Correspondente de guerra, Yan Boechat vai às ruas para ver as manifestações e conclui: "Tem povo, ali, gente !"

O repórter Yan Boechat, que é correspondente de guerra e que recentemente transmitiu boletins desde a Ucrânia, escreveu reportagem sobre as manifestações que ocorrem desde segunda-feira da semana passada em dezenas de cidades brasileiras, todas diante de quartéis e reclamando pela intervenção das Forças Armadas.

Yan Boechat não é simpático às manifestações, mas descreve com honestidade intelectual o que viu:

E quem foi às ruas acompanhar de perto o que está acontecendo percebe com clareza que não se trata de um grupo minoritário de radicais, das tias do zap. Há volume, há organicidade e há diversidade em quem acredita que os militares devem assumir o poder para salvar o país. Não se trata de  meia dúzia de bolsonaristas radicalizados. O volume me impressionou (....) Me impressionou também a diversidade social das pessoas que estavam ali. Não se tratava apenas da classe média branca do Centro Expandido, havia gente da periferia, gente pobre e gente rica; católicos, protestantes. Havia povo ali. 

Ele fala em bolha, mas neste caso emite opinião e não um fato. Ele está errado. Eis o que escreve:

Essa parcela da população está absolutamente apartada da realidade. Ignora a imprensa como a imprensa os ignora. Estão todos à espera de um salvador que restituirá a verdade num mundo de mentiras. 

Assustado com o que viu e sem entender direito o que viu e o que acontece, Yan Boechat, no entanto, enxerga claramente que os manifestantes vieram para ficar:

Não faço a menor idéia de como restabelecer o diálogo com essa imensa parcela da população que se radicalizou ao longo dessa última década. Mas tenho por certo que ignorá-los ou reduzir esse movimento ao "gado", aos "minions", aos "genocidas" não há de resolver muita coisa. 


Pop Center abrirá dois domingos em dezembro

   

Pensando em abranger o público que trabalha durante a semana, o Pop Center terá mais uma opção para as tradicionais compras de final de ano. 

Normalmente o Centro Popular de Compras funciona de segunda à sábado, porém, com o aumento das compras no mês de dezembro, as lojas estarão abertas nos dois últimos domingos antes do Natal, 11/12 e 18/12 das 9h às 20h. Essa iniciativa estratégica foi tomada a fim de contemplar um número maior de pessoas nesta época. 

O mês de dezembro é o mês mais aguardado pelo comércio, inclusive pelos lojistas do Pop Center, principalmente no primeiro Natal pós pandemia. Segundo a diretora do Centro Popular de Compras, Elaine Deboni, a ideia é melhorar para ambos os lados. “Nós recebemos alguns pedidos através das redes sociais para que abríssemos aos domingo, então estudamos as possibilidades e optamos por abrir nesses dois. Nossa ideia é aumentar as vendas dos nossos lojistas e também contemplar o consumidor que tem pouco tempo para fazer as compras”, explicou. 

O Pop Center hoje é considerado o maior shopping popular de atacado e varejo do estado e, por isso, espera-se uma grande movimentação no mês de dezembro. Ao todo são 700 lojas divididas em vestuário, calçados, brinquedos, cosméticos e eletrônicos. A diretora explica que houve uma mudança de paradigma nos últimos anos com relação ao Centro Popular de Compras. “Antigamente muitas pessoas pensavam que nossos produtos eram falsificados e que o comércio aqui não era legalizado. Pois bem, nós estamos 100% dentro da lei e, hoje, cerca de 85% dos lojistas são cadastrados como MEI. Todos recolhem seus impostos, têm CNPJ e pagam os tributos. Optamos por abrir nesses dois domingos perto do Natal, para que as pessoas tenham mais uma opção para as suas compras e aqui é possível encontrar produtos variados e de qualidade”, finalizou.