Câncer do pulmão

Na próxima sexta e sábado, seminário debaterá novas formas de tratamento da doença

      O Rio Grande do Sul é o estado com maior incidência de câncer de pulmão do país. Entre as capitais, Porto Alegre lidera o ranking. Diante desses dados alarmantes, o Hospital Moinhos de Vento promoverá encontros para discutir o avanço da doença na população gaúcha. Entre sexta-feira (1º) e sábado (2), será realizado o II Simpósio Internacional de Câncer de Pulmão.

      O encontro contará com uma série de mesas redondas. “A intenção é discutir, de forma multidisciplinar, os diferentes aspectos da doença e a aplicação das novas tecnologias disponíveis para o tratamento da neoplasia”, diz o coordenador da Unidade de Oncologia Torácica do Moinhos de Vento, Guilherme Geib. No Hotel Sheraton, a programação trará 30 palestrantes nacionais e três oncologistas internacionais.

      “Enormes avanços no manejo ocorreram nos últimos anos, como o rastreamento e diagnóstico precoce com a tomografia de baixa dose, tratamento com a cirurgia robótica, imunoterapia e terapias alvo. Tudo isso e vários outros aspectos serão abordados no simpósio", explica o chefe do Serviço de Pneumologia do Moinhos de Vento, Marcelo Gazzana.

      O ponto alto do seminário será a sessão plenária, na sexta, às 18h. O painel reunirá a canadense Natasha Leighl, o francês Elie Fadel e o brasileiro radicado no Canadá Sérgio Faria. O grupo debaterá temas relacionados à imunoterapia do câncer de pulmão, o limite da cirurgia na doença e aspectos relacionados à radioterapia estereotáxica.

      A programação completa está disponível em https://iisimposiointernacio2.eventize.com.br/.

      Palestrantes internacionais
       
      Natasha Leighl: médica oncologista do Princess Margareth Cancer Center em Toronto, no Canadá, ela se dedica ao desenvolvimento de estudos clínicos de novas drogas no tratamento do câncer de pulmão. Possui mais de 150 artigos científicos publicados e discutirá os avanços da imunoterapia e terapia alvo-dirigida do câncer de pulmão;

      Elie Fadel: professor de Cirurgia Cardiotorácica da Faculdade de Medicina de Paris e diretor do Hospital Marie Lannelongue, também na capital francesa. Especialista em cirurgias de grande porte para câncer de pulmão, é atuante na área de transplante pulmonar. Possui mais de 200 artigos científicos publicados. Discutirá a cirurgia do câncer de pulmão e seus avanços;

      Sérgio Faria: professor de Radio-oncologia da Universidade McGill, em Montreal, no Canadá. Dedica-se à radioterapia para tratamento do câncer de pulmão e estudos clínicos na área. Virá para discutir os avanços tecnológicos da radioterapia no tratamento do câncer de pulmão.

Balanço da viagem do presidente Bolsonaro

O presidente fechou dezenas de acordos durante a viagem a Ásia e Oriente Médio. Ele começou a viagem pelo Japão, no dia 22, passou por China, Catar e Emirados Árabes, e terminou o percurso na Arábia Saudita, nesta quarta-feira

Ele cumpriu o objetivo de fechar parcerias comerciais e atrair investimentos para o Brasil.

Arábia Saudita - O destaque da viagem foi a notícia de que o fundo soberano da Arábia Saudita investirá US$ 10 bilhões no Brasil.  Segundo Bolsonaro, o valor deve ir para setores como infraestrutura, óleo e gás, defesa e saneamento. Além disso, o presidente brasileiro contou que o príncipe da Arábia Saudita, Mohammed bin Salman, “gostaria que uma parte fosse investida para a baía de Angra dos Reis”.Pelo Twitter, o presidente afirmou que um fundo soberano dos Emirados Árabes também aumentará os investimentos no Brasil, mas não especificou o valor desse incremento. A intenção, de acordo com o Twitter de Bolsonaro, “é investir em portos, estradas, mineração, imóveis e entretenimento. Cidadãos nascidos no Catar e na China, dois dos países visitados por Bolsonaro, não precisarão mais de vistos para entrar no Brasi
 Segundo a embaixada da China no Brasil, em 2017, 135 milhões de chineses viajaram para o exterior, mas só 62 mil vieram ao Brasil. Das viagens ao Brasil, 69% foram de negócios.A isenção de vistos para o Catar deve ter pouca repercussão, já que há só pouco mais de 300 mil cidadãos cataris – o país tem quase 3 milhões de habitantes, dos quais só cerca de 10% são nativosNa Arábia Saudita, foram assinados 13 atos, entre os quais acordos de cooperação nas áreas de defesa, pesquisa científica e comércio

China - O  governo assinou protocolos sanitários para exportar farelo de algodão e carne termoprocessada (isto é, que tenha passado por algum processo térmico). O governo brasileiro assinou com a China protocolos sanitários para a exportação de carne termoprocessada (por exemplo, carne que é congelada ou enlatada depois de cozida) e farelo de algodão, que costuma servir como ração para ruminantes.Com isso, os dois produtos já podem ser exportados à China por produtores brasileiros. Protocolos sanitários servem para diminuir o risco de transmissão de pestes ou pragas endêmicas de um país a outro.Em 2018, a China importou US$ 25 milhões em carne bovina. Com a aprovação do protocolo para as carnes termoprocessadas do Brasil, o governo brasileiro espera um aumento na exportação do produto, que gerou US$ 557 milhões para o país no ano passado.Em relação ao farelo de algodão, o Brasil ainda tem um mercado importador muito incipiente do produto, e a China, que no ano passado importou US$ 4 milhões de farelo de algodão, pode ajudar a impulsionar esse mercado.Na China, além dos protocolos sanitários, Bolsonaro e o líder Xi Jinping assinaram outros nove atos, em áreas como pesquisa científica e energia.O líder chinês Xi Jinping virá ao Brasil para a Cúpula dos Brics, em novembro.

Emirados Árabes - Bolsonaro assinou oito acordos em áreas como defesa, tecnologia e cooperação aduaneira. Durante a visita a Abu Dhabi, Bolsonaro falou sobre a necessidade de equipar melhor as Forças Armadas como uma das justificativas para o interesse do Brasil em acordos no setor de defesa.

Catar- O governo brasileiro assinou cinco atos além do acordo de isenção mútua de vistos. As áreas de saúde, defesa e organização de eventos foram contempladas. O governo do Catar quer a cooperação do Brasil na organização da Copa do Mundo de 2022, com base na experiência brasileira como sede de 2014.