LIDE RS e Grupo GS& Gouvêa de Souza promovem Retail Trends para apresentar tendências e inovações ao futuro do varejo


O encontro acontecerá no Teatro Unisinos, no bairro Boa Vista, em Porto Alegre, no dia 21 de fevereiro, com apresentação das novidades e tendências para o segmento

Com o objetivo de debater e incentivar o desenvolvimento de tendências para o mercado varejista, O LIDE RS – Grupo de Líderes Empresariais promove, em parceria com o Grupo GS& Gouvêa de Souza, o Retail Trends – O Futuro do Varejo. O evento acontece no dia 21 de fevereiro, das 14h às 18h, no Teatro Unisinos, no Bairro Boa Vista, em Porto Alegre.
O grande objetivo do fórum é abordar as novidades do mercado varejista, com conteúdo personalizado e foco no mercado nacional, oportunizando que o público presente possa assimilar o conteúdo, interagir e trocar ideias com os profissionais que estiverem expondo suas ideias.
No dia, uma série de renomados palestrantes irá apresentar diversas frentes de conteúdo, conceitos e cases de empresas inovadoras, para que seja possível traçar um paralelo das tecnologias e das novidades que podem impactar na mudança dos perfis de consumo daqui para frente.
Para o presidente do LIDE RS, Eduardo Fernandez, o Retail Trends oportunizará novos horizontes e temas emergentes sobre o varejo. “Durante o dia falaremos sobre a volatilidade do varejo, sobre o uso de dados para conversão em negócios, sobre a experiência individual de compra e sobre formas de reinvenção para o mercado. Acredito que o evento será esclarecedor e repleto de conteúdo para os participantes”, destaca.
Estão confirmados no evento os palestrantes Marcos Gouvêa de Souza, fundador e diretor-geral do Grupo GS&, Fernando Lucena, diretor de expansão regional do Grupo GS&, Alexandre Van Beeck, sócio-diretor da GS&Consult, Caio Camargo, sócio-diretor da GS&UP, Fabio Sayeg, CEO da Zoly, Camila Salek, sócia-diretora da Vimer, Mauro do Valle, diretor da Portobello e Marcelo Leite, diretor executivo de marketing do Grupo RBS.

Sobre os palestrantes:
- Marcos Gouvêa de Souza, fundador e diretor-geral do Grupo GS&
Membro do conselho do Grupo Ebeltoft, aliança global de consultorias em varejo presente em 26 países. Fundador e membro do conselho do IDV (Instituto para o Desenvolvimento do Varejo) e também membro-fundador e do conselho do IFB (Instituto Foodservice Brasil). Presidente do LIDE Comércio e membro do FIRAE (Forum for International Retail Association Executives). Autor e co-autor de vários livros de gestão, consultoria global de negócios, varejo e distribuição, além de mais de 800 artigos em publicações nacionais e internacionais. Publisher da plataforma de conteúdo Mercado & Consumo, com foco em Varejo, Franquias, E-commerce e Shopping Centers.

- Fernando Lucena, diretor de expansão regional Grupo GS&
É autoridade renomada em gestão e vendas no varejo. Com especialização em Varejo pela Coppead - UFRJ e pós-graduação em Administração de Empresas pelo IBMEC, Fernando alia sua experiência no varejo ao conhecimento obtido em cursos de aperfeiçoamento realizados no The Friedman Group e na vivência com a consultoria para as mais destacadas redes de varejo nacionais. Fernando divide seu tempo entre as consultorias prestadas a importantes empresas do varejo e as atividades de palestrante dos seminários oferecidos pelo Grupo Friedman desde sua fundação em 1990. 

- Alexandre Van Beeck, sócio-diretor da GS&Consult
Formado em Comunicação e Publicidade pela PUC-RJ com MBA em Marketing pela FGV, possui 20 anos de atuação em Marketing e Varejo, com background em empresas de produtos de consumo, com grande experiência em planejamento estratégico e comunicação, pesquisa e análises de tendências de consumo, trade e shopper insights, promoção ao consumidor.
- Caio Camargo, sócio-diretor da GS&UP
É arquiteto pela Universidade São Marcos, com MBA em Marketing pela FGV e apaixonado por tudo que envolve o varejo. Blogueiro, palestrante, professor, executivo, anjo-investidor e empreendedor. É autor do livro Arroz, Feijão & Varejo e do blog Falando de Varejo.

- Fabio Sayeg, CEO da Zoly
Profissional com mais de 12 anos de experiência, é especialista em: Google Analytics, Online Advertising, Mobile Devices, Digital Strategy, Interaction Design,Web Analytics, Social Media Marketing e Marketing Digital.

- Camila Salek, sócia-diretora da Vimer
Licenciada em Publicidade pela Escola Superior de Propaganda e Marketing, pós-graduada em Moda pela Faculdade Santa Marcelina e com especialização em branding  pela Fundação Getúlio Vargas, Camila Salek é responsável pelo desenvolvimento de planos estratégicos para marcas de moda e lojas de departamentos no Brasil.

- Mauro do Valle, diretor da Portobello
O profissional é diretor da maior empresa de cerâmica bruta do Brasil, com atendimento interno e também em países dos cinco continentes.

- Marcelo Leite, diretor executivo de marketing do Grupo RBS
Profissional de general management, marketing e desenvolvimento de negócios, com larga experiência nas áreas de mídia, tecnologia e bens de consumo duráveis.

SERVIÇO
Evento:  “Retail Trends – O Futuro do Varejo”
Data: 21/2 (quarta-feira)
horário: das 14h às 18h
Onde: Teatro Unisinos
Endereço: Av. Dr. Nilo Peçanha, 1640, bairro Boa Vista

Dica de livro - O gaúcho Otávio e os 18 do Forte


A elite parisiense da Belle Époque definia pejorativamente como rastaqueouère o indivíduo sul-americano que gastava excentricamente na Europa a fortuna feita com o gado, como se arrastasse grosseiramente a riqueza do couro por onde andasse. No início dos anos 1900, Paris percebeu que Octavio Augusto da Cunha Corrêa não se enquadrava no tipo. Aquele gaúcho do Quaraí, ginete excepcional, refinado e inteligente, tinha uma forma toda própria de se conduzir nos ambientes que a riqueza lhe oferecia.
Como um centauro dos pampas a que se referia Alexandre Dumas, meio xucro e valente como os gaúchos que lutaram por nossas fronteiras e meio civilizado, refinado e culto, o seu temperamento evidenciava o dualismo político da sociedade do Rio Grande do Sul. A divisão da revolução Farroupilha, dos ximangos e maragatos,  do que se chama hoje de grenalismo. Octavio era de família monarquista. Os Cunha Corrêa mereciam distinções na Corte do Rio de Janeiro por terem permanecido com propriedades em Salto, na Banda Oriental, no fim da Cisplatina. Sua mãe tinha o nome da Imperatriz Leopoldina e o status de dama de honra da Princesa Isabel, apoiando a causa da Abolição da Escravatura.
O golpe militar que derrubou a monarquia, transformou o prestígio em motivo de perseguição por parte dos republicanos. O patriarca Carlos Alberto Corrêa, por vários anos o maior contribuinte do fisco como pioneiro no desenvolvimento genético de raças bovinas para exportação, teve que se refugiar no Uruguai para escapar da intolerância do positivismo. O ódio castilhista conduzido por Borges de Medeiros, acabou por atingir a Octavio, depois que, sozinho, armado apenas com uma faca, correu com uma patrulha da Brigada Militar cujo comandante molestava os peões da sua estância na fronteira.
Tal fato obrigou Octavio a partir para o exílio, para gastar o seu dinheiro na Cidade Luz, na cultura da paz e do divertimento. Jovial e vivaz, suas noitadas no Quartier Latin o fizeram famoso e querido. Lá, em 1912, ensinou a dançar o tango legítimo a Rodolfo Valentino que, depois, vestido a rigor retratou o amigo no filme “Os Quatro Cavaleiros do Apocalipse”, como o gaúcho meio parisiense que ele era.
Octavio viu Paris entristecer com a Primeira Guerra Mundial. Estava lá para receber a geração perdida dos americanos que chegavam, mas preferia conviver com os artistas espanhóis. Enamorou-se de uma princesa russa perseguida pela revolução soviética e acabou envolvido em um duelo contra três irmãos dela. Feriu, foi ferido gravemente e teve que deixar a França.
O destino o levou para o Rio de Janeiro, para entrar na História. Em julho de 1922, Octavio Corrêa foi o único civil entre os 18 heróis que decidiram não atirar mais contra a cidade do Rio de Janeiro e deixaram a pé o invencível Forte de Copacabana, na revolta que enfrentou oito mil combatentes do corrupto governo de Epitácio Pessoa. Sereno e elegante de chapéu, terno, gravata e um fuzil Mauser nas mãos, Octavio seguiu à frente. Aos 36 anos de uma vida emocionante, morreu na calçada mais famosa do mudo como a síntese de um tempo que acabava. O tempo dos homens que colocavam a honra acima da própria vida que ofereciam no altar das suas convicções.

(Fonte: livro “Octavio, O Civil dos 18 do Forte de Copacabana”, um capítulo da História do Brasil que nunca foi contado).


Artigo, Tito Guarniere - FHC e o mico Huck

Fernando Henrique Cardoso foi um combatente destacado e corajoso contra o regime militar e autoritário. Teve papel relevante na Constituinte e na transição para a democracia. Foi o presidente que botou o Brasil nos trilhos, curando-o da chaga inflacionária, que causava danos devastadores ao país e na vida das populações mais pobres. Presidiu um ambicioso programa de privatizações de empresas estatais, porque teve a percepção correta de que o Estado brasileiro, já naquela época, há mais de 20 anos, não teria recursos para arcar com novos e pesados investimentos, nas áreas de energia, mineração e telefonia, de modo a mantê-las no estado da arte da revolução produtiva e tecnológica.

FHC, por igual, nos permitiu “descobrir” que as receitas do Estado devem ser capazes de suprir as despesas, e que dinheiro público não dá em árvore - essa lição tantas vezes ignorada pelos nossos governantes e políticos, até hoje. Vide a reforma da previdência.

Certo: não devemos esquecer que ele patrocinou uma emenda constitucional que permitiu a sua própria reeleição. Ali, ele foi mal. Mas o saldo é positivo, amplamente positivo. Entregou a Lula um país em situação de equilíbrio no plano volátil das finanças públicas, em países da América Latina. Portou-se de forma elevada e republicana na eleição de 2002: não moveu um só instrumento de poder, não destinou um centavo de verba, de modo a beneficiar o seu candidato José Serra, derrotado por Lula.

Fez uma travessia elegante ao longo dos anos do PT no poder. Jamais exagerou na crítica, nunca levantou a voz, e suportou estoicamente os desaforos que lhe atiraram à cara os petistas e seus aliados, durante 13 longos anos.

À exceção de Aécio Neves, na eleição de 2014, não mereceu de Serra e Alckmin, candidatos do PSDB em 2002, 2006 e 2010, uma defesa firme do seu legado e das suas realizações. Não ficou bem para eles, que ainda tiveram que pagar o vexame de três derrotas eleitorais para Lula e para Dilma.

Mas nada disso justificava os recentes movimentos de FHC, ciscando para lá e para cá, na eleição deste ano. Ele flertou abertamente com uma solução “nova”, onde pontificava o apresentador de tevê Luciano Huck. FHC foi presidente da República pelo PSDB, um dos fundadores e é ativo militante e filiado do partido, que tem um mérito indiscutível: não há governante tucano que se meta em aventuras populistas, que no governo gaste mais do que arrecada e que não tenha por norma o equilíbrio das contas públicas.

No Brasil, isto é o que se pode chamar de um bom currículo. Por que, então, ir atrás de um apresentador de televisão, que não tem partido, nunca disputou uma eleição, que nada sabe de Brasília, de tantos partidos e tantos interesses conflitantes? Novo? Novo era Collor, em 1989, Dilma em 2010. E deu no que deu.

A desistência de Huck salvou FHC do mico, da tietagem fora de hora. Agora, se não incorrer em novo falsete, o ex-presidente pode ajudar Alckmin, o candidato coroado do PSDB, a viabilizar a candidatura. Alckmin patina nas pesquisas, mas ainda é cedo. E é um nome de peso e respeitável para ocupar a presidência da República.

titoguarniere@terra.com.br

Artigo, João Pereira Coutinho, Folha - Problema da vida moderna não é excesso de solidão, mas escassez

E que tal um ministro para a solidão? Não é ideia minha. Já existe. No Reino Unido, a premiê Theresa May considerou a solidão "a mais triste realidade da vida moderna". Para combater esse mal, indicou a ministra Tracey Crouch para "desenvolver" uma "estratégia" adequada.

Confesso que a ideia me parece absurda. Tão absurda como haver um ministro para a tristeza ou uma ministra para o fracasso. Razão óbvia: Theresa May está errada quando acredita que a solidão é uma "realidade" moderna. Não é.

A solidão, tal como a tristeza e o fracasso, faz parte da condição humana, provavelmente desde o momento em que os membros da espécie tiveram consciência de si próprios.

A solidão não tem "cura" porque, em rigor, não é uma doença. Exceto para a tradição racionalista —antiga e moderna— em que Theresa May, ironicamente tida por "conservadora", se inspira.

Sobre o racionalismo antigo, não é preciso um conhecimento íntimo de Aristóteles para lembrar o seu argumento político primeiro: o homem é um animal social. O que significa que o reverso desse desígnio só é admissível se estivermos na presença de deuses ou bestas.

Por outras palavras: viver é viver em sociedade, participando nos assuntos da cidade. Eis a célebre "liberdade dos antigos", na definição posterior de Benjamin Constant (1767-1830): para os antigos, os homens só são livres pela submissão dos interesses individuais às necessidades da comunidade.

Claro que o cristianismo introduziu nesse conceito de liberdade uma mudança relevante, ao proteger a inviolável (e solitária) "liberdade interior" dos homens —e, no limite, o direito dos mesmos em repudiarem a cidade terrestre.

Mas o racionalismo floresceu e triunfou a partir de inícios do século 16: se todos os problemas humanos têm solução, o desafio passa por encontrar a "técnica" adequada para responder a tais problemas. "Ministério da Solidão" poderia perfeitamente ser o título de um livro de Francis Bacon (1561-1626).

Mas Theresa May também está errada por outro motivo: e se o grande problema da "vida moderna" não for o excesso de solidão, mas a sua escassez?

Essa é a tese de Michael Harris em "Solitude: In Pursuit of a Singular Life in a Crowded World". O livro é mediano, confesso, mas existem duas ou três observações que merecem leitura e concórdia.

A primeira delas é que a "vida moderna" é uma gigantesca conspiração para abolir a solidão. Basta escutar os desejos utópicos de um qualquer Zuckerberg ensandecido: para os novos profetas do Vale do Silício, o ideal a atingir é um mundo de conversas contínuas, em que a privacidade não passa de uma relíquia —e todos podem espionar todos.

Alguns números: em 2006, 18% da população mundial estava ligada à internet; em 2009, 25%; em 2014, 41%. E, para ficarmos nas "redes sociais", 8% dos americanos frequentavam esses espaços virtuais em 2005. Em 2013, o número andava nos 73%. Em breve, a "conectividade permanente" não será apenas total; será totalitária.

Infelizmente, essas quimeras de "conectividade permanente" nunca questionam qual o preço que pagamos pela perda de solidão. Para Michael Harris, o prejuízo é triplo.

Sem uma boa dose de solidão, perdemos o tempo de quietude no qual as melhores e mais inesperadas ideias acontecem.

Sem uma boa dose de solidão, somos incapazes de entender o que somos e não somos —no fundo, o ponto de partida para haver um ponto de chegada que seja significativo e real.

Sem uma boa dose de solidão, nem sequer ganhamos o que de mais importante podemos oferecer aos outros: uma disponibilidade genuína e limpa de ruído.

No Reino Unido, Theresa May quer combater a solidão. Se o objetivo do governo for ajudar os abandonados, os doentes e os desprovidos, nada a opor. Para os restantes, talvez fosse mais útil ensinar que a solidão não é uma anormalidade; é parte do que somos. Mas não apenas do que somos; também do que precisamos.

De igual forma, mais importante do que abolir a solidão é aprender a viver com ela; a habitá-la com os instrumentos de uma cultura —a fruição da beleza, da memória, do pensamento; a tratá-la pela segunda pessoa do singular. Quem sabe?


Pode ser que, um dia, o medo da solidão se transforme em gratidão sincera por termos encontrado a nossa companhia.

Novas prioridades no Congresso

1. Reforma do PIS/Cofins

2. Autonomia do Banco Central

3. Marco legal de licitações e contratos

4. Nova lei de finanças públicas

5. Regulamentação do teto remuneratório

6. Privatização da Eletrobrás

7. Reforma de agências reguladoras

8. Depósitos voluntários no Banco Central

9. Redução da desoneração da folha de pagamento

10. Plano de recuperação e melhoria empresarial das estatais

11. Cadastro positivo

12. Duplicata eletrônica

13. Regulamentação dos distratos (desistência da compra de imóveis na planta)

14. Atualização da Lei Geral de Telecomunicações

15. Extinção do Fundo Soberano.