Doria endurece sem endurecer

 Apesar das mudanças, Doria não alterou a classificação de nenhuma região no Plano São Paulo de flexibilização econômica. Desde 30 de novembro, todo o Estado paulista está na fase amarela da proposta

O governo de São Paulo baixou decreto, esta tarde, determinando a redução do horário de funcionamento de bares em todo o Estado (para as 20h). Além disso, os restaurantes poderão continuar abertos até 22h, mas deverão parar de servir bebidas alcoólicas às 20h. As mesmas regras impostas aos restaurantes serão aplicadas para lojas de conveniência que funcionam em postos de combustíveis.Também foi anunciada a ampliação do horário de operação dos shoppings e do comércio.

O governo disse que as medidas visam a evitar aglomerações e conter o avanço de contágios pelo coronavírus.

Os shoppings e o comércio, que na fase amarela só podiam funcionar pelo período de 10 horas, terão agora autorização para operar durante 12 horas, para evitar aglomerações por conta das compras de Natal.

“Nós vimos que era muito importante realizar um ajuste na fase amarela para expansão do funcionamento do comércio de 10 para 12 horas, mantendo a capacidade de 40%. Foi uma decisão técnica entre saúde e comércio para que possamos atender à necessidade de maior espaçamento entre as pessoas, evitar aglomerações, para que todos possam ter suas necessidades agora do fim do ano atendidas, mas com responsabilidade, com segurança. Então o que está permitido é a manutenção do horário de funcionamento até as 22h, mas com o limite de até 12 horas de funcionamento e 40% de ocupação”, disse a secretária de Desenvolvimento Econômico, Patrícia Ellen.

“Uma notícia importante é a manutenção, a garantia de 2.000 leitos de UTI do SUS para esse enfrentamento. Lembrando que no momento pré-pandemia, a Secretaria de Saúde contava com 3.500 leitos de UTI. Esse número foi ampliado para 8.500 leitos de UTI, mais 140% de aumento. Sendo que desses 8.500 leitos, 2.000 não estão habilitados pelo Ministério da Saúde. Então o anúncio do governo do Estado de São Paulo hoje é que ele garantirá o funcionamento desses 2.000 leitos para atendimento dos pacientes Covid”, disse Eduardo Ribeiro, secretário-executivo da Saúde.

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Opinião

 Não há viés de alta. Isto é falso. E se houver, o sistema hospitalar tem condições de suportar, bastando que parem de reduzir leitos destinados aos doentes por coronavírus.

Os números a espeito da taxa de ocupação de leitos de UTIs do sistema hospitalar de Porto Alegre seguem sendo manipulados pela mídia corporativa de Porto Alegre, com ênfase para os jornais Zero Hora e Correio do Povo. 

Os dados manipulados são de tal maneira alarmantes e considerados confiáveis por algumas pessoas que não procuram os sites oficiais, que até mesmo o Ministério Público usou-os, ontem, para rechear a ação civil pública que intentou e com a qual conseguiu êxito, ao interditar o uso do Auditório Araújo Viana, hoje, por parte do seminário Vozes da Cidade, durante o qual o prefeito eleito Sebastião Melo receberia os relatórios sobre o estado atual da administração municipal e as linhas principais das propostas de mudanças.

Logo mais abaixo, o editor publica dados de ontem da secretaria municipal da Saúde, que comprovam que o juiz da 4a, v/ara da /fazenda Pública, Fernando Diniz, foi induzido a erro pelas promotoras Liliane Pastorize e Márcia Cabral Bento, que afirmam na ação que "a ocupação de UTIs na Capital está em 94%", número informado pelos jornais e que o editor comprovou serem equivocados ou até manipulados. 

Há mais de 2 meses, a taxa de ocupação de leitos de UTIs de Porto Alegre está no entorno dos 85% a 90%, mas não passando disto. E mais: Nem 40% desses leitos são ocupados por doentes infectados pelo vírus chinês, além de que 10% deles não são de moradores de Porto Alegre.