Calote do governo Dilma pode quebrar bancos em 2018

Site O Financista, por Marcio Juliboni
29/02/2016

Luiz Cezar Fernandes fala baixo e pausadamente, embora sem timidez. Também gesticula com moderação e ri praticamente sem fazer barulho. Por isso, quem o visse atendendo a reportagem de O Financista, dificilmente imaginaria que, com aquela calma toda, o fundador do antigo Pactual e sócio de Jorge Paulo Lemann no lendário Garantia estava descrevendo um futuro horripilante para o Brasil. Até 2018, a dívida pública crescerá a uma velocidade tal que nem mesmo a inflação alta será capaz de corroê-la.

Só restará, então, uma saída para o Palácio do Planalto: decretar o calote oficial da dívida interna – e não apenas fazer cara de paisagem para o que os economistas chamam de “default branco”, aquele em que a dívida nominal é paga, mas já não vale nada, porque foi carcomida pela inflação.

O Financista: Em quanto tempo, o senhor acredita que a dívida pública vai estourar?
- Fernandes: Se você capitaliza a 16% ao ano, em cinco anos, dobrou a dívida. Certamente, nós chegaremos lá por volta de 2018. Antes disso, não. Mas, ali, em 2018, antes ou depois da eleição, estaremos nesse ponto.

Assassinato de Reputações, O caso Tarso Genro - A fábrica de dossiês do Governo do PT

          Tuma Júnior denunciou em seu livro "Assassinato de Reputações",  escrito com o jornalista Cláudio Tognolli (Editora Topbooks, 560 páginas) que sob o comando do ministro Tarso Genro, o Ministério da Justiça foi uma fábrica de dossiês e de atiradores de elite, contratados para assassinar reputações, sobretudo no RS.
          O Rio Grande do Sul, terra de Tarso Genro, onde pretendia e conseguiu eleger-se Governador, foi seu maior campo de experimentações.
          A mídia gaúcha produziu centenas e centenas de notas e reportagens, mas os episódios mais virulentos da sangria política envolveram de modo muito expressivo o Governo Yeda Crusius. Tudo está registrado no livro, "Cabo de Guerra", que denunciou com fatos e circunstâncias de que modo o então Ministro da Justiça, Tarso Genro, depois Governador do RS entre 2001 e 2014, usou seus Delegados da Polícia Federal para subjugar o Governo Yeda Crusius e também quebrar as pernas dos adversários dos outros Partidos, promovendo a mais devastadora campanha de assassinatos de reputação jamais vista no Estado.
         Tudo para aparelhar o Governo do PT com sua própria Polícia Política, intimidar e desmoralizar adversários, atemorizar os próprios companheiros e garantir a realização dos seus projetos pessoais de grandeza, entre os quais as conquistas do Governo do RS e da Presidência. 
         Ele só não conseguiu a Presidência.
        A Polícia Federal no RS, operada pelo Delegado Ildo Gasparetto, homem de confiança do então Ministro, mirou diretamente todas as suas armas sobre Yeda Crusius (PSDB), José Otávio Germano (PP), estes por conta da Operação Rodin e Eliseu Padilha (PMDB).
      Em seu livro "Assassinato de reputações”, o delegado Tuma Júnior confirma tudo o que o livro “Cabo de Guerra” conta e denuncia, ou seja, que sob o comando de Tarso Genro, o Governo Federal patrocinava a produção de dossiês contra adversários políticos. Ele usou e abusou da Polícia Federal, usando até mesmo Partidos alinhados ou laranjas.
       Está tudo no livro.
       Tuma Júnior avisou que tem provas do que publica. Ele é um policial experimentado. E também é filho do ex-Senador Romeu Tuma, chefe da Polícia Federal de São Paulo durante a ditadura militar, qualidade que o tornou carcereiro de Lula.
        Em relação a Lula, Tuma Júnior faz uma acusação mais grave. Afirma que ele foi "informante da ditadura":
        - Eu e o Lula vivemos juntos esse momento. Ninguém me contou. Eu vi o Lula dormir na sala do meu pai. Presenciei tudo.
         Tuma Júnior não só foi secretário de Tarso Genro no Ministério, como foi nomeado por ele Presidente da Comissão Nacional de Pirataria.      
          No dia 6 de setembro de 2010, quando Tarso era candidato ao Governo do RS, ele foi escalado para ajudar seu antigo chefe na campanha, programado para participar do evento sobre o Plano de Governo do PT no Estado, a Quinta Plenária.
          O Delegado revelou no seu livro que um dos alvos das campanhas de desmoralização (espionagem e formação de dossiês falsos) foi Marconi Perillo, governador de Goiás.
            - Só porque ele avisou o Lula da existência do mensalão.
             Outro alvo foi o Senador cearense Tasso Jereissati, também adversário do ex-Presidente. Tuma Júnior afirma que o pedido de ataque ao líder tucano partiu do hoje ministro Aloizio Mercadante.
         José Dirceu, apesar de aliado do mesmo Partido, foi alvo de chumbo grosso.
          Mais tarde, Tuma Júnior acabou caindo em desgraça, mas ele afirma que caiu do Governo não em razão dos supostos vínculos com a máfia chinesa, conforme vazamentos seletivos feitos pela Polícia Federal, mas por ter descoberto a "conta do mensalão" no exterior. Ela foi criada nas Ilhas Cayman e era operada pelo ex-Ministro da Casa Civil, depois preso na Papuda e em Curitiba, investigado, indiciado e julgado nos processos do Mensalão e do Petrolão.
           Eis a denúncia enviada para o Ministro da Justiça:
            - Mandei cópia para o ministro Tarso Genro apurar isso, e espero resposta até hoje... Será que fui defenestrado por ter chegado à conta caribenha do mensalão?
          Tuma Júnior afirma, ainda, noutro pacote de acusações,  que Celso Daniel foi alvo de um assassinato político e que recursos desviados na prefeitura de Santo André alimentavam campanhas do PT. Diz que isso foi dito a ele pelo Ministro Gilberto Carvalho.