Falência Estatal

Falência Estatal
Astor Wartchow
Advogado

 Independentemente de nossos diferentes graus de escolaridade, informação, leitura e discussão, não há dificuldades para identificarmos várias razões e exemplos que confirmam nossa desorganização e atraso social, econômico e político.
 Neste sentido, destaco um aspecto que julgo central para a manutenção de nossas desigualdades e  (in)diferenças sociais (e conseqüente violência!).
 Primeiramente, é aceitável afirmar que a socialização da pessoa se realiza principalmente através das relações em família e em sociedade.
 E, secundariamente, através de suas relações obrigatórias, facultativas e reivindicativas com o Estado (leia-se União, Estados e Municípios).
 Se o papel da família e da sociedade está diretamente relacionado à disseminação da linguagem, da educação, da cultura e do comportamento social, restaria perguntar qual é a tarefa e responsabilidade do Estado.
 Face nossas históricas e resistentes diferenças sócio-econômicas, é desejável supor que a competência urgente e prioritária do Estado seria a articulação das soluções e a diminuição dessas diferenças.
 Entretanto, posto e exercido o poder e a política como estão, o Estado tem se destacado como agente principal de agravamento das diferenças sociais.
 Maquiado e travestido sob o princípio democrático da igualdade de oportunidade e direito, a verdade é que os poderes de Estado estão delegados apenas àqueles que têm condições de utilizar seus códigos e manuais, literal e simbolicamente.
 Ensimesmado, inconseqüente e “capturado”, o Estado brasileiro garante a formação e manutenção de uma "cultura e prática de elite", em contraponto às necessidades populares.
 Não é a toa que o dinheiro dos impostos, arrancado aos bilhões dos bolsos do povo, escorre por incontáveis ralos, por todos os meios e formas, legais e ilegais, sem cumprir sua função, destino e utilidade pública.
 Então, por submissão, inconsciência política e não saber sobre direitos e deveres, é impossível ao povo o uso objetivo e real das oportunidades e razões (originais) de existência do Estado.
 Assim, sutil e silenciosamente se instala, se mantém e se renova a discriminação e a violência simbólica e real, assimilada, dominante, dominadora e sem contestação.
 Consequentemente, a violência é um subproduto do excesso, da incompetência e do centralismo estatal, e que se espalha para o conjunto da sociedade, sem barreiras sociais e geográficas (sobretudo entre os mais pobres).
 Em síntese, o Estado (a União, principalmente), que deveria trabalhar pela superação das desigualdades e usar o dinheiro público para o bem comum, se constitui no principal agente de (re)criação e permanência das diferenças e distâncias sociais.

Mahindra dobrará produção no Brasil

Mahindra dobrará produção no Brasil

Empresa estuda a compra de fabricantes de máquinas ou a construção de nova fábrica. Unidade brasileira será a responsável pela ampliação da marca na América do Sul

Menos de um ano depois de assumir a operação brasileira, a fabricante de tratores Mahindra tem um acelerado plano de expansão que inclui negócios em países da América Latina. O anúncio foi feito nesta terça (29) pelo diretor-geral de Operações da Mahindra Brasil, Jak Torretta, durante entrevista na Expointer, em Esteio (RS).
O avanço da empresa se dará em diferentes frentes. Com capacidade de montagem de 1 mil tratores por ano em Dois Irmãos (RS), a companhia projeta dobrar o volume de produção até 2022. Para isso, analisa a compra de uma fabricante de implementos ou tratores, ou mesmo a construção de uma nova fábrica. A empresa tem reservado US$ 70 milhões para investimentos nos próximos cinco anos, valor destinado para aquisições ou construção de nova unidade e nacionalização de tratores fabricados em outros países pela marca originária da Índia.
- Estamos em negociações com municípios para a instalação de uma fábrica, mas a nossa preferência é ficar na Grande Porto Alegre. Se não montarmos mais em Dois Irmãos, deverá ficar na cidade um centro de distribuição de peças - afirmou o executivo.
Focada na agricultura familiar - são 5 milhões de propriedades rurais no país com esse perfil -, a Mahindra tem o mercado consumidor concentrado no Sul e Sudeste. Mas está em andamento um plano para ampliar a rede de concessionárias. Atualmente são 15 pontos de venda. A projeção é chegar a 20 até o fim do ano, basicamente no Sul e Sudeste.
- Além de onde já atuamos hoje, há compradores em potencial em São Paulo, Minas Gerais, sul da Bahia, Goiás e Mato Grosso do Sul.
 Torretta disse que a marca pretende aumentar a presença no campo não somente com a venda de produtos, mas também auxiliando o pequeno e médio produtor no gerenciamento da propriedade.
 - É um projeto da Mahindra para 2018. Vamos levar noções de gestão para produtores - acrescentou.
 Mahindra Finance - Outra facilidade para a aquisição de tratores da marca anunciada na Expointer foi a parceria da Mahindra Finance com o banco DLL.
- Isso vai dar agilidade na contratação porque a agência ficará dentro da concessionária. Também vai oferecer financiamento para o estoque e ajudar no gerenciamento de caixa da concessionária - informou Jalison Cruz, gerente de Vendas e Marketing da Mahindra Brasil.
Depois de consolidada a linha de tratores com potência de 26 a 95 cv, a marca vai começar a vender no país modelos de 110 e 130 cv. Montados na Coreia do Sul, serão lançados nos Estados Unidos em outubro. No próximo ano chegarão ao Brasil e em 12 meses devem ser nacionalizados. Com portfólio de até 130 cv de potência, a Mahindra terá produtos para 75% do mercado brasileiro de tratores.
Ao lado desses projetos, a empresa vai gerenciar a expansão da marca na América do Sul, podendo chegar até o México, onde há uma unidade que faz a montagem final de tratores. Os países com potencial de mercado são Paraguai, Bolívia, Chile, Peru e Uruguai.
Pelo fato de a matriz da Mahindra ter 35% da fabricante de colheitadeiras Sampo Rosenlew, da Finlândia, Torretta diz que está em estudo a fabricação de modelos no Brasil.
- Os finlandeses estão bem interessados em razão do potencial do agronegócio brasileiro. Seriam colheitaderas voltadas para o pequeno e médio produtor - informa.
Lançamentos Expointer - A Mahindra aproveita a Expointer 2017 para apresentar novidades. Entre os lançamentos estão tratores da série 6000-6060, família com potência de 55 a 75 cv. O regime de rotação baixa dos motores proporciona economia no consumo de combustível. Também estão no estande da marca o trator Max 26, importando do Japão, voltado para a produção de hortigranjeiros e de uva. O modelo 4530, fabricado na Índia, tem potência de 42 cv. A série 8000 S ganhou nova ergonomia, trazendo mais conforto para o operador. E o 9500 S passa a ter mais potência (95 cv) e um novo sistema hidráulico, sendo uma evolução da linha 9200. Também estão na feira dois modelos do veículo de transporte de carga mPact, utilizados para o deslocamento dentro da propriedade rural. Com tração 4x4 e motores a diesel ou gasolina, suportam todo o tipo de terreno.
Na entrevista coletiva, Torretta definiu os tratores da Mahindra como robustos. O executivo explicou que a melhor forma de se ver isso é verificar quanto que um fabricante desembolsa com consertos em garantia sobre o faturamento total.
 - A média da indústria, em tratores na nossa faixa de atuação, fica em 1,5%. Na Mahindra é de 0,4%. Experimentando os tratores da marca, o produtor notará a durabilidade e o menor consumo de combustível. Só pode dar cinco anos de garantia quem confia no que produz - enfatizou Torretta.
  
Sobre a Mahindra no mundo
Líder mundial em volume de vendas de tratores, a indiana Mahindra está presente em mais de 100 países nos cinco continentes e conta com mais de 200 mil colaboradores em todo o mundo.
O Grupo Mahindra possui 34 unidades de manufatura espalhadas pelo globo. Apenas nas quatro fábricas da Índia são produzidos cerca de 250 mil tratores/ano. No total, a gigante indiana já ultrapassou a marca de 2 milhões de tratores vendidos.
  
Para mais informações acesse www.mahindrabrasil.com.br/territorio-mahindra