Hospital Moinhos de Vento conduz no Brasil pesquisa internacional sobre AVC hemorrágico

Estudo está recrutando pacientes em 10 cidades brasileiras 

Pacientes de 11 centros brasileiros especializados em Acidente Vascular Cerebral (AVC) podem participar de um dos maiores estudos de prevenção secundária de AVC hemorrágico do mundo — no Brasil, o projeto é conduzido pelo Hospital Moinhos de Vento voltado para o Sistema Único de Saúde (SUS). As cidades participantes são: Porto Alegre, Curitiba, Joinville, São José do Rio Preto, Ribeirão Preto, São Paulo, Brasília, Fortaleza, Bahia e Botucatu. 

Para se candidatar, é necessário ter histórico de AVC hemorrágico ao longo da vida, ser maior de 18 anos, ter pressão alta e não possuir doenças relacionadas ao rim e fígado. A estimativa de inclusão global é de 1,5 mil pacientes, sendo que o Brasil tem a meta de abranger 200 pacientes das regiões Sul, Sudeste e Nordeste até o final de 2023. Os interessados em participar da pesquisa podem entrar em contato com a Rede Brasil AVC por meio do WhatsApp.

De acordo com a investigadora principal do estudo e chefe do Serviço de Neurologia e Neurocirurgia do Moinhos de Vento, Sheila Martins, os resultados poderão contribuir para a introdução de uma medicação anti-hipertensiva de baixo-custo no SUS e com taxa de adesão significativa, além de ter possibilidade de produção em laboratórios públicos.

A participação brasileira é fundamental para garantir a representatividade da amostra, destaca a neurologista vascular do Moinhos de Vento e líder médica da iniciativa no Brasil, Ana Cláudia de Souza: "Nosso país tem uma amostra étnica ampla, garantindo características genéticas diversas e com um sistema de saúde universal. Temos uma rede de pesquisa nacional forte na área de AVC com pessoas interessadas em mudar e qualificar o atendimento. Além de contribuir internacionalmente, temos o potencial de incluir um novo medicamento, de baixo custo, eficaz e de tomada única, eliminando a dificuldade dos pacientes de tomar vários medicamentos ao longo do dia”.

 

Projeto TRIDENT

O estudo TRIDENT (sigla em inglês para "Estudo da Terapia Tripla para Prevenção de Eventos Recorrentes de Doença Cerebral Intraparenquimatosa") é coordenado internacionalmente pelo The George Institute for Global Health, da Austrália, e tem como objetivo fornecer evidências do impacto do tratamento a nível global. 

Para isso, investiga a combinação de medicamentos anti-hipertensivos em uma única pílula para a diminuição da recorrência do AVC hemorrágico, uma das formas mais graves e responsável por 10% das reincidências de AVC no mundo. O estudo teve início em 2017 e atualmente é realizado na Austrália, China, Inglaterra, Taiwan, Malásia, Singapura, Sri Lanka, Holanda, Suécia e Brasil.

O Projeto TRIDENT testa o efeito de uma combinação de três medicamentos anti-hipertensivos de baixa dosagem, em uma pílula única, para avaliar se o melhor controle da pressão arterial previne novos eventos, como AVC isquêmico e hemorrágico, doenças do coração e, consequentemente, a taxa de mortalidade. 

 

Relação das cidades que estão recrutando participantes:

Porto Alegre (RS): Hospital Moinhos de Vento e Hospital de Clínicas de Porto Alegre;

Curitiba (PR): Instituto Flumignano;

Joinville (SC): Hospital Municipal São José,

São José do Rio Preto (SP): Hospital das Clínicas;

Ribeirão Preto (SP): Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto;

São Paulo (SP): Hospital Universitário da UNIFESP;

Brasília (DF): Hospital Base de Brasília;

Fortaleza (CE): Hospital Geral de Fortaleza;

Bahia (BA): Hospital da Bahia;

Botucatu (SP): Hospital das Clínicas de Botucatu. 


Os bolsonaristas abordaram mais o 7 de setembro no Twitter do que a esquerda.

 O termo "imbrochável" foi mais citado que palavras como bicentenário, pátria, brasileiros, família e bandeira.

Análise realizada pela Vox Radar, empresa especializada no monitoramento de dados das redes sociais mostra que, encomendada pela startup de comunicação corporativa O Pauteiro, aponta que entre cerca de 100 mil perfis que postaram sobre o Dia da Independência, 24% sinalizam apoio a Jair Bolsonaro nas redes, enquanto aproximadamente 20% apresentam viés de esquerda. Ainda de acordo com o levantamento, quase metade dos usuários não sinalizam posicionamento político, enquanto 7% são alinhados com políticos de direita, mas fora do bolsonarismo.

 Até às 18h, "independência" foi o termo mais utilizado no Twitter em relação ao 7 de setembro. A palavra foi utilizada em 27 mil postagens e esteve em destaque com outros termos como: Brasil, presidente e Bolsonaro. Já os termos imbrochável (com Ch) e imbroxável (com X), inseridos no vocabulário das manifestações após o discurso de Jair Bolsonaro em Brasília. Ao todo, o adjetivo gritado pelo presidente foi utilizado em cerca de 7,5 mil postagens, contra foram mais citados que palavras como bicentenário (4,8 mil), pátria (2,1 mil), brasileiros (2,6 mil), família (1,3 mil) e bandeira (2,6 mil).

Perfis de gênero masculino foram responsáveis por aproximadamente 43% das postagens no Twitter. Perfis de usuárias do gênero feminino foram responsáveis por cerca de 20% das publicações. O restante dos usuários não identifica o gênero na rede. Já os estados com maior quantidade de postagens foram São Paulo (27%), Rio de Janeiro (17%), Minas Gerais (8%), Rio Grande do Sul (5,6%), além dos Distrito Federal (5,5%).

Até o final da tarde, o impacto no Twitter foi de aproximadamente 1,5 milhão de interações, seguido pelo Facebook que teve 1 milhão. A liderança ficou por conta do Instagram, com 3,5 milhões de posicionamentos.

Políticos no Parcão

 Políticos carimbados não costumavam ser bem recebidos no Parcão, mas, agora, os manifestantes querem eleger representantes que estejam afinados com Bolsonaro.

Ao contrário das manifestações anteriores no Parcão, Porto Alegre, os atos de ontem pelo 7 de Setembro foram marcados pela maciça presença de políticos, sobretudo candidatos.

A surpresa do dia foi o candidato a governador Onyx Lorenzoni, que falou e foi aplaudido.

O principal carro de som da tarde, no qual se apresentou novamente a Banda Loka Liberal, esteve sob o comando de Paula Cassol, advogada, candidata a deputado estadual pelo PL. Ela é uma das principais líderes dos movimentos bolsonaristas de rua, pelo menos desde 2015. O candidato a governador, Roberto Argenta, PSC, esteve em outro carro de som.

A tarde não foi apenas de líderes do PL, mas também de outros Partidos. Osmar Terra, MDB, discursou com força. Outros candidatos circularam em meio a multidão de 100 mil manifestantes, como foram os casos do Tenente-Coronel Zucco, Fernanda Barth, Felipe Pedri e Gustavo Vitorino.