Artigo, Marcus Vinicius Gravina - O acasalamento incestuoso no STF

 O autor é advogado no RS.



O título estravagante, mas proporcional ao ato exorbitante cometido pelo STF, que afrontou as bases do direito: a lei, princípios, jurisprudência, doutrina, costume, desprezando imparcialidade essencial a todo julgador.  


Tudo isso de olho no crescimento patrimonial do casal. Os Ministros sempre foram tomados pela inveja dos ganhos de muitos escritórios famosos de advocacia. Foi o que disse a ex-ministra do STJ Eliana Calmon a respeito do decisório recente; “A janela agora foi escancarada pelo Supremo. Ministros ganham muito pouco. Advogados de grandes escritórios, ganham muito mais”. Não se conformam com os seus vencimentos abaixo do que pensam merecer, pelos autos superpoderes ilimitados, com os quais passaram a governar o Brasil. 


Agora, estarão livres para julgar os processos de suas esposas advogadas, maridos e seus escritórios de advocacia.  


Além da flagrante e desleal concorrência a escritórios similares, promoveram a incineração do Capítulo II, dos impedimentos e suspeição,  do Código de Processo Civil Brasileiro. 


Está expresso na lei violada pelo STF que há impedimento, sendo vedado ao Juiz ou Ministro de Tribunais Superiores exercer funções no processo em que figure cliente do escritório de advocacia de seu cônjuge, companheiro ou parente, consanguíneo ou afim em linha reta ou colateral até o terceiro grau, inclusive, mesmo que patrocinado por advogado de outro escritório. Inciso VIII do Art. 144, da Lei 13.105/2015. 


O Ministro Zanin em seu voto, na ânsia de se beneficiar com o produto da arrecadação do seu ex-escritório, agora de sua esposa, justificou o decisório dizendo que ao deixar de julgar o processo da sua esposa e advogada estaria tolhendo o direito de sua “liberdade de iniciativa profissional ”.  


Desde o primeiro dia de aula, ela e o seu marido, hoje Ministro do STF, aprenderam que os magistrados se sujeitam a impedimentos e suspeições. 


De que liberdade de iniciativa sustentou o Ministro marido da advogada?  Ele próprio e os demais Ministros prestaram concurso, ou entrevistas em que um dos quesitos mais importantes foi exatamente sobre o que eles estariam impedidos de fazer, sempre presente no Direito Processual. 


A escolha de ambos, pela advocacia e magistratura foi livre. O exercício de ambas as funções historicamente prevê restrições legais conhecidas, previamente, por ambos quanto à independência de um e o dever de neutralidade do outro. 


Diante da distorção imposta pelo STF - sem outorga legislativa - face a uma esdrúxula sociedade de marido Ministro com a esposa advogada, em que um peticiona e o outro julga processos de altos valores pecuniários, passa a ser indispensável a apresentação da declaração de bens do ministro esposo, o que já é obrigatório -  como se verá - estendido à esposa e de seu escritório, igual a todo o cidadão, para que seja acompanhada a evolução patrimonial do casal.  


É importante assinalar que a Lei 8.730/93 abrange os Ministros do STF, que ao tomarem posse têm a obrigação de apresentar declarações de bens: “É obrigatória a apresentação de declaração de bens com indicação das fontes de renda, no momento da posse ou, inexistindo esta, na entrada em exercício financeiro, no término da gestão ou mandato e nas hipóteses de exoneração, renúncia ou afastamento definitivo, por parte das autoridades e servidores públicos adiante indicados”. Inciso V, Art.1º. Membros da Magistratura Federal “. 


Importante: “A não apresentação da declaração a que se refere o Art.1º, por ocasião da posse, implicará a não realização daquele ato, ou sua nulidade, sem este requisito essencial” . (Art,3º, Lei 8.730/ 93) 


O Brasil foi transformado em boi de piranha, todos querem dar a sua mordida.  


O que diz a OAB-Nacional? 


Acordem, senhores Deputados e Senadores! 


Caxias do Sul, 31.08.2023  


Cidadão brasileiro – Tit. Eleitoral 328036104/34 

Artigo, Fernando Schuller, Veja - O desafio da nossa época

Artigo, Fernando Schuller, Veja - O desafio da nossa época

Achei sensacional a decisão do Elon Musk de instalar a nova unidade da Tesla em Antares, no meu Rio Grande. Tenho uma memória afetiva da cidade, dos Cambará, daquele mundo heroico que hoje se tornou moderno, com alto capital humano, tecnologia e uma rede de universidades no entorno. Os ganhos são evidentes. Haverá muito emprego, o poder público vai arrecadar mais e com isso (se os políticos não fizerem muita besteira) melhorar a vida da cidade. A empresa vai investir em infraestrutura e haverá um boom no comércio, na área tecnológica e mesmo no turismo. Só tem um problema. Vai aumentar a desigualdade. Com uma penca de executivos, novos empreendedores, engenheiros e fornecedores indo para lá, a diferença entre a renda média do "top 1%" da cidade e os 50% com menor renda vai aumentar. Isso inflamou o debate da cidade. Surgiu inclusive um movimento "contra a desigualdade", que listou 442 itens em que as "disparidades econômicas" irão crescer. Uma escola americana para atender as famílias estrangeiras? Aumento da assimetria educacional. Restaurante Michelin abrindo na cidade? Mas e a disparidade gastronômica? O pessoal favorável diz que nada disso tem importância. Não vai ter mais emprego? Investimento? As chances das pessoas não vão aumentar? O movimento não arreda pé. E seus gráficos são poderosos: a diferença entre a renda do primeiro e do último decil de renda vai mais do que dobrar. Não tem jeito. A confusão está armada.

Infelizmente, é tudo ficção. Antares só existe na obra fantástica de Érico Veríssimo, ainda que seja verdade que faça parte de minha memória afetiva. Mas o debate que a história sugere é perfeitamente real. Me dei conta disso quando lia, por esses dias, sobre mais um desses "movimentos contra a desigualdade", que surgem por aí de tempos em tempos. A retórica sobre a "desigualdade" se tornou um carro-chefe de boa parte de nosso mundo político. Ainda agora, na cúpula do Brics, Lula disse que "o mundo está cada vez mais desigual", com a riqueza "concentrada nas mãos de menos gente e a pobreza de mais gente". A frase vale tanto quanto bolinhas coloridas. A pobreza global, medida pelo número de pessoas que vivem com menos de 2,15 dólares ao dia, caiu 78% de 1990 para cá, segundo dados do Banco Mundial. A quantidade de crianças sem educação primária caiu 38%, e há uma tonelada de dados nessa mesma direção. Mas esse não é o ponto. A retórica da "desigualdade" é onipresente, e cumpre um papel político. Mas ela faz sentido? Ela realmente diz respeito a algo que consideramos eticamente crucial, ou é apenas um tipo de retórica que pega bem em uma reunião do Brics, numa campanha ou naquele movimento barulhento que afugentou o Elon Musk de Antares, na minha história?

"É o caminho mais difícil: superar com urgência a pobreza"

Quem percebeu isso com rara clareza foi o filósofo Harry Frankfurt, de Princeton, falecido no mês passado. Em um magnífico livro, chamado The Importance of What We Care About, Frankfurt faz a pergunta: haveria algum problema com a diferença de renda entre pessoas de classe média, que levam uma boa vida, e os ricos ou muito ricos? Vamos imaginar. Haroldo é meu colega professor e ganha 10.000 reais, um pouco acima da renda média dos 10% mais ricos no Brasil. Luciano joga no Flamengo e ganha vinte vezes esse valor. Alguém acha que existe um problema ético na diferença entre a renda dos dois? Luciano tem acesso a certos luxos de que Haroldo não dispõe. Pode ir a uma balada em Ibiza, o que é basicamente irrelevante. Haroldo terá de fazer contas e comprar a prazo, se quiser viajar, mas terá uma chance real de crescer, pôr os filhos em uma boa escola e viver uma vida com significado. E é isso o essencial.

O problema surge quando colocamos os mais pobres na equação. Quando pensamos em João, que trabalha na construção civil, recebe um salário-mínimo e os filhos estudam em uma escola ruim, não tem a mais remota relevância que a diferença de sua renda seja de 9.000 reais, em relação a Haroldo, ou 199.000 reais, em relação a Luciano. O problema é que ele não tem o suficiente para viver a vida que merece viver. Não tem chance de crescimento, vive na angústia de fechar as contas do mês e o bairro em que mora não tem a mínima infraestrutura. Sua situação nada tem a ver com a melhor ou pior condição dos demais. Ela é em si mesma o problema, e é nisso que deveríamos concentrar nosso foco, diz Frankfurt.

"Não é sexy falar em pobreza", me disse um colega, um tanto irônico. Nelson Rodrigues teve a mesma intuição, dizendo nunca ter visto uma "passeata de analfabetos" no Brasil. Os muito pobres estavam fora do jogo. O barulho em torno da desigualdade vai na mesma toada. Gera algum frisson, no mundo político, mas nos desvia do essencial: como melhorar de fato a condição de vida dos mais pobres. Como formar pessoas, urbanizar áreas degradadas, que chamamos de "favelas", "vilas", "comunidades", onde a propriedade não é regularizada, os serviços de infraestrutura não chegam e a violência é o pão de cada dia. Por esses dias, me surpreendi (não deveria) observando a ausência de qualquer ideia ou programa estruturado sobre como resolver o problema da favelização no Rio de Janeiro, o mesmo ocorrendo em boa parte do país. É o mesmo com os 30.000 ou 40.000 moradores de rua em São Paulo. Apenas com o recurso que torramos com o inútil fundão eleitoral, ou o benefício fiscal dado alegremente às empresas aéreas ainda há pouco, dava para gerar uma solução estrutural para o problema daquelas pessoas. Se, por óbvio, alguém estivesse efetivamente preocupado com isso, o que eu realmente duvido.

Se alguém quiser se preocupar com a riqueza, uma boa dica é observar como ela é produzida. Quando o empreendedor israelense Uri Levine criou o Waze, em 2007, melhorou a vida de meio mundo, ajudando as pessoas a se orientarem no trânsito de nossas cidades. É por isso que, seis anos depois, o Google comprou o aplicativo por 1,1 bilhão de dólares. Levine virou bilionário, é possível que tenha aumentado a desigualdade de renda em Israel, mas e daí? Ele produziu uma enorme quantidade de valor em uma economia aberta, e é esse o padrão de geração de riqueza que devemos celebrar. Coisa inteiramente diferente é a riqueza que vem do lobby em Brasília que inventou os cupons para comprar carro zero, ou a superelite do setor público, ganhando acima do teto constitucional. É com essa riqueza, fruto da captura, do compadrio político, e não da geração de valor na sociedade, que deveríamos nos preocupar.

Erradicar a pobreza é o desafio civilizatório de nossa época, tanto quanto foi o fim da escravidão, no século XIX. Kwame Appiah diz que a escravidão só sucumbiu quando perdeu sua "dignidade". É isso. O que hoje nos causa horror um dia foi tratado como digno por boa parte de nossa elite. Talvez deva ser assim com o tema da miséria. Enquanto não compreendermos a indignidade de um país com 33% das pessoas vivendo abaixo da linha de pobreza, não iremos muito longe. Por isso me lembrei de Harry Frankfurt. Enquanto todos parecem excitados olhando para os lados, fazendo retórica fácil, ele sugere mergulhar na vida real dos mais pobres. Dignificar não a pobreza, mas a urgência de sua superação. É o caminho mais difícil, e o mais sem graça, no mundo do entretenimento político. Mas é o que nos pode devolver alguma civilidade, como país.

 

 

*Fernando Schüler é cientista político e professor do Insper

Publicado em VEJA de 25 de agosto de 2023, edição nº 2856

 

https://veja.abril.com.br/coluna/fernando-schuler/o-desafio-de-nossa-epoca




Portaluppi e um indigesto "apoiamento", por Facundo Cerúleo

Quem falava era o taxista de cabeça branca e uma cara parecida com a do Orlando Fantoni (que Deus o tenha e lhe haja melhorado as feições...). E que dizia? Falava: "Nesse angu tem caroço... Nesse angu tem caroço...".

Motoristas de táxi sabem das coisas. Eu acho. É por isso que eu puxo assunto com eles. Aquele estava na bronca com o pessoal da rádio Gaúcha que abriu campanha pela renovação do contrato de Portaluppi para treinar o Grêmio em 2024. É como se os ouvintes fossem otários. Não dá, né?

Será que tem mesmo caroço nesse angu?

Portaluppi não deve estar gostando disso. Por quê? Ora, ora!

Renato Portaluppi é um pouco fanfarrão, um treinador apenas mediano e, portanto, aquém das supostas pretensões de um clube do tamanho do Grêmio. Contudo, tenho informações e motivos para pensar que ele é um homem decente e uma pessoa de bom coração, o que não é pouco.

Acontece que os fofos, os iluminados, os sacerdotes do politicamente correto, os rapazes da Gaúcha que puxam o saco do Renato são os mesmos que, por exemplo, se empenharam em cancelar o Cuca, que, além de muito bom treinador, é um homem decente, pessoa dotada de um grande coração, um ser humano que merece respeito e tem direito a exercer seu ofício em liberdade. Vá dizer isso aos cretinos...

Olhem, eu não gostaria nem de falar, mas... Não caberia jamais esses bravos, por exemplo, fazerem análise moral da conduta do Luxemburgo ou do Falcão. E nunca fizeram! É bom que não tenham feito. Só que, não entrando em detalhes sob pena de ser incoerente, digo que, na comparação com os dois, o Cuca parece uma freirinha. Então alguém me explique: por que é que essa congregação de puritanas resolveu cancelar o Cuca?

Será que Renato Portaluppi fica confortável recebendo o apoio ostensivo dessa turma? Vai querer ser o "preferido" dessa gente? Acho que não!

Arre! Lá na Gaúcha tem um tiozinho com pretensões intelectuais que deve ser o decano dos lacradores. Mas esta coluna não quer ofender ninguém. Nada de ataques pessoais! Sem nomes para não constranger. Apenas fatos. Esse tiozinho, cada vez que fala no Felipe Melo (hoje no Fluminense), cola no rapaz um rótulo bem ao gosto do politicamente correto. Seja qual for a sua intenção, o ato dele é de cancelar o jogador.

Eu sei, Felipe Melo foi sempre uma espécie de "bad boy". Mas é inegável que ele leva a sério o seu ofício, com uma carreira bem-sucedida: aos 40 anos, segue jogando em alto desempenho. E não consta que tenha puxado o saco de ninguém para chegar onde está. E daí? Nada disso tem a ver com o rótulo que o tiozinho tenta colar nele! Não, os motivos são outros... É ridículo, é imoral, mas essa gente confunde "senso de dignidade" com "discurso politicamente correto".

Menciono aqui o tiozinho porque ele é uma síntese do que faz a Gaúcha (e demais órgãos da RBS) quando escolhe uns e cancela outros. Minha saudosa avó diria: "Isso é gente que não prega prego sem estopa...". Deve ter caroço nesse angu... Que Renato fique fora dessa!

Tem mais uma coisa. Há poucos dias, sem que estivesse buscando, descobri o motivo do tiozinho para cancelar o Felipe Melo. E não são as pequenas transgressões nem a falta de fineza do rapaz criado na periferia de Barra Mansa. O motivo é o mesmo para cancelar o Cuca, só que esse eu já sabia. E é ideológico. Mas, deixemos por aí.

Well, por tudo isso, ainda não sei qual é a lógica do "apoiamento" à renovação de contrato do Portaluppi (que, a seu tempo, também foi um tanto "bad boy"). Ah, mas vou descobrir!


Artigo, Marcel van Hattem - G. Dias é o bode expiatório de Lula ?

Está cada vez mais claro que os governistas atuam para que o ex-ministro do GSI, general Gonçalves Dias, seja o bode expiatório do governo Lula em relação aos lamentáveis atos de 8 de janeiro. Proporcionalmente, o general fez muito menos do que o ministro Flávio Dino (Justiça) que, ao que tudo indica foi responsável pela destruição de provas em vídeo das depredações do dia 8. Ou você acredita que as imagens das câmeras foram apagadas apenas por uma questão contratual? Nem mesmo G. Dias acredita...

Lula e Dino usaram o 8 de janeiro para beneficiar o governo, em uma tentativa clara de intimidar a oposição. No entanto, não conseguiram: a verdade está vindo à tona! Flávio Dino e Lula são culpados por omissão e devem responder sobre seus atos contra a democracia, contra o povo brasileiro!


Setembro Verde

 Para estimular a doação de órgãos no país, diversas iniciativas são realizadas durante o Setembro Verde, mês dedicado à sensibilização da causa. De acordo com o Ministério da Saúde, este ano já foram realizados 11.872 transplantes.Segundo dados do Sistema Único de Saúde (SUS), pelo menos 66.291 pessoas aguardam por transplante no Brasil. Na fila de espera no país, mais da metade dos candidatos - 37.112 (55,98%) - ainda seguem na expectativa por um transplante de rim. Em segundo lugar, estão os candidatos a um transplante de córnea, com 25.931 (39,11%) pessoas. 

No Rio Grande do Sul, conforme a Secretaria Estadual da Saúde (SES), entre janeiro e agosto de 2023, foram registrados 424 transplantes de órgãos e, até julho deste ano, 795 transplantes de tecidos (córneas, ossos e pele). Os transplantes de rim (306) e de fígado (85) foram os dois tipos com maior número de procedimentos efetuados. 

Conforme o Ministério da Saúde, o RS tem hoje 3.153 pessoas que aguardam na lista de espera para receber um transplante. Do total, 1.687 homens e 1.466 mulheres. 

Balança comercial tem superávit de US$ 9,767 bilhões em agosto

A balança comercial – diferença entre exportações e importações – fechou agosto com superávit de US$ 9,767 bilhões, divulgou nesta sexta-feira (1º) o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC). O resultado é o melhor para meses de agosto e representa alta de 137,8% em relação ao mesmo mês do ano passado, pelo critério da média diária.


Com o resultado de agosto, a balança comercial encerrou os oito primeiros meses do ano com superávit acumulado de US$ 63,322 bilhões, maior resultado para o período desde o início da série histórica, em 1989. O saldo positivo já supera o superávit comercial recorde de US$ 61,525 bilhões de todo o ano passado.


Em relação ao resultado mensal, as exportações cresceram levemente, enquanto as importações despencaram em agosto. No mês passado, o Brasil vendeu US$ 31,211 bilhões para o exterior, alta de apenas 1,4% em relação ao mesmo mês de 2022 pelo critério da média diária. As compras do exterior somaram US$ 21,444 bilhões, recuo de 19,6% pelo mesmo critério.


Do lado das exportações, a safra recorde de grãos e a maior demanda por minério de ferro contribuíram para a estabilidade, compensando a queda internacional no preço de algumas commodities (bens primários com cotação internacional). Do lado das importações, o recuo no preço do petróleo e de derivados foi o principal responsável pela retração.