Geórgia Paiva, logo após dispensar Carlos Bolsonaro, avisou que irá para as Ilhas Maldivas, com um grupo de amigas.


O “Soneto de fidelidade”, de Vinicius de Moraes, seria o preferido de Geórgia Paiva, segundo alguns amigos. Eis o que diz:


Soneto de Fidelidade

Vinicius de Moraes


De tudo, ao meu amor serei atento


Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto


Que mesmo em face do maior encanto


Dele se encante mais meu pensamento.


 


Quero vivê-lo em cada vão momento


E em louvor hei de espalhar meu canto


E rir meu riso e derramar meu pranto


Ao seu pesar ou seu contentamento.


 


E assim, quando mais tarde me procure


Quem sabe a morte, angústia de quem vive


Quem sabe a solidão, fim de quem ama


 


Eu possa me dizer do amor (que tive):


Que não seja imortal, posto que é chama


Mas que seja infinito enquanto dure.

Ai, a sofrência do Gauchão e cabeças pensando...

 Ai, a sofrência do Gauchão e cabeças pensando...


Por Facundo Cerúleo



        Quando os mais velhos não participam, o futuro vai pelo ralo. É assim na vida, é assim até no futebol.


        Eram cinco cavalheiros. Em comum, serem gremistas, terem cabelos brancos e não acreditarem nas perspectivas atuais do time tricolor.


        Mas o curioso e digno de registro naquele papo à mesa de um café foi o debate em torno de uma pergunta que, por aí, todo mundo julgaria insólita: seria melhor o Grêmio vencer o Ipiranga e ser campeão ou tomar uma lapada e encarar a realidade de não ter nem título regional?


        Uma das cabeças brancas disse que o título traria ânimo ao grupo, o que ajudaria reerguer um time em ruínas. Mas... as outras quatro cabeças brancas fecharam questão num outro sentido: seria melhor perder esse título - dito irrelevante - e cair na realidade.


        Pois que não se pronunciem em público. Perigam até ser agredidos...


        Aliás, se a conclusão estiver certa, ela será aplicável ao Grêmio, ao Internacional e a qualquer clube. Ai, que frio na barriga!


        Este colunista apenas faz a crônica do que viu, tá? E, claro, tira algumas conclusões. Mas não fecha questão quanto ao que seria melhor.


        Um ponto muito saliente no debate era que todos eles enxergavam o futuro em perspectiva, desejando que seu clube do coração voltasse a erguer-se como grande entre os grandes, lugar que já frequentou.


        E não dá para voltar a ser grande sob o comando de fanfarrões que "jogam pra torcida", ainda mais que "torcida" é o mesmo que "massa". E a "massa" é governada por instintos, não tolera frustrações e se deixa iludir com o blá-blá-blá dos fanfarrões que buscam o aplauso fácil.


        Os cinco são unânimes: o Grêmio não está em boas mãos... E a ilusão do título regional, dizem, mascara o fracasso do clube.


        O treinador... Felizmente, entende de futebol. Mas é um pedante que ainda não demonstrou capacidade de pôr o grupo em alta voltagem, de ativar a energia vital e suscitar a hombridade que minora limitações técnicas. Mas, claro, ele não está proibido de superar-se!


        Outro ponto saliente era o equilíbrio entre a "paixão clubística" e a "capacidade de pensar": renunciar a vitória imediata e pequena para planejar um futuro grandioso.


        Será que é preciso ter cabelos brancos para um tal discernimento? Seja como for, a maturidade traz equilíbrio, responsabilidade e "desapego".


        Pensando bem... Nossos clubes (não só o Grêmio dos cinco cavalheiros) andam carentes de cabelos brancos... Nada a ver com uns fanfarrões tordilhos que andam por aí... Fato é que, sem o equilíbrio dos que, com a maturidade, aprenderam a lidar com frustrações e adquiriram senso de ponderação, até o futebol vai apequenar-se

Pacote de segurança pública

  O presidente Jair Bolsonaro anunciou nesta sexta-feira o envio ao Congresso de uma série de projetos de lei na área de segurança pública. Entre as propostas está o chamado excludente de ilicitude, que abranda penas a agentes de segurança pública que cometem excessos em confrontos.

Uma outra proposta altera a Lei de Organizações Criminosas para punir com mais rigor crimes praticados por quadrilhas que cercam cidades para promover ações do “Novo Cangaço”. 

Em outra medida é proposta a modificação na Lei Antiterrorismo para incluir “o emprego premeditado, de ações violentas que geram risco à população, com fins ideológicos e políticos, que atentem contra o patrimônio público ou privado”, como ato de terrorismo. 

Também foi proposta mudança na Lei de Execução Penal para aumentar o percentual de pena que deve ser cumprido antes de um criminoso poder ter direito à progressão de regime. Além disso, há um projeto que altera o Código Penal em relação à reincidência, que passaria de 5 para 7 anos.

O pacote de projetos legislativos inclui ainda um dispositivo para garantir o pagamento de indenização às vítimas que sofreram atos criminosos e de tornar obrigatório o ressarcimento ao Sistema Único de Saúde (SUS). Para efeito dessa proposta, salários e valores aplicados poderiam ser penhorados, além do uso de 30% do saldo da conta do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) do condenado para pagamento de indenização da vítima