Artigo, Pedro Lagomarcino, advogado RS - Réplica a "Tarso Genro",

Li a entrevista que o Jornalista Bernardo Mello Franco "conseguiu" colher de Vossa Senhoria e publicar na Folha de São Paulo em 06-03-2016.
Confesso que fazia um bom tempo que não lia tantas falácias e sofismas reunidos. Diga-se de passagem, de um nível tão pedestre. Ainda mais, quando Vossa Senhoria chegou ao cúmulo de encontrar, ou melhor, de plantar, na compostura inquestionável da atuação do Juiz Sérgio Moro, a filosofia política nazista, a ponto de citar Carl Schimidt neste particular.
Aliás, Vossa Senhoria chegou ao cúmulo de dizer:
"O Ministério Público e a Polícia Federal devem investigar toda suspeita de corrupção. Este sentido da Lava-Jato é estratégico para o país".
Engraçado, para Vossa Senhoria tudo é "estratégico".
Foi assim na sua (indi)gestão como governador do Estado do RS e, ao que se vê, continua sendo.
Haja engov para tanta (indi)gestão!
Quando foi dada a oportunidade a Vossa Senhoria para gerir o Estado do RS, se Vossa Senhoria soubesse, efetivamente, o que é algo "estratégico", não estaríamos imerso na situação deplorável em que nos encontramos (como Estado e como população).
Como esquecer a entrevista que Vossa Senhoria concedeu aos meios de comunicação do RS dizendo, em sua gestão, aos Deputados e Secretários que havia dinheiro em caixa e que era para "fazer". Aliás, Vossa Senhoria também disse que aos Deputados e Secretários que, aquele que não fizer é porque não tinham "vontade política".
Eis o paradoxo: deu no que deu.
Nas palavras do próprio governador Sartori "passamos do fundo do poço". Diga-se de passagem, outro governador que faz uma (indi)gestão sofrível em termos de Administração Pública.
Em quem devemos acreditar?
Em Vossa Senhoria que dizia haver recursos e que era para "fazer" ou no governador Sartori?
Não nos interessa mais saber de tais respostas.
Interessa sim saber que este é o nível dos PolíTios que são eleitos no RS e no Brasil e, Vossa Senhoria, como ex-governador, foi, dentre todos, inconfundível neste particular, a ponto de ter sido condenado, pelo Egrégio Tribunal de Justiça do RS, destaco, por improbidade administrativa.
Como pode um homem público, que deve pautar sua vida pela probidade, querer ter predicados para dar entrevistas, com uma condenação, destaco, por improbidade que lhe pesa sobre as costas?
De fato, é inexplicável.
Jamais uma Operação da Polícia Federal será "estratégica" para um país Sr. Tarso Genro.
Pelo contrário, uma Operação Policial é um dever!
Evidentemente, que a Polícia (Federal ou Estadual) tem uma estratégia para desenvolver cada operação. Mas, isso jamais poderá ser confundido como algo "estratégico" em nível de país.
Estratégico, Sr. Tarso Genro, é traçar meios, ou seja, ações propositivas de realizar um planejamento.
Planejamento é algo pertencente ao universo macro.
Estratégia é o detalhamento e o desdobramento do planejamento. É o universo micro, o famoso 5W 2H, manja?
Vou desenhar:
5W = What (o que será feito?), Why (por que será feito?), Where (onde será feito?), When (quando?), Who (por quem será feito?)
2H =  How (como será feito?) e How much (quanto vai custar?).
Dizer que uma Operação Policial é algo "estratégico", para um país é traduzir que o este não possui ações propositivas (em nível de governo, de Estado e de país) e reconhece estar imerso na criminalidade. Aliás, ao que vemos, uma constatação há 12 anos. Se não o fosse, não haveria o mensalão e o PeTrolão, ambos, com suas já incontáveis operações.
Estratégico, Sr. Tarso Genro, é desenvolver planejamento estrutural, planejamento econômico, planejamento em nível de educação, planejamento em nível de segurança pública, planejamento em nível de desenvolvimento, planejamento em nível de ciência e tecnologia, planejamento em nível de agricultura, etc.
Aliás, por que seu "planejamento" e sua "estratégia" de segurança pública, para o Estado do RS não deu certo?
Seria por que a sua "estratégia" era, simplesmente, demolir o Presídio Central e enviar toda a massa carcerária para casa, sem ter, no mínimo, como governador, ao propor tal escárnio, outro Presídio já pronto e em plenas condições de receber os apenados?
Ou seria para causar a impunidade, uma vez que os condenados, ao serem enviados para o Presídio não poderiam ir para lugar nenhum, tendo de serem colocados novamente em liberdade, para delinquir?
Se Vossa Senhoria chegou ao cúmulo de dizer que "existe um processo de distorção generalizada do Estado de Direito no Brasil e a Justiça está aceitando isso", Vossa Senhoria está redondamente enganado.
Primeiro porque este processo não é de "distorção", como Vossa Senhoria está a distorcer.
Segundo porque não se trata de um "processo" e sim de um crime, este sim, praticados por diversos integrantes e simPaTizantes, inclusive, do ParTido que Vossa Senhoria faz ParTe.
Terceiro porque o tipo penal deste crime chama-se Organização Criminosa.
Quarto porque esta Organização Criminosa chama-se PT, que infelizmente, no Brasil, ainda vive com "ares" de partido político. Apenas a título de exemplo, na Itália, quando a corrupção tomou conta do país, ParTidos com práticas idênticas a do PT foram extintos e colocados na ilegalidade.
Quinto porque a Justiça não está "aceitando" coisa nenhuma. Está sim é cumprindo o papel que deve cumprir: o de condenar e não convir com a impunidade dos atos PraTicados pelos integrantes desta Organização Criminosa, a exemplo do que já foi feito com:
- João Paulo Cunha (ex-Presidente da Câmara dos Deputados e membro do PT);
- José Dirceu (ex-Deputado Federal, Chefe da Casa Civil e membro do PT);
- José Genuíno (ex-Deputado Federal e membro do PT);
- João Vacari Neto, vulgo "much" = por levar mochilas de dinheiro (ex-Tesoureiro do PT);
- Delúbio Soares (ex-Tesoureiro do PT);
- Raul Pont (ex-Deputado Estado do PT já condenado por improbidade administrativa);
- João Verle (ex-Prefeiro de Porto Alegre já condenado por improbidade administrativa);
Opa?
Olha só o que estou vendo!
- Vossa Senhoria também já está condenado, por improbidade administrativa, segundo noticiados por diversos meios de comunicação!
Para quem quiser "fazer a prova dos 9" é só consultar nas informações processuais do Tribunal de Justiça do RS o processo nº. 70060707460
Ora essa, quando a Justiça cumpre seu papel de condenar criminosos, Vossa Senhoria é o primeiro a sentir-se "perseguido", posando-se de vítima. Isso não é coisa de Homem, isso é coisa de covarde.
Pensei que o crime é que fosse, senão o único, um dos maiores violadores do Estado Democrático de Direito. Será que estou enganado? Creio que não.
Claro, é infinitamente mais fácil, mais cômodo, mais conveniente a Vossa Senhoria transferir a culpar e colocá-la, mesmo que de forma bisonha, na Justiça e dizer que "existe um processo de distorção generalizada do Estado de Direito no Brasil e a Justiça está aceitando isso".
Vossa Senhoria trata-se de um ímprobo (e foi condenado como tal), não tendo qualquer predicado para querer posar de paladino da moralidade, ou como falso messias, ou como herói, a ponto de promover uma generalização do porte como está a promover, como se todo o Poder Judiciário tivesse o nível de Vossa Senhoria.
Não, de fato, o Poder Judiciário não tem o nível de Vossa Senhoria!
Ainda bem e graças a Deus que não tem!
O ParTido que Vossa Senhoria integra, certamente por identificação ideológica, já deu todas as provas ao povo brasileiro que se trata de um partido político autofágico e de uma Organização Criminosa, esta sim, nos seus mais altos escalões, com uma "estratégia" impecável, literalmente, bem desenvolvidas por agentes públicos e por agentes políticos. Ademais, neste quesito de "comissão de frente" o PT tem nota carnavalesca: déééééichhh!
Entretanto, nem tudo está perdido. Ainda bem que Vossa Senhoria "tem o ex-presidente Lula como um homem honesto e responsável com suas finanças e sua vida privada". Ainda bem. Do contrário estaríamos perdidos, não é verdade?
Permita-me apenas um esclarecimento de dizer que a responsabilidade do ex-presidente Lula com suas finanças e sua vida privada está a apontar para a falência de um país inteiro, tamanha corrupção que ocorreu e que ocorre há 12 anos. E nisso eu divirjo frontalmente de Vossa Senhoria, porque isso não se chama honestidade.
Com efeito, se ainda não caiu a ficha para Vossa Senhoria, esclarecemos:
- A casa caiu.
Não iremos dar "golpe" nenhum com o "impeachment". Pelo contrário, o povo brasileiro vai dar sim é o contragolpe aos golpes, estes sim, que vem sendo PraTicados há 12 anos, por esta Organização Criminosa chamada PT, juntamente com seus ParTidos simPaTizantes. E faremos isso de forma exemplar, exatamente, para o bem comum e para a assepsia do Estado Democrático de Direito do Brasil, por ora em letargia "graças" a legenda de nº. 13.
Convido Vossa Senhoria abrir a Constituição da República Federativa do Brasil promulgada em 1988, exatamente, nos artigos 51, I e 52, I.
Deixe de cansar a nossa paciência. Aceite os fatos e saiba que bons recursos (os legítimos) cabem apenas aos livros.

Aos livros Senhor Tarso Genro... aos livros.

Assassinato de Reputação - O caso Tarso Genro - Tarso mandou prender desafetos com algemas, permitiu vazamentos e expôs investigados na TV

Ao lado, o então presidente do Detran, o advogado Flávio Vaz Neto, foi algemado e preso pela PF, além de apresentado aos fotógrafos e cinegrafias, além de recolhido ao calabouço da avenida Ipiranga. Não foi o único caso.
A truculência praticada sob a guante de Tarso Genro, nem se compara aos procedimentos cuidadosos e respeitosos que ocorrem na Lava Jato, que ainda assim sofrem críticas do ex-ministro da Justiça. 



O governador Tarso Genro diz até hoje que "não recorda" de ter engavetado investigação sobre conta do Mensalão nas Ilhas Cayman, conforme denuncia o Delegado Romeu Tumas Júnior no seu livro.
        
Eis o que revelou o Delegado:
        
- Acusado de ter engavetado investigação sobre suposta conta bancária que alimentaria o mensalão, o ex-ministro da Justiça Tarso Genro, atual governador do Rio Grande do Sul pelo PT, afirmou, em nota, que encaminhou "todas as denúncias que recebeu com indícios de corrupção formalmente para a Polícia Federal.
        
O ex-Governador do Rio Grande do Sul não quer polêmica sobre o assunto. A nota que ele tirou depois de conhecido o explosivo teor do livro é mais do que comportada, muito embora Tuma Júnior tenha feito contra ele uma série de denúncias devastadoras.
       
O Delegado trabalhou três anos como auxiliar de Tarso, ocupando a estratégica função de Secretário Nacional de Justiça.
      
Tarso foi mencionado por Romeu Tuma Jr., ex-Secretário Nacional de Justiça no governo Lula, não apenas no livro, mas em sucessivas reportagens e entrevistas.
      
Tuma Jr. Acusou o Governo Lula de manter uma "fábrica de dossiês" contra adversários políticos. Entre os episódios relatados no livro, o ex-Secretário menciona uma denúncia sobre uma conta no exterior que serviria, segundo ele, como "lavanderia para o mensalão".
     
- Mandei cópia para o ministro Tarso Genro apurar isso, e espero a resposta até hoje.
     
O Delegado, que é dos quadros da Polícia Civil do Estado de São Paulo, ocupou o cargo durante todo o período em que Tarso Genro foi ministro da Justiça.
     
Tarso foi chefe de Tuma Júnior.
     
No livro "Assassinato de Reputação", ele conta que o ministro "azucrinava meus ouvidos", pedindo investigações e dossiês contra adversários políticos, citando o caso do Governador Marconi Perillo. Numa das passagens do livro, o Delegado narra que descobriu uma conta do petista José Dirceu nas Ilhas Cayman, na qual eram depositados valores sujos do Mensalão, mas que Tarso não quis investigar e sentou em cima do caso.
     
As denúncias sobre a usina de dossiês montada pelol ex-Governador petista do RS, não constam apenas do livro "Cabo de Guerra", do Jornalista Polibio Braga, e "Assassinato de Reputação", mas também do livro "O que sei de Lula", de José Nêumanne Pinto.
    
No livro de Nêumanne Pinto, editorialista do Estadão, página 293, são listadas as operações levadas a cabo pela Polícia Federal para atingiram sobretudo políticos. Eis os números:
Governos Lula
    
Sob a administração do ministro Márcio Thomaz Bastos
     2003-2004 - 292 operações, 153 políticos investigados.
     A partir de Tarso Genro no ministério da Justiça
     2007 - 188 operações, 54 políticos investigados.
     2008 - 235 operações, 101 políticos
     2009-2010 - 288 operações, 69 políticos
   
Isto significa que durante todo o primeiro governo Lula, sem Tarso, a Polícia Federal desfechou 292 operações, enquanto que no segundo governo do PT, já com Tarso no ministério da Justiça, saíram 711 operações, revelando seu caráter autoritário e policialesco. Foram investigados e submetidos à execração pública 153 políticos sob Márcio Thomaz Bastos, número que pulou para 224 com Tarso Genro. Neste regime de terror político, desafetos seus no RS foram presos preventivamente, algemados, expostos propositadamente diante das câmeras de fotógrafos e cinegrafistas da RBS, atacados pela imprensa e reféns de vazamentos diários - um linchamento moral e um assassinato de reputações em precedentes na história do RS. O caráter político do uso da Polícia Federal foi tão devastador que seu chefão no Estado, o delegado Ildo Gasparetto, chegou a ser escolhido Personalidade Política do Ano pela Federasul, o que é inédito no Estado. A homenagem foi mais um gesto de vassalagem do que de reconhecimento.

     
Durante seu mandato no Ministério da Justiça, usando a Polícia Federal como polícia política, uma espécie de Stasi tupiniquim, o então ministro da Justiça, Tarso Genro, desfechou pelo menos uma operação de grande monta por ano contra a Governadora  Yeda Crusius, desestabilizando seu governo e preparando sua vitória em 2010. 

Artigo, Marcelo Aiquel - O discurso mudou: a hipocrisia, agora, chama-se "respeito"

Ditado popular:
Respeite para ser respeitado.

      Esta foi uma das primeiras lições que todas as pessoas bem educadas receberam de seus pais, avós e professores.
      Aprendemos também, desde os primeiros passos, que só pode exigir respeito quem ao outro respeita.
      Respeitar as pessoas; respeitar aos mais velhos; respeitar as opções de cada um; foram algumas das insistentes e constantes lições que escutávamos em casa, nas escolas, nas ruas.
      Passamos a vida toda ouvindo isso, apesar de alguns não terem jamais assimilado tal sabedoria.
      Pois agora, o Brasil é invadido com um discurso novo. Um discurso que pede respeito. É o Lula, é a Dilma, é o PT...Todos unidos em torno desta regra básica de comportamento.
      Que curioso, não?
      Logo eles que,raramente respeitaram os seus opostos, vem agora – acuados após as flagrantes evidências de diversas ilegalidades cometidas – REDESCOBRIR esta palavrinha mágica de oito letras que nunca deveria ter sido esquecida: respeito.
      Ora vejam: o Lula pede respeito para si e para a sua esposa Marisa Letícia. Que “fofo” o cara, não acham?
      O chefão da quadrilha, que não soube sequer respeitar a autoridade do Juiz Sérgio Moro, se mostrou bastante preocupado com a sua mulher. Preocupação que não teve ao levar – como acompanhante em viagens internacionais – a sua “amiga íntima” ROSEMARY NORONHA. Coincidentemente em TODAS as viagens que a esposa Marisa Letícia não foi.
Chega a dar dó no coração o carinho repentino do ex-presidente para com a sua esposa. É o respeito que ele se esqueceu de conceder a ela nos últimos tempos, mas que curiosamente voltou à sua vida conjugal. Num passe de mágica... É no mínimo estranho. Muito estranho.
      Já a presidente Dilma vem agora pedirrespeito e tolerância. O mesmo respeito e tolerância que ela nunca teve com os adversários. O respeito que não teve quando MENTIU descaradamente na campanha política, e a tolerância que não usou quando resolveu fazer guerrilha armada!
      Enquanto isso o PT também resolveu falar em respeito. O seu presidente, o RUI FALSÃO, aquele mesmo que sorriu debochadamente quando Lula se adjetivou de jararaca; aquele mesmo que teve orgasmos de alegria quando a filósofa petista Marilena Chauí berrou que odiava a classe média; aquele mesmo que aplaudiu o Chefe quando este “convocou” o exército do Stédile; teve, agora, o desplante de falar em respeito.
Onde ele escondeu o tal respeito naqueles momentos?
      Assim fica fácil! Quando a corda estica e as nuvens negras cobrem o céu, os maiores pecadores se fazem de anjos. Como se nunca antes na história deste paístivessem cometido – e seguem cometendo – todos os delitos e desvios possíveis, vem agora posar de vestais.
      Chega a ser engraçado assistir o Lula, a Dilma e o PT – que nunca respeitaram nada e a ninguém – vestirem as sandálias da humildade e pedir respeito. Humildade que igualmente não faz parte do seu dicionário.
      Mais uma MENTIRA que “eles” contam para “nós”.
      Bem como a Dilma se referia aos adversários e falava dos seus, durante toda a campanha eleitoral (“nóix” e “eles”, ou “vossêix”).
      O que os fez mudar? Asinvestigações da Lava Jato?


      Marcelo Aiquel – advogado (07/03/2016)