A recente decisão do governo federal de cortar recursos equalizados do Plano Safra causou surpresa ou isto já era esperado ?
Foi inesperado, mas não surpreendente. A decisão lança uma sombra de incerteza sobre um setor que é pilar da nossa economia e da segurança alimentar do país.
Por que razão?
O Plano Safra tem sido um motor vital para o crescimento e a inovação no campo. Ele permite que produtores de todos os tamanhos invistam em tecnologia, expandam suas operações e garantam a produção de alimentos que chegam à mesa de todos os brasileiros. Ao reduzir a disponibilidade de crédito subsidiado, o governo impõe um fardo pesado sobre os ombros dos agricultores.
O que pode acontecer ?
As consequências dessa medida são profundas e de longo alcance:
* Aumento dos Custos de Produção: Com menos acesso a crédito subsidiado, os produtores enfrentarão taxas de juros mais altas, elevando seus custos de produção e reduzindo sua competitividade.
* Desaceleração do investimento: A incerteza quanto ao financiamento futuro desencorajará investimentos em novas tecnologias e expansão de infraestrutura, prejudicando a modernização do setor.
* Riscos à Segurança Alimentar: A redução da produção agrícola pode levar a um aumento dos preços dos alimentos, afetando principalmente as famílias de baixa renda e comprometendo a segurança alimentar do país.
* Impacto nas Exportações: O agronegócio é um dos principais motores das exportações brasileiras. A redução da produção e da competitividade pode afetar negativamente o saldo da balança comercial.
Tem lógica por trás desta decisão, porque inevitavelmente cairá a produção de alimentos e com isto eles subirão de preços para os consumidores.
É crucial questionar a lógica por trás dessa decisão. O governo precisa encontrar urgentemente espaço no orçamento e retomar as operações de crédito. Não há prioridade maior nesse país do que comida na mesa dos brasileiros.