Mateus Bandeira vai ficar 24 horas no ar


      Uma ação inédita no Brasil, inspirada no seriado americano House of Cards, será o grande trunfo do candidato a governador do Rio Grande do Sul pelo NOVO, Mateus Bandeira, para contornar o pouco tempo de exposição na televisão (7 segundos).
      Bandeira apresentará seu plano de governo durante 24 horas, ao vivo pela internet, a partir das 17 horas desta sexta-feira. Direto da residência do candidato, a transmissão pelo Facebook, Twitter e Instagram seguirá até o mesmo horário do sábado.
      Na maratona, os internautas conhecerão um pouco mais da família e trajetória pessoal de Mateus Bandeira, e também terão a oportunidade de fazer perguntas em tempo real.
      Durante a programação, Mateus Bandeira falará sobre o cenário político e os posicionamentos da candidatura, acompanhado pelo candidato à vice-governador Bruno Miragem.
Para às 20h45, está prevista uma videoconferência com o candidato à presidência pelo NOVO, João Amoedo, seguida de bate-papos com lideranças e candidatos a deputado estadual e federal.
      Ao longo da madrugada, Marcel Van Hattem e o vereador de Porto Alegre, Felipe Camozzato estarão entre os convidados para falar sobre os desafios da renovação na política. Temas como economia, segurança, saúde e educação também serão pauta de conversas com especialistas como Marcelo Berger, que abordará o avanço da violência, e Roberto Rachewski, que falará sobre educação.
      A transmissão contará ainda com a participação dos jornalistas Felipe Vieira e Diego Casagrande, e da Publisher da Revista VOTO, Karim Miskulin, que também farão seus questionamentos aos candidatos.
      O sábado começará com uma roda de chimarrão, programada para às 5 horas, e no café da manhã a pauta será o empreendedorismo. Percival Puggina será o convidado para falar sobre Capitalismo x Socialismo, e na sequência, Mateus liderará a discussão sobre a necessidade de investimento em tecnologia e inovação. Para o almoço, um churrasco descontraído com a família, amigos e apoiadores também poderá ser acompanhado na íntegra via redes sociais.


Complexo Belvedere

O prefeito Nelson Marchezan Júnior recebeu nesta quinta-feira os empresários André Meyer e Cristina Kisslinger, proprietários da Belvedere Empreendimentos Imobiliários. Eles apresentaram o projeto final do empreendimento de R$ 850 milhões. “Finalmente, após 20 anos, o projeto vai sair do papel”, disse Meyer.

Marchezan afirmou que o Complexo Belvedere é um dos 89 projetos prioritários para a cidade. O empreendimento sairá na avenida Tarso Dutra (Nova Carlos Gomes), diante do complexo Trend, da Maiojama.

No início da atual gestão, havia mais de 1.200 projetos em processo de licenciamento. Muitos, como esse, há várias décadas. 

Torre, shopping e hipermercado 
A torre comercial, com acesso pela rua Cristiano Fischer, terá 32.000m2 de área construída; 431 vagas de estacionamento; uma praça e uma loja de 4.000m2 com frente para a futura avenida que será construída entre a Salvador França e a Cristiano Fischer. A previsão de inauguração é 2021 e o investimento chega a R$ 200 milhões.


O shopping terá 146.500m2 de área total e oito pavimentos, sendo cinco de empresas de serviços e estacionamento, três andares de shopping center, com lojas, cinema, área de lazer e alimentação. A expectativa é que sejam investidos R$ 500 milhões de reais. Com inauguração prevista para 2020 e investimento de R$ 150 milhões, o hipermercado terá área construída de 33.832m2, com dois andares de estacionamento. 

Entrevista, Murilo Hidalgo, Paraná Pesquisas - Se a eleição fosse hoje, Bolsonaro enfrentaria Alckmin ou Haddad no segundo turno


Nesta última pesquisa de intenções de votos, o Instituto Paraná Pesquisas voltou a incluir Lula da Silva na lista de candidatos. A que se deve esta insistência em incluir um nome sabidamente fora da disputa? 
R.: Temos incluído o nome do candidato Lula nas pesquisas, pois o partido registrou a sua candidatura no TSE e desta forma, até que o TSE decida pela validade ou não dos registros, precisamos incluir todos os nomes de candidatos(as) que estão com a candidatura registrada.

Por que razão vocês não apresentam cenários para segundo turno?
R.: Consideramos que ainda está muito cedo para esse tipo de pergunta. Pensando na qualidade das respostas em nossas pesquisas, optamos por fazer questionários mais enxutos e desta forma, no momento, tomamos a decisão de fazer outras perguntas.

De que modo o Instituto Paraná Pesquisas enxerga a evolução de votos de Bolsonaro ao longo das pesquisas e se ele poderá crescer ou cair com o início oficial da campanha?
R.: De acordo com as últimas pesquisas divulgadas pelo Instituto Paraná Pesquisas, o candidato Jair Bolsonaro se mantém estável, ou seja, nem subindo, nem caindo. Como não há tendência de subida ou de queda do candidato, será necessário aguardar o início oficial da campanha para verificar como se comportará o eleitor.

Bolsonaro irá ou não para o segundo turno, mantido o cenário até agora apresentado?
R.: Se a eleição fosse realizada nos próximos dias, diria que a probabilidade é muito grande.

O que poderá impedir que isto aconteça?
R.: São dois fatores que podem impedir que um candidato mantenha a preferência do eleitor: desconstrução de sua imagem e não conseguir convencer o eleitor que possui o preparo necessário para ser Presidente do Brasil. Isso é para qualquer candidato e não apenas para o candidato Jair Bolsonaro.

Caso Bolsonaro vá para o segundo turno, qual o adversário mais provável que ele enfrentará?
R.: Se tivesse que apostar hoje, apostaria em Geraldo e Fernando Haddad, no caso deste ser o candidato do Lula. Mas é apenas uma aposta. Será necessário aguardar o andamento das eleições.

Será todos contra um?
R.: Não acredito. Deverá ocorrer uma disputa entre os candidatos Ciro, Marina e Haddad e do outro lado entre os candidatos Jair Bolsonaro, Geraldo e Alvaro.

Ao substituir seu candidato, Lula poderá transferir com eficácia seus votos para um novo poste, no caso, Fernando Haddad, como fez com Dilma?
R.: Há uma expectativa muito grande em relação a isso. Resta saber se isso se concretizará. Dependerá muito do andamento da campanha e em que momento ocorrerá a substituição.

Os eleitores identificam Fernando Haddad como poste? Se identificam, enxergam isto como um mal ou como um bem?
R.: Pelos últimos dados que temos, a opinião pública ainda não relaciona de forma direta Fernando Haddad a Lula. Quanto ao benefício ou prejuízo dessa relação, só o tempo poderá confirmar.

Qual o peso que o enorme tempo de TV de Alckmin, Meirelles e Haddad jogarão a favor deles e contra candidatos como Bolsonaro, que não têm tempo algum?
R.: Tenho dito que se essa eleição se pautar de forma tradicional, ou seja, com as mídias tradicionais como grandes influenciadores da opinião do eleitor, o tempo de Geraldo e Haddad (se esse vier a ser o candidato do Lula) poderá fazer diferença para eles. Todavia, não está me parecendo que essa eleição será baseada na forma tradicional. As mídias alternativas, como internet, mídias sociais, etc, deverão ter uma grande influência tanto quanto as mídias tradicionais.

A TV e o rádio continuarão contando com peso enorme nas decisões de votos ou a internet já joga papel relevante no processo? E que papel?
R.: Quando começar o horário eleitoral, o peso da rádio e da TV devem aumentar.

Quem será identificado pelo eleitorado como candidato do governo Temer? Isto ajudará ou prejudicará o candidato?
R.: Pelas pesquisas, a popularidade do Presidente Temer é muito ruim e isso, inicialmente, prejudicará o candidato Meirelles, podendo “respingar” em Geraldo, por conta da sua base de apoio.

Até que ponto os eventos da Lava Jato prejudicarão candidatos envolvidos diretamente ou através dos seus Partidos ou aliados de outros Partidos?
R. Os que não tiverem envolvidos e nem “companheiros” envolvidos, deverão ter grande vantagem sobre tema.

Um bom candidato a vice-presidente ajuda o candidato?
R.: Se não tiver problemas, já ajuda muito, mas dificilmente um(a) candidato(a) a Vice-Presidente decide uma eleição.

Ana Amélia ou Manuela, qual delas terá mais votos?
R: Baseado nas últimas pesquisas divulgadas pelo Instituto Paraná Pesquisas no Rio Grande do Sul, a Senadora Ana Amélia possui uma força eleitoral maior, por outro lado, Manuela D´Ávila, devido ao fato de ter sido pre candidata à Presidente, projetou o seu nome nacionalmente. Mais uma vez será necessário aguardar.

Qual delas ajudará mais o candidato a presidente?
R.: As duas de forma de forma diferente.

Jornais destacam ataques de Lula e do PT ao sistema democrático do Brasil


O registro da candidatura de Lula é considerado pelos jornais uma afronta à Justiça/Lava Jato. A partir daí, fica estabelecida a interpretação de que o Judiciário e Lula se comportam como adversários. Não há espaço para que outra agenda ocupe este início de campanha eleitoral.
O artigo do petista no NYT nesta semana e a mobilização com significativo número de militantes ontem em Brasília contribuem para que o ex-presidente predomine na pauta, com forte contraponto feito pelos editoriais e outros espaços de opinião.
É dessa forma que Lula chega ao início da campanha polarizando não com um candidato rival, mas com outros agentes relevantes no processo eleitoral, como a própria imprensa e o Judiciário.
Já não se fala, como meses atrás, em um candidato anti-Lula. É o próprio sistema democrático que polariza com o petista, na perspectiva do noticiário.
“PT trava nova luta contra o Judiciário”, afirma Daniela Lima na Folha. “Lava Jato faz cerco à tática do PT na eleição”, diz o Estadão. O jornal cita o pedido de procuradores para evitar que Gleisi atue como advogada de Lula e o adiamento anunciado por Sergio Moro do depoimento de Lula.
“Moro não quer a aparição de Lula na TV e em fotos jornalísticas durante a campanha eleitoral. Cá entre nós, é atribuir à simples imagem de Lula um poder insuperável”, diz Janio de Freitas.
Os jornais destacam que Raquel Dodge já pediu que Lula seja declarado inelegível. “Lula faz pressão, Dodge age rápido”, publica o Correio. De acordo com o Painel, a aposta no TSE é que Barroso vai impor análise célere ao registro da candidatura de Lula.
O Jornal Nacional destaca que o MP apresentou à Justiça queixas sobre o que considera excesso de visitas que o petista recebe na prisão.

Artigo, Celso Ming, Estadão - Limitações do crédito


Sempre que a atividade econômica segue devagar-quase-parando, aumentam as tensões na área do crédito, como se tudo dependesse de destravá-lo e de torná-lo mais acessível a empresas e consumidores.
O crédito é relativamente baixo no Brasil. Corresponde a apenas 46,8% do PIB. Se compararmos com o que acontece em outros países, fica claro como esta segue sendo outra área atrofiada no Brasil. No Chile, por exemplo, já ultrapassou os 100% do PIB. A paradeira produtiva tem uma fieira de causas mais importantes do que o relativamente baixo dinamismo do crédito. A mãe de todas as causas é o rombo das contas públicas, que bloqueia muita coisa. Basta lembrar que a maior parte da poupança nacional, que também não é lá essas coisas, está sendo canalizada para compra de títulos do Tesouro do Brasil, ou seja, destina-se a dar cobertura à dívida que, por sua vez, é o rombo acumulado. Ou seja, a voracidade do Tesouro é um dos maiores obstáculos ao crescimento do crédito no Brasil.
Mas há outro obstáculo: o alto endividamento do setor privado. No dia 3, esta Coluna mostrou que 59,6% das famílias brasileiras continuam endividadas. E tem também a inadimplência. Como aponta o SPC Brasil, são 63,4 milhões de CPFs com atraso nas contas.
Não é possível esticar ainda mais essa corda sem que se criem novas distorções. O candidato do PDT à Presidência da República, Ciro Gomes, entendeu que este é obstáculo sério ao crescimento e, portanto, ao emprego – e nisso tem razão. E foi logo se comprometendo a que, se eleito, tratará de deflagrar grande operação de limpeza de nomes nos cartórios, na Serasa e nas instituições que registram a ocorrência de calotes de dívidas. Depois, foi obrigado a advertir que não seria ele o causador de novas atrocidades na área de crédito. Como a que aconteceria se, garantida alguma espécie de perdão de dívidas, o endividado ou outros se aventurassem nos financiamentos, independentemente da capacidade de honrar compromissos, certos de que o Ciro se encarregaria depois da faxina geral.
Claro, toda dívida pode ser renegociada. Mas o que também emperra o crédito não são os juros excessivos cobrados por aqui – embora também façam parte do emperramento – nem o eventual baixo interesse dos bancos em financiar a produção e o consumo.
O outro problema de fundo é o baixo nível da renda, conjugado com o aumento do desemprego, que não só reduz o apetite por crédito do consumidor, como, também, contém os bancos.
Os candidatos se sucedem em prometer que usarão os bancos estatais não só para expandir o crédito, como, também, para forçar importante redução do spread (diferença entre o que os bancos pagam e o que cobram de juros). Isso aí é mula de mina, viciada nos mesmos caminhos. Para não ir longe, o governo Dilma não fez outra coisa. Chamou os bancões oficiais para cumprir o determinado. O resultado foi lastimável. Para não quebrar, a Caixa Econômica Federal teve de receber sucessivas transfusões de sangue novo do Tesouro e o Banco do Brasil amargou temporadas de baixíssima rentabilidade.
Ou seja, devagar com o crédito, que o santo é de barro.