Opinião

  Esta semana foi de boas notícias da oposição, porque resultaram desmoralizados pelo menos dois dos mais intransigentes líderes do grupo político-judicial-midiático que a ataca de modo autoritário e recorrente.

FLÁVIO DINO x CONGRESSO - Jogando de mão com Lula, o ministro tentou uma queda de braço com o Congresso, falou grosso, assustou e foi derrotado em cima da hora pelo deputado Arthur Lira, presidente da Câmara, tudo no caso do embate das emendas parlamentares (leia nota abaixo).

A. DE MORAES x EXÉRCITO - Depois de ter passado ordens até para o Comandante do Exército, proibindo-o de falar com os generais presos, o ministro sentiu-se suficientemente poderoso para ordenar que o Comandante Militar do Leste e o Comandante da 1a. Divisão do Exército passassem explicações por não cumprirem sua determinação de manter seus oficiais generais presos permanecerem incomunicáveis. Os Comandantes avisaram que cumprem as ordens da caserna no caso de visitas, ou seja, mandaram o ministro às favas. E ele se calou.

É isto.

É briga de cachorro grande e briga entre eles.

Manda quem pode e obedece quem não é bobo.

O Velho da Havan

O jornalista gaúcho Moisés Mendes, que já foi enfant terrible da RBS contra a oposição bolsonarista e hoje escreve para o site de viés ideológico lulopetista Diário do Centro do Mundo, resolveu fustigar os magistrados catarinenses que no dia ... jantaram com o empresário Luciano Hang, o Velho da Havan. 

"O resultado foi terrível para pelo menos dois deles", declarou Moisés Mendes, que passou a denominar o bilionário da Havan como mero "indivíduo", portanto um ser inominado. 

Por que o resultado foi terrível, segundo o jornalista terrible ?

- Eles tiveram que se afastar de processos envolvendo o sujeito, e para a imagem do Judiciário.

A partir daí, Moisés Mendes elenca uma série de 8 perguntas que julga serem irrespondíveis ou se explicam por si mesmas como questões que sequer são espertas, porque não passam de provocações baratas.

Vale a pena fazer uma só pergunta ao jornalista gaúcho, incomodado com o que ele chama de "banquete":

- E os constantes regabofes realizados entre Lula da Silva e os magistrados do STF ?

Ora, os desembargadores que jantaram com Luciano Hang demonstram o bom senso de se considerarem impedidos nos atuais e futuros julgamentos de ações movidas contra o empresário, mas como ficam os ministros do STF que nunca se consideraram impedidos de julgar ações movidas contra Lula ou qualquer dos ladrões da Lava Jato, entre os quais o ex-chefe e amigo carnal do ministro Dias Toffoli, no caso o ex-Chefe da Casa Civil, Zé Dirceu ? Eles não apenas não se consideram impedidos, como favorecem escandalosamente os adversários dos seus comensais ou benfeitores.

Por acaso os ministros do STF sequer fazem a si mesmos a pergunta clássica que magistrados têm a obrigação de responder, no caso se possuem têm relação de amizade ou se frequentam as casas umas das outras. Como um juiz frequenta a casa de um presidente, de um empresário ou de um ex-chefe seu,, numa mesa festiva, se julga ou vai julgar casos que os envolvem ?

O CNJ e a OAB só se intgeressarão pelo caso de Luciano Hang ou também dos casos que envolvem os julgamentos políticos em curso no STF ?

O STF conta com 11 ministros e nenhum deles é inocente.

Por que razão a OAB, o CNJ e a maior parte da grande imprensa ignoram a pauta das relações permissivas e corrosivas entre os ministros do STF e os atuais manda-chuvas do Planalto ?

Por que razão, passados 10 anos desde que o STF implodiu a Lava Jato, Lula da Silva continua não somente impune, mas libertado pela Suprema Corte, esta ajudou-o a se eleger presidente da República ?

O que tu tens que saber, caro leitor, é que relações permissivas entre políticos ou empresários poderosos com os homens da toga preta não são novidade alguma e não são exclusividade de personalidades como Luciano Hang, Lula da Silva, Zé Dirceu ou Marcola. 

Eu mesmo vi e continuo vendo de perto de que modo magistrados do mais alto coturno frequentaram e frequentam convescotes de mesa rica e cheia, com viagens aéreas de primeira classe, hotéis de luxo e limunsines, atendendo convites de aparência republicana, mas recheada de boas ou más intenções por parte dos patrocinadores. No passado recente, o banqueiro Mário Garnero levava ministros do STF e do STJ de um lado para outro do planeta, com tudo pago. Eu mesmo fui a dois desses eventos, um no Principado de Mônaco e outro em Washington. Atualmente, o melhor anfitrião desse tipo de convedscote medonho é o ex-governador João Dória.

E ninguém se declara suspeito ao se deparar diante de processos que envolovem seus anfitriões abonados e abonadors.

É claro que o jornalista Moisés Mendes sabe disto, mas ele prefere lacrar em cima do Velho da Havan, porque ainda está emprenhado com a falsa ideia de que Luciano Hang continua no rol dos perigosos agentes envolvidos na suposta tentativa de golpe de Estado e na supressão violenta da democracia no Brasil.

E não adianta me convidar para o próximo banquete na sede da Havan, em Brusque, Santa Catarina !



Artigo, Joacy Góes - O governo Lula 3 acabou

 Joacy Góes é advogado e jornalista.

Publicado na Tribuna da Bahia, Salvador 26/12/2024 


País afora, a sensação é que o Governo Lula 3 acabou, de tal modo é dominante o sentimento do “quem ficar por último, apague a luz e feche a porta”. O desalento geral decorre da paralisia oficial, inepta para levar adiante o que quer que seja sem ter que ficar de joelhos diante de um Congresso que só pensa em assegurar a sua reeleição, uma vez que o Governo já “deu com os burros n´água”. 


Basta comparar os pronunciamentos natalinos do Presidente do ano passado com o insosso deste Natal, populista e vazio de qualquer conteúdo!


Em declínio lento, gradual e constante, a popularidade presidencial leva os governistas a cogitarem, cada mais vez mais ostensivamente, de um nome para suceder o atual Presidente, em razão, também, do crescente temor de um eventual impedimento Joebidiano decorrente de uma explosiva combinação de idade avançada com saúde física e mental precária. 


A grande mídia que renovou os esponsais com a farra publicitária dos governos petistas, atenta ao seu papel de assegurar a continuidade de um status quo que empobrece o Brasil, mas enche suas burras de dinheiro público, vem elegendo, como prioridade, em seu noticiário, apontar o Estado de São Paulo como o centro da danação do mundo, precisamente pela emergência do Governador Tarcísio de Freitas, como o nome  mais provável para substituir Jair Bolsonaro, se vier a ser condenado às penas mais duras da inelegibilidade, pelo que fez e não fez ou sequer cogitou em fazer, fato que não abala o seu potencial como o maior eleitor nas eleições gerais de 2026, sobretudo para Presidente, Governadores e Congresso Nacional.  


Para agravar suas patéticas fragilidades internas, o atual governo brasileiro é visto, no plano internacional, como o mais frágil em toda a nossa história colonial, imperial e republicana, em razão de uma sequência de erros que vem deixando apoplética nossa reconhecidamente madura diplomacia. A gravidade dos erros, em série, são de tirar o fôlego:


Lula preferiu aliar-se com a Venezuela, Nicarágua e Cuba, contra o clamor americano por arejamento democrático;

Lula preferiu aliar-se ao Hamas, Hezbollah, Irã e Síria, contra a OTAN e as correntes derivadas do Iluminismo definidor dos caminhos ocidentais. Pela primeira vez na História, um presidente brasileiro foi considerado persona non grata por um governo estrangeiro, no caso Israel;


Ao se apresentar como mediador da invasão da Ucrânia pela Rússia, antecipou, de tal modo o seu pensamento pró Rússia, que seu nome foi prontamente descartado pela ONU;


Pela primeira vez, um presidente brasileiro foi ameaçado de morte por uma nação estrangeira, como foi o caso da Venezuela do seu irmão político siamês, Nicolas Maduro;


Mal assessorado e a partir de uma irresponsabilidade sem paralelo, Lula se precipitou ao prever, com base no wishful thinking, a vitória de Kamala Harris, acrescentando adjetivações nazistas à biografia do presidente eleito Donald Trump. Em qualquer país sério, tamanha estupidez seria punida com o impeachment. 


Açodadamente, Lula apresentou-se como o porta-voz dos BRICs, no propósito de rebaixar o histórico papel do dólar como a moeda do comércio mundial, transformando-se em inimigo número 1 do mais poderoso país do Planeta;


Para coroar tão sesquipedal festival de barbaridades, a Primeira Dama dirigiu expressões prostibulares contra um expoente da humanidade, o empresário Elon Musk.


Um primeiro episódio revelador do que nos espera foi a vã tentativa da diplomacia brasileira de conseguir um convite do Presidente francês, Emmanuel Macron, para Lula participar da reinauguração da Catedral de Notre Dame, festa em que Donald Trump e Elon Musk foram o centro das atenções. Até uma anta sabe de onde proveio o impedimento.


É a tolerância com tantos e graves erros que faz do Brasil um dos países mais mal geridos, conclusão a que chegamos quando comparamos o pouco que somos com o muito que poderíamos ser, quando levamos em conta nossas enormes e desperdiçadas possibilidades.


A nota do advogdo Paulo Faria

 Moraes, mais uma vez, OFENDE A MINHA HONRA PROFISSIONAL, no exercício da advocacia (Art. 7º, I, EOAB e Art. 133, da CF) ao afirmar que apresentei o recurso com "má-fé" ou "desconhecimento da legislação processual".


Em nota, disse com todas as letras que ELE, MORAES, é quem age com má-fé e desconhece a legislação, pois FUGIU da discussão processual, preferindo atacar-me.


Acionei há pouco, e mais uma vez, o plantão de Prerrogativas da OAB GOIÁS, para tomar providências conforme o Estatuto prevê (Art. 44 e 54, EOAB).


Fui informado que o presidente da OAB NACIONAL e o procurador nacional de prerrogativas, SIMONETTI e SARKIS, estão cientes das violações recentes, informadas através de ofícios.


Agora, mais essa!


Além da questão pessoal com Daniel Silveira, ele nutre uma falta de respeito à advocacia.


Isso cansa!


CNBB apoia cadeia para os manifestantes do 8 de Janeiro e pede mais prisões ao STF

O cardeal Jayme Spengler, Porto Alegre, presidente da CNBB, homologou o manifesto lançado pela Comissão Brasileira de Justiça e Paz  pedindo a responsabilização “legal, rigorosa e exemplar” de todos os envolvidos em uma suposta tentativa de golpe de Estado ocorrida em 2022.  O texto também cita um trecho da encíclica Fratelli Tutti, do Papa Francisco, ressaltando a importância da verdade e da justiça no combate a manipulações e mentiras.

O documento fala em "suposta tentativa de golpe de Estado", o que quer dizer que a CNBB sequer tem a convicção de que houve tentativa, o que de fato não houve, sendo que tentativa sequer é capitulada como crime pelo Código Penal. Ainda assim, pede cadeia.

Apesar da imprecisão, o texto critica o que classifica como tentativas recorrentes de subversão da democracia no Brasil. O texto do manifesto denuncia setores das Forças Armadas, elites empresariais, latifundiários, banqueiros e religiosos fundamentalistas por apoio a iniciativas golpistas. 

Com mais de 400 assinaturas, o manifesto recebeu apoio de pastorais, comunidades eclesiais de base, ordens religiosas, associações feministas, ambientalistas, diretórios do PT e PSOL, entre outros.

A CNBB conclama que a sociedade civil organizada, incluindo sindicatos e movimentos sociais, se una para proteger a democracia. “O Brasil não pode conviver passivamente com tentativas de golpe gestadas por setores reacionários e elites antidemocráticas”, diz o documento.