Crimes dos hackers


Juiz vê indícios de que grupo de hackers cometeu ao menos três crimes
O juiz Vallisney de Oliveira, da 10ª Vara Federal do Distrito Federal, afirmou ter despacho que há firmes indícios de que o grupo de hackers cometeu ao menos três crimes.
Quatro pessoas suspeitas de terem participado da invasão de celulares de autoridades foram presas de forma temporária na última terça (23) em uma operação da Policia Federal.
O primeiro crime mencionado pelo magistrado seria o de formação de organização criminosa, quando quatro ou mais pessoas se associam de forma ordenada para cometer infrações penais, com pena que pode ir de três a oito anos de prisão.
Outro crime citado pelo juiz é o de invasão de dispositivo informático, mediante violação de mecanismo de segurança, com o fim de obter, adulterar ou destruir dados ou informações para obter vantagem ilícita. Nesse caso, a pena pode variar de três meses um ano de prisão.
Por último, Vallisney de Oliveira diz que há também indícios do crime de realização de interceptação de comunicações telefônicas, de informática ou telemática sem autorização judicial ou com objetivos não autorizados em lei.
Para o delito, a pena pode ser de dois a quatro anos.
No despacho, o responsável pelo inquérito disse que a investigação até o momento aponta Walter Delgatti Neto como líder dessa organização. Os outros participantes são Gustavo Henrique Elias Santos, Suelen Priscila de Oliveira e Danilo Marques.
O principal suspeito confessou em depoimento ter sido o autor das invasões de contas do aplicativo de mensagens Telegram de algumas autoridades.
Ele disse que fez cópias de conversas de procuradores da Lava Jato e repassou os arquivos para o site Intercept Brasil, de forma voluntária, anônima sem cobrar.
Delgatti afirmou que não fez nenhuma edição no material e que procurou o jornalista Glenn Grennwald por conhecer sua atuação no vazamento de documentos secretos dos EUA, no caso de Edward Snowden.
O investigado afirmou que obteve o contato do jornalista por meio da ex-deputada Manuela D’Avila (PC do B). Ela confirmou o contato e o fato de não sabia a identidade do hacker.
Nesta sexta, o juiz do DF decidiu manter os quatro suspeitos presos por mais 5 dias, prorrogando a prisão provisória, a pedido do Ministério Público e da Policia Federal.
Segundo seu despacho, colocá-los em liberdade neste momento poderia atrapalhar as investigações em andamento.
Apesar de Delgatti ter confessado ser o Hacker que invadiu contas de autoridades da Lava Jato, a Policia Federal vê contradições e inconsistências em seu depoimento.
Ele tem sido chamado internamente por investigadores de “contador de histórias”, característica considerada típica de estelionatários.

Reportagem de Ana Flor, Brazil Journal de hoje - BNDESPar vai publicar calendário de venda de papeis


O BNDES vai publicar até o início de outubro um calendário com as datas estimadas para a venda de suas participações em Bolsa, reduzindo a ansiedade do mercado e dando mais visibilidade ao ‘overhang’ que pesa sobre alguns papéis, o presidente do banco, Gustavo Montezano, disse ao Brasil Journal.
Montezano disse que o trabalho será feito pelo novo diretor de crédito e participações, André Laloni, que deixou a vice-presidência de finanças e controladoria d Caixa e assumirá nos próximos dias o cargo no BNDES.
Segundo Montezano, o BNDES vai focar em vender primeiro os papéis mais líquidos da carteira da BNDESPar: Petrobras, Vale, JBS e Suzano.
O banco espera liquidar a carteira atual em dois anos.
A BNDESPar tem hoje quase R$ 110 bilhões em ações de companhias listadas. A Petrobras é o maior ativo, com R$ 53 bilhões, o que representa quase 14% da petroleira. A Vale é a segunda maior posição, com R$ 16,5 bilhões (6% da mineradora). A carteira ainda tem 21% da JBS (R$ 9,2 bilhões) E 11% DA Suzano (R$ 6,96 bilhões), além de fatias importantes da Eletrobrás, Copel, Cemig e Marfrig.
O plano da nova diretoria, entretanto, não é acabar com a área de renda variável do banco, apenas torná-la compatível com outras instituições financeiras no mundo.
A reestruturação do banco começou há menos de duas semanas com um trabalho de transparência para lidar com o que Montezano considera ser a recuperação da marca e da reputação do BNDES.
Em dois meses, ele pretende tornar transparentes todos os dados relativos e contratos passados, em especial aqueles da assim denominada “caixa-preta”. Virada esta página, o passo seguinte será estabelecer o cronograma das devoluções de valores ao Tesouro Nacional. O banco já devolveu R$ 38 bilhões e até o final do ano ainda retornará quase R$ 90 bilhões.
Após endereçar a venda da maior parte da carteira da BNDESPar, o foco será transformar o banco em uma instituição de serviços.
Montezano disse que nos governos anteriores o BNDES tomou muito risco reputacional e de mercado, enquanto a concessão de crédito é “quase conservadora.”.
Apesar da redução do volume de empréstimos, Montezano afirma que os valores seguirão significativos, em torno de R$ 70 bilhões ao ano. “Prefiro dizer que a área de empréstimos será mais potente,” disse ele.
O desafio do BNDES será mudar sua cultura interna – sair de trás da mesa e ir em busca de clientes para projetos que promovam desenvolvimento e crescimento sustentável, disse o novo presidente.
O NOVO FOCO SERÁ MONTAR PROJETOS PARA TRÊS TIPOS DE CLIENTES. Para o governo federal – em especial os Ministérios da Infraestrutura e da Economia, além do Programa de PARCERIAS DE Investimento (PPI), SOB A Casa Civil - o BNDES quer elaborar projetos sob medida.
Para os municípios, os projetos devem ser de prateleira. Entre os dois polos, estão os Estados, que poderão ter projetos individualizados ou aderir a outros já existentes no portfólio do banco.