As perguntas inquietantes feitas ao senador Álvaro Dias

O senador Álvaro Dias foi pontual nos seus compromissos em Novo Hamburgo. Ele chegou na ACI as 11h30min para uma conversa informal de 45 minutos com a diretoria. Ele esteve ali com o deputado Cajar Nardes e com o economista Gustavo Grisa. Depois disso, concedeu coletiva e as 12h30min começou a falar para um público de 80 empresários da região do Vale do Sinos.

O discurso do candidato do Podemos foi sobre a refundação da república.

Eis as três perguntas e as três respostas mais relevantes:

Como o senhor fará a refundação, se a maior parte dos atuais congressistas serão reeleitos ?
Nem todo mundo é corrupto na Câmara e no Senado. A maioria não é. Quero dizer que um presidente eleito possui enorme força política nos seus primeiros 100 dias. E é com esta força política que será possível fazer as mudanças- as reformas.

Os eleitores não querem votar em corrupto. O senhor é ficha limpa ?
Se não fosse, nem seria candidato. Durante os dois governos anteriores, fiz oposição cerrada. Se tivesse algum rabo preso, ele seria revelado.

E a economia, falando em política ?
Em 1985, a região do Vale do Sinos representava 0,4% do PIB brasileiro, mas hoje representa apenas 0,2%. Fazer as reformas - a refundação da república - e fazer gestão competente, como fiz quando era governador do Paraná, permitirá que regiões que se deprimiram economicamente, voltem ao que sempre puderam ser.

Artigo, José Cairoli, Correio do Povo - Plebiscito já !


- Artigo do vice-governador do Estado, José Paulo Cairoli

Diante da necessidade do Estado em rever seu papel e garantir aos cidadãos os itens básicos para seu bem-estar, o plebiscito que o governo gaúcho está propondo é mais um passo para retirarmos as algemas que aprisionam o Estado a um pesado passado. A modernidade começa pela liberdade de se expressar, e a opinião de cada gaúcho será valorizada em sua essência a partir desta escolha que é mais que um direito: é uma obrigação do gestor público conhecer a posição de seus cidadãos diante das crises financeiras e de valores em que estamos mergulhados. Precisamos começar a melhorar nossa história e escrever um futuro grandioso. O primeiro passo é definir se sim ou não para o Estado continuar sendo dono da CEEE, Sulgás e CRM. Quando opinarem, os gaúchos vão dizer se concordam com a função do Estado em gerar e distribuir energia e gás. Com esta resposta será possível planejar se gastaremos com estas empresas que estão com sérios problemas financeiros ou se usaremos os recursos na educação, na saúde, na segurança, na infraestrutura e em estratégias que rompam com a inércia da falta de investimento. O segundo passo é valorizar o cidadão. Para isto, nossos representantes no Legislativo precisam estar em sintonia com o pensamento coletivo e tornar o plebiscito viável. Nas democracias, o vencedor é sempre a maioria. Quem não gostaria de ver os parcos recursos aplicados em benefício de todos? Nosso desejo é um Estado parceiro do cidadão que precisa das garantias para progredir, trabalhar, estudar, ir e vir, e eliminar os riscos da falta do Estado na vida de cada um de nós. É mais fácil resolver este impasse que nos consome, retira nosso oxigênio, e vai eliminando aos poucos nossas esperanças e corroendo nosso futuro, via plebiscito. A opção é direta: ou vamos pagar pela ineficiência das estatais ou vamos pagar pelo bem-estar de todos? Esta será a escolha.