Manifesto, Leite Derramado

Leite derramado

O protelamento da cogestão levou para a justiça o desespero das cidades

“Toda unanimidade é burra”, sentenciava o afiado escritor Nelson Rodrigues, quando questionado sobre a crítica à sua obra. Buscar unanimidade em uma questão polêmica costuma apenas aumentar a confusão - especialmente quando o protelamento da decisão agrava a situação. O que se viu neste final de semana de decretos, liminares, recursos e muita revolta foi a consequência direta da morosidade com que está sendo tratado uma transição sobre a qual até o STF já se manifestou – a gestão das cidades cabe a quem foi eleito para geri-las – seja em tempos de paz, seja durante uma pandemia. As demais esferas de poder podem - e devem- ajudar.
Foi o que aconteceu quando o Governo Federal abriu mão da gestão da pandemia em favor dos governadores, que precisavam lidar com o primeiro impacto criado pela COVID19 da forma mais abrangente possível, estabelecendo regramento restritivo, viabilizando obras de emergência, repassando verbas e equipamentos para o sistema de saúde. E neste quesito o Governo do Rio Grande do Sul deu exemplo, ao assumir a gestão e criar um Modelo de Distanciamento Controlado baseado na ciência – no caso, nos estudos da Universidade de Pelotas - estruturando em âmbito estadual a prevenção e o combate ao novo vírus.
Porém, por mais eficaz que tenha se mostrado este modelo, ele não foi desenhado para estender-se por meses a fio. Desde maio se atesta a necessidade de adequação às diferentes realidades de cada região do estado, seja pela experiência das outras unidades da federação, seja pela crise deflagrada, em especial no setor de serviços, base da economia na grande maioria dos munícipios. E por isto mesmo, o próprio governador se adiantou em propor que prefeitos assumissem a gestão das bandeiras, na transição que ele próprio chamou de “flexibilizar o modelo para torná-lo mais resistente” .
Todos estamos a par do ônus que recai sobre os ombros de quem toma decisões em momentos de crise – nenhuma medida, por mais acertada que seja, estará livre de crítica. Portanto, a busca de unanimidade entre as dezenas de municípios sobre cada item, cada protocolo de uma bandeira na hora de alterá-la e impô-la a uma região inteira, não passa de utopia. Jamais será factível no mundo real, onde as decisões precisam ser imediatas, equilibrando a necessidade da retomada da economia com a possibilidade de super lotação em UTIs. E novamente, todos também estamos a par que o capital político a ser perdido no caso de uma má gestão municipal seria muito menor se a responsabilidade fosse dividida com a região inteira. E nesta tentativa da FAMURS, de não restar sobre os ombros de cada prefeitura a gestão da crise em seu município, estabeleceu-se o pior quadro possível - a inércia.
Inércia, ao contrário do senso comum, não é o repouso absoluto, mas sim um estado contínuo, que não se altera - exatamente o caso desta negociação que não retrocede nem avança entre FARMURS e governo do estado. E enquanto não se decide de quem é o filho, o leite que deveria alimentar a criança, agora doente e esfomeada, vai se derramando.
No desespero de salvar seus “filhos”, corajosos prefeitos da Serra Gaúcha se posicionaram com o que tinham às mãos para retomar o comando de suas cidades, os decretos municipais. Adequaram as restrições impostas por semanas consecutivas de bandeiras vermelha à demanda, agora irreprimível, da sociedade civil pela retomada da normalidade. Todos foram respeitosos ao MDC vigente, mudando basicamente uma única regra – a que promove o fechamento total – para permitir um gradual, seguro e responsável reinício de atividades econômicas e sociais. Afinal, o próprio governador deu seu aval para o retorno das partidas de futebol – criando estímulo inevitável à cadeia de serviços que gira em torno deste esporte, tão popular quanto se tornou a liberação dada.
Nesta inércia que se instaurou, quase todos continuam fazendo o que acreditam ser seu papel – prefeitos corajosos decretam, promotores cancelam, governador clama pelo consenso, associação clama pela autonomia desde que devidamente amparada pela estado, juízes interpretam ora “a favor da saúde” pelo fechamento , ora “a favor da vida” pela retomada. Mas quem depende, em seu sustento pessoal ou de seus assalariados, das decisões que não são tomadas, de uma negociação que não se encerra, não está inerte. Pelo contrário, está em movimento rápido e feroz....em direção ao abismo.
O Comitê de Retomada do Turismo RS roga, na verdade suplica, que se conclua o processo de transição da gestão das bandeiras para as instâncias de cada município. Saberemos dar o apoio técnico necessário aos nossos prefeitos, para gerirem a retomada dentro da mais absoluta segurança e responsabilidade, equilibrando as demandas da saúde e da economia face ao desafio do convívio com o COVID19. Pela cogestão, antes que já não haja mais leite para se derramar e passemos a lidar com um problema ainda maior – a desobediência civil e a carestia irreversível.


Texto por Comitê de Retomada Turismo RS, representando86 Entidades, 41 Municípios e Conselhos Municipais e ainda 368 Empresas (lista anexa)

Prótese inédita no país é utilizada para tratar aneurisma de paciente no Rio Grande do Sul

Equipamento customizado para a anatomia do paciente usou tecnologia nacional e foi produzido em tempo recorde

O aneurisma de aorta abdominal é uma condição séria de saúde, cuja evolução silenciosa pode gerar graves consequências. Se não tratada, a aorta, artéria mais importante do corpo, pode se romper e levar à morte da pessoa. Esse era o risco que sofria um paciente do Hospital Moinhos de Vento, em Porto Alegre.
Com 70 anos e histórico de cirurgia cardíaca, acidente vascular cerebral e insuficiência renal crônica, o homem possuía um aneurisma toracoabdominal, que exigia rápido tratamento. A solução estava na implantação de uma prótese no vaso para manter a circulação em atividade normal. No entanto, devido à pandemia do coronavírus, os prazos para envio desses equipamentos, produzidos na Austrália ou Dinamarca, poderiam demorar mais de seis meses — um tempo arriscado para o paciente.
Uma parceria do Hospital Moinhos com a Braile Biomédica, indústria nacional de produtos hospitalares, trouxe a boa notícia: em tempo recorde, foi produzida uma prótese customizada para o paciente, que permitiu a implantação do equipamento — realizado de forma inédita no país. O procedimento ocorreu no dia 21 de julho, durante duas horas e meia. Em menos de 24 horas, ele já estava no quarto e recebeu alta na segunda-feira, 27.
Prótese customizada
O procedimento foi realizado pelo médico Alexandre Araújo Pereira, coordenador do Ambulatório de Doenças Arteriais do Hospital Moinhos de Vento. O especialista explica que o produto foi desenvolvido de acordo com a anatomia do paciente, a partir de uma angiotomografia tridimensional. A prótese foi implantada por meio de técnica endovascular, com punção nas virilhas — método minimamente invasivo.
"A prótese é colocada dentro do aneurisma. Ela possui fenestras, que são orifícios pelos quais são inseridos stents para manter a circulação nos principais vasos do organismo, para órgãos complexos como rins, intestino e fígado", afirma Alexandre. Usualmente, as próteses possuem uma ou duas fenestras. No entanto, foi a primeira vez no país que o produto contou com tripla fenestra.
A prótese foi disponibilizada em apenas um mês, o que abreviou consideravelmente a espera do paciente. "Ele tinha um aneurisma muito grande. Se esperássemos pelos equipamentos internacionais, poderia levar até um ano, com risco de rompimento da artéria", enfatiza o médico, ressaltando ainda que, dada a condição do homem, sua permanência de menos de 24 horas em terapia intensiva foi muito exitosa.
O diretor executivo da Braile Biomédica, Rafael Braile, comemora o sucesso do procedimento como um exemplo da força do país. "Juntos, equipe médica, hospital e empresa desenvolvemos essa endoprótese. Conseguimos desenhar e fabricar em tempo recorde. Não existe nenhum processo similar tão rápido no mundo", destaca Rafael.
Histórico de pioneirismo
O procedimento realizado com a prótese pioneira se soma a outras conquistas recentes do Hospital Moinhos na área de cirurgia vascular. Em dezembro de 2019, a instituição utilizou um equipamento inédito no Sul do país para uma aterectomia de vaso periférico.
Na técnica, usada para o desentupimento das artérias, um dispositivo foi introduzido nos vasos de uma idosa de 91 anos, cortando e aspirando as placas de gordura e desobstruindo a passagem do sangue. "Além de evitar o uso de stents metálicos que, em áreas de dobra, podem quebrar, o tempo de recuperação é bem menor do que nas cirurgias convencionais”, explica Alexandre Araújo Pereira

Entenda a denúncia de espionagem internacional promovida contra Bolsonaro e do conhecimento do STF e do STJ

Não é por não entender as denúncias de espionagem feitas pelo jornalista Allan dos Santos que a mídia corporativa, a maioria dos políticos e até os acusados fazem ouvidos de mercador, de quem ouve e deixa passar adiante para ver se a onda passa.

Dá para entender a denúncia. O silêncio brutal que é feito desde sexta-feira à noite, data da fala de Allan dos Antos no seu Terça Livre, pretende esvaziar o caso, que tem repercussões internacionais e oprime o STF. O caso é de espionagem flagrada sobre o presidente da República e promovida desde as embaixadas da China Comunista e da Coreia do Norte, com pleno conhecimento dos ministros do STF e do TSE, já que o TSE foi quem mandou fazer o rastreamento e o STF ficou sabendo dos resultados advindos da operação.

No primeiro dia uma parte da mídia e até um dos denunciados, o advogado Kakay, tentaram demonizar Allan dos Santos, exigindo provas. As provas foram apresentadas no dia seguinte. E vem mais chumbo grosso.

No roteiro a seguir, publicado no Jornal da Cidade, você poderá entender melhor o curso dos acontecimentos:

Entenda a denúncia de Allan Santos, passo a passo

1- Maio de 2020. Allan recebe informação de que Barroso, Moraes, Ministros do TSE, STJ e TCU, Presidentes da Câmara e Senado reuniram-se na madrugada de Brasília para confabular derrubada de Bolsonaro. Chegaram a solicitar ajuda de Joice.
2- Junho de 2020. Moraes obriga a PF a vasculhar a casa de Allan dos Santos para descobrirem a fonte que deu a notícia sobre a reunião secreta. Não encontraram nada, e refizeram a operação 15 dias depois. Porém também sem sucesso em descobrir a fonte do Allan.
3- Julho de 2020. Em razão de não entenderem como Allan teve acesso à informação da reunião secreta, Barrosos tira servidor do STF e o coloca na segurança do TSE para que apure se existe sistema de espionagem contra ministros do TSE ou STF em Brasília.
4- Empresa contratada descobre malas de espionagem nas Embaixadas da China e Coréia do Norte. Além de uma mala na casa do Advogado Kakay do PT.
5- Após descobrir que as malas estavam a menos de 5 km do Palácio do Planalto, Barroso deveria ter alertado as autoridades.
6- Informações sobre o caso vazaram para o Allan dos Santos, que temendo por sua vida, devido à gravidade do caso, saiu do país para denunciar o crime a priori, de “prevaricação” do Ministro Barroso, porém o crime pode ser enquadrado na Lei de Segurança Nacional.
7- Segundo a Lei de Segurança Nacional, quem encobrir informações de Espionagem internacional está sujeito a penas de mais de 20 anos de prisão.
8- Grande mídia não toca no assunto e diz que Allan fez fake news.
9- Allan começa mostrar partes do conteúdo.
10- Terça livre denuncia que família de um ministro do STF está no Paraguai, o que poderia indicar uma fuga do ministro.
11- Barroso era advogado de Cesare Batisti, que tentou fuga para o Paraguai para de lá fugir para local incerto. Após isso Barroso foi indicado para o STF.
12- Allan dos Santos teria também dossiê que desvenda o caso Adélio Bispo, podendo inclusive ter provas de quem mandou matar Jair Messias Bolsonaro.