O drama do vereador Valter Nagelstein

O vereador Valter Nagelstein, MDB, ex-presidente da Câmara e ex-secretário municipal da Indústria e Comércio, foi o principal protagonista dos eventos dramáticos que resultaram na aprovação, esta madrugada, do novo IPTU de Porto Alegre.

Ele abriu o dia com pedido de licença, obedecendo ordens médicas de se submeter a severo check up, tudo relacionado com problemas de saúde decorrentes da severa cirurgia de diverticulite a que se submeteu há um ano. O pedido foi fustigado por adversários do vereador, que é candidato a candidato a prefeito de Porto Alegre. "Ele fugiu para não votar o novo IPTU", denunciaram vereadores e deputados do Novo e do PT. Nagelstein era considerado voto certo contra o aumento.

Acontece que surpreendentemente, o vereador reapareceu no plenário, incomodado com as cobranças, que não partiram apenas do Novo e do PT.

Ele estava disposto a manter seu voto contrário, mas foi atropelado por uma tensa reunião da bancada do MDB, o seu Partido, que fechou questão pelo voto a favor. Nagelstein chegou a trocar empurrões com seu colega André Carus. No plenário, o estado de saúde do vereador foi piorando e o vereador dr. Goulart resolveu intervir. A pressão de Nagelstein chegou ao pico de 18 x 12 e os batimentos cardíacos oscilaram entre 100 e 120 batimentos por minuto. Ele foi levado às pressas para o ambulatório, atendido e medicado pela médica de plantão.

O vereador foi dispensado por ordem médica. A vereadora e secretária municipal Comandante Nádia, que já tinha entrado no lugar de Nagelstein na parte da tarde, voltou a fazer isto na madrugada e votou a favor do prefeito.

Nesta terça-feira ele buscou ajuda do seu médico pessoal, mas se recupera.

Brasil incentiva apoio a Guaidó contra Maduro

O governo brasileiro está incentivando todos os países a se colocarem ao lado do autoproclamado presidente interino da Venezuela, Juan Guaidó, e pela saída do presidente Nicolás Maduro do poder.

Em nota divulgada nesta terça-feira, o porta-voz da Presidência da República, Otávio do Rêgo Barros, disse que “o Brasil acompanha com grande atenção a situação na Venezuela e reafirma o irrestrito apoio ao seu povo que luta bravamente por democracia”.

“Exortamos todos os países, identificados com os ideais de liberdade, para que se coloquem ao lado do Presidente Encarregado Juan Guaidó na busca de uma solução que ponha fim na ditadura de Maduro, bem como restabeleça a normalidade institucional na Venezuela”, diz a nota da Presidência.

Há relatos de confrontos entre manifestantes e forças de segurança nas ruas da capital do país, Caracas, após Guaidó afirmar que tem o apoio dos militares para, segundo ele, conseguir "o fim definitivo da usurpação" do governo de Nicolás Maduro. A partir da divulgação do anúncio de Guaidó pelas redes sociais, venezuelanos contrários e favoráveis a Maduro tomaram as ruas da capital venezuelana.

O presidente Jair Bolsonaro se reúne, no início desta tarde, com ministros de Estado e o vice-presidente Hamilton Mourão, no Palácio do Planalto, para tratar da situação da Venezuela.

Combates nas ruas de caracas

As ruas de Caracas foram tomadas por confrontos nesta terça-feira horas após o presidente autoproclamado da Venezuela, Juan Guaidó, ter convocado a população a se manifestar contra o regime de Nicolás Maduro. Guiadó anunciou o apoio de militares para derrubar o governo e deu início à fase final da chamada Operação Liberdade.

Maduro acusa os oposicionistas de tentativa de golpe. Ele postou que militares demonstraram "total lealdade ao povo, à Constituição e à Pátria". Também convocou às ruas a população que o apoia. "Venceremos", escreveu o chavista em rede social.

Ainda pela manhã, grupos de manifestantes tentaram entrar na principal base aérea do país, a Generalísimo Francisco de Miranda, conhecida como La Carlota. O local foi escolhido como ponto de apoio a Guaidó.

A base La Carlota fica na região leste de Caracas, a cerca de 13 quilômetros do Palácio Miraflores, sede do governo. Em 2002, o local foi declarado zona de segurança militar. Os voos para lá estão proibidos desde 2014, de acordo com o jornal colombiano "El Mundo". 

O presidente autoproclamado surpreendeu ao aparecer nas imediações de La Carlota em companhia de Leopoldo López, o líder da oposição que estava em prisão domiciliar, foi libertado e reapareceu em público pela primeira vez justamente nesta terça.

Saiba como votaram os vereadores

A favor 

O MDB deu  todos os 5 votos, o DEM colaborou com dois votos, PP somente um.Os outros votos: PSDB, 2; PTB, 3; PRB, 2; Pros, PSB e PSC, um cada um.

CLAUDIO CONCEICAO (DEM) SIM

NELCIR TESSARO (DEM) SIM

REGINALDO PUJOL (DEM) SIM

ANDRÉ CARUS (MDB) SIM

COMANDANTE NÁDIA (MDB) SIM

IDENIR CECHIN (MDB) SIM

LOURDES SPRENGER (MDB) SIM

MENDES RIBEIRO (MDB) SIM

JOÃO CARLOS NEDEL (PP) SIM

ALVONI MEDINA (PRB) SIM

JOSÉ FREITAS (PRB) SIM

PROFESSOR WAMBERT (PROS) SIM

AIRTO FERRONATO (PSB) SIM

HAMILTON SOSSMEIER (PSC) SIM

MOISÉS BARBOZA (PSDB) SIM

RAMIRO ROSÁRIO (PSDB) SIM

CASSIO TROGILDO (PTB) SIM

DR. GOULART (PTB) SIM

GIOVANE BYL (PTB) SIM

LUCIANO MARCANTÔNIO (PTB) SIM

PAULO BRUM (PTB) SIM

MAURO PINHEIRO (REDE) SIM



Contra 

Foram quatro votos do PT, três do PDT, três do Psol, dois do PP, um do PSB e um do Novo

FELIPE CAMOZZATO (NOVO) NÃO

JOÃO BOSCO VAZ (PDT) NÃO

MAURO ZACHER (PDT) NÃO

MARCIO BINS ELY (PDT) NÃO

CASSIÁ CARPES (PP) NÃO

RICARDO GOMES (PP) NÃO

PAULINHO MOTORISTA (PSB) NÃO

KAREN SANTOS (PSOL) NÃO

PROF. ALEX FRAGA (PSOL) NÃO

ROBERTO ROBAINA (PSOL) NÃO

ADELI SELL (PT) NÃO

ALDACIR OLIBONI (PT) NÃO

ENGo COMASSETTO (PT) NÃO

MARCELO SGARBOSSA (PT) NÃO