Cremers homologa chapa 1. Conheça os nomes.

Foi homologada a inscrição da Chapa 1 na eleição do Conselho Regional de Medicina do Rio Grande do Sul (CREMERS). Batizado de “CREMERS de Todos”, o grupo representa a atual gestão e é composto por médicos respeitados na Capital e no Interior — como o presidente da entidade, Carlos Sparta, o presidente da Associação Médica do RS, Gerson Junqueira Jr., o ex-secretário de saúde de Porto Alegre, Mauro Sparta, a presidente da World Stroke Organization, Sheila Martins, o pró-reitor de inovação da UFRGS, Geraldo Jotz, entre outros (lista completa abaixo).


“Desde que assumimos o CREMERS há dois anos, promovemos muitas mudanças ao lado dos médicos, valorizando a atividade médica e a dignidade dos profissionais. Hoje, a entidade está mais próxima dos colegas, está mais eficiente e protagonista dos grandes temas de interesse da medicina. E essas mudanças não podem parar”, explica Carlos Sparta. 


Segundo Sparta, entre as transformações promovidas, estão a criação de núcleo para combater o exercício ilegal da medicina por profissionais de outras áreas, a implantação e qualificação da receita digital, a implementação da fiscalização educativa, a criação do CREMERS itinerante e o investimento em educação, com diversos cursos de formação.


“A entidade hoje dialoga e atua em conjunto com outras instituições pelo bem dos médicos e da medicina. Abriram as portas e a cabeça. E isso faz absolutamente toda a diferença”, enfatizou Gerson Junqueira Jr.


“O CREMERS é de todos, dos médicos e da sociedade gaúcha. Por isso, montamos um grupo plural e representativo. Vamos girar o Estado, ouvir a todos e mudar ainda mais”, ressalta Mauro Sparta.


A eleição do CREMERS será totalmente digital e ocorrerá nos dias 14 e 15 de agosto.

Veja a relação completa da chapa:

ALBERTO DOS SANTOS RIESGO
AIRTON BAGATINI
ALEXANDRE COPAT
ANDRÉ MARTINS DE LIMA CECCHINI
ANDRÉ VINICIUS SAUERESSIG KRUEL
CARLOS ISAIA FILHO
CARLOS LEONARDO TREMEA
CARLOS ORLANDO PASQUALOTTO FETT SPARTA DE SOUZA
CRISTIAN JANDREY BORGES
CRISTIANA SOUTO CORREA
DIRCEU BELTRAME DAL MOLIN
DIRCEU FRANCISCO DE ARAUJO RODRIGUES
DOMINGOS OTÁVIO LORENZONI DAVILA
EDUARDO BISCHOFF
ENRICO MATTANA MULLER
EUCLIDES GOMES
FELIPE SILVA DE VASCONCELOS
FERNANDA PAIVA BONOW
GERALDO PEREIRA JOTZ
GERSON JUNQUEIRA JUNIOR
ISABEL  HABEYCHE CARDOSO
JEFERSON PIRES DA SILVA
JORGE ROBERTO MARCANTE CARLOTTO
JOSÉ ABRUZZI NETO
JOSÉ ACCIOLY JOBIM FOSSARI
JOSÉ PAULO VASCONCELLOS FERREIRA
LUCIANO BAUER GROHS
MARCELO BRAGA MOLINARI
MARCELO DOMINGUES DAVILA
MARCELO RODRIGO DA LUZ
MARCOS ANDRÉ DOS SANTOS
MAURICIO ALBERTO GOLDBAUM JUNIOR
MAURO FETT SPARTA DE SOUZA
NESTOR SANTOS DAUDT
PAULO DORNELLES PICON
RAFAEL MORAES MALLMANN
ROBERTA RIGO DALCIN
ROBERTO ANTONIO VALANDRO BELLINASO
SÉRGIO LUIS AMANTEA

Fraude nas Americanas pode dar cadeia

 Especialistas apontam até mesmo possível conivência de bancos

Fato relevante publicado ao mercado nesta terça, 13 de junho, dá conta de que sócios e administradores da Americanas cometerem fraudes e lançamentos indevidos da ordem de mais de R$ 20 bilhões. Os números são preliminares, não auditados, mas revelam um possível esquema para engordar as remunerações de seus executivos.

“Seis meses depois, a investigação conduzida pela própria empresa confirmou a fraude consubstanciada por lançamentos errôneos em seus balanços, com a conivência de seus administradores e assessores. Esta ‘pedalada contábil’ tinha por objetivo inflar os números da empresa, garantindo gordas remunerações a seus executivos”, avalia Fernando Canutto, advogado especializado em Direito Empresarial e sócio do Godke Advogados.

Segundo ele, não bastasse a fraude contábil, a contratação de empréstimos sem autorização devida “levanta a hipótese de conivência dos bancos parceiros que concederam os empréstimos, afinal, a lei e o senso comum dizem que, se alguém está contratando um empréstimo, é preciso ter certeza de que esse alguém realmente tem poderes para isso”.

A Americanas, que está em recuperação judicial, comunicou que as fraudes se davam por meio da chamada Verba de Propaganda Cooperada (VPC) — uma quantia negociada entre a indústria e o varejo e que serve, entre outras coisas, para cobrir eventuais custos com publicidade e propaganda. Além disso, a empresa admite a existência de operações de crédito e financiamentos que não foram contabilizados de forma adequada.

Matheus Falivene, que é Doutor em Direito pela USP, com especialização em Direito Penal Econômico pela Universidade de Coimbra (Portugal), explica o caminho para a implicação criminal. “O fato de admitirem que é uma fraude vai ter implicações criminais. Lógico que no âmbito criminal, incumbe à acusação, no caso o Ministério Público, comprovar que há um crime. Não basta a mera posição de sócio ou administrador para a responsabilização”.

Fenando Brandariz, advogado especializado em Direito Empresarial, Recuperação Judicial e presidente da Comissão de Direito Empresarial da OAB Pinheiros, lembra ainda que “a sociedade deverá ingressar com ações indenizatórias contra os ex-administradores e diretores, se ficar demonstrado dolo nas operações até então denominadas de fraudadas”.

Crimes de ordem econômica 

Crimes de ordem econômica, em sentido amplo, incluem as condutas que prejudicam o desenvolvimento do livre mercado, a produção e circulação de bens e serviços e a livre concorrência. A previsão de crimes econômicos na legislação brasileira (Lei 8.137/90) visa coibir práticas que podem gerar vantagens desleais a determinada sociedade ou grupo societário que se beneficia da ilegalidade para aumentar os lucros e dominar o mercado.

De acordo com o comunicado ao mercado, apresentado pelo Conselho de Administração da Americanas, há envolvimento de Miguel Gutierrez, ex-presidente da Americanas que ficou no cargo por 20 anos e foi substituído por Sergio Rial em janeiro deste ano; Anna Christina Ramos Saicali, ex-presidente da Ame Digital; José Timótheo de Barros, ex-diretor responsável por lojas físicas; Márcio Cruz Meirelles, ex-diretor de plataformas digitais; Fábio da Silva Abrate, ex-diretor de relação com investidores da B2W e ex-diretor da Ame Digital; Flávia Carneiro, que atuava na controladoria da empresa; Marcelo da Silva Nunes, ex-diretor financeiro da B2W.

Afastados de suas funções em fevereiro deste ano, todos podem responder criminalmente, caso haja queixa crime feita pelo Ministério Público.  O próximo passo é que a companhia e seus assessores apresentem às autoridades competentes relatórios detalhados das informações.

O atual presidente da empresa, Leonardo Coelho Pereira, participou de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) na Câmara dos Deputados nesta terça-feira para tratar sobre o caso.

Sobre as fontes:

Fernando Brandariz, mestrando em direito pela Escola Paulista de Direito, especialista em Direito Processual Civil, Direito Empresarial, Direito Internacional, Law of Masters (LLM) e presidente da Comissão de Direito Empresarial da OAB Pinheiros.

Fernando Canutto, advogado especializado em Direito Empresarial. Graduado em Direito pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, pós-graduado em Direito Societário pela Escola de Direito de São Paulo da FGV e em Direito da Reestruturação Societária pelo CEU Law School, além de LL.M. em Direito Societário pelo INSPER – RJ

Matheus Falivene, doutor e mestre em Direito Penal pela Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP).


Por um ensino livre do viés ideológico

Capitão Martim – Deputado Estadual do Republicanos


A doutrinação política e ideológica no ensino pode corromper a formação moral adquirida no seio familiar, além de colocar em risco todo o sistema educacional. 


É natural que as pessoas tenham suas ideologias e envolvimento na política, mas isso deve ficar fora do ambiente escolar. Não podemos permitir que o ensino seja utilizado como instrumento de uma causa menor que não a própria educação. 


A transmissão de conhecimento molda a visão de mundo dos estudantes. No entanto, quando a ideologia prevalece sobre a imparcialidade e o pensamento crítico, o ensino é distorcido. São diversos os relatos sobre educadores, que movidos por uma militância pessoal, buscam impor seus interesses aos alunos através de conteúdos tendenciosos, manipulação de informações e uma perspectiva unilateral sobre política. 


Essa ideologização ocorre em diferentes áreas curriculares com abordagens influenciadas por uma perspectiva que promove valores e crenças deturpados, ao mesmo tempo em que marginalizam pontos de vista contrários. 


Mas o certo é que o professor ocupa posição privilegiada em relação aos alunos. Aqueles que tendem a estimular a divisão de classes, a desestruturação familiar, ou a contestação de valores fundamentais que moldam a sociedade devem ser desestimulados. 


O ambiente escolar deve buscar a imparcialidade, apresentar múltiplas perspectivas e promover o pensamento crítico. Os estudantes devem ser encorajados a questionar, debater e formar suas próprias opiniões com base em informações confiáveis e fundamentadas, em vez de serem forçados a uma ideologia específica. 


É responsabilidade dos educadores e das instituições educacionais garantir que o ensino seja livre de viés ideológico. A pluralidade de pensamento e o respeito às diferenças enriquecem o desempenho educacional e preparam os estudantes para uma participação ativa na sociedade. 


Todo o processo de aprendizado precisa respeitar e possibilitar ao estudante total liberdade na formação de sua identidade, sem que o educador interfira no posicionamento pessoal de cada aprendiz. 


Devemos combater qualquer tentativa de doutrinação ideológica do ensino para frear estes excessos que pretendem dobrar a sociedade à suas crenças.

TRF4 absolve prefeito Jairo Jorge, Canoas, RS

 O prefeito de Canoas, RS, Jairo Jorge, foi absolvido da acusação de empregar recursos públicos provenientes da União em desacordo com os planos ou programas a que se destinavam. No caso, o Convênio nº 2697 (SIAFI 432390), firmado entre o Ministério da Saúde e Município de Canoas em 2001, ainda na gestão do prefeito Marcos Ronchetti.

A decisão foi proferida nesta terça-feira, 13, pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região. Conforme a ata da sessão ordinária, a 7ª Turma decidiu, por unanimidade, absolver tanto o prefeito como o ex-secretário de Saúde do município, Marcelo Bosio.

Em 19 de setembro de 2019, o Ministério Público Federal moveu ação penal alegando que o prefeito Jairo teria, entre janeiro de 2013 e março de 2014, utilizado irregularmente os recursos correspondentes às 5ª e 6ª parcelas do Convênio nº 2697 (SIAFI 432390), essas repassadas ao município em 2006 e 2008, respectivamente. Segundo a ação judicial, a verba teria sido empregada na contratação da reforma geral do Hospital de Pronto Socorro de Canoas, e de outros serviços não relacionados com o objeto do convênio. Porém, a Prefeitura, sob a administração de Jairo Jorge, integralizou ao Ministério da Saúde o valor do convênio com as devidas correções, e o mesmo foi aprovado.

Em 2022, o prefeito já havia sido absolvido em razão dos mesmos fatos em ação civil pública, que reconheceu a ausência de ilicitude, de intenção de praticar qualquer conduta indevida e a inexistência de prejuízo na contratação

Saiba detalhes da reunião de ontem

 A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga às invasões de terras no país, presidida pelo deputado Tenente Coronel Zucco (Republicanos-RS) e tem como relator o deputado Ricardo Salles (PL-SP), realizou nesta terça-feira (13), uma nova Audiência Pública para fazer um balanço da visita à região do Pontal do Paranapanema, área de conflitos rurais em São Paulo.


Durante a audiência, os deputados também ouviram o ex-presidente do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) Francisco Graziano para falar sobre a atual proposta de Reforma Agrária para o País e os casos de invasões promovidas pelo MST e pela Frente Nacional de Luta, Campo e Cidade (FNL).


A FNL é comandada por José Rainha Júnior, que teve a prisão revogada por ordem do Tribunal de Justiça de São Paulo nesta segunda-feira (12). Rainha estava detido desde março, acusado de usurpar produtores do Pontal. No decorrer da reunião, o deputado Delegado Éder Mauro ressaltou que os membros da CPI irão convocar a presença de José Rainha e sua esposa Diolinda Alves de Souza para analisar a ligação dos dois com as recentes invasões de terra organizadas pelo FNL. 


“A participação dele ficou evidentemente clara nesta invasão. E aqui está sendo apurado quem financia e quem é beneficiado”, afirmou o Delegado Elder. 


Para a deputada Caroline de Toni (PL-SC), que propôs o convite a Xico Graziano, o relatório de diligência realizado na região do Pontal do Paranapanema, demonstrou claramente a oitiva de quatro pessoas que sofreram extorsão pelo movimento liderado por José Rainha. Segundo a deputada, todos tiveram que pagar propina para terem acesso a terras. 


“Ouvimos o depoimento de um cidadão, cujo gados morreram de carrapato. Para isso acontecer tem que estar em uma condição terrível. Muitos deles dizem que defendem os animais, mas não dão nem para as pessoas que vivem nesses acampamentos”, conta a deputada. 


Caroline de Toni completa com um questionamento: “O que falar da agricultura familiar? Nós não vimos nada, o que a gente viu foi um centro destinado à manipulação psicológica de pessoas humildes que tinham o sonho da terra e que após décadas do movimento não tem titulação”. 

A deputada pediu que os movimentos do MST e FNL parem de manipular a população. “Chega de mentiras, chega de vender ilusão a pessoas inocentes que são vítimas desse movimento corrupto”, destacou Caroline de Toni. 

Xico Graziano explicou que foi convidado para apresentar soluções para a Reforma Agrária no Brasil. “Não pretendo me dedicar especificamente às questões relacionadas às invasões de terras, vou mostrar alguns dados importantes sobre o processo da Reforma Agrária brasileira no nosso país”.

“A vida nos assentamentos da reforma agrária não é uma vida fácil. É uma vida miserável. O poder público não consegue, por mais que se esforce, dar condições”, contextualiza Xico Graziano. 

Ele complementa: “A tecnologia não chega lá, faz com que aquela família desista e volte para o movimento. E isso impede a titulação também, os assentamentos não consolidados, o Incra não consegue titular. Porque o assentamento pela lei brasileira só pode ser titulado se for consolidado”.

Os membros da CPI voltam a se reunir amanhã (14), às 14h no Plenário 2 da Câmara dos Deputados.