Erotização de crianças era objetivo da mostra, dizem Procuradores Criminais

Diante da repercussão da mostra Queermuseu – Cartografias da Diferença na Arte Brasileira, os Procuradores de Justiça Criminal Alexandre Lipp e Sílvio Munhoz visitaram ontem a exposição no Santander Cultural, que se mantém fechada ao público desde o último domingo (10), com o objetivo de tirarem suas próprias conclusões sobre o que foi exibido ao público infanto-juvenil.
Durante a visita, os procuradores de justiça constataram que, à exceção de algumas obras, a exposição tinha o nítido propósito de erotizar o público alvo e induzi-lo a tolerar condutas como orgias, zoofilia e vilipêndio a símbolos religiosos (crime definido no art. 208 do Código Penal). “A erotização da criança é um facilitador da pedofilia. Além disso, apresentar ao público escolar condutas como zoofilia em um contexto de respeito à diversidade, comunica a mensagem de que essas condutas devem ser aceitas” afirma Alexandre.
Sílvio chama a atenção para o fato de que eram as próprias escolas que definiam a faixa etária dos alunos visitantes, e que os pais provavelmente não tiveram ciência do conteúdo erótico a que seus filhos foram submetidos: “Independentemente de ser arte ou não, de gostar ou não, o que não se pode conceber é um conteúdo que serve visivelmente para erotizar crianças e adolescentes, e que as escolas estejam fazendo isso sem conhecimento e consentimento dos pais”.
Os organizadores que acompanharam a visita entregaram aos membros do Ministério Público o material didático distribuído aos professores para uso posterior em sala de aula. Disso, Alexandre conclui: “Para quem ainda tem dúvida, aqui está a prova de que a ausência de restrição etária não foi um descuido. O evento tinha como finalidade a doutrinação amoral do público infanto-juvenil, e os pais que agora tomaram conhecimento disso podem procurar o Ministério Público para a adoção de providências, sobretudo se descobrirem que os filhos participaram de alguma dinâmica sensorial sugerida no evento, o que pode caracterizar crime contra a dignidade sexual”.

O Ministério Público já recebeu mais de 20 representações para apuração de delitos como vilipêndio a objeto de culto religioso e apologia de crimes.

Artigo, Marcelo Aiquel - O cachorro do meu vizinho

         Eu tenho um vizinho que é dono de um cachorro grande.
         O cachorro (que não tem pedigree), apesar de latir muito, é domesticado e afável.
         Agora, quando se sente encurralado, retorna às suas origens (de animal irracional) e fica bastante agressivo.
         É a forma que ele conhece – agindo por instinto, mas também a sua verdadeira natureza emerge nesta hora – para se impor, ou parecer um cão respeitável.
         Pois, foi olhando para este comportamento irracional que me lembrei de comparar o jeito selvagem que, por vezes, o cachorro do meu vizinho demonstra, com a grosseria da postura do Lula, na audiência de ontem, na JF de Curitiba.
         E não é que o Lula agiu igualzinho ao cão do meu vizinho, quando este se sente acuado?
         Escutando na íntegra o depoimento (eu não “comprei” minha opinião pelo que a mídia selecionou para mostrar, portanto me afastei do grupo das “Marias que vão com as outras”) pude concluir que aquela arrogância e agressividade expostas pelo ex-presidente remetiam ao modo como o cachorro do meu vizinho age sempre que se sente ameaçado.
         Foi igualzinho!
         Longe de mim ousar comparar a figura ilustre do Lula da Silva com um animal. Até porque – caso cometesse tal “heresia” – eu seria atacado de forma ofensiva por uma dezena (ou seria uma centena?) de raivosos defensores do ex-presidente.
         E esta total falta de civilidade quanto ao respeito às opiniões contrárias, é um atributo que – com certeza, pelo que vemos diariamente por aí - não faz parte do comportamento real daqueles que pregam “democracia” (só da boca pra fora, né?) e “direitos iguais para todos” (idem).
         É um pessoal muito adepto à máxima do filósofo e historiador Nicolau Maquiavel: “aos amigos os favores, aos inimigos a lei”.

         Enquanto isso, o cachorro do meu vizinho se põe a latir e balançar o rabo.     Mas somente até se sentir ameaçado, pois aí, se torna agressivo e não respeita mais nem a quem lhe serviu a ração e deu água. (Qualquer relação de semelhança entre este comportamento e a forma como o Lula da Silva se refere á sua saudosa “galega” Marisa Letícia, ou ao “grande amigo e companheiro” Palocci, não passa de uma mera coincidência)