William Waack vira alvo do exército dos abjetos

William Waack vira alvo do exército dos abjetos

O ataque ao brilhante profissional confirma que, aos olhos dos idiotas, independência jornalística é pecado mortal

Por Augusto Nunes

Conheci William Waack há quase 50 anos, quando nossos caminhos cruzaram na Escola de Comunicações e Artes da USP. Trabalhamos juntos nas redações de VEJA, do Jornal do Brasil e do Estadão. Convivemos sempre em fraterna harmonia. Orgulho-me da amizade inabalável que me une a um homem exemplarmente íntegro, um parceiro extraordinariamente leal, um profissional que pode ser apresentado como modelo a todo jornalista iniciante.

Repórter visceral, excepcionalmente talentoso, William tornou-se o melhor correspondente de guerra do mundo. Exagero? Confiram a cobertura que fez da queda do Muro de Berlim, da insurreição popular que derrubou a ditadura de Ceasescu na Romênia ou da primeira Guerra do Golfo. Os textos que assinou  em jornais e revistas lhe garantem uma vaga perpétua no ranking dos grandes nomes da imprensa. Os livros que publicou reescreveram a História.

Nestes tempos escuros impostos aos trêfegos trópicos pelos governos de Lula, do poste que fabricou e do vice que o dono do PT escolheu, William tem sido um dos pouquíssimos jornalistas de televisão irretocavelmente altivos. Manteve a  independência, a autonomia intelectual, o respeito à ética, a paixão pela verdade. Sempre viu as coisas como as coisas são. Sempre contou o caso como o caso foi.

Agir assim em países primitivos é perigoso. E no Brasil, como ensinou Tom Jobim, fazer sucesso é ofensa pessoal. Era previsível que, por duas ou três frases ditas fora do ar, virasse alvo do exército dos abjetos. As milícias a serviço do politicamente correto, os patrulheiros esquerdopatas, os perdedores congênitos, os cretinos fundamentais e os idiotas de modo geral — esses não perderiam a chance de atacá-lo.

Vão todos quebrar a cara. Primeiro, porque afirmar que meu velho amigo é racista faz tanto sentido quanto acreditar que Lula é inocente.

Depois, porque incontáveis brasileiros sabem que o país seria muito melhor se houvesse mais gente provida das virtudes que sobram em William Waack.

Próxima safra nacional de grãos será menor, gerando pressão sobre os preços de produtos agrícolas

A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) divulgou ontem a 2ª estimativa de plantio da safra 2017/18 de grãos que está sendo plantada no País. A produção está estimada em 225,4 milhões de toneladas, recuando 5,5% em relação à safra passada, considerando o intervalo entre os limites inferior e superior. Isso porque as estimativa da Conab indicam queda de produtividade, considerando previsão climática, investimento em tecnologia, entre outros

Considerando a média entre o limite inferior e superior, a área plantada está estimada em 61,5 milhões de hectares, o que representa uma ampliação de 1,0% ante a safra anterior. 

As principais culturas com expansão prevista de área são o algodão (10,9%), e a soja (3,1%). No sentido contrário, a área plantada de milho deverá sofrer redução de 3,0%. . As estimativas são de redução de produção para o arroz, o feijão, o milho e a soja. As produções de arroz e de feijão devem cair 5,0% e 3,9%, respectivamente. Para o milho, a produção esperada é de 92,3 milhões de toneladas, queda de 5,6% ante a safra anterior. Já a produção de soja deve somar 107,5 milhões de toneladas, um recuo de 5,7%. Por outro lado, aumentam as produções de algodão, que cresce 10,2%, e do trigo, que se mantém estável. 

Embora a expectativa seja de aumento da área plantada em todas as regiões, espera-se redução da produção por conta da diminuição da produtividade. O menor volume produzido de grãos no País poderá levar à elevação dos preços agrícolas domésticos no próximo