Artigo, Fábio Jacques, especial para este blog - Precisamos de Grandes Ideias Mobilizadoras.


As manifestações deste domingo foram uma verdadeira apoteose, levando-me a pensar em tecer algumas considerações sobre o fato em si, extrapolando para outros aspectos de nossa vida normal, inclusive a empresarial.
As ruas se encheram de brasileiros gritando por mudanças.
O mote do momento foi a pressão pelo impeachment de Gilmar Mendes, mas a reboque vieram outras pautas não menos importantes, como o impeachment de vários outros ministros do supremo, talvez uns 10, a prisão em segunda instância, o fim da corrupção, o pacote anticrime de Sérgio Moro ouo apoio às reformas modernizadoras do estado brasileiro.
Subjacente a toda esta grita popular pairava a crença que cada dia mais se consolida, de que o Brasil está caminhando para seu destino como um país decente, próspero, com maiores oportunidades para todos e com um futuro muito mais alvissareiro para nossas futuras gerações. O verdadeiro patriotismo,casado com o orgulho de ser brasileiro, está ressurgindo e se cristalizando como tatuagem nas circunvoluções cerebrais das pessoas. Talvez indelevelmente.
Todos vislumbramos perfeitamente as tortuosidades do caminho riquíssimo em obstáculos a ser percorrido, mas a cada dia que passa, mais pessoas se convencem de que o timoneiro sabe o que está fazendo, que é possível acreditar nas suas decisões e que o barco chegará, com certeza, a um porto seguro. E, portanto, que vale a pena unir forças com ele.
A mensagem daquele deputado do baixo clero que, contra qualquer aposta, conseguiu mobilizar a maioria da população votante, continua a encantar mais e mais pessoas porque tem se mantido escrupulosamente coerente. Foi uma Ideia aglutinadora, Atratora, que começa a se confundir com o próprio emissor. Ele se torna a cada dia mais líder, ou seja, a corporificação da própria Ideia. Mas o que continuamos seguindo são as Ideias e não ele. No dia em que deixar o governo, queremos que a Ideia permaneça.
Ao mesmo tempo recrudescem os ataques daqueles cinco grupos que estão perdendo suas benesses e seu status de todo poderosos inatingíveis pelo braço da lei, quais sejam, os quatro citados pelo próprio Políbio Braga como as bestas do apocalipse: políticos corruptos, empresários corruptores, mídia comprada, magistrados omissos ou coniventes, aos quais acrescento um quinto, não menos importante, que é o ainda grande exército de semoventes zumbis lobotomizados.
Se observarmos atentamente, tudo está se consolidando em torno de duas ideias antagônicas. Uma que mobiliza para as mudanças e outra que prega a perpetuidade do antigo status quo. Uma que seduz por proporcionar a oportunidade de, por nós mesmos, fazermos o nosso próprio futuro e outra que continua tentando nos convencer de que precisamos continuar dependentes daqueles que se julgam no direito de pensar e decidir tudo por nós.
A primeira tem o poder de provocar mudanças radicais. Ela conclama para a ação, para o trabalho, para a luta pelos direitos, para a liberdade e para a auto busca do progresso pessoal. É uma verdadeira Ideia Atratora porque tem o poder de mobilizar pessoas completamente diferentes em torno de um propósito comum. Ela consegue igualar os desiguais. A outra conduz ao marasmo da dependência e ao desânimo pordesacreditar que após tantos anos, o mesmo discurso, que uma vez encantou grande parte da população, mas que na prática se revelou um grande fracasso, possa proporcionar qualquer mudança positiva.
Seja no país, nos grupos sociais, nas famílias, nas igrejas ou nas empresas, pessoas seguirão ideias e se mobilizarão no seu entorno enquanto estas ideias atenderem às suas próprias aspirações.
Estamos vivenciando no país uma Ideia Mobilizadora que arranca as pessoas de sua zona de conforto levando-as às ruas para gritar por mudanças ao mesmo tempo em que se prontificam a se doarem voluntariamente e gratuitamente pela causa.
Como executivo e consultor de empresas na área de Gestão Empresarial, vejo com alegria que cada dia mais empresas estão se empenhando em criar Ideias Atratoras através das quais as pessoas passam a acreditar e a cerrar fileiras com elasaplicando toda a sua energia na realização dos propósitos comuns. E, coincidentemente ou não, muitas destas Ideias se espelham no fenômeno ideológico que começa a tomar conta do país.
Precisamos acreditar que é possível mudar tudo para melhor,que as pessoas podem, com relativa facilidade, aderir a uma Ideia que lhe pareça boa e sincera. Só não vão aceitartraição. Jamais. A recuperação da crença perdidapode se tornar impossível. Vira uma questão de desamor como estamos constatando nas manifestações onde muitos esbravejam contra aqueles nos quais há pouco tempo acreditaram,por cujos ideais lutaram e pelos quais acabaramsendo traídos.
Uma Ideia Atratora exige muita responsabilidade e coerência. Tem que ser cuidadosamente elaborada, mesmo porque estará sempre na berlinda e, assim como pode ser seguida e aclamada, pode cair em descrédito e ser desbaratada. É um passo importantíssimo que deve ser dado com segurança e certeza de que poderá ser mantido até as últimas consequências.
Uma Ideia Atratora é espantosamente motivadora. E recompensadora. Gratificante.
Vale a pena lutar por ela.
O autor é diretor da FJacques - Gestão através de Ideias Atratoras e autor do livro “Quando a empresa se torna azul – O poder das grandes Ideias”.
www.fjacques.com.br -  fabio@fjacques.com.br
Whatsapp: 9725 6254

PPP entre Unicred e Faculdade de Medicina da Ufrgs


Por meio de contrato de Parceria Público-Privada – a primeira nos mais de 120 anos de existência da Faculdade de Medicina - realizada pela UFRGS com a Unicred Porto Alegre.  A cooperativa equipou o laboratório com mobiliário e 27 computadores de última geração.
     
Será inaugurado no próximo dia 19/11, às 14hs, o novo Laboratório de Informática da Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, resultado da primeira Parceria Público-Privada entre a UFRGS e a Unicred Porto Alegre, a maior cooperativa do Sistema Unicred RS, exclusiva da área da Saúde. O contrato também prevê outra série de melhorias e inovações na FAMED nos próximos 10 anos.

O novo laboratório, localizado no piso térreo da FAMED (Rua Ramiro Barcelos nº 2400), tem capacidade para 24 alunos. São 27 computadores de última geração, dois televisores, e uma impressora de alto desempenho, equipamentos necessários aos estudantes e professores em sua busca pelo conhecimento dentro da universidade.

Para o presidente da Unicred Porto Alegre, José Cesar Boeira, as universidades públicas no País, de um modo geral, estão carentes de novos investimentos, tanto em instalações, quanto em equipamentos, fundamentais para garantir a qualidade no ensino. Uma das saídas para melhorar as condições dos ambientes de ensino, hoje, segundo ele, são as PPPs. “Temos certeza de que, a partir desta parceria, cujo resultado estamos celebrando, outras universidades começarão a repensar suas parcerias com a iniciativa privada”, afirma.

Com experiência em Capacitação e Uso de Sistemas, Sistemas de Informações e Gestão de Informações, o técnico em assuntos educacionais da UFRGS e coordenador de Infraestrutura e Tecnologia da Informação da Faculdade de Medicina, Carlos Ernesto Rech, comemora, com transparente satisfação, a abertura do Novo Laboratório de Informática da FAMED.

“Esta parceria é um marco no relacionamento da UFRGS com a iniciativa privada. Seu resultado é um reaparelhamento em alto nível, com a ampliação significativa dos recursos disponíveis para o processo de ensino da Faculdade de Medicina, afirma. Hoje, com a parceria da Unicred Porto Alegre, vemos o início uma nova fase: uma estrutura moderna, com equipamentos de última geração, que estarão disponíveis aos alunos dos turnos da manhã, tarde e noite”, conclui.

Sobre a Unicred Porto Alegre
A Unicred é uma instituição financeira cooperativa que atua no âmbito financeiro exclusiva para profissionais da área da saúde, concedendo empréstimos, financiamentos, aplicações financeiras, seguros, previdência e cartões aos seus cooperados por meio de uma gestão participativa, democrática e transparente. A Unicred Porto Alegre possui mais de R$ 1 bilhão de ativos, conta com 18 agências que atendem mais de 15 mil cooperados. Para mais informações, acesse www.unicred.com.br/poa ; Facebook e Instagram @unicredportoalegre .

Marchezan Júnior homenageia Cezar Busatto ao promulgar sua Lei da Resiliência


Amigos e familiares do ex-deputado estadual e secretário de Governança de Porto Alegre Cezar Busatto lotaram o Salão Nobre do Paço dos Açorianos, na manhã desta segunda-feira, 18, para acompanhar a sanção do projeto de lei que institui o Plano de Resiliência no Município de Porto Alegre. A lei leva o nome de Busatto, já que foi ele quem idealizou o plano para a capital gaúcha. O prefeito Nelson Marchezan Júnior, que sancionou o projeto na íntegra, lembrou da vida política do deputado. “Era apaixonado pela politica no sentido mais nobre e mais amplo, de conversar e construir. A curtição da vida dele era estar no meio desta ‘muvuca’ que é a política. E disso extraía coisas do bem”, disse o prefeito.

À frente da Secretaria de Governança, em 2013, durante a gestão de José Fortunati como prefeito, Busatto buscou referências internacionais que serviram de base para a implementação do Plano de Resiliência em Porto Alegre. A iniciativa da homenagem é do vereador Cassio Trogildo. “Graças ao trabalho iniciado por Cezar Busatto, Porto Alegre integra, desde 2013, o desafio Cem Cidades Resilientes, um projeto mundial instituído pela Fundação Rockefeller que tem por objetivo aprimorar a resiliência das cidades”, explica o vereador. Metrópoles como Londres, Nova York, Nova Orleans, Medellín e Melbourne também foram selecionadas para participar do projeto. No Brasil, apenas Porto Alegre, Rio de Janeiro e Salvador fazem parte.

A palavra resiliência é definida nos dicionários como sinônimo de resistência, superação, recuperação. Com a lei, o Município busca tornar-se referência em resiliência urbana na América Latina até 2025. O plano conta com um grupo de trabalho que envolve setores do poder público, representações comunitárias e organizações da sociedade civil em busca do aperfeiçoamento em áreas como mobilidade urbana, legalização de terras, prevenção e gestão de riscos, cultura de paz e ecossistema inovador.

Para o secretário municipal de Relações Institucionais, Christian Lemos, dar a esta nova lei o nome de Busatto é uma justa homenagem "Nas assembleias do Orçamento Participativo, em reuniões com as equipes, em eventos, ele sempre é citado como um homem público que pensava a política para a cidade, para todos, que é o conceito fundamental de resiliência que estamos aqui celebrando hoje", frisou.

Busatto, que morreu em 2018, vítima de câncer, deixou dois filhos. Um deles, Leonardo Busatto, é o atual secretário municipal da Fazenda de Porto Alegre. Ele falou do orgulho de ter como pai alguém que se dedicava a uma construção humanista de cidade. “Plural, agregador, idealista, meu pai buscava sempre o melhor para Porto Alegre”, lembrou. A viúva, Miriam Linera, leu um trecho do livro Revolução Cidadã, que apresenta a trajetória de Busatto.

Também participaram do evento o secretário municipal de Segurança, Rafael Oliveira; os secretários municipais adjuntos de Relações Institucionais, Filipe Tisbierek, e da Fazenda, Rogério Rios; o ex-secretário municipal de Relações Institucionais Carlos Siegle; os vereadores Moisés Barboza e Luciano Marcantônio, além de representantes de entidades.





Artigo, Astrid Prange, Deutshe Welle - Que futuro tem o Brasil ?

Artigo, Astrid Prange, Deutshe Welle -  Que futuro tem o Brasil ?


Embora não pudessem ser mais opostos como líderes, tanto Lula quanto Bolsonaro se dispõem a salvar o país. Mas será que algum deles tem chances reais de cumprir essa promessa?, questiona 

Soltura de Lula despertou novas esperança em parte dos brasileiros
Quanto maior a crise, mais entusiásticos os autonomeados salvadores. No Brasil, foi dose dupla, com dois senhores se declarando dispostos a tirar o país do beco sem saída político: o presidente Jair Bolsonaro e o recém-libertado ex-chefe de Estado Luiz Inácio Lula da Silva.
É uma tragédia brasileira: desde o impeachment de Dilma Rousseff, a sucessora de Lula, em agosto de 2016, o país não tem sossego. As perspectivas são sombrias: alta taxa de desemprego, crescimento econômico mínimo e um clima político tóxico paralisam a nação.
A questão é: quanto tempo a oitava maior economia do mundo consegue aguentar essa crise constante? Será que o ex-presidente – que durante seu mandato, de 2003 a 2011, libertou da pobreza mais de 30 milhões de cidadãos, com a ajuda de programas sociais, e por isso continua sendo reverenciado por muitos brasileiros – conseguirá guiar o país para fora da crise?
A resposta é: infelizmente, não – apesar dos enormes serviços prestados por ele ao Brasil, apesar de seu enorme carisma, apesar de sua habilidade de negociação política, apesar de sua popularidade e prestígio internacional.
Pois a figura de Lula espelha a fragmentação da sociedade brasileira; uma sociedade que até hoje briga com o legado da escravidão e do colonialismo, e desde a ditadura militar (1964-1985) é atravessada por uma luta entre facções ideológicas. Os militares já haviam declarado guerra aos supostamente perigosos comunistas e socialistas; o novo presidente, Jair Bolsonaro, ex-paraquedista e adepto da ditadura militar, retomou essa luta.
O PT de Lula já provara devidamente durante seu governo que não representa perigo nenhum. Contudo, assim como todos os demais partidos, em algum momento também ele caiu na armadilha do poder. Na sequência do escândalo de corrupção da Lava Jato, súbito seus representantes também estavam ocupando o banco dos réus.
Portanto só com uma aliança do centro político será possível abandonar esse beco sem saída. Não são aptos como programa governamental nem o ódio a Lula e ao PT, nem o ódio aos descalabros ultradireitistas de Bolsonaro, ou às reformas neoliberais de seu ministro da Economia, Paulo Guedes.
Por isso, a classe política brasileira não pode cometer os mesmos erros que na campanha eleitoral de 2018. Pois a eleição de Bolsonaro só foi possível por os partidos do espectro político mediano não conseguirem apresentar um candidato comum com perspectivas de vitória; e porque o PT insistiu em ter Lula como seu candidato, apesar de todas as imponderabilidades jurídicas.
Essa polarização política resultou em o Brasil se encontrar em permanente campanha eleitoral, desde 2016. Pior ainda: parece que o envenenamento do clima político se tornou até mesmo um modelo de negócios, mantendo a sociedade em suspense e concedendo aos inventores de palavras de ordem mais atenção do que eles merecem.
Embora as próximas eleições só estejam marcadas para 2022, a votação com os pés já começou: milhares de brasileiros estão de malas feitas ou já deixaram o país. A onda de emigração é um indicador da crescente falta de perspectivas que muitos brasileiros sentem em seu país.
A mensagem é clara: briga ininterrupta não é uma saída para a crise crônica. O Brasil precisa de um recomeço – sem Bolsonaro e, infelizmente, também sem Lul

Artigo, Marcelo Aiquel, especial para este blog - Muita fumaça para pouco fogo


       Depois de um tempo resolvi escrever novamente.                                             
       Após passar a “ressaca do festerê” dos esquerdopatas, cheguei à conclusão de que houve certo exagero e soberba nas comemorações daqueles que só querem o seu próprio bolso recheado do que o futuro decente da nação.        Um amigo mandou-me uma citação do ex-presidente dos EUA, Thomas Jefferson, que me parece perfeita para o momento brasileiro. Disse o pensador norte-americano: “Quando os homens são éticos, as leis são desnecessárias; quando os homens são corruptos, as leis são inúteis.”
         Recebi muita coisa, a grande maioria sem valor algum. Mas, que a decisão (por maioria + o voto de desempate do presidente) do STF “rasgou” a nossa Constituição, isso não restou dúvidas. Agora, esperam que a Câmara dos deputados resolva o problema. Logo ela, o “covil” dos desonestos (com raras exceções).
         E assim o nosso pobre e combalido Brasil vai “apanhando feito bicho”. E sempre vem do mesmo lado (daqueles que dizem buscar democracia). As regras legais são adaptadas conforme os interesses de quem vai ser beneficiado, tornando alguns brasileiros mais iguais do que a grande maioria.
         Agora, todos tem receio da “força” do ex-presidente. Solto, mas condenado segundo o direito processual em vigor.
         Nem todos. Pois ele (um pobre coitado) não tem mais a “força” que tinha antes de ser condenado como ladrão. Não apenas um a mais, mas o maior de todos os seres vivos do planeta.
         Vamos esperar para ver quem terá razão. Eu pago pra ver!

         Marcelo Aiquel - advogado (16/11/2019)