Entenda por que a cloroquina deve ser administrada par todos os infectados por vírus chinês

Paolo Zanotto participou da elaboração de um protocolo que vem sendo adotado nas últimas semanas por alguns dos principais hospitais de São Paulo — como a Santa Casa, o Albert Einstein e o Sancta Maggiore — no tratamento de pacientes com sintomas iniciais de vírus chinês. De acordo com esse protocolo, a cloroquina deve ser administrada aos pacientes logo no início da doença, preferencialmente do 2º ao 4º dia do aparecimento dos primeiros sintomas, como febre, tosse, coriza e respiração superior a 22 vezes por minuto.

A reportagem do site Brasil sem Medo ouviu o médico. Eis a entrevista completa:

As pessoas que manifestam esse quadro devem receber o medicamento na própria casa, o que desafogaria as redes hospitalares e o sistema de saúde como um todo. Segundo Zanotto, não faz sentido dar o remédio apenas para pacientes que se encontram na fase avançada da doença, como vem defendendo o Ministério da Saúde. “Mandetta está errado”, diz Zanotto.

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Paolo Zanotto, virologista da USP, afirma que uso da hidroxicloroquina é o método mais eficaz para salvar milhares de vidas e evitar uma tragédia histórica

O virologista Paolo Zanotto, professor do Departamento de Microbiologia da USP, assegura que o uso da hidroxicloroquina em pacientes de coronavírus é o método mais eficaz para salvar milhares de vidas, evitar uma tragédia de proporções colossais e vencer a pandemia que assola o mundo. Estudioso da evolução do vírus, com doutorado na Universidade de Oxford, Zanotto participou da elaboração de um protocolo que vem sendo adotado nas últimas semanas por alguns dos principais hospitais de São Paulo — como a Santa Casa, o Albert Einstein e o Sancta Maggiore — no tratamento de pacientes com sintomas iniciais de Covid-19. De acordo com esse protocolo — ao qual a reportagem do BSM teve acesso exclusivo —, a cloroquina deve ser administrada aos pacientes logo no início da doença, preferencialmente do 2º ao 4º dia do aparecimento dos primeiros sintomas, como febre, tosse, coriza e respiração superior a 22 vezes por minuto. As pessoas que manifestam esse quadro devem receber o medicamento na própria casa, o que desafogaria as redes hospitalares e o sistema de saúde como um todo. Segundo Zanotto, não faz sentido dar o remédio apenas para pacientes que se encontram na fase avançada da doença, como vem defendendo o Ministério da Saúde. “Mandetta está errado”, diz Zanotto.

A eficácia da hidroxicloroquina (em associação com a azitromicina) está sendo comprovada por diversos estudos clínicos internacionais, mas estranhamente continua ignorada pela grande mídia, os governos e parte da comunidade científica. Zanotto afirma que existem razões político-ideológicas para essa atitude, mas alerta: a cloroquina não é o “remédio do Bolsonaro”, nem o “remédio de Trump” — é o remédio da vida.

Leia a seguir a entrevista exclusiva feita por Paulo Briguetde para o  BSM : 

Paulo Briguet: Quais são as principais diferenças do coronavírus em relação aos outros vírus que o sr. estudou nas últimas décadas?

Paolo Zanotto: Em 2003, tivemos um outro vírus desse tipo, o da SARS-1. Trabalhei com ele na Alemanha. Era um vírus extremamente problemático, mas não teve a facilidade de espalhamento que esse teve. Depois tivemos o coronavírus de camelo, que passa de camelos para humanos, mas felizmente não houve nenhum desdobramento pandêmico. O vírus atual tem um aspecto que os outros vírus do mesmo tipo não têm: uma transmissibilidade espantosa. É um vírus que tem, digamos assim, superpoderes para se transmitir de maneira extremamente eficiente entre humanos. A Covid-19 não é uma simples pneumonia. Ela é muito mais complexa e devastadora do que uma pneumonia. Há um comprometimento violentíssimo do pulmão. O que nós sabemos, com base nas observações das últimas três semanas? A pessoa é infectada e até o 4º dia de aparecimento dos sintomas — o que chamamos de “fase de expansão viral” —, o pulmão vai acumulando lesões. Os primeiros sintomas são febre, coriza, um estado gripal muito leve. No período que vai 2º ao 4º dia, é preciso dar o remédio à pessoa — e esse remédio é a hidroxicloroquina. Se você não der o remédio, no 7º dia o paciente já estará com o pulmão completamente comprometido. Quando surgir a tosse seca e dificuldade respiratória, será muito difícil tratar a doença. A rede Prevent descobriu que, iniciando o tratamento do 2º ao 4º dia, e usando hidroxicloroquina em associação com azitromicina, você salva a pessoa. Ela nem vai ser hospitalizada. A Prevent cuida de 25% da população de São Paulo e tem milhares de pacientes na cidade. Eles fizeram um protocolo, baseado em telemedicina: se o número de respirações por minuto está acima de 22, eles enviam o medicamento à casa da pessoa. Com isso, o paciente é curado em casa, sem sequer utilizar o sistema hospitalar.

Paulo Briguet: Mas por que esse protocolo não está sendo aplicado em larga escala?

Paolo Zanotto: Acho que eu entendi por quê. A hidroxicloroquina ficou sendo o “remédio do Bolsonaro” e o “remédio do Trump”. Agora, eles estão sob fogo cerrado — inclusive de dentro dos seus próprios governos. Tecnicamente, o remédio deveria ser dado entre o 2º e o 5º dia da doença; depois disso, a pessoa precisa ser internada porque vai precisar de apoio respiratório. É uma terapia curta, e os efeitos adversos não estão se manifestando, segundo diversos trabalhos. Em São Paulo, a rede Prevent teve 96 mortes por coronavírus até o dia 22 de março, praticamente metade de todas as mortes reportadas pelo governo de São Paulo. Hoje eles estão com apenas uma pessoa na UTI. Desde que a Prevent adotou esse protocolo, não registrou mais mortes por coronavírus. E as pessoas que tiveram problema são as que entraram tardiamente nesse protocolo, já com a doença avançada. A Santa Casa e o Albert Einstein também adotaram esse protocolo, além de vários hospitais do interior de São Paulo, sempre com ótimos resultados. No Hospital Sancta Maggiore, em São Paulo, a equipe médica entendeu o que está acontecendo e colocou o ovo de Colombo em pé. Temos um protocolo que está salvando vidas.

Paulo Briguet: Existem, portanto, razões ideológicas para a recusa do tratamento por cloroquina?

Paolo Zanotto: Se o povo não estivesse falando que esse é o “remédio do Bolsonaro” ou o “remédio do Trump”, seria diferente. Se fosse a “droga do Doria” ou a “droga do Lula”, eu garanto que seria um sucesso. Há muita ideologia envolvida no problema. Para alguns, se for necessária a morte de milhões para tirar o Trump e o Bolsonaro, que seja assim.

Paulo Briguet: O protocolo adotado pelo Ministério da Saúde prevê o uso de hidroxicloroquina somente na fase final da doença, em pacientes graves. Como o sr. vê isso?

Paolo Zanotto: De todos os pacientes entubados, 50% morrem se tiverem alguma comorbidade. Os que sobram podem ficar com 50% de comprometimento pulmonar e sair de lá com menos de 20% de capacidade respiratória. Hoje (quinta-feira), eu alertei o Wanderson de Oliveira (secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde) sobre isso e afirmei claramente: “O ministro Mandetta está errado”. Passei para ele o protocolo, os dados, todas as informações, a timeline da doença, mostrando que qualquer tratamento medicamentoso depois do 4º dia tem pequenas chances de sucesso. Mas não tive resposta — e acho que não vou ter. Volto a dizer: o protocolo de uso da cloroquina na fase inicial da doença vem salvando vidas, mas está sendo desprezado e criticado pela imprensa, pelos governos e até por gente da área científica. A doutrina do “quanto pior, melhor” está no interesse de alguns grupos por aí.

Paulo Briguet: Mas isso não pode acontecer... São vidas que estão em jogo!

Paolo Zanotto: Mas quem lhe disse que vidas são importantes? Para alguns grupos, o importante é o poder. Joseph Ratzinger (o papa emérito Bento XVI) disse outro dia algo muito interessante: “Quando não há princípios superiores, tudo é poder pelo poder”. A gente vive numa realidade em que os aspectos que definem a civilização humanista estão deixando de valer. Hannah Arendt, uma das filósofas mais importantes do século passado, resgatou a necessidade de valores, da distinção entre o certo e o errado, entre o bonito e feio. Quando jovem, ela foi aluna do filósofo Martin Heidegger. Tiveram até um caso amoroso. Depois disso, com a ascensão do nazismo, ela foi para os Estados Unidos e se tornou uma acadêmica muito respeitada. Durante a Segunda Guerra, Heidegger se tornou reitor da Universidade de Freiburg. Em seu discurso de posse, ele fez uma apologia do nazismo. Quando acabou a guerra, Hannah Arendt visitou Heidegger na Alemanha. Todo mundo ficou horrorizado. Mas por que ela fez isso? Porque precisava saber como uma pessoa como Martin Heidegger se dobrou àquilo. Esse encontro foi fundamental para que, tempos depois, ela participasse do julgamento do criminoso nazista Eichmann em Jerusalém, que resultou em um de seus mais famosos livros. Esse período de Hannah Arendt em Jerusalém se resume a uma única frase, que eu guardo no meu coração: “Quando a necessidade substitui a verdade, o mal se torna banal”. Ela não foi conversar com Heidegger porque tinha saudades do velho professor. Ela fez isso para coletar informações e entender o problema do mal. No julgamento de Eichmann, ela encontra um burocrata, que cuidava da família, que se preocupava porque os soldados nazistas matavam as pessoas com um tiro na cabeça de forma errada, fazendo com que as pessoas sentissem dor. Eichmann era uma “pessoa normal”. Ela escreveu sobre a banalização do mal, que é uma decorrência da falta de valores superiores nos seres humanos. E é exatamente o que estamos vendo acontecer agora, com a pandemia do coronavírus. O materialismo histórico e a dialética marxista invalidaram o aspecto transcendente da humanidade. Se o ser humano não possui transcendência, a morte de milhões de pessoas para impor uma ideologia é totalmente válida. Estamos vivendo num período em que o transcendente foi eliminado ou está em processo de eliminação. Aí você entende o grande poder que o Partido Comunista Chinês tem no mundo todo. Eles estão comprando nossa imprensa, nossos intelectuais, nossas indústrias. Eles são a consequência da desumanização. Sob o pretexto de promover a igualdade, estão criando a realidade que Hayek chama de servidão. Em certo sentido, o que estamos vivendo é compreensível na dimensão filosófica. Apesar de ser um técnico e trabalhar com a evolução de vírus, tenho essa preocupação com a ética. Essa modernidade está avançando a um preço caríssimo, que é a essência do homem. Certa vez, Saul Alinsky encontrou uma senhora que havia acumulado vários feitos na militância radical e perguntou a ele: “O que devo fazer agora?” Ele respondeu: “Agora você deve morrer, e de uma morte bem pavorosa, porque não precisamos mais de você.  O que importa é um dia termos pessoas que farão a revolução sem saber por quê”. É algo parecido que estão dizendo para todos nós agora. Se a gente imagina um país como o Brasil, que viveu por 40 anos com uma educação de linha socioconstrutivista, não é de se estranhar que tenhamos tanta gente fazendo oposição à vida.

Artigo, Fábio Jacques - O Vírus JMB.

Quando um vírus se espalha em um ambiente pode provocar reações nos organismos afetados que vão desde formação de anticorpos sem qualquer sintoma aparente, leves manifestações orgânicas ou até mesmo severas alterações no estado de saúde podendo levar até ao óbito. Tudo depende da sensibilidade de cada organismo.
Há sempre grupos de risco que são aqueles organismos que reagem com violência por não suportarem a ação do vírus, como é o caso dos idosos principalmente portadores de comorbidades em relação ao Covid-19. Estes podem não resistir e acabarem sendo abatidos por este agente estranho que, em outros organismos passa completamente despercebido.
Em primeiro de janeiro de 2019 um vírus completamente estranho foi introduzido no país, gerando reações idênticas a de qualquer outro vírus, só que desta vez, no próprio organismo social. O Vírus JMB.
Para a maior parte das pessoas os sintomas foram até mesmo benéficos. Gerou esperança de que finalmente se encerre o longo ciclo de desmandos e apropriação indébita da riqueza da nação que privilegiou alguns poucos e legou pobreza, ignorância e insegurança à grande maioria. Para estes o Vírus JMB proporcionou um efeito benigno.
Para alguns que sempre giraram em torno das ideias dominantes, os puxa-sacos e os isentões de plantão gerou confusão porque as tetas que os alimentavam secaram e continuam até hoje sem saber exatamente onde parasitar.
Mas há um grande grupo de risco sobre os quais o Vírus JMB produziu efeitos devastadores: a esquerda e sua mídia amestrada.
Os sintomas mais característicos apresentados por este grupo de risco são a mitomania, transtorno psicológico caracterizado por mentir compulsivamente, o desespero, a conspiração sistemática e a tentativa de bloqueio de qualquer ação proveniente deste Vírus.
Tudo, absolutamente tudo está errado e tudo é motivo para tentar exterminá-lo, seja fisicamente através de facada, seja por causa do discurso na ONU, da queimada sazonal das florestas, do óleo venezuelano nas praias nordestinas, das tentativas de manter a economia de pé protegendo empresas e empregos, seja pela aproximação com os Estados Unidos, seja pela embaixada brasileira em Israel, seja porque Carlos disse isto e Eduardo falou aquilo, seja porque Olavo de Carvalho tuitou algo contra a esquerda ou até mesmo através da CPMI da Fake News que até agora não apresentou qual foi a tal de fake news disseminada pelo famoso Gabinete do Ódio.
O pavor neste grupo de risco é total. Até a morte do Bebianno foi atribuída à tristeza por ter sido rejeitado pelo seu amado Vírus JMB.
O maior sonho deste grupo de risco, melhor dito, de canalhas, sempre foi levantar o povo contraJMB através de uma greve geral. Como não há mais disponibilidade financeira para bancar a mortadela, foram contemplados com o ataque de um outro vírus, o Covid-19 e conseguiram paralisar o país. O vírus é real, produz reações às vezes extremas nos grupos de risco, mas está sendo usado como espetacular agente disseminador do terror fruto da mitomania compulsiva da esquerdalha.
O povo já se apercebeu de que o propósito não é controlar o Covid-19 e transmitir informações verdadeiras sobre ele, e sim provocar o pânico geral que lhes facilite acabar com o vírus muito mais nefasto para eles, o Vírus JMB. As estatísticas mentirosas como as determinadas pelo governo de São Paulo já estão sendo desmascaradas e as reações por parte da população já começaram. O povo quer trabalhar, faturar e, pelo menos, alimentar suas famílias.Terra arrasada vai matar muito mais gente que o próprio vírus.
Jamais negando a importância do controle da pandemia do Covid-19, não há como desconhecer que ela caiu como uma luva para os propósitos esquerdopatas. Para eles, JMB não fez absolutamente nada de acertado. Tudo o que foi feito até agora está errado. Rodrigo Maia já disse que as ações do governo liberando 600 bilhões para manter empregos, sustento dos mais necessitados e sobrevivência da economia não vão resolver nada e só servem para ajudar os grandes players da Bovespa. Mas o que vai resolver? Isto ele não sabe e não diz. Só sabe que o que está sendo feito não vai resolver.
Vou dar uma má notícia: não vencerão. O Vírus JMB é muito mais resistente do que possam imaginar. Podem atacá-lo à vontade que ele não se curvará. E continuará por muito tempo aterrorizando este grupo de desqualificados até que se tornem insignificantes e rejeitados por toda a sociedade.
O que, aliás, já está começando a acontecer.


O presidente errático, Zero Hora

A imagem de governante capaz de unir o país para vencer uma guerra epidêmica se esfarelou na primeira entrevista de Bolsonaro pós-moderação de tom

A transfiguração do presidente Jair Bolsonaro em um líder ponderado e moderado, como o que apareceu em rede nacional de TV na noite de terça-feira, não resistiu a um dia de realidade. A imagem de governante capaz de unir o país para vencer uma guerra epidêmica se esfarelou na primeira entrevista de Bolsonaro pós-moderação de tom. Ao ser questionado na Rádio Jovem Pan na noite de quinta-feira, o chefe da nação partiu para o confronto de sempre, mas com um agravante: praticamente desautorizou a gestão do ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, na condução do combate ao coronavírus.

Uma das raras boas novidades surgidas no governo em razão da eclosão da pandemia, Mandetta só não foi demitido ainda porque se transformou em uma figura popular, ainda que a máquina de propaganda do Planalto tente agora ofuscar a luz própria conquistada pelo ministro ao mimetizá-lo com outros colegas de Esplanada nas entrevistas diárias. Era de fato previsível que, para um presidente errático diante da crise e única voz dissonante sobre as medidas de contenção entre os países membros do G20, os elogios ao ministro e as comparações de postura desembocariam em sabotagem aos esforços de Mandetta e equipe.

Bolsonaro passa a crer cada vez mais em seguidores radicais e a confundir o povo com o grupo de fanáticos apoiadores
A questão de fundo, porém, não é mais a permanência ou não do ministro, que seguirá no governo na melhor das hipóteses até a pandemia ser controlada. Os problemas mais agudos são o grau de desacerto interno do governo em um momento crítico da História, e o fato de o país depender do tênue fio de ligação com a sensatez de ministros para não vir à mente as cenas de corpos depositados nas calçadas, como as registradas durante a semana em Guayaquil, no Equador. A responsabilidade por essa situação de desintegração, inusitada no Brasil em tempos de emergência, cabe unicamente a Bolsonaro, um político que tem suas carreiras militar e eleitoral sob inspiração do confronto – nunca na comunhão de esforços tão necessária no momento.

Como todos os governantes que vão se vendo isolados, o presidente passa a crer cada vez mais em seguidores radicais e a confundir o povo com o grupo de fanáticos apoiadores que, cuidadosamente selecionados e filtrados por sua assessoria, são colocados à saída do Palácio da Alvorada todas as manhãs. No ritual, em que se misturam rezas, louvações ao presidente, ataques à imprensa e conclamações variadas, monta-se diariamente a pantomima que alimenta as redes sociais do clã Bolsonaro. Neste aspecto, o presidente se move na direção de seu colega de tuítes apagados Nicolás Maduro, que vislumbra nas boinas vermelhas bolivarianas que o cercam a única representação do povo venezuelano – todos os demais são inimigos a serem combatidos.

Felizmente, porém, e apenas graças a suas instituições democráticas sólidas e sensatas, o Brasil está muito distante da tragédia social e política do vizinho ao Norte ou da conversão para o desprezo à democracia na Hungria de Viktor Orbán, um representante do arco político do qual Bolsonaro faz parte. Ainda assim, é preciso que as instituições se mantenham alerta. O vírus, como se vê, também demonstra poder de corrosão da racionalidade, do bom senso e de instrumentos que asseguram a democracia.

Opinião do leitor - Velhos, go home !, diz cartaz na entrada do Mercado Público de Porto Alegre

A ordem é apenas uma leitura livre do cartaz que li esta manhã no mercado público de Porto Alegre, reaberto para que o público apenas retire mercadorias adquiridas pela tele-entrega, conforme autorizou ontem o prefeito Marchezan Júnior.
V. Sª sabia que no nosso mercado público de Porto Alegre os seus permissionários colocaram um cartaz na entrada (na parede lateral da agência lotérica na entrada do Largo Glênio Peres, em baixo do cartaz foi disponibilizada uma mesa com um vasilhame de álcool gel para quem quiser usar) dizendo mais ou menos o seguinte:
“Pedimos as pessoas com mais de 60 anos que não entrem no mercado pois vocês são pessoas do grupo de risco”.
Em outras palavras: Não entrem, pois aqui no Mercado Público de Porto Alegre não queremos vocês.
Só faltou o hoje muito usado “Fora Velhos”.
Que tal?
Será que esta aversão dos permissionários do Mercado Público a pessoas com mais de 60 anos será mantida para sempre?
Doravante os permissionários não quererão mais como clientes pessoas com mais de 60 anos?
Parece que não pois hoje os estão mandando não entrar no mercado.
Será que o nosso Prefeito Nelson Marchezan Jr concorda com este posicionamento dos permissionários do mercado público de Porto Alegre?
Os permissionários do mercado têm o direito de escolher quais as pessoas irão atender?
Vou mais longe: os permissionários do mercado público podem se dar ao luxo de desprezar a imensa quantidade de pessoas com mais de 60 anos que vivem em Porto Alegre?
Não lhe parece um ato discriminatório contra as pessoas com mais de 60 anos?
Acredito que a coisa esteja ficando perigosa pois as perseguições a determinados grupos de pessoas já tenham se iniciado e logo pelo nosso centenário Mercado Público.
Perseguições a grupos de pessoas aconteceram na Alemanha nazista, na Rússia comunista e em outros tantos lugares mundo afora.
Infelizmente não tenho celular destes modernos que fazem tudo e por isso não tirei uma foto, mas o cartaz estava lá ontem à tarde.
Encerro dizendo-lhe que seu blog é minha leitura diária obrigatória em face de sua altíssima qualidade e de suas posições democráticas e honestas.

Opinião do leitor - Velhos, go home !, diz cartaz na entrada do Mercado Público de Porto Alegre

V. Sª sabia que no nosso mercado público de Porto Alegre os seus permissionários colocaram um cartaz na entrada (na parede lateral da agência lotérica na entrada do Largo Glênio Peres, em baixo do cartaz foi disponibilizada uma mesa com um vasilhame de álcool gel para quem quiser usar) dizendo mais ou menos o seguinte:
“Pedimos as pessoas com mais de 60 anos que não entrem no mercado pois vocês são pessoas do grupo de risco”.
Em outras palavras: Não entrem, pois aqui no Mercado Público de Porto Alegre não queremos vocês.
Só faltou o hoje muito usado “Fora Velhos”.
Que tal?
Será que esta aversão dos permissionários do Mercado Público a pessoas com mais de 60 anos será mantida para sempre?
Doravante os permissionários não quererão mais como clientes pessoas com mais de 60 anos?
Parece que não pois hoje os estão mandando não entrar no mercado.
Será que o nosso Prefeito Nelson Marchezan Jr concorda com este posicionamento dos permissionários do mercado público de Porto Alegre?
Os permissionários do mercado têm o direito de escolher quais as pessoas irão atender?
Vou mais longe: os permissionários do mercado público podem se dar ao luxo de desprezar a imensa quantidade de pessoas com mais de 60 anos que vivem em Porto Alegre?
Não lhe parece um ato discriminatório contra as pessoas com mais de 60 anos?
Acredito que a coisa esteja ficando perigosa pois as perseguições a determinados grupos de pessoas já tenham se iniciado e logo pelo nosso centenário Mercado Público.
Perseguições a grupos de pessoas aconteceram na Alemanha nazista, na Rússia comunista e em outros tantos lugares mundo afora.
Infelizmente não tenho celular destes modernos que fazem tudo e por isso não tirei uma foto, mas o cartaz estava lá ontem à tarde.
Encerro dizendo-lhe que seu blog é minha leitura diária obrigatória em face de sua altíssima qualidade e de suas posições democráticas e honestas.

Artigo, Renato Sant'Ana - Comportamentos irracionais

       Num documentário da National Geographic sobre felinos da África, dois guepardos machos, loucos por acasalar, engalfinharam-se na disputa por uma fêmea. Nisso, um leão, pesando cinco vezes mais que qualquer dos brigões, entrou em cena. Mas os guepardos subestimaram a ameaça e não interromperam a luta. E, minutos depois, a câmera mostrou o leão.... com o cadáver da fêmea disputada na boca.
          Eles não reconheceram o inimigo comum e mais forte. E perderam ambos. A conduta básica dos guepardos é determinada pela genética. Eles não são racionais nem tem discernimento, mas reagem por instinto. E o apetite de acasalar venceu o instinto de evitar o perigo. Tudo muito natural.
          Antinatural é, entre nós, ignorar que a pandemia é o inimigo comum, usando o sofrimento da população para politizar a crise. De olho em 2022 e raciocinando como feras, desde figurões como João Doria, Rodrigo Maia e coronéis da esquerda, até aos aloprados que batem panela, todos só pensam em nocautear o governo, com grave prejuízo para o país.
          Para derrotar a pandemia, o Brasil é instado a fazer um esforço de guerra, cobrando, de todos, união e boa dose de sacrifício. É assombroso, pois, que oportunistas estejam empenhados em dividir a nação como tática rasteira de disputa política, acarretando fatalmente maior sacrifício para os mais pobres.
          Ah, quer dizer que Bolsonaro não pode ser criticado? Ora, antes pelo contrário! Convém que o seja. Mas que não se tome por crítica a incessante e desmedida guerra movida por uma coalizão formada por alguns dos principais órgãos de imprensa, pelos parasitas do Centrão e pelas hienas da esquerda. O país está pagando por essa guerra.
          A crítica tem, sim, que ser livre, para o cidadão e para a imprensa. Aliás, um dos inúmeros motivos por que, em 2018, elegeu-se Bolsonaro e se repudiou a candidatura de Fernando Haddad foi estar previsto no programa de governo do petista promover o "controle social da mídia", isto é, a blindagem do governo às críticas - como na Venezuela.
          O inaceitável é usarem a liberdade de expressão para desinformar a população, gerando pânico e, nalguns casos, desespero. Tudo para matar a esperança e vergar a coragem das pessoas, suscitando uma sensação de desamparo e revolta, estado de espírito que costuma voltar-se contra o presidente do país. Quem ganha com isso? E quem efetivamente perde?
          A população terá que dar uma resposta razoável à alta ralé e aos batedores de panela, usando, diferentemente das feras, o discernimento e agindo com responsabilidade. É hora de união, não de politização.

Renato Sant'Ana é Advogado e Psicólogo.
E-mail: sentinela.rs@uol.com.br

Entrevista, Marcela Joelsons, Scalzilli Althaus - As empresas precisam se ajustar antes mesmo da vigência da Lei Geral de Proteção de Dados

- A advogada Marcela Joelsons é coordenadora área cível escritório Scalzilli Althaus, Porto Alegre.

O Senado jogou para o ano que vem a vigência da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD). Como o PL 1179/2020 impacta a LGPD ?
Através do projeto de lei 1179/2020 elaborado para flexibilizar contratos durante a pandemia do corona vírus, foi alterada a vigência da Lei Geral de Proteção de Dados, que encontrava-se em vacatio legis. Quando a lei foi promulgada em 2018, sua entrada em vigor estava prevista para março de 2020. Com a MP 869/2018, houve alteração para agosto de 2020. Agora, este PL pretende alterar novamente a vigência da LGPD para janeiro de 2021, com previsão de aplicação de multas e sanções somente a partir de agosto de 2021.

Quais os próximos passos do PL?
O PL ainda vai para votação na Câmara dos Deputados e depois deve passar pela sanção presidencial.

O que originou essa medida?
Restrições impostas às empresas em meio à pandemia do corona vírus, como o fechamento do comércio, a interrupção de serviços tidos como não essenciais à população, a quebra de contratos, etc, fez com que as companhias concentrem todos os seus esforços financeiros na crise que restou instaurada em seus negócios, vinda à tona o argumento de haver pouco folego para um processo de adequação à nova legislação de proteção de dados.

É realmente necessária a alteração na vigência da lei?
 Muitas empresas brasileiras já estavam em níveis avançados de seus processos de adequação à LGPD, todavia, para aquelas que sequer haviam iniciado estes trabalhos, o cenário de calamidade pública e da emergia da saúde representou em entrave não esperado.

Qual os efeitos esperados para o cenário brasileiro em relação a alteração na vigência da lei?
 A nossa Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) foi inteiramente baseada na norma europeia. A intenção, claro, foi garantir a convergência entre as legislações e, assim assegurar a manutenção dos negócios entre empresas daqui e as advindas de países de lá. A postergação da vigência da lei vai na contramão do cenário mundial, que pede urgência na regulação do uso e no tratamento de conteúdos pessoais.

Quais prejuízos advindos de uma possível postergação?
A entrada em vigor da LGPD em agosto de 2020 asseguraria ao Brasil um nível adequado de proteção de dados pessoais, o que é exigido pela União Europeia através do GDPR, e colocaria o país em patamar de concorrência com empresas estrangeiras, estimulando assim o desenvolvimento da economia. Sem a vigências da lei o Brasil fica fora do circuito. Além disso, a manutenção da lacuna legislativa neste momento gera insegurança jurídica no uso de dados sensíveis relativos à saúde e poderá levar a violações dos direitos fundamentais aos titulares dos dados.

O que as empresas devem fazer?
Uma vez retomada a vida próxima da normalidade, independentemente dos debates sobre a vigência da lei, as empresas devem buscar a adequação à LGPD para garantir sua reputação no mercado global evitando assim a perda de negócios que são essenciais em um momento de retomada das atividades empresariais.

Aprovado orçamento de guerra

A Câmara dos Deputados aprovou nesta 6sexta-feira  uma PEC (proposta de emenda à Constituição) chamada de ‘Orçamento de guerra’. O texto aprovado em dois turnos facilita os gastos do governo para o combate à pandemia de coronavírus. A matéria agora vai ao Senado Federal.

O relatório aprovado, de autoria do deputado Hugo Motta (Republicanos-PB), permite a separação dos gastos realizados para o combate ao vírus chinês do Orçamento da União.

O objetivo da proposta é separar o Orçamento fiscal, que reúne desembolsos recorrentes com Previdência Social e custeio da máquina pública, por exemplo, do Orçamento extraordinário, criado para medidas a serem tomadas durante a pandemia.

A proposta cria um comitê de gestão da crise. Este poderá fazer a orientação geral e aprovar as ações tomadas no regime emergencial. Também terá o poder de alterar ou anular contratos celebrados pela União.

O comitê será composto pelo presidente da República, os ministros da Saúde, da Economia, da Cidadania, da Infraestrutura, Agricultura e Abastecimento, da Justiça e Segurança Pública da Controladoria Geral da União e da Casa Civil.Além desses, também participam do grupo dois secretários de saúde, dois secretários de fazenda e dois secretários da assistência social de Estados ou do Distrito Federal, de diferentes regiões do País, escolhidos pelos conselhos respectivos.Também contará com 2 secretários de saúde, 2 secretários de fazenda e 2 secretários da assistência social de municípios, de diferentes regiões do País, escolhidos da mesma forma. Esse grupo de membros não terá direito a voto dentro do comitê.

Entre as possibilidades do grupo está a contratação de pessoal, obras, serviços e compras, com propósito exclusivo de enfrentamento da calamidade e vigência restrita ao período de duração desta.

Esses gastos terão processo simplificado que assegure, “sempre que possível, competição e igualdade de condições a todos os concorrentes”, segundo o texto. Caberá ao Congresso Nacional a fiscalização das ações do grupo, que poderá anulá-las.

Também ficam liberadas as regras de controle fiscal. Isso quer dizer que será permitido gastar sem apresentar compensação de receitas e ainda não será preciso respeitar a chamada regra de ouro. Esta diz que não se pode se endividar para pagar despesas do dia a dia.

O texto autoriza o Banco Central a realizar a compra direta de títulos públicos e privados no mercado.

“O Banco Central [pode] comprar e vender títulos de emissão do Tesouro, nos mercados secundários local e internacional, e direitos creditórios e títulos privados de crédito em mercados secundários, no âmbito dos mercados financeiros, de capitais e de pagamentos.” Se aprovado também pelo Senado e depois sancionada pelo presidente, a permissão só valerá para o período de pandemia.

Grande defensor da proposta, o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou em entrevista na tarde desta 6ª feira (3.abr) que ainda havia dúvidas em relação à transparência, à prestação de contas, mas que seria construído 1 texto que mantenha “a relação de confiança, onde o presidente do BC possa prestar contas da ação do banco”.

Por ser uma proposta de mudança na Constituição, o texto precisava do apoio de 60% da Câmara em 2 votações. O tempo entre a votação do 1º e do 2º turno de votação foi quebrado diante de acordo entre os líderes da Casa.