Artigo, Rogério Mendelsky, Correio do Povo - Castelo Branco rebatizada

Depois de um período que pode ter sido de catapora ideológica, uma das principais vias de acesso a Porto Alegre foi rebatizada com o nome do marechal Humberto de Alencar Castello Branco. Por quatro anos a avenida ficou conhecida pela esquerda porto-alegrense como Avenida da Legalidade e da Democracia. E somente pela esquerda, porque a maioria absoluta dos moradores de Porto Alegre continuou se referindo àquela via pública como “a Castello Branco”.
Sinceramente, não lembro os motivos que justificaram a troca dos nomes e nem vale a pena relembrá-los numa rápida pesquisa, pois o que embasou o discurso foi uma biografia deformada de Castello Branco que sequer foi lembrado como um dos heróis da FEB na Segunda Guerra Mundial.  Consta que lhe trataram como “ditador” e a Câmara de Vereadores de Porto Alegre embarcou na conversa, aprovando uma lei considerada ilegal pelo Tribunal de Justiça do RS.
O líder revolução russa de 1917, Wladimir Ilyich Ulyanov ( o velho Lenin), não gostava de esquerdistas e ele dizia ser o esquerdismo  “a doença infantil do comunismo” e como a catapora é uma doença que tem preferência por crianças até dez anos de idade, provavelmente, a maioria votante, afetada por um esquerdismo revisionista , talvez tenha contraído catapora ideológica na hora trocar o nome da avenida.
 Felizmente, o nosso tribunal maior do Estado refez o equívoco e reparou uma injustiça com o ex-presidente Castello Branco devolvendo-lhe a titularidade da avenida que recebe quem chega à nossa Capital.  Porto Alegre já tem homenagens em demasia a terroristas como Carlos Marighella  (rua no Bairro Cascata), Che Guevara (uma praça na Restinga) e Carlos Lamarca (rua no Bairro Agronomia).  Agora chega, pois catapora ideológica se cura com vacinação de doses democráticas. Caso contrário, ainda pode surgir algum projeto de batismo de rua com o nome do coronel Hugo Chavez.

Saiba o que o Banco Central projeta para inflação, câmbio, PIB e juros básicos. E por que razão.


O Relatório de Inflação (RI), divulgado hoje pelo Banco Central, não trouxe sinalizações prospectivas muito diferentes das que foram apontadas na ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), divulgada na terça-feira. 

Inflação - Considerando-se os quatro cenários de evolução da inflação apontados no documento, todos sugerem IPCA igual ou abaixo da meta para este ano, de 4,5%. Para 2019, cuja meta é de 4,25%, apenas os cenários com Selic e câmbio constantes e Selic do Focus e câmbio constantes sugerem inflação ligeiramente acima da meta, em 4,5% e 4,4%, respectivamente, para os dois cenários, contra meta de 4,25% para 2019. 

Câmbio - No que tange ao repasse cambial (pass-through) para os preços, a publicação trouxe um boxe apresentando estudos do próprio BC, segundo os quais para cada 1 p.p. de aumento na depreciação, o repasse se eleva de 0,11 p.p. a 0,19 p.p. Ao mesmo tempo, apontou-se que fatores como a ancoragem das expectativas, o estágio do ciclo econômico e a margem operacional das empresas contribuem para determinar o grau de repasse. A autoridade monetária retirou a  referência de que o balanço de riscos havia se tornado “assimétrico” com a piora dos riscos advindos do cenário internacional e seus impactos sobre os emergentes. 

PIB - A projeção de crescimento do PIB para 2018 foi revisada de 1,6% para 1,4%, o que foi justificado pela incorporação dos resultados do segundo trimestre e o arrefecimento na atividade econômica após a paralisação no setor de transporte de cargas. O documento reiterou que a conjuntura econômica “ainda prescreve política monetária estimulativa”, mas que esse “estímulo começará a ser removido gradualmente caso o cenário prospectivo para a inflação no horizonte relevante para a política monetária e/ou seu balanço de riscos apresentem piora”. 

Juros básicos - Como as expectativas de inflação permanecem bem ancoradas, e os efeitos secundários sobre os preços advindos de choques primários como a depreciação do real não têm se materializado integralmente, o mercado projeta que a taxa Selic permanecerá estável em 6,5% até o final de 2018