Dólar sobe mais de 1,5%, perto de R$ 3,18; Bovespa opera em queda

O dólar comercial subia mais de 1,5%, e a Bolsa operava em queda nesta quarta-feira. Por volta das 15h20, a moeda norte-americana avançava 1,83%, a R$ 3,177 na venda.

No mesmo horário, o Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, se desvalorizava 1,61%, a 64.681,05 pontos, com os dados de emprego no setor privado nos Estados Unidos elevando as chances de uma alta na taxa de juro norte-americana na próxima semana.

Vendas de carros usados crescem 9% no 1º bimestre

Enquanto a comercialização de automóveis novos cedeu ao menor patamar dos últimos 11 anos, as vendas de veículos usados estão em alta, segundo levantamento divulgado nesta quarta-feira, pela Fenabrave, entidade que representa as concessionárias de carros.

No primeiro bimestre, os brasileiros compraram 1,54 milhão de carros de passeio e utilitários leves, como picapes, usados, o que corresponde a um crescimento de 9% na comparação com os dois primeiros meses de 2016. A cada carro novo emplacado, mais de cinco usados são vendidos no País.

Só em fevereiro, 709,8 mil carros usados foram vendidos, alta de 1,6% sobre o volume apurado no mesmo mês do ano passado. Em relação a janeiro, houve queda de 14,2% no segmento, mas essa comparação é influenciada pelo calendário mais curto do mês passado, que teve quatro dias úteis a menos. Do total vendido em fevereiro, os usados com no máximo três anos de uso representaram 13,3%.

Artigo, Darcisio Perondi - País dá sinais do fim da recessão

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) confirmou que o Brasil enfrentou, nos 
últimos dois anos, a pior recessão econômica de sua história, com um encolhimento acumulado de 7,2% do Produto Interno Bruto (PIB), sendo 3,6% só em 2016. A expectativa para 2017, no entanto, é positiva. Segundo afirmou o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, a economia já deve apresentar crescimento neste primeiro trimestre, indicando o fim da recessão. A estimativa do Governo é que o quarto e último trimestre de 2017 aponte um crescimento de 2,4% em relação ao mesmo período do ano passado, fechando o ano com um percentual positivo de 1%. Para 2018, as expectativas são ainda melhores, com PIB de 2% a 3%.

O resultado do PIB de 2016 não surpreendeu, mas reflete o passado. São números que já esperávamos, ainda contaminados pela gestão da ex-presidente Dilma Rousseff na economia, que foi desastrosa, irresponsavelmente voluntarista e excessivamente intervencionista. Infelizmente, foram sete anos perdidos e nossa economia voltou aos padrões de 2010, agravada por quase 13 milhões de desempregados. Poderíamos estar em situação bem pior, se Dilma não fosse afastada.

O mercado financeiro, as agências de risco, o Fundo Monetário Internacional e especialistas em macroeconomia já projetam o fim da recessão brasileira. Alguns avanços registrados nos quase sete meses de governo efetivo Michel Temer precisam ser citados, como a queda dos juros de 14,25% para 12,25% – a expectativa é que o percentual feche o ano em 9%; inflação controlada, que deve fechar 2017 em 4,5%; dólar estável; e produção industrial em franca reação – cresceu em janeiro 1,4% na comparação com o mesmo mês de 2016.

O otimismo está voltando ao mercado, aos investidores e à população, reflexo das reformas que estão sendo empreendidas pelo novo governo. “Já aprovamos o novo ajuste fiscal, com a limitação dos gastos públicos, mas precisamos aprovar também as reformas da previdência e tributária, e a modernização das leis trabalhistas. Só assim vamos garantir a sustentabilidade do governo e evitar que o País quebre de vez.

Nessa terça-feira, inclusive, o ministro Henrique Meirelles e o Secretário de Previdência, Marcelo Caetano, reuniram a bancada do PMDB na Câmara para tirar dúvidas dos parlamentares sobre a reforma da previdência.


Ter o controle dos gastos sem as reformas, é religião sem fé.



Ernani Polo: e se não fosse o agro?

A agropecuária mais uma vez demonstra sua força, com reflexo direto na economia do país. Em meio ainda a turbulências políticas, com um aceno de recuperação da economia, o agro se destaca. O Brasil deverá superar a casa das 220 milhões de toneladas de grãos (1 tonelada por habitante), colocando-se entre os países maiores produtores de alimento do mundo, com expressiva projeção de crescimento do setor no país.

Só no RS, o agro representa de forma direta em torno de 45% do Produto Interno Bruto. Mais de 60% das exportações do Estado em 2016 vieram deste estratégico setor. A agricultura também registrará novos recordes de produção e plantio, com expectativa de uma colheita de mais de 33 milhões de toneladas de grãos. Cenário positivo que estamos comprovando agora na Expodireto/Cotrijal, em Não-Me-Toque.

A contribuição da Secretaria da Agricultura reflete-se no acompanhamento frequente de cada cadeia produtiva, levando ao produtor conhecimento e o apoio necessário para que tenha o melhor resultado em sua lavoura. O programa estadual de conservação do solo e da água, Conservar para Produzir Melhor, é um bom exemplo desta parceria, onde, com o apoio da Emater, proporcionamos ao agricultor informações de como plantar corretamente, manejando o solo e a água de forma adequada, com rotação de culturas, especialmente com milho, aumentado a matéria orgânica do solo. Desta forma, temos mais capacidade de infiltração de água, para que em momentos de escassez hídrica não exista queda brusca na produtividade.

Estamos com bons resultados nesta safra, tanto nas culturas de inverno como nas de verão, o que representa o fortalecimento do setor. O agro supera crises e gera mais empregos. Como presidente do Conselho Nacional dos Secretários de Estado da Agricultura, temos uma pauta fundamental para que o agronegócio possa crescer ainda mais. Em tempos de queda na taxa Selic e baixa da inflação, nada mais justo que os juros do Plano Safra possam ser reduzidos, dando melhores condições de competitividade e garantia de renda aos agricultores. Portanto, não é exagero dizer que, se não fosse o agro, provavelmente a economia do país não se sustentasse neste momento, pois é um setor com muitos exemplos de gestão a seguir e com boas ideias a serem reproduzidas.

Alta das cotações das commodities metálicas neste início de ano revela aceleração do crescimento global

As cotações das commodities metálicas têm apresentado fortes altas nos últimos meses, pressionando os índices de inflação ao produtor em alguns países. Ainda que fatores específicos, especialmente do lado da oferta, existam para justificar parte desse comportamento, acreditamos que essa subida dos preços também reflete alguma melhora do crescimento da economia mundial, além da expansão de 3,2% que prevemos. Diante disso, a pergunta que se coloca é: devemos esperar aceleração do PIB na grande maioria dos países nos próximos trimestres ou essa alta está exagerada e, portanto, deveremos esperar uma correção baixista dos preços nos meses seguintes?
O comportamento das cotações das commodities metálicas tem uma relação razoável com o desempenho do PIB mundial. Ainda assim, não são apenas as condições da economia global que determinam os preços desses produtos. Afinal, há questões de oferta, especulação e demanda específicas de cada mercado. De todo modo, há um componente comum de demanda mundial importante para explicar a variação dos preços.
Esses preços têm subido de maneira bastante generalizada entre as metálicas, com alta média de 30,7% neste ano em relação ao primeiro trimestre do ano passado. Alguns casos chamam ainda mais a atenção, como os preços do minério de ferro e do carvão, com altas respectivas de 69% e 57,6%. Um modelo simples que explica a variação dos preços dessas commodities através do desempenho do PIB mundial indica que deveríamos esperar uma alta média de apenas 5,5% das cotações das commodities metálicas, dada a nossa expectativa para crescimento global de 3,2% neste ano.
No caso do cobre, por exemplo, os preços já subiram 25,7% em relação ao patamar do começo de 2016. Considerando o crescimento mundial esperado de 3,2% para este ano, o preço do cobre deveria ter subido 9,5%. Isto é, para ficarem compatíveis com o sugerido pelo modelo, os preços deveriam cair 12,9% do nível atual.
Outro exercício a ser feito é estimar qual o crescimento do PIB mundial sugerido, dada a alta atual dos preços. Nesse caso, cada metálica sugere uma expansão diferente, mas, na média, os níveis atuais de preços são compatíveis com um crescimento da ordem de 5,5%. Para o cobre, por exemplo, os preços são compatíveis com um avanço da economia mundial de 4,5%, ao passo que para o carvão, a elevação do PIB compatível seria de 9,8%.
Esse resultado médio de crescimento do PIB de 5,5%, sugerido pelo comportamento dos preços das commodities metálicas, é compatível com os resultados recentes do Bradesco Indicador Global (BIG). Esse índice faz uma avaliação de componente principal de mais de 100 indicadores de 20 países e índices agregados. Assim, ele é um nowcast do PIB global e tem indicado, para o primeiro trimestre deste ano, um crescimento de 5% em relação ao trimestre anterior. Movimento semelhante foi observado nas exportações mundiais nesse início de ano.
Assim, os preços das metálicas parecem refletir essa melhora dos indicadores de indústria e agregados para vários países, especialmente os desenvolvidos. No entanto, esse ritmo de crescimento não nos parece sustentável. De fato, esse forte ritmo foi observado poucas vezes nos últimos anos. Assim, por ora, dadas as incertezas políticas ainda presentes e os ajustes estruturais em curso em diversos países, esperamos alguma desaceleração da economia global nos meses à frente. Em parte, acreditamos que esse crescimento mais elevado no começo do ano seja um movimento de antecipação de compras, principalmente porque vemos dinâmica maior no setor industrial, com serviços mais estáveis. As dúvidas em relação ao cenário político e ao cenário internacional, tanto na Europa quanto nos EUA, explicaram esse movimento de antecipação. Dessa forma, nos trimestres à frente deveríamos ver desaceleração desses indicadores de atividade industrial, que também será afetada pela normalização dos juros nos EUA. Assim, com o crescimento em desaceleração do segundo trimestre em diante, seria razoável esperar desaceleração dos preços das commodities metálicas para patamares de preço mais compatíveis com alta de 3,2% do PIB mundial.
Como dito anteriormente, cada commodity tem seus vetores específicos, que explicam ao menos parcialmente as altas recentes. No caso do minério de ferro, que nem estamos considerando nos mesmos estudos, esse efeito é bastante importante.
Para essa commodity, nossa leitura é que i) existe um movimento especulativo relevante na China, o que contribui para manter os preços em patamares elevados, ii) a demanda das siderúrgicas chinesas parece ter se concentrado em minério de melhor qualidade – em resposta à forte alta do preço de carvão – mantendo alguma pressão altista sobre as cotações e iii) a demanda chinesa continua favorável, principalmente do setor imobiliário, cuja recuperação em meados do ano passado foi considerável (e a desaceleração recente tem sido suave). Esses fatores explicam ao menos uma parte da elevação dos preços observada recentemente, sendo que outra parcela se deve a uma leitura melhor da demanda mundial como um todo – como visto com as outras commodities metálicas.

Também para o minério esperamos alguma correção de preços, voltando para um patamar abaixo do US$ 80/tonelada até o final deste ano. Na nossa visão, o nível de estoques no mundo, notadamente nos portos chineses, deve levar a ajustes dos preços. Na verdade, os preços poderiam até ceder mais, para níveis próximos de US$ 65/tonelada, mas a política econômica na China deve manter a economia aquecida neste ano e o fechamento de capacidade instalada deve continua avançando, ambos com potencial para manter os preços acima do sugerido pelos fundamentos.

As razões da operação

Segundo as informações da PF, os alvos dessa fase estão sob suspeita de fazerem parte de um esquema de cooptação de testemunhas.

"A suspeita é que um contrato de R$ 190 milhões entre os dois principais sócios de um dos maiores grupos empresariais investigados pela Greenfield tenha sido empregado para mascarar o suborno a um empresário concorrente para que não revelasse informações de interesse da investigação", afirma a PF.

Em pedido de bloqueio de Joesley Batista, um dos donos do grupo J&F, o Ministério Público Federal tinha mencionado um contrato neste valor entre a Eldorado Celulose e a empresa Eucalipto Brasil S/A, vinculada a Márcio Celso.

A suspeita chegou aos investigadores por meio de uma testemunha. O contrato trata de fornecimento de massa floresta de eucalipto para produção de celulose. A investigação é se a negociação não teria como objetivo "recompensar o silêncio" de um ex-sócio do grupo.


A operação Greenfield foi deflagrada originalmente pela PF em setembro do ano passado para investigar suspeita de fraude nos fundos de pensão de estatais Previ (do Banco do Brasil), Petros (da Petrobras ), Postalis (dos Correios) e Funcef (da Caixa Econômica Federal), tendo como base dez casos revelados a partir do exame das causas de déficits bilionários apresentados pelos fundos.

Relato da viagem de Stela Farias a Paris

Encerramos nossa estada na França com uma agenda muito significativa na PASTT, uma associação de profissionais do sexo aqui de Paris e arredores, criada há mais de 15 anos, por uma médica que conquistou orçamento junto ao governo francês para prestar apoio à profissionais do sexo, via de regra, pessoas sem documentos, sem moradia e em situação de vulnerabilidade.

A entidade conquistou dois ônibus adaptados, utilizados para intervenções nos pontos de trabalho.

Estive reunida com cerca de dez transexuais brasileiras, que relataram suas preocupações com o golpe que derrubou a presidenta Dilma e com o retrocesso ideológico crescente no Brasil, através do avanço da intolerância, o que lhes causa grande temor de retornarem ao país.

Ao final do encontro, recebi o relatório anual, trazendo o balanço, dados dos atendimentos e ações realizadas pela entidade.