ENTREVISTA, deputado estadual Marcus Vinicius, RS

A informação divulgada pelo Ministério dos Transportes sobre a realização de 15 leilões de rodovias em 2025, incluindo trechos do eixo Sul da BR-116, que liga Porto Alegre a Camaquã, gerou reações contrárias no Rio Grande do Sul.
Eu repudio esta iniciativa e acuso o governo federal de descumprir compromissos firmados durante audiência pública realizada em dezembro de 2024 na Assembleia Legislativa do RS.

O que foi combinado na audiência pública ?
Uma vez, o governo Lula falta com a palavra aos gaúchosNa ocasião, representantes do Ministério da Infraestrutura, incluindo a secretária nacional de Transporte Rodoviário, Viviane Esse, asseguraram que qualquer nova concessão rodoviária seria precedida de amplo debate com parlamentares federais, instituições públicas do estado e a sociedade gaúcha. Isto não foi feito.

Na ocasião da audiência pública, o tema foi debatido porque tinha como foco o encerramento do contrato da Ecosul, responsável pelo Polo Rodoviário de Pelotas, previsto para 2026.
Sim, na época o Tribunal de Contas da União (TCU) determinou, na época, que a nova licitação deveria corrigir distorções históricas, como tarifas abusivas e a baixa qualidade dos serviços.

E ?
O que está prestes a ser anunciado desrespeita não apenas a metade sul do estado, que já sofre com uma infraestrutura defasada, mas também todos os usuários dessas rodovias, que já foram prejudicados por anos de tarifas injustas e serviços ineficientes.

Como fica a decisão do TCU ?
Não se pode discutir a possibilidade de novos pedágios na BR-116 sem antes resolver as pendências relacionadas ao contrato da Ecosul. De acordo com o Tribunal de Contas da União, essa empresa causou um prejuízo de mais de R$ 800 milhões aos usuários da rodovia. Antes de lançar um novo edital de concessão, a prioridade do governo federal deve ser recuperar os valores que a comunidade gaúcha tem direito e planejar esses investimentos de maneira responsável e adequada.

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MICROENTREVIsTA, Deputado Giovani Cherini, presidente do PL do RS

Como é que é esta história do governo federal nomeado lulopetista usar a Advocacia Geral da União para fustigar a oposição ?
Agora, o regime resolveu instrumentalizar a AGU para criminalizar o discurso da oposição, a título de combater “fake news”. É assim que o regime age quando alguém questiona suas decisões e políticas.

A AGU diz que o caso tem a ver apenas com o deputado Nikolas Ferreira.
Eles foram humilhados por um vídeo no qual o deputado Nikolas Ferreira levanta suspeitas de que uma instrução normativa da Receita que previa o monitoramento de operações via PIX seria a abertura para a cobrança de mais impostos, o chefe do Regime imediatamente acionou a PF para que seja aberto um inquérito policial, a fim de criminalizar a disseminação de “fake news” sobre a suposta taxação do PIX. A verdade é que Nicolas nunca falou que o PIX seria cobrado, isso foi uma forma de distração da imprensa do regime. Ele disse que o governo iria implantar um controle total para taxar todo o dinheiro que fosse para a conta de uma pessoa física ou jurídica, ou seja: controle total e abusivo, que atinge principalmente os mais pobres, que complementam suas rendas com atividades informais, mas essenciais para a sua sobrevivência. 

A reação não foi apenas da AGU.
Sim, porque integrantes do regime petista iniciaram uma espécie de caça às bruxas a deputados e senadores que criticaram a Instrução Normativa da Receita Federal sobre o monitoramento das movimentações financeiras via Pix.

 A receita líquida da indústria brasileira de máquinas e equipamentos caiu 8,6% no acumulado de janeiro a dezembro de 2024, na comparação com o mesmo período de 2023. Em 2024, o setor faturou R$ 270,8 bilhões ante R$ 296,2 bilhões no ano anterior. Os dados foram divulgados nesta quarta-feira (29) pela Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq).


O consumo aparente de bens industriais, definido como o total da produção industrial doméstica e importações, descontadas as exportações – um indicador que mede a demanda interna por bens industriais – ficou praticamente estável no acumulado de 2024, totalizando R$ 369,1 bilhões, com ligeira queda (0,2%) em relação ao ano anterior.


Segundo a diretora de Competitividade, Economia e Estatística da Abimaq, Cristina Zanella, o desempenho da indústria de máquinas e equipamentos foi influenciado pela substituição da produção brasileira por importados e pela queda nas exportações.


“Aconteceu aumento de investimento em diversas áreas da economia [brasileira], investimento no transporte, investimento em equipamentos eletrônicos, mas não no nosso setor. E uma parte importante [do nosso resultado de 2024] está relacionada à perda de participação para o importado”, disse Cristina.


De acordo com a diretora da Abimaq, o desempenho das vendas de máquinas agrícolas e equipamentos para a construção civil foi o que mais puxou o resultado geral para baixo. “O setor de máquinas agrícolas foi o que, de fato, puxou o resultado mais para baixo, dentre todos os setores acompanhados. A gente observou também queda na área de construção civil. O mercado doméstico ampliou as compras de máquinas para construção, mas o que resultou em um número mais fraco foram as exportações um pouco menores.”


Importações

As importações brasileiras de máquinas em 2024 atingiram US$ 29,5 bilhões, com aumento de 10,6% em comparação com o ano anterior, segunda maior marca desde 2013. Os equipamentos chineses responderam pela maior parte (31,5%) ao registrarem crescimento de 5,3 pontos percentuais em relação ao período anterior (2023).


Já as importações de máquinas dos Estados Unidos, que vêm logo após as da China, caíram 6%. Da Alemanha, a terceira origem das importações, houve pequeno incremento nos embarques para o Brasil (2,6%).


Exportações

As exportações de máquinas e equipamentos brasileiros alcançaram US$ 13,1 bilhões em 2024, uma diminuição de 5,5% em relação a 2023. O resultado foi a segunda melhor marca da série histórica, perdendo apenas de 2023, quando foram vendidos ao exterior US$ 13,9 bilhões em máquinas e equipamentos.


Em 2024, dentre os países que registraram aumento na aquisição de máquinas e equipamentos brasileiros destacara-se Singapura, Coreia do Sul, México, Guiana, França e Arábia Saudita. Entre os que tiveram queda, aparecem Estados Unidos, Argentina, Paraguai, Chile e Peru. Para os Estados Unidos, a queda foi de 11,2% e ocorreu principalmente em máquinas para construção civil; para a Argentina, a diminuição foi de 17%, sobretudo em máquinas para óleo e gás.


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