Santander abre inscrições para Santander Coders, que concede 50 mil bolsas de estudo em programação

Os 300 bolsistas com melhor desempenho no processo seletivo receberão uma bolsa para formação completa em uma das 4 linguagens escolhidas no momento da inscrição

O Santander Universidades abriu as inscrições para a 4ª edição do Santander Coders, que vai conceder 50 mil bolsas de introdução a tecnologias e linguagens de programação de Back-End, Front-End, Data Science e Engenheiro de Dados. Os cursos serão ministrados em parceria com a escola Ada Tech, especializada no ensino de programação e tecnologia. As 300 pessoas com melhor desempenho no processo seletivo receberão uma bolsa completa para os cursos de formação em uma das quatro linguagens de programação, que será escolhida pelos próprios participantes.  As Inscrições se encerram em 01 de maio e devem ser feitas através da plataforma Bolsas Santander https://app.becas-santander.com/pt-BR/program/bolsas-santander-tecnologia-santander-coders-2023?utm_source=Web&utm_medium=Referral&utm_campaign=coders_NDP 

Os contemplados receberão um e-mail da plataforma Bolsas Santander para aceitarem a bolsa e, posteriormente, o contato via e-mail da Ada Tech com o acesso ao curso online que será composto por uma trilha assíncrona (cujas aulas devem ser assistidas dentro de um período pré-determinado), seguida de um teste de lógica, dinâmicas em grupo e o Coding Tank - um reforço sobre lógica de programação.

Os 300 alunos com melhor performance serão contemplados com a formação síncrona em Back-end, Front-end, Data Science ou Engenharia de Dados. Para este grupo,  os cursos serão aplicadis de forma online dentro da plataforma Ada, que apresenta uma visão detalhada de performance em competências técnicas e comportamentais para cada aluno, fazendo uma avaliação de cada participante ao longo dos módulos de conteúdo e acompanhando os índices de qualidade em cada etapa. “Essa parceria com a Ada nos possibilita acompanhar o desenvolvimento dos alunos, além de oferecer a melhor infraestrutura para que os participantes possam absorver ao máximo o conteúdo dos cursos escolhidos”, explica Nicolás Vergara, superintendente executivo do Santander Universidades.                                                                                                                           

As formações síncronas acontecerão de forma remota e ao vivo com professores da Ada. A escola apresenta uma visão detalhada de performance em competências técnicas e comportamentais para cada aluno ao longo dos módulos de conteúdo. “O Santander Coders é uma oportunidade tanto de iniciação quanto de se atualizar nos principais fundamentos para um mercado que cresce e demanda uma alta quantidade de profissionais capacitados. Estima-se que atualmente tenhamos apenas 1 profissional de T.I. formado para cada 3 novas vagas demandadas pelo mercado. O Santander quer ajudar na formação destes profissionais, com os conteúdos mais requisitados pelas empresas.”, finaliza Nicolás.

A iniciativa é destinada para pessoas maiores de 18 anos, com interesse na área de tecnologia ou que estejam em transição de carreira, não é necessário estar vinculado a uma universidade.

Santander e seu apoio a Educação Superior

O Santander Universidades já impactou a vida de mais de 800 mil estudantes, profissionais e empreendedores por meio de programas gratuitos, muitos deles realizados em parcerias com as 1.200 universidades de 22 países que estão presentes. Ao longo de 26 anos de atuação, este sólido compromisso com a educação superior destinou mais de € 2 bilhões a iniciativas acadêmicas, que viabilizaram a oferta de mais de 800 mil bolsas de estudo. A cada ano, o Santander Universidades investe R$ 40 milhões em educação e, apenas em 2022 foram entregues mais de 100 mil bolsas. Em 2023, o objetivo é entregar 120 mil oportunidades de capacitação e qualificação profissional. essa atuação levou o Santander a ser reconhecido como a empresa que mais investe em educação no mundo, de acordo com o Informe Varkey / UNESCO / Fortune 500 de 2018.

Sobre a Ada 

Ada, formações em tecnologia com as maiores empresas do Brasil. A edtech possui metodologia única com jornada síncrona e assíncrona, totalmente aderente às demandas do mercado de trabalho. Foco em empregabilidade sem custos algum para o aluno. Ela já formou mais de 7 mil alunos e fomenta uma comunidade, Let's Code, com cursos assíncronos gratuitos que preparam futuros programadores para as melhores oportunidades de mercado.


Agência Pública faz intriga ao atacar o ex-chefe da Abin de Bolsonaro, o deputado Alexandre Ramagem. Leia tudo.

Ricardo Kotscho, jornalista de corte ideológico lulopetista e que serviu ao governo Lula, é um dos membros do Conselho da Agência Pública, o que diz tudo.

O editor acaba de receber por e-mail a reportagem a seguir, intitulada " Abin de Ramagem gastou R$31 milhões com ferramentas de vigilância secretas e sem licitação", da auto-intitulada Agência Pública (CLIQUE AQUI para saber tudo sobre a agência). 

A agência informa que seu serviço é de investigação jornalística.

O Ramagem de que fala o título é o delegado federal Alexandre Ramagem, chefe de Abin no governo Bolsonaro e um dos membros garantidos da oposição para a CPMI do 8 de Janeiro. Em abril de 2019, o STF proibiu a nomeação de Ramagem para o comando da PF e Bolsonaro aceitou a ilegalidade, naquilo que é apoado como o pecado original do qual derivaram os avanços da Corte sobre prerrogativas do Executivo. Ele se elgeu deputado fededral pelo Rio, com 59 mil votos.

CLIQUE AQUI para ler o inteiro teor do material, mas faça isto com espírito crítico.

Abin de Ramagem gastou R$31 milhões com ferramentas de vigilância secretas e sem licitação

Registrado como “Estrangeiro Sigiloso", maior contrato permitiria vigilância sobre alvos não investigados pela Justiça

 

Por Caio de Freitas Paes, da Agência Pública

 

Desde o início do governo Bolsonaro, a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) adquiriu, sem licitação e por supostos motivos de segurança nacional, uma série de aparatos e programas de espionagem sem informações disponíveis ao público, seja da capacidade das ferramentas ou mesmo das empresas que as fornecem. O fato se destaca porque durante o governo anterior, de Michel Temer (MDB), a agência também fez compras nesses moldes, mas não ocultou informações sobre as companhias contratadas -- como na aquisição do First Mile, programa da israelense Cognyte capaz de monitorar, ilegalmente, a localização em tempo real de até 10 mil alvos por ano a partir de dados transferidos do celular para torres de telecomunicações instaladas em diferentes regiões, conforme revelou o jornal O Globo. 

 

A Agência Pública apurou que, além do First Mile, existem outros programas com potencial de espionagem ilegal. É o que indica um levantamento interno obtido pela reportagem. Entre dezembro de 2019 e outubro de 2021, o então diretor-geral da Abin e hoje deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ) gastou, sem licitação, pelo menos R$ 31 milhões em ferramentas espiãs sem nenhuma informação pública. Somada a outros três contratos firmados com empresas divulgadas pela agência, a cifra torna o ex-delegado da Polícia Federal (PF) -- e homem de confiança do clã Bolsonaro -- o diretor-geral da Abin que mais gastou com tecnologias de espionagem nos últimos cinco anos.


Para se ter ideia, a cada R$ 10 gastos sem licitação pela Abin na gestão Ramagem, praticamente R$ 9 foram para empresas secretas, genericamente definidas pela agência como “Estrangeiro Sigiloso”. 

 

 



Sob Ramagem, Abin gastou R$ 31 milhões com ferramentas de vigilância secretas e sem licitação. Foto: Antônio Cruz/Agência Brasil

 

O maior entre os 11 contratos secretos firmados na gestão Ramagem custou R$ 8,4 milhões, um negócio realizado com uma empresa chamada Digital Clues. A compra foi fechada cerca de três meses após uma viagem de agentes da Abin aos Emirados Árabes Unidos, ainda em 2021. Um dos membros da comitiva foi, inclusive, promovido ao segundo posto mais elevado na hierarquia da agência um mês após ter fechado o negócio.

 

Dias depois da assinatura do contrato, a Digital Clues foi comprada por uma das maiores companhias de inteligência no mundo, a israelense Cellebrite, suspeita de colaborar com ditaduras na África e na América Central, além de supostamente ter invadido celulares a serviço do FBI. O grupo entrou no mercado brasileiro em 2019 graças ao interventor militar no Rio de Janeiro, o então general da ativa do Exército Walter Braga Netto, segundo o Diário Oficial da União (DOU).

 

A passagem do contrato da Digital Clues para os novos donos também consta no DOU, por meio da assinatura de um termo aditivo ao negócio milionário. Conforme apurado pela Pública, a Abin adquiriu pelo menos dois softwares por meio desse contrato.

Um dos programas permite “a exploração de conexões ocultas de amigos e pessoas relacionadas aos suspeitos” -- ou seja, a vigilância ilegal de pessoas não necessariamente investigadas pela Justiça. Já o outro software é vendido como “a ferramenta mais abrangente para dar início a uma investigação que não tem suspeitos ou alvos”.

 

À Pública, a Abin disse que “dispensas de licitação sigilosas são a exceção, e não a regra” e que a prática se justifica “por riscos à segurança de operações de Inteligência e de outras atividades sigilosas, por exemplo, associadas a temas como terrorismo, extremismo violento, criminalidade organizada e espionagem”.

 

“A publicidade dos fornecedores do serviço de Inteligência brasileiro gera vulnerabilidades que podem resultar na adoção de táticas de espionagem e sabotagem por atores adversos; exposição de capacidades operacionais da ABIN; inserção de backdoors em softwares adquiridos ou alterações que prejudiquem funcionalidade do equipamento; quebra de segurança de transmissão de informações sigilosas; interceptação de comunicações e vazamento”, afirmou a agência por meio de sua assessoria.

 

A reportagem procurou também o ex-diretor-geral Alexandre Ramagem, mas não houve retorno até a publicação. 

 

Possível falha de segurança ronda o caso

 

Segundo apurado pela Pública, os programas adquiridos pela Abin da Digital Clues teriam ao menos uma brecha que permite a vigilância ilegal: a exploração do protocolo SS7, criado para facilitar a conexão de redes móveis por operadoras de telefonia no mundo todo.

 

Através desse protocolo, ferramentas espiãs podem interceptar a íntegra de mensagens de texto e chamadas de qualquer usuário, pois manipulam informações da localização dos dispositivos monitorados. Mas a prática depende de autorização judicial, o que pode não ter ocorrido no uso dos softwares comprados pelo governo Bolsonaro.

 

Conforme o Código de Processo Penal, o “acesso ao conteúdo da comunicação de qualquer natureza” por meio de programas de espionagem “dependerá de autorização judicial”. Sem isso, a vigilância sobre qualquer indivíduo se torna ilegal no Brasil.

 

 



Contrato com a Digital Clues foi o maior firmado na gestão Ramagem, com um custo de R$ 8,4 milhões; os programas adquiridos permitem a vigilância ilegal. Foto: reprodução.

 

Vale lembrar que foi por meio de falhas no mesmo protocolo que o hacker Walter Delgatti Neto invadiu os celulares do ex-ministro da Justiça e Segurança Pública e hoje senador Sergio Moro (Podemos-PR) e de membros da Lava Jato no Paraná, reunindo dados que, depois, deram origem ao escândalo da Vaza Jato.

 

À Pública, a Abin informou a existência de uma apuração “em andamento” quanto ao material adquirido da Digital Clues, mas “os atos referentes ao contrato indicado, bem como as informações sobre a ferramenta em si, suas funcionalidades, sua utilização e os atos/processos decorrentes” possuem “caráter restrito”.

 

A reportagem procurou a representante oficial do grupo Cellebrite, atual dono das tecnologias desenvolvidas pela Digital Clues, no Brasil, para obter mais detalhes dos softwares em questão. Mas a representante do grupo israelense informou não comercializar nem conhecer tais ferramentas adquiridas pela Abin de Ramagem. 

 

Agente virou número dois da Abin após a assinatura do contrato

 

O contrato milionário da Abin com a Digital Clues tem origem em uma ida de servidores da agência aos Emirados Árabes em 2021, por conta de uma das maiores feiras do setor de inteligência no mundo. O grupo era composto por quatro oficiais de inteligência, um agente administrativo e dois policiais federais cedidos à agência. Entre eles estava o então secretário de Planejamento e Gestão da Abin Carlos Afonso Gonçalves Gomes Coelho, gestor do orçamento e das contratações da agência no dia a dia.

 

 



Equipe da Digital Clues antes de sua aquisição pelo grupo Cellebrite, envolvido em supostas vigilâncias ilegais ao redor do mundo. Foto: reprodução.

 

Delegado da PF tal como Alexandre Ramagem, Gomes Coelho está diretamente ligado à primeira compra secreta da Abin no período. Ao custo de cerca de R$ 1,5 milhão, o negócio veio à tona em dezembro de 2020, após ser publicado no DOU sem mais detalhes, dado o sigilo imposto pela agência.

 

Um mês após ter fechado negócio com a Digital Clues, Gomes Coelho foi promovido a diretor-adjunto da Abin -- número dois na hierarquia da agência --, ocupando a vaga por quase seis meses. Logo depois de sua saída do cargo, ele foi nomeado “Oficial de Ligação da Polícia Federal” no Colégio Interamericano de Defesa em Washington, Estados Unidos.

 

Segundo o jornal O Estado de S. Paulo, Gomes Coelho teria sido levado para a Abin por escolha de Ramagem, após ter sido assessor especial da Secretaria de Governo no início da gestão Bolsonaro. Antes, o policial atuou na Secretaria de Operações Integradas (Seopi) no governo Temer -- a mesma pasta ligada à produção de dossiês contra professores e policiais antifascistas, como revelado pelo jornalista Rubens Valente no portal UOL -- e como segurança do então candidato presidencial Jair Bolsonaro, em 2018.

 

“Todo mundo deixa um rastro”

 

Fundada na Suíça por Yossi Ofek, um desenvolvedor israelense especialista em segurança digital e técnicas de espionagem, a Digital Clues teria expertise na extração e obtenção de dados na internet aberta, além de fóruns e sites hospedados na deep e na dark web -- onde diversas atividades criminais correm soltas.

 

 



Yossi Carmil (à esq) fundador da Digital Clues e Yossi Ofek (à dir) fundador da Digital Clues. Foto: reprodução.

 

Em junho de 2021, a empresa vendia seus programas de espionagem em uma das maiores feiras do setor no mundo, então realizada em Dubai -- evento ocorrido na mesma época em que a comitiva da Abin visitava a cidade. O slogan da Digital Clues, que convidava visitantes nas redes sociais para conhecerem seu trabalho, era chamativo: “todo mundo deixa um rastro”.

 

Meses após a feira em Dubai, a Abin teria adquirido a licença de uso de pelo menos dois programas da Digital Clues. Um deles, chamado ProFiler, permite “a exploração de conexões ocultas de amigos e pessoas relacionadas aos suspeitos” monitorados. Em outros termos, o programa possibilita a vigilância de indivíduos que não são necessariamente investigados pela Justiça.

 

Ainda segundo a companhia, a ferramenta permite o monitoramento “sobre múltiplos suspeitos, simultaneamente, utilizando fragmentos de informações como nomes, números de telefone, emails, identificadores sociais, localizações e fotos”. Quando sob monitoramento constante, dados como esses são a base da chamada “inteligência de fontes abertas”.

 

O outro programa contratado seria o ProFound, definido pela Digital Clues como “a ferramenta mais abrangente para dar início a uma investigação que não tem suspeitos ou alvos”. Segundo a companhia, o ProFound faz análises “georreferenciadas”, “de sentimento” e “de influenciadores”, sendo “capaz de coletar grandes quantidades de dados de um amplo número de fontes em curto período”.

 

A Pública consultou especialistas no tema, para avaliarem possíveis riscos e vulnerabilidades dos programas adquiridos pela Abin a partir das informações disponíveis sobre eles na internet. Tanto para o cofundador do Instituto de Pesquisa em Direito e Tecnologia do Recife (Ip . Rec) André Ramiro quanto para o diretor da Associação Data Privacy Brasil de Pesquisa Rafael Zanatta, o ProFiler é o que mais inspira preocupações. 

 

Para Ramiro, a descrição do programa sugere que ele tenha “acesso a dados protegidos por recursos de segurança, o que poderia talvez envolver alguma espécie de uso de código malicioso”. Também pesquisador visitante do Humboldt Institute for Internet and Society, ele pondera que é necessário ter acesso a todas as informações do programa para confirmar esse risco.

 

Zanatta segue na mesma linha, especialmente pela citação, por parte da empresa estrangeira, das fontes que alimentam o ProFiler -- o que incluiria informações de “out-of-the-box sources”, “fontes fora do comum” em tradução livre do inglês, algo inusitado no âmbito de companhias que trabalham no setor. Para o diretor da Data Privacy, “é fundamental” detalhar quais fontes de dados seriam essas, para avaliar a legalidade do serviço. 

 

A espionagem de Bolsonaro na mira da política

 

O caso Digital Clues é mais um na lista de compras mal explicadas da Abin nos últimos meses. Em fevereiro, além da revelação do jornal O Globo sobre o First Mile, sob investigação da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), do Ministério Público Federal em Minas Gerais e também da PF, veio à tona outro programa invasivo denunciado pelo site The Intercept Brasil. Segundo a reportagem, a ferramenta, chamada Augury, teria capacidade de acesso a “sites visitados, padrão de navegação e até mesmo a informações de e-mails enviados e recebidos de uma pessoa -- ou de um grupo” sob vigilância da Abin.

 

A onda de denúncias contra a agência já entrou na mira da política. O tema surgiu no discurso de posse do atual presidente da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE) do Senado Federal, Renan Calheiros (MDB-AL), também vice-presidente da Comissão Mista de Controle das Atividades de Inteligência (CCAI) do Congresso.

 

O senador defendeu a necessidade de “desvincular, definitivamente, as atividades modernas de inteligência dos arbítrios da ditadura militar” no país. “A atividade [de inteligência] no Brasil é de semiclandestinidade, quase secreta, na acepção de inexistência, o que as torna vulneráveis -- haja vista as últimas denúncias”, disse Calheiros em seu discurso.

 

Até o fechamento desta reportagem, porém, a CCAI -- responsável por fiscalizar a Abin e outros órgãos de inteligência no país -- não havia sido oficialmente instaurada no Congresso.

 

À Pública, outro dos membros já definidos para a comissão, o deputado federal Carlos Zarattini (PT-SP), disse que o plano da CCAI é “fazer um acompanhamento dos gastos [da Abin] junto ao Tribunal de Contas [da União, TCU], e a partir daí entender o que de fato eram esses programas, e até onde isso tem legalidade”. “São sistemas que temos de avaliar, e temos de criar as condições para que se evite qualquer mau uso”, afirma o membro da comissão.

 

Enquanto a CCAI não age, já foi protocolado na Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE) do Senado um requerimento de informação sobre as ferramentas espiãs da Abin. O pedido do líder do governo no Congresso, senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), versa sobre o uso indiscriminado da ferramenta First Mile.

 

Mas a oposição ao governo Lula (PT) também se move para aproveitar a crise em torno da Abin. Presidente da CCAI na época de montagem dos acampamentos golpistas e na invasão aos Três Poderes, o senador Esperidião Amin (PP-SC) entrou com um pedido na CRE no Senado para a “avaliação da política brasileira de inteligência” em 2023.

 

O período no foco de Amin compreende, afinal, os dias anteriores à tentativa de golpe no 8 de janeiro, sobre os quais a oposição levanta suspeitas sobre o trabalho dos órgãos de inteligência no governo Lula, incluindo a Abin e o Gabinete de Segurança Institucional (GSI).


Governo gaúcho admite queda brutal na arrecadação

 Somente hoje, 20 dias depois da publicação exclusiva por parte deste blog, o governo estadual informou que o desempenho da arrecadação de impostos estaduais no Rio Grande do Sul fechou o primeiro trimestre de 2023 com variação negativa real frente ao mesmo período do ano anterior. A queda foi ocasionada pela variação negativa do ICMS, principal tributo estadual, impactado pela redução das alíquotas.

Ao todo, somando as receitas do ICMS, IPVA e ITCD, foram R$ 11,39 bilhões arrecadados entre janeiro e março, valor 14% (R$ 1,85 bilhão) inferior ao registrado no ano passado, em números atualizados pelo IPCA. 

O ICMS) totalizou R$ 9,83 bilhões arrecadados, o que representa uma queda real de 17,6% frente ao primeiro trimestre de 2022, em números corrigidos pela inflação. O Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) somou R$ 1,28 bilhão arrecadado em 2023, o que significa um aumento real de 17,8% na comparação com o primeiro trimestre do ano anterior. A arrecadação do Imposto sobre Transmissão "Causa Mortis" e Doação de Quaisquer Bens e Direitos (ITCD) totalizou R$ 282,69 milhões no primeiro trimestre, um crescimento de 20,5% em relação ao mesmo período de 2022, em números atualizados pelo IPCA.