Artigo, José Fogaça, ex-senador e ex-prefeito de Porto Alegre - O gigante adormecido tem fôlego. Mas não vemos o essencial.

O falecido Senador Roberto Campos, avô do atual presidente do Banco Central, foi meu colega por um longo período no Senado, entre 1987 e 1990. Sentávamos em bancadas opostas, mas não havia como não admirar sua verve e sua supina inteligência verbal. Era um exímio criador de sentenças. Certa feita, não me recordo se em alguma comissão ou no plenário, em meio a uma acalorada discussão, entremeada de previsões econômicas catastróficas, dados, números, estatísticas, acusações e gritos, Roberto Campos calou a todos com essa: "Não adianta brigar. Estatística, meus caros, é como biquíni: mostra tudo menos o essencial". Gargalhada geral. E silêncio. O velho Senador calmamente aproveitou a deixa e pôs um ponto final no bate-boca, concluindo com 10 minutos de lúcida teoria econômica.
O Brasil de hoje é mais ou menos assim: um bate-boca geral. Às vezes se faz tanto barulho e há tanta discussão imprestável na esfera pública que a gente entontece e não consegue prestar atenção naquilo que é essencial para o país.
Um exemplo é o comunicado ao público que a Caixa Econômica Federal fez, há quase 10 dias, informando que havia completado o primeiro ciclo de pagamentos do Auxílio Emergencial de 600 reais para (notem): 58,7 milhões de brasileiros! É isso mesmo: receberam o recurso cinquenta e oito milhões e setecentas mil pessoas! Nossa Senhora. Isso equivale à população da Itália! Isso é uma Argentina e meia! Isso corresponde, em números, a 80% da força de trabalho (quantidade de pessoas ativas) do Brasil.
É importantíssimo. E inédito.
Isso não é nada mais nada menos que a maior transferência de renda extraorçamentária a fundo perdido do Estado brasileiro, em toda a nossa longa história, do Império, da República, ou do período colonial.
Não é uma questão de ser pró-governo ou contra o governo.
Esse é o debate econômico mais importante no mundo hoje. A questão monetária e a questão fiscal. É o tema mais moderno e necessário na discussão que se faz em todos os países sobre o tamanho do Estado e a função dos Bancos Centrais.
Somos um gigante adormecido que tem fôlego. Mas parece que não vemos o essencial.
Receberam o auxílio emergencial 58,7 milhões de brasileiros - e o Brasil não vai desaparecer do mapa por isso.
Só esse fato poderia desencadear um dos mais frutíferos debates econômicos no país - no Congresso, na imprensa, nas mídias sociais, nas escolas, na Universidade; com teses, publicações acadêmicas, livros, ensaios sobre a economia, o papel do Estado, a política da moeda, a saída da crise, a continuidade das reformas, as mudanças que precisamos fazer, a retomada do emprego e do desenvolvimento.
Em busca de caminhos e alternativas que poderiam nos levar a um futuro melhor.
Mas não. Ao invés de canalizar nossa energia para o essencial, gostamos de entrar todo dia em um bate-boca sobre coisas que, na maior parte das vezes, não nos levam a lugar nenhum.

Representação de Ruy Irigaray

Gab. Dep Ruy Irigaray   Porto Alegre, 27 de maio de 2020.


Ao Excelentíssimo Senhor Fabiano Dallazen Procurador Geral de Justiça Ministério Público do Estado do Rio Grande do Sul Porto Alegre/RS.


Prezado Procurador Geral de Justiça,

Sirvo-me do presente para cumprimentá-lo cordialmente e na oportunidade, venho através deste denunciar movimento extremista atuante na cidade Porto Alegre, com vínculo na organização criminosa doméstica denominada ANTIFA com origem nos EUA.  O Grupo Antifas é uma organização terrorista doméstica patrocinada por Soros. Nos EUA seu objetivo é promover o ódio, a violência e a divisão. O Grupo Antifas está no Brasil e começa a agir para impedir as manifestações pró governo.  A retórica e o simbolismo dos Antifas são paralelos ao Partido Comunista da Alemanha chamado Antifaschistische Aktion.  Antifa não é um movimento orgânico, mas um impulso planejado e financiado por comunistas americanos, contra os governos de direita, e agora atua no Brasil, em especial no Rio Grande do Sul com participação de um Policial Civil, Escrivão de Polícia, Srº Leonel Guterrez Radde, lotado na delegacia de homicídios de Porto alegre,  que faz de suas redes sociais a plataforma de divulgação de eventos que pregam o ódio, agressão e desordem, esse policial civil utiliza-se de sua função para incitar e estimular as pessoas a efetuarem ações antidemocráticas e por vezes criminosas.

O Policial Civil Leonel Guterrez Radde, posta em suas redes sociais fotos com armas automáticas, incitando movimentos esquerdistas/extremistas ao cometimento de crimes. Este policial descumpre seu papel institucional, além de usar-se de sua função para incentivar a desordem e descumprimento das leis, ficando notório pelos vídeos divulgados nas redes a utilização da função pública para o cometimento de crimes contra a democracia. Ressalto, que este Parlamentar respeita todo e qualquer ato democrático legítimo, mas repudia todo tipo de movimento que incite a violência e o ódio, frisa-se que o interesse desses movimentos visam transformar o Estado do Rio Grande do Sul em uma praça de Guerra, incitados por um agente público.  Em anexo, seguem evidências da participação do Policial Civil, bem como dos eventos praticados pelo Grupo Antifa, para que sejam adotadas as medidas cabíveis, ora não exista espaço para extremismo no Estado do Rio Grande do Sul, muito menos praticado por um agente da lei. 
Sendo o que se apresenta para o momento, aproveito o ensejo para manifestar meu apreço e consideração.


 Atenciosamente,

Ruy Irigaray
Deputado do RS

RS permanece fora de risco alto e altíssimo. Capão e Uruguaiana vão para risco médio.

Na quarta rodada do Distanciamento Controlado, implementado no dia 10 de maio, o Estado segue com predominância de regiões em bandeira laranja. No mapa divulgado neste sábado, 14 regiões apresentaram risco epidemiológico médio para o coronavírus. Com piora em indicadores utilizados para o cálculo, as regiões de Uruguaiana e Capão da Canoa, que haviam passado para a bandeira amarela no levantamento anterior, voltaram a ser classificadas como bandeira laranja.
Pela terceira semana consecutiva, o Rio Grande do Sul permanece sem bandeira vermelha (risco alto) ou preta (risco altíssimo). Para consultar o mapa com a cor de cada cidade, acesse o site https://distanciamentocontrolado.rs.gov.br.

As novas bandeiras e os respectivos protocolos que regram o funcionamento de mais de cem atividades econômicas são válidas a partir de segunda-feira (1°/6) até o domingo seguinte (7/6).
A partir de agora, o site do Distanciamento Controlado também disponibilizará, além do mapa vigente, o levantamento divulgado na rodada anterior, para que os gaúchos possam acompanhar a evolução de suas regiões entre uma semana e outra. Ao selecionar a cidade, o site também mostrará em qual cor o município se encontrava na semana anterior.

Principais mudanças no mapa
Tanto a região de Uruguaiana como a de Capão da Canoa haviam apresentado melhora nos índices utilizados para calcular as bandeiras do Distanciamento Controlado no levantamento anterior, o que fez com que mudassem de laranja para amarela. No entanto, nos últimos sete dias, as hospitalizações confirmadas por Covid-19 e as internações em UTI por síndrome respiratória aguda grave (SRAG) aumentaram em ambas as regiões, alterando novamente as bandeiras para a cor laranja.
A região de Uruguaiana (formada por 11 municípios na divisão do Distanciamento Controlado) apresentou piora em quatro indicadores, ao mesmo tempo em que obteve melhora em outros dois. Houve crescimento de quatro para 10 hospitalizações confirmadas por Covid-19, e aumento de sete para 10 casos de internações em UTI por SRAG nos últimos 14 dias.
Na região de Capão da Canoa (formada por 23 municípios na divisão do Distanciamento Controlado), o fato predominante para a mudança foi a soma do número de novas hospitalizações SRAG e Covid-19 nos últimos 14 dias, que foi maior que cinco. Além disso, houve piora em três indicadores, entre os quais o número de hospitalizações confirmadas por Covid-19, que saltou de zero para oito, e o número de internações em leitos de UTI por SRAG, que subiu de 2 para 12.
No território gaúcho como um todo, a quarta rodada do modelo de Distanciamento Controlado trouxe as seguintes alterações nas duas semanas:
• O número de novos registros de hospitalizações SRAG de confirmados por Covid-19 aumentou 11,7% entre as duas últimas semanas, de 248 para 277;
• O número de internados em UTI por SRAG aumentou 10,3% entre as duas últimas sextas-feiras, de 242 para 267;
• O número de internados em leitos clínicos com Covid-19 aumentou 1% entre as duas últimas sextas-feiras, de 205 para 207;
• O número de internados em leitos de UTI com Covid-19 aumentou 22,4% entre as duas últimas sextas-feiras, de 125 para 153;
• O número de leitos de UTI adulto disponíveis para atender Covid-19 aumentou 7,4% entre as duas últimas sextas-feiras, de 501 para 538;
• O número de óbitos por Covid-19 aumentou 5,9% entre as duas últimas semanas, de 34 para 36;
• As regiões com maior número de novos registros de hospitalizações nos últimos sete dias, por local de residência do paciente, são Porto Alegre (74), Caxias do Sul (59), Passo Fundo (32) e Lajeado (23).

ENTENDA O DISTANCIAMENTO CONTROLADO
Com base em evidências científicas e análise de dados, o modelo de Distanciamento Controlado – que está oficialmente em vigor desde 10 de maio em todo o Rio Grande do Sul – tem o objetivo de equilibrar a prioridade de preservação da vida com uma retomada econômica responsável.
Para isso, o governo dividiu o Estado em 20 regiões e mapeou 105 atividades econômicas. A partir de um cálculo que leva em conta 11 indicadores, segmentados em dois grupos – propagação do vírus e capacidade de atendimento de saúde –, determinou a aplicação de regras (chamados de protocolos) mais ou menos restritas para cada segmento de acordo com o risco calculado para cada região.
Conforme o resultado do cruzamento de dados divulgados de forma transparente, cada local recebe uma bandeira nas cores amarela (risco baixo), laranja (risco médio), vermelha (risco alto) ou preta (risco altíssimo).
O monitoramento dos indicadores de risco é semanal, e a divulgação das bandeiras ocorre aos sábados, com validade a partir da semana seguinte.

CRONOLOGIA DO DISTANCIAMENTO CONTROLADO
Semana de 11 a 17 de maio

O primeiro mapa oficial do Distanciamento Controlado foi divulgado em 9 de maio. As regras daquele mapa foram válidas para vigorar entre 11 e 17 de maio. Naquela semana, somente a região de Lajeado se encaixava na descrição de bandeira vermelha. A região de Passo Fundo recebeu um reforço de 10 leitos, aumentando a capacidade de resposta hospitalar, ao mesmo tempo em que a velocidade de avanço da doença se estabilizou.
Na bandeira laranja, encaixavam-se as regiões de Canoas, Capão da Canoa, Caxias do Sul, Cruz Alta, Erechim, Novo Hamburgo, Palmeira das Missões, Passo Fundo, Pelotas, Porto Alegre, Santa Cruz do Sul, Santa Maria e Santo Ângelo.
As regiões de Bagé, Cachoeira do Sul, Ijuí, Santa Rosa, Taquara e Uruguaiana se encontravam em situação menos grave e se encaixam na bandeira amarela.
Semana de 18 a 24 de maio

O segundo mapa oficial do Distanciamento Controlado foi divulgado em 16 de maio. As regras deste mapa ficam valendo de 18 a 24 de maio. Não há regiões classificadas com bandeira vermelha, e o mapa apresentou predominância de regiões em bandeira laranja.
A região de Lajeado, que estava na bandeira vermelha, passou para a laranja. A região de Uruguaiana, que se encontrava na amarela, passou para laranja, devido ao acréscimo de cinco casos confirmados nas últimas duas semanas.
Estão na bandeira laranja as regiões de Canoas, Capão da Canoa, Caxias do Sul, Cruz Alta, Erechim, Lajeado, Novo Hamburgo, Palmeira das Missões, Passo Fundo, Pelotas, Porto Alegre, Santa Maria, Santo Ângelo, Santa Cruz do Sul e Uruguaiana.
As regiões de Bagé, Cachoeira do Sul, Ijuí, Santa Rosa e Taquara se encontram em situação menos grave e se encaixam na bandeira amarela.
Semana de 25 a 31 de maio

O terceiro mapa do Distanciamento Controlado foi divulgado em 23 de maio. As regras deste mapa serão válidas de 25 até 31 de maio. Nesta semana, não haverá regiões classificadas como bandeira vermelha ou preta, e o mapa apresenta predominância de regiões em bandeira laranja.
São 12 regiões com risco médio (laranja): Santa Maria, Novo Hamburgo, Canoas, Porto Alegre, Santo Ângelo, Cruz Alta, Palmeira das Missões, Erechim, Passo Fundo, Pelotas, Caxias do Sul e Lajeado.
As regiões de Uruguaiana, Capão da Canoa e Santa Cruz do Sul, que tinham bandeira laranja na versão anterior, passaram para amarela, portanto, o Estado passar a ter oito regiões com risco baixo.
Assim, estão na bandeira amarela Uruguaiana, Capão da Canoa, Taquara, Ijuí, Santa Rosa, Bagé, Cachoeira do Sul e Santa Cruz do Sul.
Semana de 1° a 7 de junho

O quarto mapa do Distanciamento Controlado foi divulgado em 30 de maio. As regras desse mapa serão válidas entre os dias 1° e 7 de junho. Não há regiões classificadas como bandeira vermelha ou preta nesta semana.
Com risco médio, Santa Maria, Uruguaiana, Capão da Canoa, Novo Hamburgo, Canoas, Porto Alegre, Santo Ângelo, Cruz Alta, Palmeira das Missões, Erechim, Passo Fundo, Pelotas, Caxias do Sul e Lajeado foram classificadas na bandeira laranja.
As regiões de Taquara, Ijuí, Santa Rosa, Bagé, Cachoeira do Sul e Santa Cruz do Sul apresentam risco baixo e estão classificadas como bandeira amarela.