riscos decorrentes da exposição exagerada de informações sobre as crianças na web, em agosto deste ano a Google anunciou que lançará um serviço que permite remoção de imagens pessoais de adolescentes menores de 18 anos em seus resultados de pesquisa. Entretanto, as imagens não serão retiradas da internet, mas apenas das buscas do Google Imagens. 

PRECAUÇÕES - Com o compartilhamento de imagens e vídeos sendo um hábito relativamente novo, as repercussões na vida das crianças ainda não são conhecidas, e esta é a parte mais preocupante da exposição excessiva. Uma coisa é certa: os pais que optam por não compartilhar conteúdo de seus filhos na internet preservam também a saúde mental futura dos menores. 

"Não são apenas os pais que devem ser mais cuidadosos, mas também familiares e cuidadores. Eles precisam estar cientes das possíveis consequências indesejadas para a saúde das crianças. Não é inofensivo compartilhar conteúdo online", disse dra. Evelyn. 

Os pais que desejam compartilhar fotos e vídeos de seus filhos online podem tomar medidas protetivas para garantir que o conteúdo não seja usado para fins maliciosos. Por exemplo, é possível limitar o público de postagens para que apenas aqueles em quem você confia que possam ver o conteúdo. 

Possíveis consequências do compartilhamento: 

- Perda de privacidade 

- Problemas de saúde mental (ansiedade, depressão) 

- Transtornos alimentares (anorexia, bulimia) 

- Bullying e cyberbullying 

- Possibilidade de roubo e fraude de identidade 

- Riscos das imagens e vídeos serem mal utilizados e alterados por pedófilos 

O que nunca deve ser compartilhado: 

- Dados de localização 

- Nome completo da criança 

- Imagens de filhos não totalmente vestidos 

- Data de nascimento da criança 

- Fotos e vídeos ou detalhes sobre outras crianças 

- Informações sobre a escola que frequenta ou algo que indiretamente possa denunciar a criança, como a imagem dela com uniforme escolar