Dica do editor - Um homem morre a cada 38 minutos devido ao câncer de próstata. Saiba como evitar.

Diagnóstico tardio é o principal fator

Dica do editor - Um homem morre a cada 38 minutos devido ao câncer de próstata. Saiba como evitar.

Mês mundial de combate à doença promove ações de conscientização para homens, com incentivo à quebra de estigmas machistas sobre o exame de toque retal, essencial para o diagnóstico da doença em fases iniciais.

O Instituto Nacional do Câncer (INCA), a cada 38 minutos no Brasil, um homem morre devido à neoplasia. Ainda segundo o instituto, por ser um tumor silencioso, a grande maioria dos casos é apenas diagnosticado em fase avançada. Cerca de 75% dos casos atingem homens com 65 anos ou mais e a doença mata mais de 15,5 mil brasileiros todos os anos.

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Novembro Azul: no Brasil, um homem morre a cada 38 minutos devido ao câncer de próstata;

Diagnóstico tardio é o principal fator

Mês mundial de combate à doença promove ações de conscientização para homens, com incentivo à quebra de estigmas machistas sobre o exame de toque retal, essencial para o diagnóstico da doença em fases iniciais 

 

Um dos maiores desafios no combate ao câncer de próstata é cultural: homens se cuidam menos e muitos têm preconceito em relação aos exames de rastreamento. Dentro desse cenário, conforme dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA), a cada 38 minutos no Brasil, um homem morre devido à neoplasia. Ainda segundo o instituto, por ser um tumor silencioso, a grande maioria dos casos é apenas diagnosticado em fase avançada. 

 

O câncer de próstata deve atingir 65.840 pessoas até o final de 2022. Cerca de 75% dos casos atingem homens com 65 anos ou mais e a doença mata mais de 15,5 mil brasileiros todos os anos. E com o atraso ainda maior nos exames, que ocorreu durante o período da pandemia, o cenário tende a se agravar, com uma tendência no aumento de diagnóstico apenas em estágios mais avançados.

 

O problema, apontam médicos e especialistas, é que muitos deixaram de detectar o câncer nos estágios iniciais, quando as chances de cura são mais altas e os tratamentos menos agressivos. Por conta disso, a conscientização do Novembro Azul se mostra ainda mais importante, comenta o oncologista Paulo Lages, do Grupo Oncoclínicas. “Ações informativas e práticas que estimulem os homens a buscarem o aconselhamento para diagnóstico do câncer de próstata, o segundo mais comum do Brasil, ainda em estágio inicial são sempre importantes, mas nesses dois anos se tornaram ainda mais fundamentais por conta da pandemia”, acredita. 

 

“A grande barreira para os homens é fazer esse acompanhamento médico de prevenção. Há grupos que precisam ficar ainda mais atentos, como aqueles com parentes de primeiro grau que tiveram a doença ou afrodescendentes devem fazer a partir dos 45 anos, por terem propensão maior ao risco de desenvolver tumores de próstata”, acrescenta o médico.

 

Mesmo quando os sinais de problemas se tornam inegáveis, em muitos casos o diagnóstico efetivo da doença só acontece após insistência de parceiras ou mulheres próximas aos pacientes. Não à toa, 70% das mulheres comparecem às consultas médicas do companheiro, segundo levantamento realizado pelo Centro de Referência em Saúde do Homem do Estado de São Paulo.

 

“Um dos principais objetivos do diagnóstico precoce, além de permitir a adoção de tratamentos menos invasivos e promover chances de cura que podem passar de 90% em cinco anos na doença localizada, é evitar que o paciente tenha outros impactos à saúde em geral. Pacientes que têm o diagnóstico precoce de um câncer de próstata sem nenhuma dor podem ter apenas acompanhamento médico, poupando-os de possíveis efeitos colaterais do tratamento cirúrgico ou radioterápico. Por outro lado, quando o câncer de próstata tem características mais agressivas e é identificado em estágios mais avançados, o tratamento indicado acaba sendo mais intenso, requerendo cirurgia, radioterapia, bloqueio hormonal ou quimioterapia. O bloqueio hormonal, é o pilar principal do tratamento da doença avançada e reduz a testosterona. A falta desse hormônio pode gerar elevação no risco de doenças cardiovasculares, impotência sexual e distúrbios cognitivos”, explica a oncologista Mariane Fontes, do Grupo Oncoclínicas. 

 

Entenda o Câncer de Próstata 

 

No Brasil, de acordo com o Inca, o tumor de próstata é o segundo mais comum entre homens – ficando atrás apenas do câncer de pele não melanoma. No começo, pelo fato dos sintomas serem silenciosos, o câncer de próstata é de difícil diagnóstico, já que a maioria dos pacientes apresentam indícios apenas nas fases mais avançadas da doença.

 

Casos familiares de pai ou irmão com câncer de próstata, antes dos 60 anos de idade, podem aumentar o risco de três a dez vezes em relação à população em geral.

 

“Quando aparentes, os sintomas detectados como dificuldade para urinar, presença de sangue na urina e parada de funcionamento dos rins indicam a presença de doença avançada, além de sintomas decorrentes da disseminação para outros órgãos, tal como dor óssea nos casos de metástases ósseas”, destaca Mariane Fontes.

 

Por apresentar sintomas mais evidentes quando a doença já apresenta evolução, é recomendável que homens a partir de 50 anos (e 45 anos para quem tem histórico da doença na família) façam anualmente o exame clínico (toque retal) e a medição do antígeno prostático específico (PSA) - feita em unidades de nanogramas por mililitro (ng/ml) por meio de um exame simples de sangue - para rastrear possíveis alterações que indiquem aparecimento da doença. Quando há suspeita da doença no organismo do homem, é indicada uma biópsia através de ultrassonografia transretal para a confirmação do diagnóstico. 

 

Como o câncer de próstata é tratado

 

O tratamento depende do estágio e da agressividade em que a doença se encontra. Eles devem ser projetados individualmente para cada paciente de acordo com o seu quadro clínico pessoal. “No caso em que a doença se encontra no estágio inicial e com características de baixa agressividade, o acompanhamento vigilante com consultas e exames periódicos deve ser discutido com o paciente, uma vez que é possível poupar os mesmos de algumas toxicidades que o tratamento causa”, pontua Paulo Lages. 

 

“Nos outros casos de doença localizada, a cirurgia, a radioterapia associadas ou não a bloqueio hormonal e a braquiterapia (também conhecida como radioterapia interna) pode ser realizada com boas taxas de resposta positiva”, completa Mariane Fontes. 

Quando os pacientes apresentam metástases, diversos tratamentos podem ser realizados, como o bloqueio hormonal, a quimioterapia, novos medicamentos que controlam os hormônios por via oral e também uma nova classe de remédios que são conhecidas como radioisótopos, partículas que se ligam no osso e emitem doses pequenas de radioterapia nestes locais.

 

Pesquisas mostram novas frentes de enfrentamento da doença 

Entre as boas notícias para os pacientes, os especialistas apontam importantes avanços no tratamento do câncer de próstata por meio de novas pesquisas e tecnologias. Segundo Paulo Lages, as principais conferências mundiais sobre câncer do mundo trouxeram estudos mostrando novas opções de tratamento para estes tipos de tumores. Entre as análises, ele destaca uma opção de tratamento até então indisponível para pacientes metastáticos que não respondem mais à terapia hormonal e que já fizeram quimioterapia, através de uma estratégia única. 

 

“A maioria dos tumores de próstata produz PSA. Além do exame de sangue, existe atualmente uma modalidade de imagem que se baseia em encontrar os locais onde existe a produção desse antígeno, através de um exame chamado PET-PSMA. O que essa estratégia apresentada em estudo trazido durante o Encontro Anual da Sociedade Americana de Oncologia Clínica (ASCO) faz é associar um radiofármaco (o Lutécio), que irá se ligar exatamente nesses lugares que estão produzindo o PSMA (PSA de membrana), funcionando como uma estratégia direcionada de tratamento para aqueles pacientes que são candidatos. Já havia dados mostrando que essa estratégia é capaz de reduzir o PSA, mas não sabíamos ainda se ela aumentava a sobrevida dos pacientes, e isso foi evidenciado neste estudo”, finaliza o Paulo Lages.

 

De novembro a novembro, é preciso estar sempre alerta aos sinais do câncer 

 

A informação é ferramenta determinante para desmistificar o câncer de próstata e incentivar a descoberta da doença em estágios iniciais. Não à toa, no Novembro Azul a tônica central das ações de conscientização traz o reforço da necessidade de um olhar atento para a realização de exames preventivos e consultas com especialistas.

 

Como estímulo a esse movimento, o Grupo Oncoclínicas promove a campanha De Novembro a Novembro, com uma série de ativações em plataformas digitais voltadas a um olhar positivo para o retorno das rotinas médicas no combate ao câncer de mama. Nas mídias sociais e por meio do hotsite especial https://www.grupooncoclinicas.com/movimentopelavida/, são disponibilizadas informações gerais sobre prevenção, diagnóstico e tratamento do câncer de próstata e outros que afetam amplamente a população masculina, direitos dos pacientes e outras dúvidas frequentes.

 

A iniciativa conta ainda com uma programação de conteúdos desenvolvidos por médicos especialistas voltados ao esclarecimento das principais dúvidas da população em geral, sobre os diferentes temas que se referem ao câncer.

 

Sobre a Oncoclínicas

Fundada em 2010, a Oncoclínicas (ONCO3) é o maior provedor de tratamento oncológico do Brasil e da América Latina. O grupo conta com 129 unidades, entre clínicas de especialidades, diagnóstico e prevenção do câncer, centros ambulatoriais de tratamento infusional e radioterapia, laboratórios de genômica, anatomia patológica e centros de alta complexidade (cancer centers), estrategicamente localizados em 35 cidades brasileiras. Desde sua fundação, a Oncoclínicas tem passado por um rápido processo de expansão, com o propósito de elevar e democratizar o acesso ao melhor tratamento oncológico.

 

O corpo clínico da Companhia é composto por mais de 2.700 médicos especialistas com ênfase em oncologia, além das equipes multidisciplinares de apoio, que são responsáveis pela linha de cuidado integral no combate ao câncer. A Oncoclínicas tem parceria exclusiva no Brasil como o Dana-Farber Cancer Institute, um dos mais renomados centros de pesquisa e tratamento do câncer no mundo, afiliado à Harvard Medical School, em Boston, EUA.

Dagoberto Godoy - PARA A RUA, EM NOME DA LEI E DA ORDEM!

FATO 1: A institucionalidade da democracia brasileira foi abalada pela partidarização do

STF, sua invasão sobre as esferas dos demais Poderes e a adoção de medidas

flagrantemente inconstitucionais, a par da inação conivente do Congresso Nacional,

omisso em sua obrigação de zelar pelos direitos e deveres dos Poderes invadidos.

FATO 2: Apesar de terem sido tachados de “golpistas”, Bolsonaro e os comandantes das

FFAA têm demostrado sua submissão à Constituição Federal.

FATO 3: O resultado da eleição presidencial está essencialmente comprometido pelas

ações irregulares da própria Justiça Eleitoral, especialmente em desrespeito ao direito

constitucional à liberdade de expressão. Entretanto, pouco ou nada há que fazer pelas

vias legais, diante do Fato 1.

FATO 3: Por reiteradamente declarado pelo PT e pelo próprio Lula, como fundador do

Foro de São Paulo e como candidato à Presidência da República, é inegável o seu objetivo

de instituir no País um regime semelhante ao “socialismo bolivariano”, afinado com as

diretrizes “globalistas”, em detrimento da economia de mercado e dos valores

tradicionais da família brasileira.

FATO 4: Uma parcela altamente significativa da população brasileira – do nosso Povo –

está revoltado e indignado diante dos fatos acima, o que manifesta publicamente, de

forma inédita na nossa história.

OPINIÃO 1: Em decorrência do citado desvirtuamento institucional, parece inviável uma

alteração no resultado da eleição, ainda mais diante da arquitetada blindagem técnica

das urnas eletrônicas contra qualquer auditoria que pudesse comprovar os indícios de

fraude.

OPINIÃO 2: A possibilidade da intervenção das FFAA “para repor a lei e a ordem”,

mediante a iniciativa do Art. 142 da CF, é polêmica, sendo altamente vulnerável à

caracterização como golpe de estado, salvo no caso da crise política se agravar com

desordem generalizada e impossibilidade do funcionamento da economia, paralizações

de serviços públicos, desabastecimento, eventuais saques etc.

OPINIÃO 3: A continuarem as manifestações populares dentro da ordem, como vem

ocorrendo, teremos a diplomação do eleito e a instalação do novo governo. Daí para a

frente, tudo dependerá das medidas governamentais, do estado da economia e da

resiliência da indignação da cidadania contra desrespeitos aos direitos constitucionais e

ataques aos valores tradicionais da cultura brasileira.

OPINIÃO 4: Em resumo, só o que pode nos livrar dessa perspectiva sombria é O POVO

NAS RUAS, EM MASSA, clamando pelo retorno da lei e da ordem!

Dagoberto Lima Godoy – RG 1004652077 (SSP-RS) 14/11/2022

Grand Round do Hospital Moinhos aborda novas tecnologias e o futuro da Neurologia e Neurocirurgia

 Cirurgia robótica, cirurgia fetal, implantes cerebrais e procedimentos que reduzem significativamente os sintomas da Doença de Parkinson, da epilepsia e as sequelas do AVC, e até lêem pensamentos estão entre as inovações apresentadas por especialistas gaúchos


E se você pudesse enviar um SMS ou fazer uma postagem nas redes sociais apenas com o pensamento? Parece algo que facilitaria a vida de qualquer pessoa. Em dezembro do ano passado, um australiano paralítico de 62 anos, que sofre de esclerose lateral amiotrófica (ELA), fez o primeiro tweet a partir de um implante cerebral capaz de capturar pensamentos e decodificá-los. A inovação devolveu ao paciente a capacidade de se comunicar e esta tecnologia tem sido estudada em uma grande pesquisa, com uma enorme promessa de devolver a comunicação dos pacientes.

O case foi uma das tendências apresentadas na edição de novembro do Grand Round do Hospital Moinhos de Vento. Com o tema “Novas Tecnologias em Neurologia e Neurocirurgia: Precisão é o Estado da Arte”, o evento abriu espaço para que os especialistas da instituição apresentassem casos clínicos que demonstram o que há de mais moderno no diagnóstico e tratamento de pacientes neurológicos.

O neurocirurgião convidado, Demetrius Klee Lopes, diretor do Programa de Neurocirurgia Vascular e Neurointervenção e da Rede de AVC dos hospitais Advocate Aurora nos Estados Unidos, falou sobre o futuro do diagnóstico e tratamento de pacientes neurológicos. Além do chip que “lê pensamentos”, o especialista citou pesquisas recentes que vem realizando com trombectomia robótica à distância, um cateterismo cerebral controlado por um joystick para pacientes nos quais o tempo de deslocamento até um centro avançado de AVC inviabilizaria o tratamento. Além disso, o uso de radiofrequência por fora da cabeça para quebra de coágulos  que obstruem a circulação no tratamento do AVC isquêmico já vem sendo estudada, com potencial de ser usado na ambulância, antes do paciente chegar ao hospital.

Demetrius, que é gaúcho radicado nos Estados Unidos, foi o palestrante convidado para o evento e dividiu o espaço com os especialistas que atuam no Hospital Moinhos de Vento. A chefe do Serviço de Neurologia e Neurocirurgia do Hospital Moinhos de Vento, Sheila Martins, que assumiu na última semana a presidência da World Stroke Organization (WSO), única organização mundial focada em acidente vascular cerebral, destacou que o Rio Grande do Sul tem profissionais que são referência mundial em suas especialidades.

“A inovação, a tecnologia e a expertise dos nossos médicos faz com que, hoje, nós tenhamos muitos recursos para tratar pacientes com doenças que antes não conseguíamos tratar. E mais do que isso, tratamos com precisão, porque os equipamentos modernos nos permitem acessar os alvos com maior facilidade numa área tão delicada como a neurocirurgia. Então, existe tecnologia, existe expertise e nós temos tudo isso aqui no hospital. Em muitos casos, são eles que desenvolvem técnicas e procedimentos para o tratamento dos pacientes copiadas por outros países”, explicou.

O neurocirurgião Alexandre Reis relatou o caso de pacientes submetidos à cirurgia para Doença de Parkinson, na qual o implante de eletrodos conseguiu reduzir os sintomas como tremores e problemas de mobilidade. O especialista explicou que a chamada neurocirurgia funcional une precisão e tecnologia para obter os resultados que impactam na qualidade de vida e evitam o avanço da patologia.

Para os casos de AVC, o neurointervencionista Paulo Eloy Passos Filho explicou como funciona a trombectomia para o tratamento de pacientes que buscam o atendimento fora da janela indicada para a utilização do trombolítico endovenoso. A técnica consiste na aspiração do coágulo ou remoção por meio de um stent. Porém a alta precisão das imagens no diagnóstico é fundamental para a opção por este tipo de terapia entre 8 e 24 horas do início dos sintomas.

O neurocirurgião robótico Arthur Pereira Filho relatou dois recentes procedimentos realizados no Hospital Moinhos de Vento e inéditos na América Latina: uma artrodese de coluna lombar, a primeira neurocirurgia robótica do continente, e uma biópsia de lesão cerebral, a primeira robótica de crânio. Entre as vantagens para os pacientes, além de maior precisão e mais segurança, o tempo de recuperação é mais rápido. 

O especialista em epilepsia Eliseu Paglioli Neto trouxe casos de crianças que chegavam a ter mais de 30 convulsões por dia e que, após serem tratadas com a calosotomia, não tiveram mais crises. Porém, o neurocirurgião ressaltou que é preciso identificar as causas da doença para escolher a estratégia para enfrentá-la, o que reforça a importância de um diagnóstico preciso.

Por fim, o também neurocirurgião pediátrico Jorge Bizzi explicou como são realizadas as cirurgias fetais para o tratamento de mielomeningocele, um defeito de fechamento da coluna que causa lesão progressiva na medula nervosa e no cérebro, com graves consequências como hidrocefalia (acúmulo de líquido no cérebro) e dificuldade ou perda total da capacidade de caminhar. O médico realizou dois procedimentos deste tipo no Hospital Moinhos de Vento nos últimos meses. Ele explicou que, apesar de mais complexa, os resultados são melhores quando a cirurgia é realizada quando o bebê está ainda no útero da mãe.

O superintendente médico, Luiz Antonio Nasi, encerrou o Grand Round com um resgate da história da Neurocirurgia no Rio Grande do Sul homenageando quatro neurocirurgiões, pais dos palestrantes. Nasi recordou que, em 1930, Eliseu Paglioli introduziu a Neurocirurgia no então Hospital Alemão, hoje Hospital Moinhos de Vento. Todas as edições do Grand Round estão disponíveis no canal do Hospital Moinhos de Vento no YouTube. 


Flórida vira novo epicentro financeiro dos EUA

Número de hedge funds - empresas de fundos de cobertura - ativos no estado pulou de 211 em 2019 para quase 400 em 2022.

A chegada de grandes empresas como Citadel e Citadel Securities abre espaço para um cenário animador para a Flórida conquistar uma força econômica que não seja apenas focada no turismo. Este fator consolida o estado como um centro importante para empresas de fundos de cobertura, as chamadas "hedge funds" – investimentos que operam com diferentes ativos e estratégias, poucas restrições, diferente do investimento tradicional, e focam em proteger capital e gerar alto retorno.

Após a mudança de endereço das empresas de Ken Griffin, outras companhias voltaram seus olhares para Flórida. Segundo dados do Preqin Pro, em 2019 havia 211 "hedge funds" ativos na Flórida. Já no acumulado de 2022, esse número pulou para quase 400. Sendo assim, nomes como Balyasny Asset Management, ExodusPoint Capital Management, Millennium Management, Elliott Management e Aurelius Capital Management agora possuem escritórios ou sede na Flórida.

Em setembro de 2022 o CEO da FTX, Sam Bankman-Fried, anunciou que a exchange de criptomoedas mudará a sede para Miami. Vale lembrar que a empresa chegou em Chicago no começo desse ano. Outra que escolheu a Flórida como novo endereço é a fintech FundKite, que mantém um escritório em Nova Iorque.

Recentemente, Ale Resniko, CEO da Belong, startup imobiliária, anunciou que a empresa sairá da Califórnia e se estabelecerá em Miami. Diversas instituições dos setores de aeronaves, cruzeiros e hotéis também possuem em seus planejamentos a transferência para a Flórida. Além disso, a revolução do trabalho remoto estabelece uma nova possibilidade de escolhas para pessoas físicas e jurídicas e é um dos fatores que impulsiona essa migração para a Flórida.

De acordo com Daniel Ickowicz, diretor de vendas da Elite Internacional Realty, – consultoria imobiliária que atua há mais de 30 anos nos Estados Unidos – a Flórida pode ser um epicentro do setor financeiro dos Estados Unidos. “Para alguns economistas, por exemplo, Miami já é considerada a "Wall Street do Sul". Claro que há uma longa jornada para que Flórida seja considerada efetivamente uma alternativa ao polo empresarial de Nova Iorque, mas aqui existem diversas oportunidades para o mercado, com diferentes possibilidades para empresas pequenas, médias e grandes. Os empresários estão empolgados com essa mudança para a Flórida e já assinam longos contratos para permanecerem na região”, comenta Ickowicz.

Diante desse cenário, empresas grandes e influentes ajudam a impulsionar a região, o que impacta também no estilo de vida da população local e pode gerar muitas oportunidades de emprego, uma vez que a chegada de novos empresários ao estado prospecta a migração de outras empresas e consequentes novas vagas.


 

Direito à manifestação e protesto é constitucional, afirma especialista

Advogado Fabio Tavares Sobreira defende que manifestantes exercem direito de exigir acesso e esclarecimentos sobre as eleições

 

No último dia (11), os comandantes das Forças Armadas divulgaram uma nota conjunta em que afirmam que "são condenáveis tanto eventuais restrições a direitos, por parte de agentes públicos, quanto eventuais excessos cometidos em manifestações que possam restringir os direitos individuais e coletivos ou colocar em risco a segurança pública". Diante do que está acontecendo nas ruas -- e do posicionamento das Forças Armadas --, porém, muitos se perguntam: até onde o Supremo Tribunal Federal (STF) pode interferir para restabelecer a ordem?

 

Para o advogado e professor de Direito Constitucional Fabio Tavares Sobreira, “o STF não pode reprimir as Forças Armadas por se posicionarem a favor dos manifestantes que estão exercendo o seu direito legítimo e constitucional de se expressar, reunir-se e, principalmente, de exigir o acesso e esclarecimentos sobre as eleições, já que o acesso às informações também é um direito líquido e certo -- e, para muitos, essas informações ainda não são claras”.

 

“Sem prejuízo, não podemos esquecer que as Forças Armadas são instituições nacionais permanentes e regulares, sob a autoridade suprema do Presidente da República -- logo, compete ao STF tão somente processar e julgar os comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica nas infrações penais comuns e nos crimes de responsabilidade, desconexos, com eventuais crimes de responsabilidade praticados pelo presidente da república, observado, sempre o devido processo legal”, complementa. O advogado reitera que “no cenário que se apresenta não há indício da prática delitiva de crime comum ou de responsabilidade por parte de um dos comandantes das três armas”.

 

Se os militares não desobstruírem as vias e dispersar manifestantes, porém, quais medidas -- além da multa -- podem ser tomadas?

 

“Temos que observar a finalidade das manifestações e ponderar com as bases de nossa Constituição Federal -- que estabelece expressamente os deveres e os direitos a serem observados por todos os brasileiros e que devem ser assegurados pelas instituições, especialmente no que tange à livre manifestação do pensamento; à liberdade de reunião, pacificamente; e à liberdade de locomoção no território nacional.”

 

Fabio Tavares Sobreira cita a Lei nº 14.197, de 1º de setembro de 2021: “Não constitui crime […] a manifestação crítica aos poderes constitucionais nem a atividade jornalística ou a reivindicação de direitos e garantias constitucionais, por meio de passeatas, de reuniões, de greves, de aglomerações ou de qualquer outra forma de manifestação política com propósitos sociais”. 

 

Neste cenário, como proteger os direitos de todos e salvaguardar também o direito de ir e vir da população? “Em síntese”, afirma o especialista, “este é um caso clássico de excludente de ilicitude -- logo, a única esfera de providências é a administrativa e não penal como muitos defendem, ao meu ver, equivocadamente”. 

 Fabio Tavares Sobreira, advogado publicista e professor de Direito Constitucional. Mestrando em Gestão e Políticas Públicas pela FGV. Pós-graduado em Direito Público. Autor e coautor de obras jurídicas.

Sobre a M2 Comunicação Jurídica:

A M2 Comunicação Jurídica é uma agência especializada nos segmentos econômico e do Direito. Contamos com diversas fontes que atuam em âmbito nacional e internacional, com ampla vivência nos mais diversos assuntos que afetam a economia, sociedade e as relações empresariais.