Para defender Moraes dos ataques do The Economist, Barroso mente sem vergonha

Barroso negou que teria dito que o STF “derrotou Bolsonaro”. Segundo ele, a fala foi distorcida: “Foram os eleitores”. A declaração original foi feita em julho de 2023, durante o 59º Congresso da UNE (União Nacional dos Estudantes). Na ocasião, ele afirmou: “Nós derrotamos a censura, nós derrotamos a tortura, nós derrotamos o bolsonarismo para permitir a democracia e a manifestação livre de todas as pessoas".

O editor e mais os convidados .... discutirão com Júlio Ribeiro, amanhã, a partir das 13h no +Brasil, a nota difulgada ontem pelo presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luís Roberto Barroso, na qual pretende defender seu coleta Alexandre de Moraes das críticas feitas pela revista britânica The Economist. A revista classifica Moraes como um juiz com “poder excessivo” e afirma que a Suprema Corte brasileira deveria exercer seus poderes com “moderação”. 

Em vão.

Publicado em 16 de abril com o título Brazil’s Supreme Court is on trial (“A Suprema Corte do Brasil está em julgamento”, em tradução livre), o artigo afirma que o Judiciário brasileiro concentra poder excessivo, personificado em Moraes, relator das ações sobre o 8 de Janeiro. 

Para Barroso, o texto da revista adota a perspectiva de quem “tentou o golpe de Estado” e ignora que o Brasil vive hoje “uma democracia plena, com Estado de direito, freios e contrapesos e respeito aos direitos fundamentais”.

Barroso afirmou ainda que o país enfrentou uma tentativa de golpe de Estado, planos de atentados terroristas e até complôs para assassinar o presidente Lula (PT), o vice Geraldo Alckmin (PSB) e o próprio Moraes. “Os responsáveis estão sendo processados criminalmente, com o devido processo legal, como reconhece a matéria. Foi necessário um tribunal independente e atuante para evitar o colapso das instituições, como ocorreu em vários países do mundo, do leste Europeu à América Latina.”


Este jovem índio kaigang, 24 anos, é exilado político na Argentina. Por Ana Maria Cemin.

 

 Rodrigo Pereira Santiago, 24 anos, é um índio da aldeia Kaigang, do Paraná.

Condenado a 14 anos pela Suprema Côrte, sem ter quebrado nada, sem ter feito nada contra nação.

Esteve em Brasília em 8 de janeiro de 2023,  e apenas foi lutar pelo seu País, numa manifestação que deveria ser mais uma como as outras: pacífica e ordeira. 

Hoje vive na Argentina, esquecido por muitos.

Para um índio não e fácil viver em uma outra cultura.

Para nenhum das centenas de exilados está fácil a vida longe da família e de sua casa, muito menos para os 5 exilados em presídio na Argentina e as 4 mulheres exiladas presas nos Estados Unidos.

Vivemos tempos sombrios no Brasil. 

Desejamos um Feliz Dia do Índio para o jovem kaiagang!

Artigo, Felipe Vasconcelos - Militarização do Espaço é questão de tempo

* Felipe Vasconcelos

 

No curso da história humana, nunca houve ambiente no qual, com tecnologia suficiente, nações e potências se recusaram a utilizar para melhorar sua posição no complexo xadrez entre as nações e, sobretudo, em eventuais conflitos bélicos. Os oceanos viram este fenômeno desde antes das grandes navegações até as avançadas marinhas de hoje. Os ares também foram alvo de fenômenos semelhantes desde a Primeira Guerra Mundial até os caças de sexta geração que estão por vir. No entanto, conforme a tecnologia e as disputas geopolíticas avançam, um novo ambiente será, cedo ou tarde, explorado para fins bélicos e, assim, se tornará uma nova arena de disputa geopolítica entre as potências mais desenvolvidas tecnologicamente: o espaço sideral.

 

Com a Guerra Fria e o fenômeno da Corrida Espacial, as discussões internacionais acerca da cooperação no Espaço ganharam força. Em 1967, o Tratado do Espaço Sideral foi acordado entre as principais nações tecnologicamente desenvolvidas, proibindo o desenvolvimento de diversas atividades militares no espaço. No entanto, há de se perceber que, desde então, nações ignoraram este acordo e tentaram estabelecer programas bélicos na órbita terrestre. Exemplo fundamental disso é o programa “Star Wars”, criado pelos EUA durante o governo Reagan. Nem o Star Wars nem nenhum projeto parecido teve grande êxito, no entanto, com o avançar da tecnologia e dos conflitos geopolíticos, esta realidade parece estar mudando.

 

Everett C. Dolman, professor de Estratégia e Relações Internacionais da Força Aérea Americana e escritor do livro “Astropolitik - Classical Geopolitics in the Space Age” identificou, em 2002, um fenômeno praticamente inegável: com o avanço da tecnologia e a busca por novos tabuleiros de disputa geopolítica, o espaço no século XXI irá surgir como uma esfera de vital influência para as potências, dando tanta importância ao espaço quanto geopolíticos do século XX davam aos oceanos e ao leste europeu.

 

Esta tendência identificada pelo professor vem se tornando cada vez mais real e não são poucas as evidências deste fenômeno. Nos últimos anos, cada vez mais países apostam na criação de forças espaciais dentro de suas Forças Armadas, como no exemplo dos EUA em 2019, além da França, Rússia, Japão, Reino Unido e inúmeros outros países. Assim, se desenha um cenário no qual a militarização do espaço se torna cada vez mais provável e, mais do que isso, visado por diferentes potências. Os EUA, por exemplo, na figura do General Chance Saltzman, da Força Espacial, manifesta seu otimismo com relação à maturidade tecnológica do país e se vê pronto para avançar em seus programas militares no espaço. A prioridade americana, no momento, está na instalação de interceptadores de mísseis no espaço, que apresentariam mais vantagem na defesa aérea americana.

 

Dessa forma, é improvável que o espaço sideral não se torne um novo centro de disputa geopolítica (ou, precisamente, astropolítica) entre as grandes potências, que com o avanço da tecnologia anseiam por colocar em prática políticas e ferramentas que apenas teriam lugar no espaço, tal qual o já mencionado programa de mísseis interceptadores americanos. Neste futuro cenário, embora esteja longe de frotas ou batalhas espaciais, a grande probabilidade é que os atuais acordos do Direito Espacial se tornem ultrapassados e sejam desrespeitados - ou, no melhor dos cenários, substituídos por acordos mais atualizados -. 

 

Em linhas gerais, as tendências futuras indicam que, cada vez mais, países irão enxergar no espaço, um quintal para satélites e armas, com a busca por novas áreas de disputa e o advento das novas tecnologias tornando a modernização do Direito Espacial uma necessidade. O espaço, assim como o mar e os céus, nos prova, uma vez mais, que a natureza humana anda de mãos dadas com a militarização de qualquer ambiente ou ferramenta possível em nome de sua própria segurança.

 

*Felipe Vasconcelos já realizou mais de 60 cursos sobre temas como segurança internacional, terrorismo, guerra, entre outros. É criador do Observatório Atena, perfil que visa difundir conhecimento sobre geopolítica, história e economia para estudantes, além de já ter trabalhado na Coordenadoria Especial de Relações Internacionais e Cooperação da Prefeitura do Rio de Janeiro, lecionar cursos de Geopolítica para jovens e escrever sobre Política Internacional em diversos portais.

 


Artigo, Marcus Vinicius Gravina - FAB – Faço Frete

- O autor é advogado no RS.

O comando da FAB esteve presente a uma reunião com as mais altas patentes das Forças Armadas.  Foram chamadas pelo Bolsonaro para exame de eventual  decretação da GLO, Garantia da Lei e da Ordem (art.142 CF). 

Crescentes manifestações populares se sucederam e não aceitaram o recuo da equipe técnica do Exército, que foi impedida de concluir a auditoria das urnas eletrônicas suspeitas de fraude na eleição presidencial de 2022.  Reclamavam uma tomada de posição.  

O relatório daquele trabalho incompleto existe e deve ser lido novamente para não ficar esquecido, tal a sua relevância histórica. Ele não atestou a lisura daquele pleito. Ao contrário, reacendeu a dúvida. 

Pois, naquele encontro uma exclamação do general Freire Gomes soou como um brado - “Serão 20 dias de euforia para 20 anos de agonia”, capaz de ofuscar o “sigam-me os que forem brasileiros” do Duque de Caxias. O  comandante da Marinha, altivamente, não acompanhou.  

Pois, tal traição de nada adiantou. A contagem dos anos de agonia iniciou em janeiro de 2023, com a omissão das Forças Armadas. 

Depois disso, estamos assistindo as Forças Armadas sendo desprestigiadas por quem ela levou no colo para sentar-se na cadeira presidencial da República. 

Resultou na transformação da Aeronáutica-FAB, parte dela, em uma empresa de frete aéreo e/ou de turismo internacional, sem pejo de seus integrantes, por puro instinto de preservação ou subserviência.

Isso mesmo, passou a fazer frete e turismo ao presidente da República, sua mulher, a todo séquito e aos outros 40 amigos.  Há poucos dias soube-se pela mídia, que seus aviões boeing estarão à disposição de viagens dos ministros do STF, sem constar da lista de passageiros ou proibida a divulgação de seus nomes e destinos. Esta ocultação explícita visa evitar protestos da sociedade a este tipo de privilégio odioso, com dinheiro público. Agravante da situação calamitosa do erário. Um descarado abuso. 

A notícia de maior repercussão, sujeita a gerar uma crise diplomática entre duas Nações, foi a da semana passada.  Um avião da FAB foi utilizado como um UBER para buscar a esposa do ex-presidente do Peru, preso por negócios mal feitos com uma empresa brasileira conhecida da Lava Jato. Aquela do “amigo do amigo do meu pai”. 

O mundo ocidental comenta que a asilada também tem processos concluídos ou em andamento contra ela. Daí que, este fato tem sido apontado como fuga de criminoso comum em avião da FAB. 

Isto deverá ser examinado com toda a cautela,  porque os indícios dão conta de que o asilo político não preencheu os requisitos legais. Os pretendidos motivos políticos se porventura existentes, sucumbem diante do cometimento de crime comum julgado ou em julgamento do país da asilada. 

Nada têm de motivos religiosos ou raciais em seu país de origem, como prevê a nossa Constituição. É de crime mesmo, de corrupção sobre o qual o Poder Judiciário se pronunciou pela condenação. 

O asilo territorial não se confunde com o fornecimento de transporte aéreo. O avião da FAB, forçando o entendimento, até poderia ser considerado território - em solo.  Contudo, o transporte de outro país com criminosos, extrapola presumíveis direitos e passa a ser favorecimento de fuga. 

Da “Convencion sôbre Asilo Diplomatico, ratificada pelo Brasil resolve a dúvida: 

Articulo III

No es licito conceder asilo a personas que al tiempo de solicitalo se encuentrem inculpadas ou processadas em forma ante tribunales ordinários competente y por delitos comunes, o estén condenados por tales delitos y por dichos tribunales, sin haber cumprido las formas respectivas, ni a los desertores tierra, mar y aire, salvo que los hechos votivan la solicitud de asilo, qualquiera que sea el caso, revistam claramente caráter político.

Segue dizendo que estas pessoas deverão ser convidadas a retirar-se e segundo o caso , serem entregues a governo local. 

Toda esta dissertação foi para chegar no que pretendo falar como cidadão brasileiro. 

Caso venha a ser julgado ilegal o asilo, não podemos esquecer que  o transporte da asilada causou danos ao erário, ou seja às finanças públicas do Brasil. Todos que autorizaram o voo do avião da FAB, que inclui o comandante da Força Aérea, deverão responder em caso de uma Ação Popular. 

Para isto, o comandante da Força Aérea, bem que poderia informar qual é o valor da hora de voo de um dos Boings, que regalam os amigos do rei Lula e da Primeira Dama deste país de invertebrados.. 

Se não souber dizer agora, pode ser depois. Terá a serventia de cálculo para a propositura do valor da causa da Ação Popular, que venha buscar o dinheiro gasto em missão declarada irregular ou ilegal em sua origem.

Senhor comandante da Aeronáutica, ouça seus comandados de todos os níveis, reúna força e coragem para se impor diante do abuso de políticos irresponsáveis, que constrangem militares da FAB como se fossem serviçais e ao mesmo tempo fazem pouco dos brasileiros. 

O pior deles, assumiu à presidência da República declarando, publicamente, que iria “foder com seus adversários”, citou o nome do juiz que o condenou na Lava Jato. Este é o nível do seu presidente. 

Caxias do Sul, 19.04.2025



 


P-53 interditada pela ANP

  Essa plataforma foi construída em Rio Grande e serviu de trampolim para as campanhas do PT aqui na região sul (Rio Grande, Pelotas, Bagé, Jaguarão e São José do Norte).Custo altíssimo e mão de obra de quinta categoria, dito pelos próprios funcionários do estaleiro.

A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) determinou a interdição total da operação com hidrocarbonetos na plataforma P-53, operada pela Petrobras, após auditoria realizada entre os dias 8 e 17 de abril de 2025 constatar riscos graves e iminentes à vida de trabalhadores e ao meio ambiente. De acordo com o relatório técnico da ANP, foram encontrados diversos desvios críticos de segurança, muitos deles semelhantes aos já identificados em uma interdição anterior da mesma plataforma, ocorrida em fevereiro de 2024. Entre os principais problemas estão a degradação severa de estruturas críticas, ausência de medições técnicas confiáveis, falhas na avaliação de danos e omissões no envio de relatórios técnicos fundamentais, como o Relatório estrutural por entidade especializada, que sequer foi encaminhado à agência. Segundo o documento, vigas com grande degradação estrutural, inclusive aquelas que servem de suporte para tubulações de fluidos perigosos, foram ignoradas pela Petrobras nos relatórios apresentados. A ANP alerta que tais falhas comprometem diretamente a segurança em cenários de incêndio e explosões, colocando em risco  uma população a bordo (POB) de 240 pessoas.

Visitas ao Piratini

 A próxima edição da visita especial de final de semana do Palácio Piratini foi agendada para os dia 26 e 27 de abril. Nesses dois dias, o público poderá conhecer ambientes das alas Governamental e Residencial da sede do Executivo gaúcho, além de toda história e cultura que integram a edificação. A participação é gratuita, mas requer inscrição prévia pelo site oficial do Palácio, a partir de terça-feira (22/4), ao meio-dia. Para esta edição, serão ofertados seis horários no sábado (9h, 10h, 11h, 14h, 15h e 16h) e outros cinco no domingo (10h, 11h, 14h, 15h e 16h), com 35 vagas em cada grupo. A visita tem duração estimada de 1h15. 

Durante o roteiro, os visitantes conhecerão espaços como os salões Negrinho do Pastoreio e Alberto Pasqualini e o gabinete oficial do governador, na Ala Governamental. Na Residencial, será possível acessar áreas normalmente restritas, como os salões de Banquetes e dos Espelhos, além do oratório.

A visita termina no jardim interno, que abriga a escultura A primavera, de Paul Landowski. Todo o percurso terá a mediação de servidores do Palácio.  

Outras formas de conhecer o Piratini 

Além da visita especial mensal, o Palácio Piratini também oferece visitações diárias à Ala Governamental, de segunda a sexta-feira, às 11h e às 16h. O agendamento também deve ser feito pelo site oficial. 

Grupos com mais de dez pessoas, incluindo escolas, podem solicitar horários específicos. Nesse caso, é preciso enviar um e-mail para palacio-piratini@gg.rs.gov.br, informando o nome da instituição, a data desejada e o número de participantes. É necessário aguardar a confirmação do pedido.  

Serviço    

Inscrições: a partir de terça-feira (22/4), às 12h, pelo site do Palácio, na aba “Agende". A entrada é gratuita. 

Artigo, Silvio Lopes - Irresignação que salva

          Marchamos, inapelavelmente, para um nível de decadência moral da sociedade brasileira cujo limite de retorno é incerto, senão, até mesmo, impossível.  Por mais que queiramos ser otimistas- e me incluo entre estes- mais e mais o que vimos é o fluir de um processo avassalador de desconstrução integral dos pilares de moralidade que sustentam uma civilização. 


         Os chamados pesos e contrapesos institucionais, que servem para contrabalançar desvios autoritários de condutas, parecem ter sido esquecidos( ou se tem omitidos), justo no momento em que mais precisaríamos de sua interação e/ou intervenção. 


          Nações que outrora ocupavam o pódio entre as mais civilizadas- Europa, com raras exceções, e os Estados Unidos da América, entre elas - hoje sucumbem à tirania de usurpadores de plantão, num processo inexorável de mergulho numa decadência social, ética e moral. Buscar a verdade, pesquisá- la que seja, tem sido um exercício intolerado mesmo dentro das chamadas repúblicas democráticas, como no Brasil. 


          O governo arbitrário, a opressão, a perseguição a indivíduos que simplesmente tornam públicas suas inquietações e fazem questionamentos, parecem normais - pior ainda - justificáveis ou até...inevitáveis ou, necessários.


           Mesmo quando as raras instituições que ainda restam se insurgem contra a tirania estabelecida, são desprezadas, senão que caladas, e seus integrantes perseguidos e aprisionados, ou física, ou intelectualmente. Diante desse quadro, e quando ao homem comum  é negado  o direito constitucional de espernear, de reagir contra as injustiças e ataques ao estado democrático de direito oriundos de instituições públicas( o STF, a principal), é porque já ultrapassamos o limite que nos separava do campo da barbárie e do totalitarismo assassinos.


         A esperança, tênue, é verdade, mas que pode nos salvar da barbárie para a  qual caminhamos pelos "progressistas" e seus aliados judiciais, está diretamente lincada à crescente e sólida irressignação do nosso povo que, afinal, parece ter sido tomado de consciência de seu poder e que só ele é que poderá desencadear o que seja a "salvação da lavoura". É o que (observo à distância), começa a tomar corpo. Torçamos para isso. O Brasil não pode se tornar a tirania que uns pretendem que seja. Não podemos permitir que a barbárie seja o destino desta que tem a vocação para ser uma grande nação. 


Sílvio Lopes, jornalista, economista e palestrante.

Simers vai monitorar transição da gestão hospitalar no RS

Mudança precisa assegurar financiamento adequado, valorização dos médicos, organização do sistema e atendimento digno à população.


O Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (Simers) acompanha com atenção a transição da gestão da rede hospitalar de média e alta complexidade em Porto Alegre, um processo que pode redefinir o futuro da assistência em saúde no estado. Para a entidade, a mudança só será benéfica se vier acompanhada de garantias concretas de financiamento, valorização dos profissionais médicos, organização eficiente do sistema e, principalmente, de um atendimento digno para a população.


A rede hospitalar da capital gaúcha é uma das principais portas de entrada para pacientes de todo o Rio Grande do Sul que necessitam de tratamentos especializados e de alta complexidade. Hospitais como Clínicas, Conceição, Cristo Redentor e Vila Nova, além de outros centros de referência, absorvem grande parte da demanda não apenas de Porto Alegre, mas também de cidades da Região Metropolitana e do interior.


Nos últimos anos, esse sistema tem operado em estado de alerta, enfrentando problemas crônicos como superlotação, instabilidade nos contratos de prestação de serviços, defasagem nos repasses financeiros e ausência de um planejamento integrado. Essa situação impacta diretamente tanto a qualidade do atendimento ao paciente quanto às condições de trabalho dos profissionais da saúde.


“A transição precisa assegurar que os hospitais recebam recursos compatíveis com suas demandas reais, que os contratos sejam estáveis e atualizados e que os médicos, que sustentam o atendimento na linha de frente, sejam devidamente valorizados”, afirma o presidente do Simers, Marcelo Matias.


Além do financiamento adequado, o Simers defende que o processo de transição seja pautado pela transparência e pelo diálogo com a categoria médica e com as entidades representativas da classe, para que as soluções não sejam apenas administrativas, mas também estruturantes e duradouras.


A entidade reforça, ainda, a necessidade de descentralização do atendimento, uma vez que a centralização excessiva em Porto Alegre sobrecarrega hospitais e profissionais, além de prejudicar pacientes que dependem de deslocamento para acessar serviços de alta complexidade. Para o Simers, o fortalecimento da rede hospitalar em outras regiões é um passo fundamental para reduzir a pressão sobre a capital e tornar o sistema de saúde estadual mais justo e eficiente.


Enquanto o processo de transição avança - pois a ação não é imediata e pode ser concluída em até um ano - o Sindicato se compromete a monitorar de perto cada etapa, atuando para que a reorganização da rede hospitalar não apenas corrija falhas históricas, mas inaugure um novo ciclo de sustentabilidade, respeito aos profissionais e qualidade de atendimento aos pacientes.


“O Simers vai estar vigilante. Os médicos e a população não podem ser surpreendidos por decisões que comprometam o funcionamento do SUS em nosso estado”, conclui Matias.


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Artigo, Marcus Vinicius Gravina - Tiro na mosca

“Democracia de Aparência, Tirania de Fato”

O título do artigo do Dr. Dagoberto Godoy no Blog Polibio Braga (17/04) é uma súmula perfeita, diante da conjuntura atual do Brasil. 

Vejam o motivo do meu aplauso: “A tirania moderna não se instala com tanques nas ruas, mas com narrativas oficiais, decisões extravagantes de altas cortes e uma justiça que escolhe a quem punir e a quem proteger. Mantêm-se as eleições, os partidos, os rituais – mas faltam meios eficazes de conferência dos votos. Quem não se curva à narrativa dominante é calado, desmonetizado, preso, ou deslegitimado publicamente. Tudo isto em nome da defesa da democracia.”

Encerra, tão bem quanto iniciou citando o poeta Yevtushenko: “Quando a verdade é substituída pelo silêncio o silêncio se torna mentira”.

O Dr. Dagoberto Godoy, apresentado como advogado e engenheiro não é somente isto. Foi um destacado presidente da FIERGS.

Como eu gostaria de ler de outros dirigentes dessa Entidade  empresarial e, de outras similares, um pronunciamento de igual discernimento sobre momento político/administrativo do país - com enorme predominância nefasta da maioria do STF.  

Se fosse uma competição eu diria que ele acertou na mosca. Claro, incisivo e patriótico.

Os dirigentes eleitos por seus pares ao comando de entidades civis, que temam represálias pessoais e as suas empresas pela postura que devam assumir em defesa dos seus representados, têm que ir para casa. 

Nossas entidades civis - Confederações e Federações - não devem ser confundidas como um antro de formação de puxa sacos ou vassalos. A começar pelos que só têm olhos para o cofre do BNDES, participação em Conselhos Palacianos, viagens internacionais com o presidente da República  e a sua esposa nos badalados  eventos promovidos para a apresentação da nossa Primeira Dama ao mundo. 

Os empresários que compõem os colégios eleitorais de suas entidades de classe, ao terem de escolher quem falará por eles devem, ficar atentos a isto. Nossas entidade precisam mais do que figuras decorativas em Conselhos Palacianos criados para apoiarem quem nem sempre merece. 

Há várias formas de benefícios além das famigeradas Emendas Parlamentares. Muitos empresários e banqueiros sabem disso e quais são. Os anais da Lava Jato, se não foram destruídos, como os filmes do 8 de janeiro, dos prédios da Praça dos Três Poderes - Brasília provam o que estou dizendo. Não é narrativa. É fato incontestável. 

Não é de coragem dos dirigentes classistas que precisamos,  mas de ombridade e de caráter  

Pensem, nisto!

Caxias do Sul, 17.04.2025

 

Opinião do editor - Eduardo Leite e suas circunstâncias

O governador gaúcho Eduardo Leite está com agenda multifacetada neste momento, operando simultaneamente em três grandes frentes pelo menos:

1) A gestão do governo estadual do RS.
2) A sucessão presidencial.
3) A sucessão estadual.

Em todas as três grandes frentes, é duvidoso que obtenha sucesso.

1) A gestão do governo estadual do RS
É fora de dúvida que Eduardo Leite acumula ativos administrativos e políticos de sucesso e isto que o mantém na vitrina.

2) A sucessão presidencial
Neste ítem, Eduardo Leite opera como biruta de aeroporto e agora nem sabe se fica ou se sai do ninho tucano, sempre em busca de uma ambicionada e certa derrota eleitorasl, caso consiga emplacar seu nome no PSDB ou PSD. Além disto, Leite nem sabe ao certo se será candidato a presidente, mas já trabalha a possibilidade de renunciar de novo ao objetivo maior, disputando uma das duas cadeiras do Senado.

3) A sucessão estadual
Atuando como chefete político de paróquia, o governador faz das tripas coração para apoiar a candidatura do seu vice, o emedebista Gabriel Souza. Neste sentido, não se importa de deixar cadáveres pela estrada, como o de rifar sua secretária de Cultura, Beatriz Araújo, para garantir o apoio do PDT ao seu delfim. Com mais robusta aliança, Leite espera vencer pelo menos no 2o turno, contando com o apoio da esquerda do PT, do Psol e do PCdoB, como aconteceu na sua disputa pela reeleição.



 A escolha dos titulares do Comitê Gestor do IBS (Imposto sobre Bens e Serviço), criado pela reforma tributária para gerir a arrecadação do ICMS (estadual) e ISS (municipal), esbarra em impasses com as entidades que representam os municípios.  A FNP (Frente Nacional de Prefeitas e Prefeitos), que reúne gestores de grandes cidades, quer assegurar mais controle sobre o processo de escolha dos representantes. Querem isonomia com os governadores, que podem indicar e alterar seus representantes. 


A proposta enfrenta resistência da CNM (Confederação Nacional dos Municípios), que representa prefeituras de médio e pequeno porte.  Os representantes dos municípios vão indicar 27 titulares para o conselho do IBS. Eles se somarão aos 27 representantes dos Estados. Governadores têm poder de alterar seus indicados. É o que a FNP deseja. A CNM defende que haja mandatos...

O colegiado será responsável por gerir o novo imposto que unificará o ICMS (estadual) e o ISS (municipal). Estima-se que esse novo imposto movimentará mais de R$ 1 trilhão por ano quando estiver plenamente implementado. Dentro da entidade, usa-se o termo “Super Secretaria dos Municípios e dos Estados de Fazenda” para dar a dimensão que o conselho terá.  “Esse critério [de ter mandato para o indicado pelos prefeitos] não tem razoabilidade. Se mudou um prefeito, um governador, ou terminou um mandato, não é razoável que não possa mudar. E se [o escolhido] não seguir a orientação, também não é ra...

E se [o escolhido] não seguir a orientação, também não é razoável não poder mudar. Para nós, esse critério é cláusula pétrea. Não tem lógica sem isso”, disse ao Poder360 o prefeito de Porto Alegre, Sebastião Melo (MDB), vice-presidente da FNP. O comitê terá 27 representantes dos Estados e 27 dos municípios. Cada grupo deve apresentar uma chapa. A FNP argumenta que fez acordo com a CNM para ter 13 assentos e deixaria 14 para eles. “No decorrer do processo, a CNM tomou a decisão unilateral de marcar a eleição e concorrer para as 27 vagas. Somos contra judicialização, mas não dava para sair as...

Entrevista completa

Neste vídeo é apresentada uma conversa exclusiva com o escritor Michel Laub, que assina o posfácio da edição brasileira de "O Crematório Frio". Originalmente publicado em húngaro em 1950, este relato impactante de József Debreczeni sobre os horrores de Auschwitz permaneceu inédito em outras línguas por mais de sete décadas. Laub compartilha suas impressões sobre a obra, discute a relevância de testemunhos históricos como este e reflete sobre a importância de manter viva a memória do Holocausto. A edição brasileira, traduzida por Zsuzsanna Spiry, foi lançada em janeiro de 2025 pela Companhia das Letras. Assista para entender mais sobre este clássico redescoberto da literatura do Holocausto e sua pertinência nos dias atuais.

PF investiga Abin

 Numa inédita investigação da Polícia Federal sobre o serviço secreto do governo federal, o diretor-geral da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Luiz Fernando Corrêa, e o ex-diretor adjunto do órgão, Alessandro Moretti, prestaram depoimento em Brasília. As oitivas duraram cerca de cinco horas e foram realizadas no âmbito das investigações sobre a atuação paralela da Abin durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro, informa a Agência Brasil, mas o fato é que o objeto das invetigações policiais abrange também os primeiros três meses do atual governo federal nomeado lulopetista, notícia que vem sendo sonegada. Segundo nota divulgada à imprensa, a ação de inteligência começou no governo de Bolsonaro e foi tornada sem efeito pela Abin, em março de 2023, após a direção interina do órgão tomar conhecimento do caso.

A investigação corre em segredo de Justiça, e os detalhes dos depoimentos não foram divulgados.

De acordo com a PF, policiais e delegados da corporação que estavam cedidos à Abin, além de servidores do órgão, teriam participado de uma organização criminosa para cumprir ações ilegais de espionagem. Durante a apuração, os investigadores da PF descobriram que foi realizada uma ação para obtenção de informações sigilosas de autoridades do Paraguai envolvidas nas negociações do contrato de energia da usina hidrelétrica de Itaipu, operada pelos dois países. O caso foi revelado pelo Portal Uol.De acordo com a reportagem, o monitoramento das autoridades paraguaias teria ocorrido entre junho de 2022, durante o governo de Bolsonaro, e março de 2023, início do governo Lula.

Diante dos fatos apurados, a PF decidiu tomar o depoimento de Luiz Fernando Corrêa, atual diretor da Abin, e de Moretti, que foi exonerado do cargo em janeiro de 2024, para esclarecer os fatos. 

Após a divulgação do monitoramento, o Itamaraty negou qualquer envolvimento do atual governo com a espionagem ao Paraguai.



 


Deputado do PSOL encerra greve de fome, mas processo de cassação seguirá

Depois de 8 dias, acabou a greve de fome iniciada pelo deputado federal Glauber Braga (PSOL-RJ), tudo depois de um acordo com o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), sobre o andamento do processo que pode levar à cassação do seu mandatato.Glauber Braga parou de se alimentar em protesto contra o avanço de um processo que pode cassá-lo na Câmara dos Deputados. Desde o dia 9, o parlamentar estava dormindo nas instalações da Câmara e, segundo a assessoria, tomando apenas água, soro e isotônicos.

Qual é o acordo, segundo Hugo Motta:

 -Garanto que, após a deliberação da CCJ, qualquer que seja ela, não submeteremos o caso do deputado ao Plenário da Câmara antes de 60 dias para que ele possa exercer a defesa do seu mandato parlamentar.Após este período, as deputadas e os deputados poderão soberanamente decidir sobre o processo.

O deputado não escapará da cassação.



 

LIVRO 17.04.2025

  13/02/2025

Atualizações/
26/09/20245
Anterior: Livro 11/9/24
Anterior: Livro 26/09/2024
 Livro 16/12/2024
Anterior: Livro 27/12/2024
Anterior: 02/01/2025
Anterior, 04/02/2025
Anterior: 25/03/2025
Anterior - 27/0325
Anterior - 28/03/2025
Anterior - 05/04/2025
Anterior - 08/04/2025
Anterior - 17/04/2025

1º Registro de Títulos e Documentos e Civil das Pessoas Jurídicas

Capítulo I
O Processo

CAPÍTULO II
A Origem

CAPITULO III
A Delegada Andrea Matos

CAPÍTULO IV
O interrogatório

CAPÍTULO V
Assassinato de Reputação. O papel jogado pelo MPRS.

CAPÍTULO VI
Luciana Genro, a legítima herdeira política de Tarso Genro

PESQUISAR https://www.jusbrasil.com.br/busca?q=polibio+braga

CAPÍTULO I
O PROCESSO.

Promotor Luciano Vaccaro
Gabriel, o que o senhor sabe sobre esses fatos que estão sendo imputados ao Jornalista Polibio Braga.

Gabriel Galli Arévalo, funcionário do gabinete da Deputada Federal do PSOL, Fernanda Melchionna, e representante da ONG Somos, testemunha do Promotor e um dos autores do Boletim de Ocorrência registrado na Polícia.
Olha, eu sei que no dia 18 de maio de 2021, o jornalista Políbio Braga fez uma publicação no blog dele registrando a iluminação que o Palácio, que o Governo do Estado realizou no palácio Piratini, né, em relação à alusão a um dia de combate à LGBTfobia. Essa é uma data bastante importante para o movimento LGBT porque marca a saída da caracterização da homossexualidade como uma doença dos registros da Organização Mundial da Saúde. E, nesse texto opinativo que o senhor Políbio realizou nesse blog, ele utilizou uma serie de termos que, na minha compreensão e da organização a que eu faço parte, ONG Somos, que trabalha há 20 anos na defesa e na luta por direitos humanos, tem uma conotação LGBTfóbica. E essas conotações, elas aparecem de forma, na nossa interpretação, propositalmente camufladas, mas que ficam evidentes o teor homofóbico quando faz uma serie de brincadeiras de certa forma com a própria homossexualidade do governador do Estado de cunho vexatório e também quando relaciona a homossexualidade com outras práticas sexuais ou outras, até questões que vão para um cunho de patologia ou doença mental como a zoofilia, pedofilia, né. Fazendo uma associação que é bem clássica e bem conhecida do movimento LGBT, quando tentam nos caracterizar como pessoas sujas e perversas, né (A conceituação que ele concede ao termo “homossexualismo” é própria, pessoal, e não tem nada a ver com o sentido etimológico e legal do termo – veja https://pt.wikipedia.org/wiki/Homossexualidade). Então esse texto ele passa dessa forma e, na nossa compreensão, enquanto jornalista o senhor Políbio Braga assume a posição de disseminar conteúdo discriminatório quando ele faz esse texto. Não é a primeira vez que ele se comporta dessa forma né, por isso também que eu me motivei a prestar essa denúncia, porque nós acreditamos que é de interesse público que esse tipo de comportamento seja pausado. Hoje mesmo houve comentários no blog dele a respeito de como mulheres trans tiram o lugar de pessoas, de outras mulheres no esporte, enfim, sei que não é o conteúdo, não é o caso aqui do que está sendo analisado por essa Vara. Mas eu cito aqui que é uma pessoa que é conhecida por disseminar conteúdos que, na nossa compreensão, podem ser entendidos enquanto discriminatórios e nós entendemos que a partir do momento que o STF define que a homofobia é um crime, nós entendemos que isso deveria ser classificado dessa forma então. 

Promotor Luciano Vaccaro
Só, desculpa te interromper, mas desculpa, eu posso ser ignorante, mas eu também uso a expressão homossexualismo. Eu não sabia que isso não é admitido pela associação de vocês. Me desculpa. Então é uma interpretação sua de que ele agiu dessa forma? Como é que o senhor pode dizer que o fato dele ter usado homossexualismo é de cunho discriminatório homofóbico? Porque eu mesmo uso essa expressão e confesso aqui minha total ignorância, eu estou surpreso. Desculpa.

 

                                                 ******************

Na época, 2021, este então servidor (CC ou Cargo em Comissão) do gabinete da Deputada Federal Fernanda Melchionna, Psol, no caso Gabriel Galli Arévalo, Diretor Operacional da ONG Somos, que é também Jornalista, foi a única testemunha arrolada pela Promotora Ivana Machado Moraes Battaglia ao acolher indiciamento pedido pela Delegada Andrea Matos e denunciar-me perante a 11a. Vara Criminal do Foro de Porto Alegre por crime de homofobia. 

Mais tarde,  Jornalista e Mestre em Comunicação, Galli Arévalo foi ouvido em audiência no dia 20 de junho de 2022 pela juíza Quelen Van Caneghan, que não só acolheu as acusações feitas no inquérito policial conduzido em tempo recorde pela Delegada Andrea Mattos, como ampliou os ataques e condenou o editor a 2 anos de cadeia, mais multa exorbitante.

Galli Arévalo e seu companheiro da ONG Somos, Carlos Cesar Klein, registraram BO, Boletim de Ocorrência, no dia 18 de maio de 2021, dois dias depois Mattos instaurou o inquérito, 5 dias mais tarde ouviu Carlos Klein e a mim mesmo, sendo que um mês depois concluiu sua tarefa com meu indiciamento, acolhido em seguida pelo Ministério Público Estadual, que sequer quis me ouvir.

A partir daí, o Ministério Público Estadual e o aparato oficial e oficioso do PSOL, com ênfase para as Deputadas Luciana Genro e Fernanda Melchionna, abriram um campanha pública de calúnias, injúrias e difamações contra mim, usando todo o arsenal conhecido de assassinatos de reputação que a esquerda costuma empunhar contra seus desafetos, inclusive com investida direta e bem sucedida de intimidação de anunciante do blog www.polibiobraga.com.br, levando a cancelamentos de contratos de publicidade, com ênfase para o cliente Assembleia do RS, causando-me graves prejuízos financeiros.

As duas representantes do PSOL, do mesmo Partido ao qual pertenceu Adélio Bispo antes de tentar assassinar o Presidente Jair Bolsonaro, não conseguiram e nem conseguem arranhar a reputação de ninguém, embora tentem isto de forma recorrente.

Desde a redemocratização, líderes e liderados de Governos e Partidos de corte ideológico comunista, como PT, PCdoB e PSOL, tentam sem sucesso na maioria esmagadora dos casos, mas com sucesso em outras situações de menor impacto, não apenas me meter na cadeia, como, sobretudo, retirar minhas condições de trabalho, meu patrimônio e minha reputação.

Esta é a escalada que as lideranças lulopetistas empreendem há 38 anos (ano base 1988 e ano examinado de 2024))contra mim:

1) Tirar meus empregos, o que conseguiram com sucesso em empresas como RBS, Band e Caldas Júnior.

2) Meter-me na cadeia, o que não conseguiram, apesar das inúmeras ações criminais movidas ao longo dos anos posteriores à redemocratização.

3) Tomar minha renda e meu patrimônio, o que conseguiram em valores muito importantes em alguns casos expressivos.

Tentaram a mordaça social, física ou financeira, por exemplo, entre dezenas de outros reclamantes, os ex-Governadores Olívio Dutra e Tarso Genro, o ex-Prefeito Raul Pont e Deputados como a própria Luciana Genro e Manuela D'Ávila, o ex-Presidente da Eletrobrás, Valter Cardeal, sem contar a arraia miúda ideologicamente comprometida com a vanguarda do atraso. 

Ajudei a contar parte desta história no livro "Vanguarda do Atraso", no qual 11 jornalistas e intelectuais narraram as perseguições políticas que sofreram ou registraram durante os Governos do PT.

No caso da ação movida pela Promotora Ivana Battaglia, meus advogados tentaram obter Direito de Respostas às  acusações públicas do Ministério Público Estadual, todas publicadas no site da própria instituição. Foi tudo em vão, porque os pedidos foram recusados administrativa e judicialmente, prevalecendo apenas a denúncia, sem qualquer contraditório. Nos demais casos, não houve busca por direito de resposta, já que as publicações foram consideradas, via de regra, irrelevante. 

Interpelações judiciais, com ênfase para os Deputados Luciana Genro e Gabriel Souza resultaram desertas.

Personagens que atuam nas sombras dos Deputados e que rechearam as redes sociais para repercutirem as falsas acusações, foram emparedados também por interpelações judiciais. Todos cessaram os ataques.

Ao longo dos 38 anos que vão da redemocratização até 2024, o pêndulo judicial não esteve apenas inclinado do lado dos falsos acusadores, porque em pelo menos dois casos memoráveis, foi preciso usá-lo para cobrar judicialmente a responsabilidade por campanhas difamatórias desfechadas contra mim em publicações de internet e que se consideravam fora do alcance dos longos braços da lei. Foram os casos de dois blogs, "Tomando na Cuia" e "Nova Corja", ambos editados por ativistas esquerdopatas. "Nova Corja" foi o capítulo mais complicado, porque mais amplo e tocado por um grupo organizado, coeso, de professores e alunos da PUC do Rio Grande do Sul

Depois de investigações completas, consegui identificar os editores, processei-os, todos foram condenados e ao final e ao cabo, "Nova Corja" e "Tomando na Cuia" resultaram fechados para sempre.

Estes dois casos exemplares serão narrados em detalhes neste livro.

...........

Depois que fui condenado a 2 anos de cadeia no dia 16 de agosto de 2022, tudopor sentença da Juíza da 11a. Vara Criminal de Porto Alegre, Quelen Van Caneghan, os meus advogados Rafael Nunes Leal, Taís Comasseto e Isabela Muller Rocha recorreram ao Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul, protocolando tudo no dia 3 de abril de 2023. 

No dia 23 de setembro, a 8a. Câmara Criminal  do Tribunal de Justiça concluiu inédito acórdão, anulando todo o processo e remetendo-o para a Justiça Federal, sob o elementar entendimento legal de que o suposto crime de homofobia, conforme o alegado, ocorreu de fato no âmbito da internet, rede mundial de computadores regulada por tratados internacionais dos quais o governo federal brasileiro é signatário. 

A Delegada Andrea Matos, a procuradora Ivana Bataglia e a juiza Quelen Van Caneghan tinham ignorado a letra fria da lei.

Mas não só.

No dia 26 de março de 2024, o Procurador Federal Felipe Souza, acionado pelo Juiz Federal Guilherme Beltrami, que recebeu o caso, ignorou a discussão sobre o foro adequado, considerando fato vencido, e foi diretamente ao ponto, fulminando o conteúdo e os termos do inquérito, da denúncia e da sentença. 

Souza pediu o arquivamento da ação. 

Simples assim.

O Juiz Federal Guilherme Beltrami, no mesmo dia, arquivou o processo, que transitou em julgado.

Todos os atores que participaram da orquestração ilegal pagarão pelo que fizeram, menos a Delegada Andrea Mattos, que morreu antes de responder em juízo e fora dele pelas acusações infundadas.

Ao fim e ao cabo, prevaleceu esta manifestação inequívoca a favor da liberdade de expressão, portanto também de imprensa, traduzida em letra de forma pelo Procurador Federal Felipe Souza, tudo no dia 26 de março de 2024:

- Ouso divergir do Ministério Público Estadual do RS e não vislumbrar no texto indução ao pensamento discriminatório, tampouco incitação ao preconceito e discurso de ódio (....) O trecho não contém nenhum tipo de argumentação encadeada (...) Não me parece adequado, quando da formulação da denúncia, pretender emprestar a quaisquer manifestações públicas a pior interpretação possível, capaz de vislumbrar nelas intento criminoso (...) Pelo contrário, a liberdade de expressão é direito fundamental e deve ser ao máximo prestigiada (...) Sendo compatível com a Gramática e a Lógica, mais consentâneo com a dita liberdade, afigura-se-me tentar ler qualquer postagem pública de forma dar ao texto interpretação que não o leve a ser criminializado (...) Tendo sido feita in bonam partem, afasta o caráter criminoso que lhe irrogou o MP-RS).

Fundamentos legais

A acusação

A longo dos 3 anos de tramitação da ação criminal, a Delegada Andrea Matos, a Promotora Ivana Battaglia e a Juíza Quelen Van Caneghan, todas mulheres e operando na primeira instância da Justiça Estadual do Rio Grande do Sul, esgrimiram reduzidíssimo arsenal de disposições legais, todo ele fulminado pelo juízo competente, que não era o delas, na fase final, na Justiça Federal:

- ADO 26, nos termos do artigo 20, parágrafo 2o da lei 7.716/89.

Trata-se de uma Ação Direta de Inconstitucionalidade por Omissão, que tornou efetiva a criminalização específica de todas as formas de homofobia e transfobia, como poderia tornar efetiva a criminalização de qualquer outro objeto, conforme o que bem entendesse a Corte, que, aliás, tem feito isto a partir de abril de abril de 2019, quando censurou a revista eletrônica Crusoé, primeira vítima do escabroso inquérito das fake news. O objeto direto da ação movida no STF foi declarar a inconstitucionalidade na falta de lei que punisse a ação discriminatória contra pessoas LGBTQIA+. A Corte acolheu a ação, desconsiderando o fato de que o constituinte de 1988 não incluiu a questão na Carta Magna porque não quis fazê-lo, por não considerar a existência de crime, o que também não quiseram fazer os legisladores federais a partir dali. O constituinte e o legislador ordinário, entenderam e entendem que ofensas de gênero estão suficientemente tipificadas no Código Penal, quando ele trata dos casos de calúnia, injúria e difamação.

A defesa

Os Advogados de Defesa invocaram proteção constitucional, inclusive jurisprudência e dispositivo do Código de Processo Penal, todos garantidores do livre direito de expressão:

- Artigo 220 da Constituição Federal  e tudo que se vincula ao art. 5o, IV, V, X,XIII E XIV, ADPF 1287 sobre livre pensamento, Artigos 395 e  396 e  do Código de Processo Penal.

Tudo começou a mudar, no entanto, apenas quando os Advogados de Defesa Taís Comasseto e Rafael Nunes Leal apelaram ao Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul, que decidiu por unanimidade fulminar todo o processo judicial, mantendo apenas os termos do inquérito policial, já que o caso era evidentemente de competência da Justiça Federal, tudo com base no artigo109, V, da Constituição Federal.

O Juiz Federal Guilherme Beltrami mandou ouvir o Ministério Público Federal, que repeliu as acusações, defendeu a aplicação do Artigo 5o da Constituição Federal, já que foi caracterizada a garantia constitucional do princípio da liberdade de expressão, portanto também de imprensa. Além disto, o Procurador Federal Felipe de Souza não quis sequer levar o caso a julgamento, pedindo o arquivamento de tudo.

Na decisão final que aceitou o pedido de arquivamento, o Juiz Federal considerou que não teria outra alternativa senão basear a sentença final no acolhimento do disposto na Lei 13.964/19e  nos Artigo 18 e  28 do Código de Processo Penal, considerando que o Ministério Público Federal é o titular da ação penal em curso, reforçando assim o perfil acusatório do processo penal brasileiro.

 

CAPÍTULO II
A Origem


A defesa da liberdade de expressão, mais especificamente a liberdade de imprensa, é uma das principais batalhas destes tenebrosos anos do Século XXI, como já foi antes, nos séculos anteriores, desde que Gutenberg, 1439, inventou sua galáxia de tipos móveis e que deu início à revolução da imprensa, fundamental no desenvolvimento da Renascença, da Reforma e da Revolução Científica, tudo que lançou as bases materiais para a moderna civilização, baseada no conhecimento e na disseminação em massa da informação, o que inclui a aprendizagem em larga escala.

No século XXI, como no Século XV, os poderosos de plantão operam de modo sutil ou descaradamente para impor mordaças aos meios, às mensagens e até a eliminação dos mensageiros que os desagradam.

Foi em tudo que isto que pensei ao me dirigir ao interrogatório exigido pela jovem e bela Delegada Andrea de Melo da Rocha Mattos Reschke, a primeira ocupante da então novíssima Delegacia de Combate à Intolerância, inaugurada com grande pompa e circunstância pelo Governador Eduardo Leite no dia 10 de dezembro de 2020, quase ao final do seu primeiro mandato. Na ocasião, a nova Delegacia e Andrea, foram imediatamente paparicados pela mídia tradicional e também por toda a vanguarda do atraso. Uma romaria de políticos comunistas foi prestigiar pessoalmente a Delegada. Dou ênfase para a visita da Deputada do PSOL, Luciana Genro. Ambas, sorridentes, tiraram foto na porta da Delegacia. O deputado estadual do PT, Leonel Radde, entregou-lhe a Medalha do Mérito Farroupilha. 

Aquele início da tarde do dia 25 de março de 2021, pareceu tão sombrio quanto os dias que o antecederam e sucederam, tudo porque Porto Alegre, o Rio Grande do Sul, o Brasil e o mundo todo estavam acossados pela pandemia da Covid-15.

A Delegada Andrea Mattos morreu dois anos depois, de câncer.

Um ano antes, no dia 2 de setembro de 2022, morreu o pai de Andrea Mattos, no caso o ex-Delegado Federal, Ex-Procurador Federal e ex-Juiz Federal João Carlos da Rocha Mattos, que vivia em São Paulo. 

Pouca gente dentro e fora do governo sabia do parentesco.

Rocha Mattos deixou a magistratura depois de ter sido alvo de inquérito que apontou um esquema de venda de sentenças judiciais. Ele já havia sido condenado anteriormente por corrupção e formação de quadrilha. 

Em 2015, o ex-juiz foi condenado a 17 anos, cinco meses e dez dias de prisão pelos crimes de lavagem de dinheiro e evasão de divisas. Segundo a denúncia, ele recebeu valores sem origem justificada e enviou ilegalmente quantias para uma conta bancária na Suíça com o auxílio da ex-mulher, Norma Regina Emílio Cunha.

Sua primeira condenação ocorreu em 2003, por formação de quadrilha, denunciação caluniosa e abuso de autoridade. Ele cumpriu oito dos 12 anos da sentença até ir para prisão domiciliar em abril de 2011. Voltou a ser preso em outubro de 2016 para cumprir pena pelo crime de peculato, pelo qual foi condenado, em junho de 2006 a quatro anos e seis meses de prisão. Em 2020, Rocha Mattos foi para prisão domiciliar por causa da crise sanitária imposta pela Covid-19 e, posteriormente, foi para o regime aberto. No mesmo ano, dois imóveis que pertenciam a ele foram a leilão.

.......

O Advogado Pedro Lagomarcino foi quem me acompanhou até o acanhado prédio da Delegacia de Polícia de Combate à Intolerância, instalada em enxutas, espartanas e novíssimas instalações no bairro São Geraldo, a poucos minutos do Centro Histórico de Porto Alegre.

Chegamos no horário, 14h.

A Delegada Andrea Mattos chegou mais tarde. Ela se desculpou pelo atraso. Na época, eu ainda não sabia que a Delegada já lutava contra um câncer que poucos anos depois a mataria.

Não houve troca de gentilezas, porque o escrivão de plantão já anotava os primeiros dados preparatórios ao interrogatório.

Na parede da sala onde eu e o Advogado Pedro Lagomarcino respondíamos ao questionamento da Delegada, percebemos uma placa com esta advertência ilegal e  canalha, colocada como aviso na parede:

- Seu silêncio pode ser interpretado como culpa.

O silêncio nesta fase de interrogatório policial é garantido por qualquer legislação penal de países civilizados, inclusive Brasil, e nem de longe pode ser tomado como confissão de culpa.

Mais tarde, representamos contra a ilegalidade.

Eu me apresentei propositadamente com uma máscara respiratória protetora semi-facial Epi com 2 filtros, não só pelo risco de contrair o vírus, mas também porque sempre considerei tóxicos os ambientes de delegacias policiais, salas de audiências e cárceres em geral, tudo por experiência própria.

Não chovia na Capital, naquele momento, 14h. Segundo o Inmet, os termômetros marcavam 12,4o e a pressão atmosférica batia em 1.015,7, mas nuvens negras ameaçavam a iminência de chuvas sobre Porto Alegre.

Era um dia sombrio.

Antes mesmo do interrogatório conduzido pela Delegada Andrea Matos, o escrivão fez algumas perguntas de praxe, avisando que  eu seria ouvido como suspeito e teria direito a permanecer calado. Em seguida, ele perguntou:

- O senhor já foi preso anteriormente ?

Claro que sim. E não foi apenas uma vez. Eu conto minhas prisões políticas durante o regime militar no livro "Ahú - Diários de Minhas Prisões Políticas"

Ainda sem a presença da Delegada, que parecia não chegar nunca, o Escrivão resolveu ler o histórico da ocorrência, começando pelo resumo do Boletim de Ocorrência, o BO protocolado pelos ativistas de extrema-esquerda Gabriel Galli Arévalo e Carlos Krebs:

“ Houve ofensas a alguém, foram atribuídas ofensas reforçando a vítima no meio social em que ele vive, foram atribuídas qualidades negativas aos defeitos da vítima. Ofensas à vítima constitui na utilização de elementos discriminatórios referente a raça e etnia, a vítima não foi agredida fisicamente. A Delegacia de Polícia de combate à tolerância DPCI, conforme imagem anexada, o jornalista proferiu ofensas a todas as pessoas LGBT relacionando-as à prática de zoofilia. 

Eis a nota:

“ Eduardo Leite manda bordar as cores do arco-íris gay na fachada do Piratini” 

A foto é assunto em todo Brasil e também no exterior. O governador Eduardo Leite decidiu comemorar em alto estilo a legalização do homossexualismo como a opção da vontade sexual das pessoas e não como uma patologia. Pelo menos no ponto de vista da polêmica OMS. Ontem foi o dia internacional do universo LGBTQIA+ que engloba não só o homossexualismo, mas ainda não compreende a zoofilia, fenômeno que ocorre com pouca frequência em barrancos e coxilhas pouco frequentadas. Rio Grande do Sul, a política estadual de atenção e integração de uma população LGBTQIA +  implantada com decisão por Eduardo Leite visa elaborar, estimular, apoiar, participar, e promover eventos, estudos, pesquisas, debates e ações que envolvam discussões de saúde da população LGBTQIA +. O relato mais recente do grupo gay da Bahia, GGB, divulgado no início de 2019 resultou que 2018 ocorreu 420 mortes de LGBTs no Brasil, 320 homicídios e 100 suicídios.

 O imbroglio todo começou com uma curta nota publicada no blog www.polibiobraga.com.br:

O governador Eduardo Leite decidiu comemorar em alto estilo a legalização do homossexualismo como opção da vontade sexual das pessoas e não como uma patologia, pelo menos do ponto de vista da polêmica OMS. Ontem foi o Dia Internacional do Universo LGTBQIA+, que engloba nao apenas o homossexualismo, mas ainda não compreende a zoofilia, fenômeno que ocorre com pouca frequência em barrancos de coxilhas do Rio Grande.No RS, a Política Estadual de Atenção Integral à Saúde da População LGBTQIA+, implantada com decisão por Eduardo Leite, visa laborar, estimular, apoiar, participar e promover eventos, estudos, pesquisas, debates e ações que envolvam discussões de saúde da população LGBTQIA+.  O relatório mais recente do Grupo Gay da Bahia (GGB) divulgado no início de 2019, registrou que em 2018 ocorreram 420 mortes de LGBTs no Brasil - entre 320 homicídios e 100 suicídios.

.....

CAPITULO III
A Delegada Andrea Matos

Naquele início de tarde do dia 25 de maio de 2021, em plena pandemia do vírus chinês, depois conhecido mundialmente como Covid 19, eu e o Advogado Pedro Lagomarcino  aguardávamos a chegada da Delegada Andrea Mattos, mas como ela estava muito atrasada, o Escrivão Abayomi Mandela Silva Felix, que registraria o interrogatório, resolveu iniciar tudo pela parte introdutória desses tipos de caso, ou seja, pela qualificação do depoente. 

Um pouco antes de ingressarmos na sala da inquisição, pedi ao meu Advogado, o Dr. Pedro Lagomarcino, que ativasse o modo "gravador" no seu celular, tudo com o objetivo de registrar até a respiração da Delegada Andrea Mattos. Eu imaginava que ela produziria um resumo canhestro da conversa, o que realmente acabou acontecendo, incapaz de fornecer o verdadeiro ambiente ocorrido ali, mas também imprestável no caso de registrar o exato conteúdo da conversação, porque foi muito mais uma conversação do que uma inquisição o que aconteceu, embora a isto eu tenha sido forçado.

Ainda assim a oitiva foi muito mais civilizada do que o interrogatório a que fui submetido anos antes, em 1969, por um oficial do Exército vinculado à Operação Bandeirante, a temida Oban, deslocado para Porto Alegre, em pleno regime militar. Ao me ver algemado nas instalações do Dops, na Avenida Ipiranga, Porto Alegre, ao lado do Delegado Pedro Seelig o oficial disparou perguntas que não fizeram sentido para mim, confundindo-me. Incontinenti, ele passou a mão na minha língua e denunciou:

- A língua está seca. Ele está mentindo.

Eu não estava mentindo e nem falando a verdade.

Sem acusações e sem ser interrogado, fui depois de duas semanas libertrado da cela escura, vazia, que continha apenas um caninho para circulação de ar, colocado ao alto de uma das paredes do Dops sem sequer um pedido de desculpas.

Era este o tipo de ambiente que eu quis registrar quando pedi ao Dr. Pedro Lagomarcino que gravasse tudo no seu celular, mesmo sem o conhecimento da Delegada Andrea Mattos.

(incluir fac simile do resumo)

A máscara respiratória protetora semi-facial Epi com 2 filtros, meus problemas de audição, a baixa temperatura em Porto Alegre naquele momento, 14 horas, e a tensão do ambiente, dificultaram o início da conversa:

Escrivão: Qual a profissão do Senhor ? 
Políbio: Como? 

Escrivão: Qual a profissão do Senhor ? 
Políbio : Jornalista 

Escrivão: E o seu endereço ?
Políbio : Eça, Eça com “Ç”, Eça de Queiroz. 

Escrivão: Está bem. Então só apresentando algumas informações, que são seus direitos constitucionais. O senhor vai ser ouvido aqui como suspeito nesse caso. Então o senhor tem direito a permanecer em silêncio, só falar em juízo e o senhor também tem direito a presença do advogado. 
Políbio: Sim, sim

Escrivão: O Sr. Já foi preso anteriormente? 
Políbio : Se eu já fui preso? 

Escrivão: É. 
Políbio: já! 

Escrivão: O Sr. Possui algum vicio? 
Políbio: Desculpe?

Escrivão: O Sr. Possui algum vício? 
Políbio : Vício? 

Escrivão:  É
Políbio: Não. 

Escrivão: Morou com os pais até quantos anos? 
Políbio: Não consegui entender o que você falou.

Escrivão: Morou com seus pais? 
Políbio: Se eu morei com meus pais? Morei.

Escrivão: Até quantos anos? 
Políbio: É...17 anos.

Escrivão: Começou a trabalhar com quantos anos? 
Polibio: Com 13 anos 

Não foi a primeira vez que fui interrogado por policiais, oficiais militares, delegados federais e estaduais, promotores, procuradores, juizes e desembargadores, mas algumas perguntas sempre me surpreenderam pela imbecilidade delas.

Foi o caso deste interrogatório da Delegacia de Combate à Intolerância.

O que pode interessar para o caso de um inquérito do gênero, saber quantos anos eu morei com meus pais ou se eu tenho algum vício. E que tipo de vício ? Nem mesmo nos mais acesos interrogatórios policiais ou militares, debaixo de pancadaria, qualquer agente estatal me fez tal tipo de pergunta, a não ser este Escrivão e, mais tarde, uma magistrada de Vara Penal que queria saber se eu me drogava. 

Se eu me drogava ?

Fiquei perplexo.

E se eu me drogasse, que efeito teria isto na ação penal movida contra mim ?

E a Delegada Andrea Mattos demorava a chegar.

Foi então que o Escrivão resolveu ir adiante e passou a ler o Boletim de Ocorrência apresentado por ativistas de uma ONG chamada "Somos", Gabriel Galli Arévalo e Carlos César Klein, todos eles ligados à extrema esquerda gaúcha, com ênfase para o PSOL. Sao indivíduos de ligações fortes com as Deputadas Luciana Genro e Fernanda Melchionna. Na época, Galli Arévalo era ocupante de Cargo em Comissão do gabinete de Melchionna.

A Deputada Luciana Genro é minha velha conhecida e costuma fazer a alegria dos meus advogados. Ela, seu pai Tarso Genro e seu primo, o então Capitão Adelmo Genro, ex-Chefe da Defesa Civil d Porto Alegre, moveram processos penais contra mim, alegando crimes de opinião. Eles perderam em todas as instâncias. 

Luciana e seu pai, além do seu ex-marido, o Vereador Roberto Robaiana, são personagens recorrentes do meu livro "Cabo de Guerra", e nenhum deles é retratado com cores favoráveis. 

Ao contrário de Luciana Genro, eu não conheço pessoalmente a  sua companheira de extrema esquerda, a Deputada Fernanda Melchionna.

É mais do que evidente que Luciana Genro e Fernanda Melchionna estavam por trás do BO registrado na Delegacia de Combate à Intolerância.

Eis o que leu para mim o Escrivão Abayomé Mandela Silva Felix:

Escrivão: Tá...enquanto a Delegada não chega, vou ler para o senhor aqui o histórico da ocorrência. Quando ela chegar a gente dá continuidade, tá? 

“ Houve ofensas a alguém. Foram atribuídas ofensas reforçando a vítima no meio social em que ele vive, foram atribuídas qualidades negativas aos defeitos da vítima. Ofensas à vítima constitui na utilização de elementos discriminatórios referente a raça e etnia, a vítima não foi agredida fisicamente. A Delegacia de Polícia de combate à tolerância DPCI, conforme imagem anexada, o jornalista proferiu ofensas a todas as pessoas LGBT relacionando-as à prática de zoofilia. 

Verifique anexo.” 

Escrivão: O autor Sr. Polibio Braga e ele no caso. O texto que se refere é esse aqui, né. 

“ Eduardo Leite manda bordar as cores do arco-íris gay na fachada do Piratini” 

Foto de Felipe Dalla Valle - Fotógrafo contratado pelo Piratini. 

A foto é assunto em todo Brasil e também no exterior. O governador Eduardo Leite decidiu comemorar em alto estilo a legalização do homossexualismo como a opção da vontade sexual das pessoas e não como uma patologia. Pelo menos no ponto de vista da polêmica OMS. 

Ontem foi o dia internacional do universo LGBTQIA+ que engloba não só o homossexualismo, mas ainda não compreende a zoofilia, fenômeno que ocorre com pouca frequência em barrancos e coxilhas pouco frequentadas. 

Rio Grande do Sul, a política estadual de atenção e integração de uma população LGBTQIA +  implantada com decisão por Eduardo Leite visa elaborar, estimular, apoiar, participar, e promover eventos, estudos, pesquisas, debates e ações que envolvam discussões de saúde da população LGBTQIA +. 

O relato mais recente do grupo gay da Bahia, GGB, divulgado no início de 2019 resultou que 2018 ocorreram 420 mortes de LGBTs no Brasil, 320 homicídios e 100 suicídios. 

CAPÍTULO IV
O interrogatório

Concluída a parte cartorial inicial do interrogatório, a qualificação, não foi preciso aguardar mais tempo algum para a chegada da Delegada Andrea Matos. 

Ela foi direto ao ponto:

Delegada: Olá, tudo bem? 
Advogado: Olá, boa tarde. Tudo bem? 

 Delegada: O Senhor é Advogado? 
Advogado: Sim! Sou Advogado do Políbio. Isto. 

Delegada: Primeiramente, obrigada Senhor Advogado, pela sua presença.  A ideia, Jornalista, é conversar com o senhor, entender o que aconteceu...o que que o senhor quis dizer quando escreveu aquilo...enfim, basicamente isso.   
Políbio: A senhora quer que eu explique o que eu quis escrever, é isso? 

Delegada: Ahmm. Justamente. Isso que eu gostaria que o senhor falasse. 
Políbio: Bom, o que eu tenho a declarar sobre isso é que o texto é autoexplicativo. 

Delegada: O senhor quis dizer o que está escrito ali? 
Políbio: É exatamente aquilo ali, é o que está escrito no meu texto, não na denúncia. 

Delegada: Não, claro ! No seu texto, justamente. E o senhor acredita que tenha feito uma declaração de cunho homofóbico? 
Políbio: Em absoluto! Não fiz. Não é esse o sentido. 

Delegada: Não é esse o sentido .... Então, até desculpa algumas perguntas, elas terão um tom até meio retórico, mas eu gostaria de entender exatamente o que o Senhor quis dizer. Tá, não foi a intenção, mas o que o senhor acha que levou a crer que essa seria a intenção.  
Políbio: Na minha atividade como jornalista - eu sou jornalista polêmico - volta e meia as pessoas não fazem uma análise léxica do meu texto e interpretam sempre de uma maneira incorreta. E eu acho que foi o que aconteceu. 

Delegada: E a questão da comparação...da aparente comparação com a zoofilia? 
Políbio: Não existe essa comparação no texto. 

Delegada: Não existe essa comparação ... 
Políbio: Não existe, ela não foi feita pelos extremistas de esquerda que me denunciaram. É só dar uma olhadinha no advérbio atemporal que foi usado, ele não faz essa conexão. 

Delegada: É por que o senhor citou então a zoofilia? 
Políbio: Como eu poderia ter citado qualquer outra coisa ali. 

Delegada: Então não teve nenhuma comparação de ordem moral? 
Políbio: Não, não. O texto não é comparativo. Não é um nexo de comparação de texto, qualquer análise léxica pode demonstrar que não é assim: o advérbio não é utilizado para efeitos de comparação, de modo. Estas pessoas horríveis que entenderam de maneira diferente e fizeram essa comparação, é porque provavelmente não estudaram muito bem o português, entende ? 

Delegada: Mas se a gente pega aqui, ó: vamos pegar os comentários, tá? Isso aqui o senhor não tem controle, né? Isso aqui as pessoas escrevem o que elas querem. 
Políbio: Não, não tenho controle sobre isso aí e nem é responsabilidade legal minha ser responsável pelo que é publicado como opinião de leitor.ç
Delegada: Justamente. 
Políbio: Eu não censuro os meus comentários e mesmo que censurasse, a responsabilidade por eles não é minha, segundo dispõe claramente o Marco Civil da Internet.. 
Delegada: Sim, sim. E também não é um dever do senhor, mas pelo que a gente percebe aqui, grande parte das pessoas, ali, corroboraram com o que foi escrito. O senhor entende que as pessoas corroboraram, quanto as pessoas que criticaram o que foi escrito, que ambos os grupos não entenderam o que o senhor quis dizer. 
Políbio: Olha, sinceramente...deixa eu dizer duas coisas a respeito disso: 
Primeiro, eu não leio todos os comentários e eu não sei nem do que a senhora está falando. 
Delegada: O senhor quer dar uma olhada? 
Políbio: Não quero não. Isto não me interessa.
Delegada: Não quer olhar…
Políbio: Não. Então a primeira é que eu não leio todos os comentários e segundo, os investigados ou denunciados não são eles, mas sou eu, não ?
Delegada: Eu fiz uma pergunta pro senhor e o senhor tem a liberdade de responder ou não. Então o senhor disse que não lê os comentários, que não bloqueia os contatos, eu não estou fazendo nenhuma análise com relação ao que o senhor está falando, estou sendo objetiva. 
Polibio: Cada comentário desses, a pessoa que fez a crítica é responsável por ele, mesmo que seja mínima a opinião. Ora, basta peticionar em juízo e quebrar o protocolo da internet que vai chegar ao autor, entende ?
Delegada: Então bom, o Senhor não lê, não bloqueia e não é responsável pelos comentários. 

Delegado: Vamos ver o que você colocou aí até agora. 

Escrivão 
O declarante afirma que o seu texto é autoafirmativo/autoexplicativo. Garante que não teve a intenção que o seu texto fosse interpretado como sendo homofóbico. 

Perguntado sobre a comparação com a zoofilia, responde que não houve esse tipo de comparação no seu texto. Perguntei sobre ter citado a zoofilia, responde que não há nenhum motivo específico para o uso do termo “ zoofilia”. Garante que não há comparação no uso de advérbios que permitam tal comparação com a zoofilia. 

O declarante afirma que tal observação somente poderia ser realizado por pessoas com dificuldade na língua portuguesa. Perguntado sobre as pessoas comentarem no seu texto e interpretar como sendo termo homofóbico, responde que não lê e que não é responsável pelos comentários. 

Delegada: O senhor tem mais alguma coisa pra falar sobre isso ou alguma observação que o senhor quer que conste aqui no depoimento? 

Políbio: Não. A senhora quer saber mais alguma coisa ? Pode perguntar. 
Delegada: Não, na verdade eu queria saber realmente se havia alguma relação, esse termo me chamou atenção, né...Se pode levar a entender, não estou dizendo pelo entendimento meu, mas de que existe alguma relação com a zoofilia. O senhor disse que não. 
Políbio: Isto lhe chamou atenção? Também? 
Delegada: Acho que não cabe a mim responder esse tipo de pergunta. Na verdade é o que vem na denúncia, não estou falando da minha interpretação, a minha interpretação aqui, neste momento, nem cabe. 
Políbio: Ah, tá. 
Delegada: Eu estou falando do teor da denúncia, enfim.  
Políbio: Foi o que lhe chamou atenção, né ? Tem outras colocações ali, mas o que lhe chamou atenção foi isso, né ? 
Delegada: Não estou falando que me chamou atenção, eu tenho que perguntar o que chamou atenção da pessoa que fez a denúncia. Segundo a alegação, seria com relação ao termo homossexualismo, se isso denotaria algum tipo de patologia. 
Políbio: Aquele negócio da Organização Mundial da Saúde, a OMS, né? Ah, tá. 
Delegada: Na visão do senhor, eu quero saber na visão do senhor, usar esse termo homossexualismo com o final “ ismo”, isso denotaria uma ideia de que a opção sexual seria uma doença? 
Políbio: Eu não quero falar sobre esse assunto. Acho que é irrelevante. Gostaria que registrasse que na minha opinião isso é irrelevante, eu não vou entrar numa discussão científica, tá? 
Delegada: Tudo bem. 

Eu acho que é isto. Mais alguma coisa? 
Advogado: Eu gostaria, apenas, de registrar, se a senhora me permitir, Delegada, que ele destacou no final do texto, foi um grande parágrafo em que ele trouxe todos os dados em relação ao que ocorre na realidade e isso não foi pontuado, pelo menos não nas perguntas da senhora, com o devido respeito, mas ele faz um relato sobre todo histórico que existe de agressão exatamente a essa comunidade. Então, nessa questão, O jornalista deixa claro que o texto é autoexplicativo. Ao meu ver, isso é importantíssimo. 

Delegada: Então, tá. Vou ajustar. 
Advogado: Que a denúncia, na verdade, ela se debruça sobre essas marcações que estão em rosa, né. 
Delegada: Sim, justamente por isto que nós marcamos aqui, não é uma opinião nossa, é o que chegou pra nós. 

Delegada: Acho que é isso. Por mim é isso. Se não tiver mais nada a acrescentar…mais nada a acrescentar? 
Políbio: Não tenho nada a acrescentar. 

Delegada: Qualquer coisa, a gente volta a entrar em contato.

CAPÍTULO V
Assassinato de Reputação

A ONG Somos, ligada de forma umbilical a ativistas e dirigentes gaúchos do Psol, com ênfase para os casos das deputadas Luciana Genro e Fernanda Melchionna, e a Delegada Andrea Mattos, da Delegacia de Combate à Intolerância, criada em 2021 pelo primeiro governador assumidamente gay do Rio 
Grande do Sul, não trabalharam sozinhos e, sim, de forma orquestrada com o Ministério Público Estadual, tudo para assassinar a minha reputação.

Em prazo curto, a ONG Somos registrou BO, em prazo mais curto ainda a Delegada Andrea Mattos me indiciou e em velocidade extrema a Promotora Ivana Machado Moraes Battaglin me denunciou criminalmente.

E não foi só isto.

Há 50 anos venho respondendo processos judiciais criminais, cíveis e militares, sempre recheados por acusações no âmbito do meu trabalho jornalístico ou mais amplamente por usar livremente a garantia constitucional da liberdade de expressão, mas em nenhum caso anterior ocorreu uma campanha explícita, midiática, inclusive administrativa, de assassinato de reputação, como se deu nesta sórdida investida contra minha liberdade, minha honra, minha profissão, minha renda e meu patrimônio, portanto os meios de minha sobrevivência como profissional e pessoa humana.

Os principais protagonistas dessa orquestração puderam ser identificados pelos meus Advogados Taís Comasseto, Rafael Leal, João Darzone e Pedro Lagomarcino. Eles moveram ações junto aos agentes do Ministério Público Estadual do Rio Grande do Sul, da Assembleia do Estado e da Câmara dos Deputados. 

Mais tarde, depois do caso transitado em julgado, o dr. Alexandre Gotz das Neves foi contratado pro bono para levar a juízo os diretores da ONG Somos, a própria ONG e a Deputado Luciana Genro. O controle da mão mudou.

Os responsáveis por toda a perversa orquestração são agrupados por mim em dois núcleos cujos líderes estiveram articulados entre si, contanto ou não com colaboradores, no caso a Coordenadoria da Diversidade Sexual e a Secretaria da Igualdade, Cidadania, Direitos Humanos e Assistência Social do MPRS (Núcleo 1) e a Deputada Estadual Luciana Genro (Núcleo 2).

NÚCLEO 1
Ministério Público aplica fake news contra mim

Foi neste núcleo que uma campanha midiática se estabeleceu, tudo para construir a falsa narrativa construída pela ONG Somos, a Delegada Mattos e o MPRS imputaramndo-me a "prática de indução e incitação à discriminação e ao preconceito de cunho homofóbico", conforme publicação que o Ministério Público Estadual disponibilizou no seu site no dia 29 de julho de 2021, exatamente às 13h26m.

No mesmo dia exigi direito de resposta, mas isto me foi negado. O recurso ao Judiciário foi infrutífero. As decisões contrárias ao pedido ferem as razões de direito. De qualquer modo, publiquei meu direito de resposta no blog www.polibiobraga.com.br:

O ataque irrespondível do MPRS contra a liberdade de imprensa e de expressão

No dia 29 de julho de 2021, no seu site, o Ministério Público do RS abriu espaço para que a Coordenadoria de Diversidade iniciasse ataque pouco oblíquo, elogiando a decisão da Delegada Andrea Mattos de me denunciar. 

O título da matéria não deixou margem a qualquer dúvida:

- Coordenadoria de Diversidade apoia investigação contra homofobia.

No texto, mesmo sem me ouvir, o MPRS resolveu que eu era culpado pelo crime de homofobia e que precisava ir para a cadeia: "Nesse sentido, a Coordenadoria acompanha a denúncia oferecida pelo Ministério Público, no dia 15/7, contra o jornalista Polibio Braga, por prática de indução e incitação à discriminação e ao preconceito de cunho homofóbico".

Sob uma bandeira do arco íris, símbolo do movimento gay, a coordenadora da diversidade sexual Gabriela Lorenzi, demonstrou de que lado se colocou: "A importância dessas ações, após a decisão do STF que enquadrou homofobia e transfobia como crimes de racismo, tem, também, o caráter de coibir falas LGBTfóbicas baseadas na liberdade de expressão". Gabriela Lorenzi chegou a declarar, na entrevista, que a Delegada Mattos e o MPRS "atuaram de brilhantemente após a denúncia da ONG Somos contra o jornalista Políbio Braga por crime de homofobia".

Ops !

A Promotora Gabriela Lorenzi, a Delegada Andréa Mattos, o MPRS, Luciana Genro, Melchionna e a ONG Somos, mas não apenas eles, tiveram, mais tarde, que engolir cada uma das suas falsas acusações.

A seguir, o texto integral da matéria publicada pelo site do Ministério Público Estadual. Depois da publicação feita sem contraditório algum, o MPRS negou-me direito de resposta.

Coordenadoria de Diversidade apoia investigação contra homofobia

Publicação: 29/07/2021 às 13h26min

Bandeira do movimento LGBTQIA+

Por meio da Coordenadoria da Diversidade Sexual, a Secretaria da Igualdade, Cidadania, Direitos Humanos e Assistência Social trabalha para que não seja tolerado qualquer tipo de ação discriminatória, pois o respeito à diversidade e à dignidade humana é um aspecto fundamental em nossa sociedade.

Neste sentido, a Coordenadoria acompanha a denúncia oferecida pelo Ministério Público, no dia 15/7, contra o jornalista Políbio Braga, por prática de indução e incitação à discriminação e ao preconceito de cunho homofóbico. A ação foi formulada com base na investigação realizada pela Delegacia de Polícia de Combate à Intolerância de Porto Alegre.

No dia 18 de maio de 2021, o jornalista publicou, em seu blog, um artigo intitulado “Eduardo Leite manda bordar as cores do arco-íris gay na fachada do Piratini”, sobre a iluminação do Palácio Piratini com as cores da bandeira LGBTQIA+, no Dia Internacional contra a LGBTfobia. No texto, constam frases percebidas como de caráter homofóbico, como: “o governador Eduardo Leite decidiu comemorar em alto estilo a legalização do homossexualismo como opção da vontade sexual das pessoas e não como patologia, pelo menos do ponto de vista da polêmica OMS” e “ontem foi o Dia Internacional do Universo LGTBQIA+, que engloba não só o homossexualismo, mas ainda não compreende a zoofilia”.

Para a coordenadora da diversidade sexual Gabriela Lorenzet, este é um movimento muito importante para garantir o respeito à população LGBT. “A importância dessas ações, após a decisão do STF que enquadrou homofobia e transfobia como crimes de racismo, tem, também, o caráter de coibir falas LGBTfóbicas baseadas na liberdade de expressão” e reiterou a atuação da Delegacia de Polícia de Combate à Intolerância de Porto Alegre e do Ministério Público do Estado, “que atuaram brilhantemente após a denúncia da ONG Somos – Comunicação, Saúde e Sexualidade contra o jornalista Políbio Braga por crime de homofobia”.

A Coordenadoria espera que o episódio seja esclarecido o mais rapidamente possível, que as responsabilidades sejam apuradas, pois entende que o amadurecimento da sociedade passa pelo combate a toda forma de intolerância. O objetivo do poder público é evitar que situações semelhantes se repitam.

Apesar do pedido de direito de resposta, o Ministério Público Estadual do Rio Grande do Sul negou abrir espaço, alegando que o site usado para me caluniar, injuriar e difamar, tinha apenas caráter institucional e que portanto não tinha cunho jornalístico, algo que nem mesmo o Marco Civil da Internet distingue. A busca pela proteção jurisdicional também resultou fracassada.

A alternativa, então, foi usar o próprio blog www.polibiobraga.com.br para responder às pérfidas provocações feitas pelos agentes públicos do Ministério Público Estadual:

Direito de resposta

Direito de resposta

Este texto corresponde ao direito de resposta exigido pelo editor do blog www.polibiobraga.com.br, citado e acusado nominalmente através do site do Ministério Público Estadual, sem que tenha sido ouvido e baseado unicamente nos termos de inquérito policial aberto em cima de uma denúncia de organização não governamental, ONG, que se sentiu desrespeitada em seus direitos civis.

No Brasil atual, existe uma perseguição clara contra jornalistas que usam a liberdade de expressão, portanto também de imprensa, para que se calem diante do discurso único que tenta impor suas opiniões, tentando suprimir o direito constitucional e legal à informação e ao contraditório, apanágio de qualquer sociedade civilizada. Na nota, a representante do MPE não é sequer capaz de tipificar legalmente o caso de homofobia, já que o constituinte de 88 jamais fez isto e jamais o legislador tipificou-o. O que existe é uma jurisprudência polêmica, extremamente subjetiva, estabelecida pelo STF, comparando homofobia a crimes de racismo.

O MPE no seu site do dia 15, informou que ofereceu denúncia contra o jornalista Políbio Braga por prática de indução e incitação à discriminação e preconceito de cunho homofóbico. A notícia informa que a ação foi formulada com base no inquérito policial oriundo da Delegacia de Polícia de Combate à Intolerância em Porto Alegre, mas não revela quais foram os termos do inquérito.

A bem da verdade dos fatos, o editor do blog www.polibiobraga.com.br publica no link a seguir os exatos termos do inquérito, de acordo com transcrição fiel de tudo que aconteceu durante a oitiva realizada pela delegada do caso. CLIQUE AQUI para ler o texto integral do interrogatório e perceber que no texto publicado pelo jornalista e nas respostas que deu na delegacia, nada há que cheire a homofobia.

Não há, no texto do blog, “nenhuma prática de indução e incitação à discriminação e preconceito de cunho homofóbico”, ao contrário do que conta a promotora de Justiça Ivana Machado Moraes Battaglin na nota publicada neste site.

Diz a nota do site do MPE: “Ivana destaca que a conduta do denunciado configura a prática de homofobia, pois menospreza a dignidade humana das pessoas integrantes da população LGBTQIA+, atingindo-os de modo genérico por sugerir a patologização e a imoralidade das identidades de orientação sexual e de gênero nela inseridas”. Não é verdade. O jornalista tem 60 anos de profissão como jornalista profissional, escritor, advogado inscrito na OAB sob número 8771 e esta é a primeira vez na sua vida que enfrenta acusações tão desarrazoadas e pelas quais já busca em juízo e fora dele a devida reparação civil e criminal.


NÚCLEO 2
LUCIANA PEDE BOICOTE DA ASSEMBLEIA
Aliança de Ferro une Luciana Genro, Psol, e Gabriel Souza, MDB.

https://lucianagenro.com.br/2021/05/apos-pedido-de-luciana-genro-blog-lgbtfobico-perde-patrocinio-da-assembleia
21.5.21

Tão logo a Delegada Andrea Mattos pediu meu indiciamento e o Ministério Público Estadual decidiu aceitar o pedido e me denunciou judicialmente, no dia 21 de maio de 2021, a Deputada Luciana Genro, PSOL, a quem são ligados dirigentes da ONG Somos, dirigiu-se ao então Presidente da Assembleia e mais tarde Vice-Governador do Governo tucano de Eduardo Leite, Gabriel Souza, para exigir o cancelamento do contrato de publicidade existente entre meu blog www.polibiobraga.com.br e o Poder Legislativo.

A Deputada vem do PT, cujos governos de Olívio Dutra e do próprio pai de Luciana Genro, Tarso Genro, durante seus mandatos na Prefeitura de Porto Alegre e no Governo do Estado, executaram multiplicados meios para garrotear meus serviços jornalísticos, como narrado nos meus livros "Vanguarda do Atraso", "Herança Maldita - Os 16 anos do PT em Porto Alegre" e "Cabo de Guerra".

Ela revelou-se boa aprendiz.

A expedição exitosa da Deputada do extremista PSOl, Luciana Genro, foi contada por ela mesma nesta publicação a seguir, datada de 15 de julho de 2021:

Após a ONG Somos denunciar uma postagem preconceituosa de Políbio Braga em seu blog, a deputada Luciana Genro (PSOL) solicitou ao presidente da Assembleia Legislativa que retirasse um anúncio publicitário que o Parlamento mantinha em seu site. O presidente Gabriel Souza atendeu ao pedido e removeu o patrocínio.

“Uma vitória da luta de toda a comunidade LGBT, afinal de contas não podemos financiar discurso de ódio, ainda mais com recursos públicos”, disse a deputada. O movimento Sleeping Giants RS também está lutando para alertar empresas e órgãos públicos a respeito de seus anúncios veiculados no blog de Políbio.

O post denunciado pela ONG Somos associa a população LGBT à prática de zoofilia ao comentar a iluminação do Palácio Piratini com as cores do orgulho LGBT na segunda-feira, dia 17, data em que se celebrou o Dia Internacional de Combate à LGBTfobia. Os ativistas da ONG Somos realizaram um boletim de ocorrência contra Políbio por crime de homofobia em virtude de sua postagem

PEDEM MINHA MORTE NO FACE DA LUCIANA

No próprio Facebook da Deputada do PSOL, Partido nanico de extrema esquerda, nascido de uma dissidência do PT. seguidores de Luciana Genro me insultaram, inuriaram, difamaram e caluniaram, inclusive com ameaças de morte, como esta:

Carlos Jose Dos Santos
Esse cara tem mais é q morrer.

Esta outra seguidora de Luciana Genro usou idosofobia para me atacar:

Marilia Verissimo Veronese
te aposenta, velha múmia obsoleta!

Moa Porto preferiu baixar ainda mais o nível, sem censura da responsável pela rede social extremista de Luciana Genro:








Os comentários ofensivos cessaram por completo depois que acionei meus Advogados para interpelar e processar civil e criminalmente pelo menos dois dos autores, escolhidos aleatoriamente para que servissem de exemplo.

Todos se acovardaram e recolheram os flaps.

O texto completo da deduração feita por Luciana Genro e os comentários insultuosos dos seus seguidores foram salvos por mim neste endereço:
https://www.facebook.com/LucianaGenroPSOL/posts/361020412045059/

No mesmo dia 15 de julho de 2021, reverberaram entre os aliados do PSOL, todo o texto comemorativo da denúncia feita contra mim pelo Ministério Público Estadual a partir de registro de BO por parte da ONG Somos e do indiciamento patrocinado pela Delegada Andrea Matos, e comemorando a asfixia financeira exigida por Luciana Genro junto ao Deputado Gabriel Souza.

Basta procurar no Google, porque lá continuam registros de 15 de julho de 2021:

1) Como o do site Extra Classe, controlado pelo Sindicato dos Professores do RS, o Sinpro (https://www.extraclasse.org.br/justica/2021/07/ministerio-publico-denuncia-polibio-braga-por-homofobia/

2) Como o do X da Deputada Federal Fernanda Melchionna, aliada de Luciana Genro (https://x.com/fernandapsol/status/1415843807665565708).

Poucos dias depois, no dia 27 de junho de 2021, os Advogados João Darzone Júnior e Pedro Lagomarcino interpelaram a Deputada Luciana Genro junto ao Tribunal de Justiça, visando obter mais informações, confirmação e retratação em relação a suas ações contra minha renda, meu patrimônio e minha honra junto ao Presidente da Assembleia do Estado, no caso o Deputado Gabriel Souza. A deputada tinha foro privilegiado. O relator do caso negou o pedido, os Advogados insistiram e ele acabou cedendo. A deputada nada respondeu.

A interpelação foi medida cautelar preparatória para ação penal.

O inteiro teor da ação foi salvo por mim e está neste link, inclusive a bateria de perguntas a respeito de pontos obscuros das denúncias e do pedido de corte da programação publicitária autorizada pela Agência Moove em nome do seu cliente Assembleia do Estado do RS. 
http://www.polibiobraga.com.br/inicial.pdf

Sem resposta à interpelação judicial, decidi usar a Lei de Acesso à Informação, protocolando uma bateria de perguntas objetivas a respeito das circunstâncias das exigências feitas ao Presidente da Assembleia por parte da Deputada Luciana Genro. A Assembleia respondeu algumas das questões colocadas, mas não todas elas, alegando que os elementos solicitados encontravam-se sob resguardo legal.

Inconformados, eu e meus Advogados decidimos ajuizar Mandado de Segurança contra o Deputado Gabriel Souza, que se obrigou a responder em juízo todas as questões recusadas. Foi no dia 14 de dezembro de 2021.

O inteiro teor das explicações fornecidas ao Relator Marco Aurélio Heinz está no link a seguir e é tudo exemplar:
http://www.polibiobraga.com.br/preliminares.pdf


CAPÍTULO VI
Luciana Genro, a legítima herdeira política de Tarso Genro

Ao replicar de imediato a decisão do Ministério Público Estadual de acolher a denúncia da delegada Andrea Mattos contra mim, baseada em BO da ONG Somos, a deputada estadual Luciana Genro, líder do nanico extremista PSOL, deixou claro que todos os agentes públicos e os denunciantes firmaram uma aliança de ferro para me meter na cadeia.

Mas não só.

Luciana Genro teve bons mestres no quesito da censura à imprensa através do corte de publicidade nos veículos de comunicação considerados "desagradáveis". Um desses mestres foi seu próprio pai, conforme revela o livro "Vanguarda do Atraso", que publica minhas denúncias da época em que Tarso Genro foi Prefeito de Porto Alegre e depois Governador do Rio Grande do Sul.

A deputada do PSOL também agiu para me atacar financeiramente, tudo ao exigir que a Assembleia do RS tratasse de cancelar o contrato de publicidade que mantinha com meu blog www.polibiobraga.com.br, o que de fato aconteceu.

Ao viralizar nas redes sociais a notícia do cancelamento, aos quatro ventos, a deputada provocou tensão e temor contra mim no mercado publicitário, resultando numa debandada em massa de de anunciantes, com visíveis e permanentes prejuízos financeiros ao editor do blog.

Tão logo o processo criminal por homofobia transitou em julgado, resolvi ir a juízo para reponsabilizar civil e penalmente a ONG Somos e a Deputada Luciana Genro.

Foi por isto que decidi contratar o advogado Alexandre Gotz das Neves no dia .... de ........ de 2025 para buscar reparações por parte da ONG Somos e dos seus dirigentes, como também da Deputada Luciana Genro.

Há algumas décadas tenho me encontrado em juízo com a Família Genro, inclusive com a Deputada Luciana Genro.

E sempre levei vantagem.

A família Genro tenta me botar na cadeia de qualquer maneira. Além de Luciana Genro, também seu pai, o ex-governador Tarso Genro, que promoveu uma desastrada administração na pPrefeitura e no Governo do Rio Grande do Sul, moveu ação criminal contra mim, fulminada no dia 10 de janeiro de 2020 pelo TJRS, que lhe negou recurso extraordinário ao STJ, já que não logrou êxito em todas as fases anteriores do processo, inclusive recursos, embargos e apelações. Antes de Tarso e filha, também um primo de Tarso, o então capitão bombeiro André Genro, processou o editor, tudo por não tolerar críticas por atos que praticou na Defesa Pública de Porto Alegre durante a gestão do PT, 2002 a 2004. Como Tarso, ele perdeu o caso em todas as instâncias e teve que pagar custas completas.

Da mesma forma que o pai, Luciana Genro, moveu ação penal contra mim no dia 2 de junho de 2015, visando meter-me na cadeia, tudo porque não gostou de quatro notas que publiquei e que considerou crimes contra sua honra.  Ela fez isto quando ainda era chefe de gabinete da bancada de um deputado só, uma excrecência dos parlamentos brasileiros, usando esta condição para fazer o Ministério Público Estadual trabalhar em seu lugar e de graça.

Defenderam-me os advogados Nilton Carvalho, Nathália de Borba Carvalho e Rodrigo Alves, todos do escritório gaúcho Carvalho Vernet Advogados.

A representação de Luciana Genro pedindo abertiura de processo penal contra mim foi entregue ao MP
RS no dia 28 de abril de 2018. Na representação, ela pediu que o MPRS me enquadrasse nos crimes de calúnia, injúria e difamação, mas o promotor Carlos Odone Costa dos Santos preferiu ficar apenas com a questão menor da injúria. Na verdade, ele se limitou a anexar a representação da deputada e promoveu a acusação em escassas oito linhas.

Ao acionar o MPE, a líder gaúcha do Psol, ex-candidata fracassada à presidência, livrou-se das custas do processo, inclusive ao pagamento dos meus Advogados.

Luciana Genro e seu aliado MPRS perderam o caso.



INTERROGATÓRIO

De acordo com arts. 187, paragrafo 2o, 188, 189 e 190 do CPP


 

INQUÉRITO POLICIAL 134/2021, decorrente de BO  de Caio Cesar Klein e que gerou este inquérito

Em 2019 STF tornou homofobia, bifobia e transfobia equivalente a racismo, de acordo com resultado da ADO 26, nos termos das lei 7.716/89. 3 páginas.

 

Me indiciou como incurso no art. 20, p. 2o da lei 7.716/89.

 

No inquérito policial, falou Gabriel Galli Arevalo. FOI DISPENSADO DE COMPROMISSO PELO ART. 201 DO CPP.

 

AÇÃO MOVIDA PELO MPE

Incurso no art. 20, parágrafo 2o, lei 7716/89

6 páginaS

 

DEFESA DE POLIBIO BRAGA

Invoca art. 220 da CF e que se vincula ao art. 5o, IV, V, X,XIII E XIV

 

ADPF 1287 sobre livre penamento

 

VERIFICAR MAGISTRADA DIVERSA DA TITULAR QUE ACEITOU A DENÚNCIA

 

A decisão da magistrada violou art. 5o CF e 396 do CPP

 

PEDE REJEIÇÃO DE ACORDO COM ART. 395, INCISO III DO CPP

 

....

 

ALEGAÇÕES FINAIS

 

53 páginas

 

....

 

ALEGAÇÕES FINAIS PB

 

Absolvição pelo asrt. 386, III dlo CPP

 

;;;;

 

SENTENÇA

 

Condena pelo art. 20, parágrafo 2o da lei 7.716/89

 

;;;;

 

ACÓRDÃO

 

Base para enviar para a JF é artigo 109, V, da Constituição Federal

 

 

 

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JUIZ FEDERAL

 

Lei 13.964/19

https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2019-2022/2019/lei/l13964.htm

 

Art. 28 do CPP

 

O juiz não quis aplicar esta lei, considerando que o |MPF é o titular da ação penal, até porque a lei 13.l964 reforçou o perfil acusatório do processo penal brasileiro.

 

Ressalvfados disposto no art. 18 do CPP.

 

Art. 18. Depois de ordenado o arquivamento do inquérito pela autoridade judiciária, por falta de base para a denúncia, a autoridade policial poderá proceder a novas pesquisas, se de outras provas tiver notícia. Art.