Manifesto

 MANIFESTO POPULAR EM DEFESA DO ESTADO DEMOCRÁTICO DE DIREITO

Brasília, 16 de novembro de 2022.

Aos 

Três Poderes da República Federativa do Brasil,

Executivo, Legislativo e Judiciário.

Assunto: protocolar o presente Manifesto Popular e requerer uma resposta pública, oficial e 

imediata sobre as reivindicações aqui realizadas.

Excelentíssimos (as) 

Presidente da República, Sr. Jair Messias Bolsonaro, 

Presidente do Senado Federal, Senador Rodrigo Pacheco, 

Presidente da Câmara dos Deputados, Deputado Arthur Lira e 

Presidente do Supremo Tribunal Federal, Ministra Rosa Weber,

O povo brasileiro, mui respeitosamente, vem protocolar junto aos Três Poderes da República 

Federativa do Brasil o presente documento, com o MANIFESTO POPULAR EM DEFESA DO ESTADO 

DEMOCRÁTICO DE DIREITO. Este Manifesto, aprovado por aclamação em assembleia popular no dia 

15 de novembro de 2022, por milhões de pessoas que estavam nas manifestações de Brasília e de 

outras cidades brasileiras, expressa a indignação e inconformação de uma parcela significativa da 

população do país com as inúmeras violações ao Estado Democrático de Direito, praticadas por 

autoridades judiciárias e diante da injustificável subserviência dos demais Poderes Instituídos.

Cabe a esses Poderes da República reestabelecer o respeito e obediência à Lei Fundamental 

e Suprema do País, violada por aqueles que deveriam atuar como os “Guardiões da Constituição 

Federal”. O povo que está nas ruas, clamando por uma solução efetiva, requer das Vossas Excelências

que coloquem nosso Manifesto Popular em pauta, em suas respectivas casas, e nos respondam, 

pública, imediata e oficialmente, sobre qual vossas posições sobre os fatos e reivindicações nele 

apresentados.

O povo brasileiro, consciente de seus direitos e deveres, clama por justiça e não mais 

aceitará os abusos do aparato estatal que violam o Estado Democrático de Direito e que ferem sua 

cidadania. O não atendimento ao Manifesto protocolado nos Três Poderes da República Federativa 

do Brasil e/ou a falta de resposta a ele, em caráter urgente, a curtíssimo prazo após seu protocolo, 

será entendido como uma RUPTURA ENTRE ESSES PODERES E O POVO BRASILEIRO, podendo esse 

tomar um destino imprevisível, insurgindo-se contra os tais poderes instituídos, por meio de um grande 

MOVIMENTO DE RESISTENCIA CIVIL, DIREITO A SER EXERCIDO, PELA ABSOLUTA MAIORIA DOS MANIFESTANTES, 

DE FORMA CÍVICA, NÃO VIOLENTA E DENTRO DOS LIMITES DA CONSTITUIÇÃO.

Respeitosamente,

Povo Brasileiro

Vontade pública manifestada por aclamação em assembleia popular realizada em Brasília, 

no dia 15 de novembro de 202

Urnas velhas

  Vídeos espalhados por apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL) depois do 2º turno afirmam que urnas antigas, supostamente sem auditoria, dariam mais votos a Lula no 1º turno do que as novas. Seria um indício de fraude. Os vídeos fazem referência a um relatório apócrifo de 70 páginas. O Poder360 teve acesso ao conteúdo completo do documento, mas opta por não divulgar porque há muitas imprecisões no texto....

O relatório foi divulgado em 4 de novembro de 2022 numa live pelo YouTube comandada pelo direitista argentino Fernando Cerimedo, ligado a Eduardo Bolsonaro (PL-SP). Apesar de a live ter sido retirada do ar logo em seguida pelo YouTube, o conteúdo se espalhou pelas redes de apoiadores de Bolsonaro. É fácil fazer uma busca na internet e encontrar o vídeo e o relatório completos....


Lula venceu a eleição com 60,3 milhões de votos no 2º turno (50,9% dos válidos). Bolsonaro teve 58,2 milhões de votos (49,1%). Depois da vitória apertada, houve uma profusão de teorias da conspiração. O “relatório do argentino” é, por enquanto, a mais popular. O Poder360 analisou detidamente o material divulgado pelo argentino Fernando Cerimedo. Foram refeitos os cálculos seguindo a orientação de estatísticos. A conclusão é a de que algumas afirmações estão erradas e outras não trazem prova nem indício sólido de irregularidades....


O relatório parte da falsa premissa (leia mais abaixo) de que as urnas de modelos antigos usadas nas eleições não foram testadas. Afirma, então, que esses equipamentos antigos computaram mais votos a Lula do que a Bolsonaro. Segundo o documento, isso seria injustificável. Entenda, abaixo, o que dizem as teses em circulação na internet a partir desse documento e por que não há nelas indícios sólidos de irregularidade...

Sim. Há registro de mais votos para Lula nos equipamentos velhos em relação aos novos. No 1º turno (que é o período analisado pelo relatório), o Poder360 verificou que Lula teve 50,3% dos votos nas urnas antigas e 46% nas urnas novas. Isso, no entanto, não é indício de irregularidade...


Nas cidades com menos de 10.000 habitantes, por exemplo, as urnas de modelos antigos eram 85% do total. Nas metrópoles com mais de 500 mil pessoas, eram só 31%. A votação em candidatos a presidente do PT nesses municípios pequenos (em todos os tipos de urnas, velhas ou novas) esteve perto de 55% nas últimas 3 eleições. Já a votação em petistas nas cidades maiores esteve sempre abaixo de 49%....