Roberto Jefferson confirma expurgo da direção estadual do PTB. Edir Oliveira é o novo presidente. Divaldo Lara é o vice.

Ao lado, o presidente nacional do PTB, Roberto Jefferson, em visita a Bolsonaro, hoje. Ele levou junto o prefeito de Bagé, Divaldo Lara, que é candidato a candidato a governador.

A visita de Divaldo Lara não é a primeira que faz a Bolsonaro, a quem apoiou na última eleição presidencial. O prefeito já anunciou que apoiará o presidente na sua tentativa de reeleição.


O presidente nacional do PTB confirmou a deposição de toda a Executiva do Partido no RS.

Neste final de semana, ele empossou os substitutos em todos os cargos vagos.

Em cerimônia realizada em Gravataí, Roberto Jefferson entregou a presidência estadual para o ex-deputado Edir Oliveira.

O que mais chama a atenção na nova Executiva é a presença do prefeito de Bagé, Divaldo Lara, uma das vice-presidências. É que Divaldo é irmão do presidente deposto, o deputado Luís Lara.


Prefeito de Gramado pode e não pode comprar Ivermectina. Saiba mais sobre este estranho caso.

O prefeito ficará de braços cruzados, mas sorrindo.


Os advogados do prefeito Nestor Tissot, Gramado, RS, recomendaram que o prefeito não pode comprar Ivermectina para inclui-lo no chamado tratamento precoce.

Mas os advogados do prefeito Nestor Tissot, Gramado, RS, recomendaram que o prefeito pode comprar Ivermectina, desde que não diga que ele será usado no chamado tratamento precoce.

É isto.

Essa gente perdeu o pudor.

A informação é da jornalista Letícia de Lima, Jornal de Gramado deste final de semana.

O editor considera que o prefeito Nestor Tissot não fará nem uma coisa e nem outra, já que não existe comprovação científica sobre qualquer decisão que vier a tomar, porque num caso como no outro, ferirá os bons sentimentos do Ministério Público Estadual, do governador Eduardo Leite e da RBS.

Banrisul fechará 16 agências bancárias até o final deste mês

O Banrisul confirmou que até o final de abril fechará 16 agências bancárias.

No ano passado, foram 20.

Neste mês, o banco também fechará 25 postos de atendimento.

O enxugamento não vai parar.

Beira Rio já abriu sua nova fábrica de R$ 43 milhões em Mato Leitão, RS

Começou a operar neste final de semana a nova fábrica da calçados Beira Rio.

A fábrica de 7,2 mil m2 exigiu investimentos de R$ 43 milhões e abriu 180 novos empregos no município de Mato Leitão, RS. 30 empresas terceirizadas prestarão serviços, o que significa empregos indiretos para mais 1.500 trabalhadores. A capacidade de produção da nova fábrica será de 30 mil pares por dia.

Centro Logístico da Magalu começará a operar neste trimestre em Gravataí, RS

A prefeitura de Gravataí, sede da GM, Grande Porto Alegre, confirmou, hoje, que o novo Centro de Distribuição da rede Magazine Luiza será instalado na área que estava destinada para a Mercado Livre.

O valor do investimento não foi divulgado, mas não será grande, uma vez que as instalações já existem e é só ocupar.

A prefeitura acha que o centro logístico começará a operar ainda neste segundo trimestre.

Empregos em Porto Alegre

 A unidade do Sine Municipal (av. Sepúlveda esquina com Mauá, Centro Histórico) inicia a semana com 366 vagas disponíveis para retirada de cartas para entrevista. A unidade atende das 8h às17h.

O setor da construção civil é o que tem oferece oportunidades nesta semana. São 52 vagas para pedreiro, 50 para pintor de alvenaria, 32 para azulejista, 30 para gesseiro, além de uma vaga para mestre de obras, com entrevista direta no Sine na terça-feira, 13. Destaque ainda para 50 vagas de vendedor porta a porta.

O Sine Municipal disponibiliza e recomenda o agendamento eletrônico para agilizar o atendimento e evitar filas. A retirada de cartas de encaminhamento para entrevistas de emprego e seguro-desemprego podem ser marcados neste link.

O interessado pode também retirar a carta de encaminhamento pelo aplicativo Sine Fácil, disponível para download gratuito no Google Play. A retirada das cartas deve ser feita de forma responsável, com o comparecimento à entrevista de emprego, para não haver prejuízo aos demais  interessados.

Entrevista direta:

Mestre de Obras – 1 vaga

Necessário ter experiência

Dia: 13/04/2021 (terça-feira) das 9h às 12h

Vagas gerais:

Ajudante de fundidor - 2

Analista administrativo - 1

Analista de marketing - 1

Assistente administrativo - 2

Assistente de logística de transporte - 1

Auxiliar de almoxarifado - 2

Auxiliar de cozinha - 1

Auxiliar de logística - 1

Auxiliar de pessoal - 1

Auxiliar em saúde bucal - 1

Auxiliar técnico de montagem - 2

Azulejista - 32

Carpinteiro - 2

Chapista de lanchonete - 1

Cozinheiro geral - 2

Eletricista - 3

Eletrotécnico - 1

Empregado  doméstico  nos serviços gerais -  2

Encanador - 30

Encarregado de obras - 1

Fisioterapeuta geral - 1

Gasista - 1

Gesseiro - 30

Inspetor técnico de qualidade - 1

Marmorista (construção) - 1

Matrizeiro - 1

Mecânico de automóvel - 1

Mecânico de manutenção de máquina industrial - 3

Mecânico de manutenção e instalação elétrica - 1

Mecânico de máquinas operatrizes (manutenção) - 1

Mecânico de veículos automotores a diesel (exceto tratores) - 1

Mestre de manutenção elétrica - 1

Mestre de obras - 1

Moldador em areia - 1

Oficial de serviços gerais na manutenção de edificações - 10

Operador de caixa - 2

Operador de centro de usinagem com comando numérico - 2

Operador de extrusora de borracha e plástico - 1

Operador de maçarico - 1

Operador de oxicorte - 1

Pedreiro - 52

Peixeiro (comércio varejista) - 1

Pintor de alvenaria - 50

Prenseiro - 1

Promotor de vendas - 2

Psicólogo clínico - 1

Publicitário - 1

Representante comercial autônomo - 50

Secretário (técnico de nível médio) - 1

Serralheiro - 2

Soldador - 1

Sushiman - 1

Técnico de enfermagem - 2

Técnico de manutenção eletrônica - 1

Técnico em eletromecânica - 1

Técnico em manutenção de máquinas - 1

Torneiro mecânico - 1

Vendedor de serviços - 1

Vendedor porta a porta - 44

Vendedor pracista - 1




Artigo, Fábio Jacques - Sodoma e Gomorra

Fazendo minhas pesquisas arqueológicas particulares, creio ter desvendado o grande mistério até hoje inexplicado que envolve o nebuloso fim das duas cidades bíblicas.

Habitavam naquela cidade do pecado e da corrupção, um santo homem chamado Lot, sua pequena família e alguns fiéis seguidores. O resto era só canalha.

Os facínoras habitantes daqueles reinos de horrores, queriam destruir Lot a qualquer preço.

Eram magistrados onipotentes, legisladores corruptos, grandes empresários que lucravam com a desgraça do povo, arautos da comunicação aos quais Lot negava encher os bolsos para louvar o governo e até mesmo uma grande claque de menestréis os quais Lot privou do dinheiro que corria a rodo para passarem seu tempo cantando odes aos antigos governantes.

Como Lot não corrompia e nem se deixava corromper, armou-se um gigantesco motim para destruí-lo juntamente com sua família e seus seguidores.

A mentira e a traição corriam soltas. Até gravações de conversas particulares completamente distorcidas, eram lançadas aos quatro ventos através dos arautos da comunicação com um único intuito: desacreditar Lot perante seus seguidores destruindo sua imagem, fazendo-o parecer corrupto e, em suma, destruí-lo.

Lot, sendo um homem justo, procurava governar aquelas cidades desprezíveis dentro das quatro linhas da constituição federal da época, a qual já havia há tempos, sido rasgada e espezinhada por aqueles que deveriam ter sido seus guardiães maiores.

A situação estava de tal forma deteriorada que o povo já não conseguia mais distinguir entre o barata voa e o salve-se quem puder.

Lot, em uma última tentativa de converter aquele povo maldito, pediu a Deus que lhe enviasse um mensageiro para ajudá-lo a clarear as ideias e  tomar uma decisão acertada e justa que reconduzisse as cidades à paz, à liberdade e a prosperidade.

Deus foi generoso e mandou dois mensageiros, aparentemente anjos, mas na realidade, especialistas em física nuclear. Até o próprio Deus sentia que a solução teria que ser drástica.

Não seria com palavras que a situação seria controlada.

Os calhordas das cidades, tentaram atacar até mesmo os mensageiros divinos, mas eles, como não eram trouxas, isolaram-se com Lot em sua fortaleza e, sem mais rodeios, deram o seu veredito: “Lot, esquece esta tua mania de querer resolver o que é irresolvível através de diálogos e palavras pacificadoras. Trazemos, após longa conversa com o próprio Criador, a única solução ainda viável: Explodir tudo”.

Até o próprio Deus havia desistido de tentar, racionalmente, converter aquele povo ímpio, e, enviando dois cientistas atômicos em vez de dois anjos de luz, acionou pela primeira vez um artefato nuclear. Mandou Lot, sua família e seus seguidores abandonarem a cidade e explodiu tudo com uma bomba de 100 megatons. A explosão foi tão grande que até hoje, quase 4000 anos depois, os arredores daquelas cidades continuam completamente desertos.

Zun Tsu, quando revisou seu livro “A Arte da Guerra”, resolveu deletar um de seus mais sábios conselhos. Ele percebeu que ninguém na época, entenderia exatamente o que ele queria dizer quando escreveu: “Algumas coisas só se resolve na ponta da baioneta”.

Quem, realmente, conseguiria entender uma vez que naquele tempo a baioneta ainda nem havia sido inventada?


Fabio Freitas Jacques. Engenheiro e consultor empresarial, Diretor da FJacques – Gestão através de Ideias Atratoras e autor do livro “Quando a empresa se torna azul – o poder das grandes ideias”.


BTG compra fibra ótica da Oi e gatará R$ 20 bilhões entre aquisição e investimentos novos

 A reportagem é do jornal Valor de hoje.

Somente expansão da rede de fibra, sem contar compra de controle, equivale a investimentos para construir usina de Belo Monte

Por Graziella Valenti


Após dois meses de negociação exclusiva e muitas intensas madrugadas na última semana, a Oi e o BTG Pactual (do mesmo grupo que controla a EXAME) assinaram os acordos que darão o direito a fundos geridos pelo banco de André Esteves de garantir o pódio na briga pelo maior projeto de infraestrutura do país: a gestão e expansão da rede de fibra da tele, dentro do processo de recuperação judicial. Uma empreitada de dezenas de bilhões.


Para assumir a rede, com mais de 400 mil quilômetros de extensão e organizada dentro de uma empresa temporariamente chamada InfraCo, são necessários R$ 20 bilhões, entre a compra de uma fatia de controle e aportes de capital. A execução do projeto demanda investimentos da ordem de R$ 25 bilhões até 2030 — parte dos recursos será financiada pela capitalização feita na largada do acordo, mais geração de caixa e dívida. Será a maior rede neutra do país e uma das maiores do mundo.


Para se ter uma ideia do que o projeto significa, trata-se ao equivalente a uma Usina de Belo Monte somente na parte de investimento, sem considerar o custo da aquisição do controle. Ao final da expansão já contratada com a Oi, 40% dos lares brasileiros terão acesso à fibra e, portanto, internet de ultravelocidade.


O que os fundos de private equity geridos pelo BTG Pactual terão direito, pelos contratos assinados ao longo do fim de semana, chama-se “right to top”, no leilão da empresa de fibra, conforme fontes próximas à transação. Entretanto, tanto o leilão como a forma da venda dependem de aprovação do juiz do processo de recuperação judicial da tele, que em 2017 renegociou na Justiça R$ 64 bilhões em dívidas. Na prática, o modelo é bastante semelhante ao do “stalking horse” usado para os demais ativos vendidos pela tele — rede móvel, data-centers e torres. O leilão ocorre em um prazo de 30 dias após autorização da Justiça.


Na concorrência, se não aparecer ninguém para a disputa, os fundos geridos pelo BTG, cujo projeto inclui o fundador da GVT Amos Genish como chairman da empresa, têm a obrigação de comprar o ativo. Até aqui, tudo igual.  Se surgir um competidor, os fundos, que ficam aos cuidados do sócio líder do private equity Renato Mazzola, podem fazer uma oferta 1% superior para garantir a vitória. Na estrutura usada para os demais ativos, havia preferência desde que fosse igualada a oferta, em caso de mais de um interessado.


A gestora de recursos americana Digital Colony, que no Brasil é dona da empresa de torres Highline e da Scala, de data centers, era considerada uma das maiores interessadas na rede da Oi. Até o momento, contudo, não se tem notícia se pretenderá aparecer na briga ou não.


Quem trabalha na operação e viu os contratos diz nunca ter experimentado na vida nada tão complexo. Há uma série de temas para serem regidos por acordos, um emaranhado de estruturas interligadas e ainda toda temática regulatória. Essa questão pode ser um inibidor de competição. Porém, no passado, o silêncio já surpreendeu nesse setor. Quem não se lembra do chocante anúncio da francesa Vivendi de que já tinha silenciosamente comprado o controle da GVT no mercado, em meio à disputa com a Telefônica?


A Oi ficará como minoritária da InfraCo e também será a principal cliente: é sobre essa rede que a tele vai vender seus produtos. Enquanto isso, a InfraCo também venderá sua capacidade para outras teles.


Só na diligência, o BTG Pactual investiu mais de R$ 40 milhões de reais. Além disso, cerca de 160 pessoas se dedicaram à estruturação de um projeto — em um esforço que já dura quase um ano. Os recursos dos fundos foram majoritariamente captados no Brasil, com grandes investidores individuais e family offices, segundo o EXAME IN apurou.


A área de private equity do banco já tem experiência no setor, o que contribui duplamente. Na largada, o BTG Pactual tem como vantagem as sinergias entre a GlobeNet, empresa de cabos submarinos transnacionais com 23,5 mil quilômetros de rede, e a Oi, que são significativas. A tele é a maior cliente da GlobeNet.


Aos investidores da companhia de cabos submarinos, o fundo já retornou 5 vezes o investimento, na forma de dividendos. Trata-se de um ativo avaliado em aproximadamente US$ 1 bilhão, e que foi adquirido por US$ 156 milhões, em 2014.

A Oi acelerou na expansão da fibra em 2020 e deve manter o ritmo ao longo deste ano, enquanto a rede não é transferida a um novo dono. Para isso, a companhia contratou um empréstimo de R$ 2,5 bilhões (daqueles caros, mas necessários), que deve ser quitado com a transação. Na mira, até mesmo o rico e disputado mercado paulista.

A tele terminou dezembro com 9,1 milhões de casas passadas pela rede fibra e 2,1 milhões de casas conectadas. A expectativa é encerrar este ano com um total entre 14 e 15 milhões de casas passadas e de 3,5 a 4 milhões de residências conectadas — as que são efetivamente clientes.


Em dezembro, a receita das assinaturas de internet banda larga com fibra alcançou R$ 180 milhões, o que equivaleria a R$ 2,2 bilhões ao ano. A receita média mensal por usuário (ARPU) aumentou 6%, na comparação entre o quatro trimestre de 2020 e de 2019, para mais de R$ 87

Artigo, Olavo de Carvalho - O mal na política

“Justamente porque não sentem compaixão nem culpa, os psicopatas sabem despertá-las nos outros como quem toca um piano e produz o acorde que lhe convém.”

Muitas vezes o leitor já deve ter-se perguntado como é possível que tantas pessoas, aparentemente racionais, amem e aplaudam os governos mais perversos e genocidas do mundo e se recusem a enxergar a liberdade e o respeito de que elas próprias desfrutam nas democracias ocidentais, ao mesmo tempo que continuam acreditando, contra todas as evidências, que são moral e intelectualmente superiores aos que não seguem o seu exemplo.

Hoje em dia essas pessoas, no Brasil, são a parcela dominante no governo, no Parlamento, nas cátedras universitárias, no show business e na mídia. A presença delas nesses altos postos garante a este País setenta mil homicídios por ano, o crescimento recorde do consumo de drogas, o aumento da corrupção até a escala do indescritível, cinquenta por cento de analfabetos funcionais entre os diplomados das universidades e, anualmente, os últimos lugares para os alunos dos nossos cursos secundários em todos os testes internacionais, abaixo dos estudantes de Uganda, do Paraguai e da Serra Leoa. Sem contar, é claro, indícios menos quantificáveis, mas nem por isso menos visíveis, da deterioração de todas as relações humanas, rebaixadas ao nível do oportunismo cínico e da obscenidade, quando não da animalidade pura e simples.

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Isso torna a pergunta ainda mais crucial e urgente. A resposta, no entanto, vem de longe.

Sessenta e tantos anos atrás, alguns estudantes de medicina na Polônia, na Hungria e na Checoslováquia começaram a notar que havia algo de muito estranho no ar. Eles haviam lutado na resistência antinazista junto com seus colegas, e isto havia consolidado laços de amizade e solidariedade que, esperavam, durariam para sempre. Aos poucos, após a instauração do regime comunista, novos professores e funcionários, enviados pelos governantes, estavam alterando profundamente o ambiente moral nas universidades daqueles países. Um jovem psiquiatra escreveu:

“Nós sentíamos que algo estranho tinha invadido nossas mentes e algo valioso estava se esvaindo, de forma irreparável. O mundo da realidade psicológica e dos valores morais parecia suspenso em um nevoeiro gelado. Nosso sentimento humano e nossa solidariedade estudantil perderam seus significados, como também aconteceu com o patriotismo. Então, nos perguntamos uns aos outros: ‘Isso está acontecendo com você também?’”

Impossibilitados de reagir, eles começaram a trocar ideias, perguntando como poderiam se defender da devastação psicológica geral. Aos poucos essas conversações evoluíram para o plano de um estudo psiquiátrico da elite dirigente comunista e da sua influência psíquica sobre a população.

O estudo prosseguiu em segredo, durante décadas, sem poder jamais ser publicado. Aos poucos os membros da equipe foram envelhecendo e morrendo (nem sempre de causas naturais), até que o último deles, o psiquiatra polonês Andrej Andrew Lobaczewski (1921-2007), reuniu as notas de seus colegas e compôs o livro que veio a sair pela primeira vez no Canadá, em 2006, e que agora a Vide Editorial, de Campinas, está para publicar em tradução brasileira de Adelice Godoy: Ponerologia. Psicopatas no poder, do qual extraí o parágrafo acima.

“Poneros”, em grego, significa “o mal”. O mal, porque o traço dominante no caráter dos novos dirigentes, que davam o modelo de conduta para o resto da sociedade, era inequivocamente a psicopatia. O psicopata não é um psicótico, um doente mental. É uma pessoa de inteligência normal ou superior, às vezes dotada de uma capacidade incomum para agir no ambiente social. Só lhe falta uma coisa: os sentimentos morais, especialmente a compaixão e a culpa. Não que ele desconheça esses sentimentos.

Conhece-os perfeitamente, mas os vivencia de maneira puramente intelectual, como informações a ser usadas, sem participação pessoal e íntima. Quanto maior a sua frieza moral, maior a sua habilidade de manipular as emoções dos outros, usando-as para os seus próprios fins, que, nessas condições, só podem ser malignos e criminosos. Justamente porque não sentem compaixão nem culpa, os psicopatas sabem despertá-las nos outros como quem toca um piano e produz o acorde que lhe convém.

Não é preciso nenhum estudo especial para saber que, invariavelmente, o discurso comunista, pró-comunista ou esquerdista é cem por cento baseado na exploração da compaixão e da culpa. Isso é da experiência comum.

Mas o que o dr. Lobaczewski e seus colaboradores descobriram foi muito além desse ponto. Eles descobriram, em primeiro lugar, que só uma classe de psicopatas tem a agressividade mental suficiente para se impor a toda uma sociedade por esses meios. Segundo: descobriram que, quando os psicopatas dominam, a insensitividade moral se espalha por toda a sociedade, roendo o tecido das relações humanas e fazendo da vida um inferno. Terceiro: descobriram que isso acontece não porque a psicopatia seja contagiosa, mas porque aquelas mentes menos ativas que, meio às tontas, vão se adaptando às novas regras e valores, se tornam presas de uma sintomatologia claramente histérica, ou histeriforme.

O histérico não diz o que sente, mas passa a sentir aquilo que disse – e, na medida em que aquilo que disse é a cópia de fórmulas prontas espalhadas na atmosfera como gases onipresentes, qualquer empenho de chamá-lo de volta às suas percepções reais abala de tal modo a sua segurança psicológica emprestada, que acaba sendo recebido como uma ameaça, uma agressão, um insulto.

É assim que um grupo relativamente pequeno de líderes psicopáticos destrói a alma de uma nação.