Imóvel alugado por Lulinha é de altíssimo padrão


O imóvel é descrito pela PF como "um residencial de alto padrão" que "possui localização privilegiada, com predomínio de imóveis residenciais".

Já o condomínio Hemisphere "possui ampla estrutura de lazer, dispondo de academia, lounge, quadra poliesportiva, piscinas coberta e descoberta, sala de recreação, dentre outros ambientes".

Lulinha alugou o imóvel por R$ 15 mil mensais. A perícia da Receita diz que um imóvel similar na região, mobiliado, custava R$ 40 mil mensais.

Além disso, quebra de sigilo bancário apontou que, de outubro de 2013, quando Lulinha alugou o apartamento, a fevereiro de 2016, pouco antes da deflagração da Aletheia, só houve 13 dos 28 pagamentos que deveriam ter sido feitos ao longo do período.

— Há indícios de que esse imóvel possa ter sido adquirido com a finalidade específica de servir de moradia depois para Fábio Luís Lula da Silva — disse o procurador Roberson Pozzobon na última terça, após a operação. — É muito semelhante ao que aconteceu também no sítio de Atibaia.

Ele aponta a proximidade das datas das compras: o sítio de Atibaia foi comprado em outubro de 2010. As duas condenações do ex-presidente Lula na Lava-Jato, até agora, são relacionadas a reformas em imóveis atribuídos a ele: o tríplex em Guarujá (SP), que levou à sua prisão, e o sítio. O petista sempre negou que tivesse cometido qualquer irregularidade.

Como apontado pela Folha de S.Paulo, o valor de compra do sítio de Atibaia representa menos de 1% do total de repasses suspeitos investigados pela Lava-Jato na fase que investiga Lulinha. O imóvel, porém, é o elo para que o caso seja apurado pela força-tarefa de Curitiba.

A investigação é diretamente vinculada à que originou o processo que condenou Lula por corrupção e lavagem de dinheiro e aponta que o petista foi o principal beneficiado com a compra e obras no sítio.

Uma das evidências é que vários produtos criados pelas empresas de Lulinha e Suassuna não obtiveram resultado comercial relevante, como a Bíblia na Voz de Cid Moreira. A Oi teve uma receita de R$ 21 mil com a comercialização do produto, mas repassou R$ 16 milhões à Goal Discos, de Jonas Suassuna, pelo serviço.

A força-tarefa da Lava-Jato tem elencado, além do sítio, outros fatores para que a investigação sobre o caso seja tocada por Curitiba, como a utilização de "dezenas de provas obtidas ao longo da operação", em buscas e apreensões, quebras de sigilo e inquéritos policiais.

Na sexta (13), a defesa de Lulinha pediu ao Tribunal Regional Federal da 4ª Região que retire a investigação da vara federal de Curitiba e anule a decisão. Eles afirmam que "nada há na fase 69ª da Operação Lava-Jato que aponte algum mínimo resquício de fraude ou desvio na Petrobras".

Lula tem negado ter cometido qualquer irregularidade e disse nas redes sociais que a operação que investiga seu filho é uma "demonstração pirotécnica de procuradores viciados em holofotes".



Como ser ao mesmo tempo cosmopolita, identitário, ambientalista, nacionalista, protecionista e desenvolvimentista?


Segue um resumo das urnas no Reino Unido. Os conservadores mantiveram a fatia dos votos da eleição anterior. Os trabalhistas perderam uns sete pontos percentuais. A diferença final foi cerca de dez pontos. O sistema de voto distrital permitiu aos conservadores formar uma maioria confortável no parlamento. Os trabalhistas perderam votos pró-Brexit para os conservadores e votos anti-Brexit para os Liberais-Democratas. Esse é o resumo.

Os votos operários pró-Brexit que os trabalhistas do RU perderam para a direita são parecidos com os do Rust Belt (cinturão da ferrugem, zonas de desindustrialização) que os democratas de Hillary Clinton perderam para Donald Trump. E esse movimento expõe o desafio fundamental enfrentado pelo discurso da esquerda nos países desenvolvidos. Como ser ao mesmo tempo cosmopolita, identitário, ambientalista, nacionalista, protecionista e desenvolvimentista?

Os três primeiros vetores costumam atrair os jovens, mas os três últimos falam ao coração dos nem tanto. E mesmo entre os jovens a bandeira do emprego tem forte potencial mobilizador. Daí verifica-se o desafio demográfico de uma esquerda cosmopolita e antenada, especialmente em países com crescimento populacional desacelerado ou negativo. O sujeito pode lacrar à vontade nas redes mas isso não garante uma coalizão social majoritária, e sem ela não se ganha eleição.

As pesquisas mais recentes mostram qualquer candidato democrata derrotando Trump no voto nacional, mas o presidente americano bateria qualquer candidato democrata no colégio eleitoral, se a eleição fosse hoje. O pedaço da classe trabalhadora perdido pelos liberais (esquerda nos Estados Unidos) para os republicanos nos estados volúveis continua vulnerável a Trump. Inclusive porque os empregos estão bombando. Protecionismo traz resultados ali.

Desemprego alto e/ou desconforto social são combustível para turbulências políticas e alternâncias de poder. A recíproca é verdadeira. Aqui, o governo Jair Bolsonaro aposta na retomada da economia, e em programas como a carteira verde-amarela. Iniciativas parecidas, como o Primeiro Emprego no mandato inicial de Luiz Inácio Lula da Silva, falharam. Na Argentina, Alberto Fernandez tenta medidas agressivas pró-emprego na largada. Não quer dar mole.

No fim a economia decide, na maioria das vezes. Mas é preciso uma leitura mais cuidadosa do que vem a ser “a economia”. As manchetes bonitas da imprensa especializada nem sempre se traduzem como satisfação social. Um exemplo? O aumento da produtividade das empresas na saída da crise, notícia positiva, na outra ponta são menos empregos e mais produção pela mesma remuneração. Pois é, tudo tem dois lados.

Talvez esteja na hora de fazer a leitura político-eleitoral da economia levando mais em conta o bem-estar social, objetivo e subjetivo. O Chile ensina isso. O Reino Unido também. Mas os números frios continuarão tendo sua força, como mostra Donald Trump. Ele só consegue resistir ao cerco do impeachment porque a economia americana e os empregos ali estão bombando. A única certeza? Só se ganha eleição falando ao povão. Isso nunca muda.

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Alon Feuerwerker (+55 61 9 8161-9394)
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Fim de ano promissor


De um modo geral, analistas avaliaram os novos números do IBC-Br como comprovação de uma firme tendência de recuperação econômica.

A expectativa de um bom fim de ano, com o consumo animando a economia, foi reforçada com a divulgação dos dados de outubro do Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br). O indicador subiu 0,17%, na terceira alta mensal consecutiva, e ficou 2,13% acima do nível de um ano antes. O mercado apostava em resultado mais alto, mas, apesar disso, recebeu a novidade como um bom sinal. Informações já publicadas sobre a produção industrial, o mercado de serviços e a evolução do varejo haviam apontado a continuação da retomada no quarto trimestre. A mediana das expectativas coletadas pela Agência Estado havia sido 0,25%.Os analistas, no entanto, de modo geral avaliaram os novos números do IBC-Br como comprovação de uma firme tendência de recuperação econômica.

O indicador do Banco Central, publicado mensalmente, é usado como prévia do Produto Interno Bruto (PIB), divulgado a cada três meses pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Embora baseada em um conjunto limitado de informações, essa antecipação ajuda os economistas a compor suas apostas. As avaliações continuam positivas e as projeções de algumas instituições financeiras e consultorias já apontam crescimento econômico de 1,2% neste ano. No começo da semana, a mediana das projeções para 2019 estava em 1,10%, pouco acima do nível atingido na semana anterior, 0,99%. Quatro semanas antes ainda se estimava uma expansão de 0,92% para o PIB.

Em outubro houve crescimento de 0,8% na produção industrial, 0,8% na de serviços, 0,1% nas vendas do varejo restrito e 0,8% nas do varejo ampliado (com veículos, autopeças e materiais de construção), segundo o IBGE. A produção da indústria teve a terceira alta mensal consecutiva, mas ainda acumulou queda de 1,3% em 12 meses. Além disso, a comparação dos dados de janeiro-outubro com os de um ano antes mostrou recuo de 1,1%.

Os números da indústria são o detalhe mais preocupante quando se examina o avanço da atividade. Em outubro o setor industrial continuou exibindo os efeitos do baque do ano passado, quando seu desempenho foi severamente prejudicado pelo bloqueio de estradas e também pela incerteza quanto às eleições e à política do governo seguinte.

Esses obstáculos também complicaram o retorno, já demorado, aos níveis de atividade registrados no início do primeiro mandato da presidente Dilma Rousseff. A recuperação do setor, especialmente da indústria de transformação, é um desafio crucial para o êxito da política econômica e para a consolidação do Brasil como país digno de ser classificado como economia emergente. Os sinais de aceleração industrial são animadores, mas é difícil dizer, por enquanto, como estará o impulso no primeiro trimestre do próximo ano.

Apesar de alguma divergência, o IBC-Br e o PIB oficial têm coincidido num ponto muito relevante para a avaliação das perspectivas. Nos dois cenários, o ritmo do crescimento se mantém perto de 1% ao ano – e quanto a isso também se aproximam da percepção dos analistas do mercado.

Nos 10 meses de janeiro a outubro, segundo o indicador recém-divulgado pelo BC, o nível de atividade foi 0,95% mais alto que em igual período de 2018. Em 12 meses o crescimento acumulado ficou em 0,96%. A comparação do trimestre de agosto a outubro deste ano com o do ano passado mostrou avanço de 1,16%.

O crescimento em 2018, último ano do governo anterior, chegou a 1,3%, segundo a revisão recém-publicada pelo IBGE. As projeções para este ano estão pouco a pouco chegando perto desse número. O entusiasmo dos analistas diante dessa possibilidade é facilmente explicável, quando se leva em conta o desempenho do País no primeiro semestre.

As estimativas para 2020 andam em torno de 2,20%. Elevando para R$ 998 o limite de saque do FGTS o governo reforça o estímulo ao consumo. Juros básicos em seu menor nível devem ajudar. Se o otimismo persistir, o crescimento poderá passar de 2,20%, consolidando a superação da crise, mesmo com o presidente olhando para outro lado.

Carlos Vereza

Esse episódio do porta dos fundos, não é algo isolado. Faz parte do projeto da agenda 21 ou progressista.
Está vinculado à ideologia queer, às exposições onde crianças eram levadas a assistir cartuns vagabundos à pretexto de obras de arte, onde pregavam a sodomia, zoofilia, desrespeito à imagens sagradas e até incesto, como defendido pela deputada petista, Erika Kokay.
Está lá, no manifesto comunista, nas teorias de Antônio Gramsci, no Fabianismo, nos vários ativismos. Está nas “ novas famílias” para desconstruir a única e verdadeira família.
Não tem ingênuo nessa estratégia. Começou lá atrás no princípio do século XX, com a Escola de Frankfurt, está na covarde omissão do papa Francisco, na cumplicidade da CNBB.
Está na nossa apatia em assistirmos a tudo como se nada estivesse acontecendo.