Carta-compromisso

 Levamos  nossas  propostas  ao  povo  de  Porto  Alegre  com  a certeza  de  sermos  a  melhor  opção  para  governar  a  cidade.  Continuamos com os mesmos sonhos, nas mesmas buscas, com o compromisso de levar adiante nosso projeto. Assim, o Partido Democrático Trabalhista, através da deliberação de seus representantes, tendo em vista a disputa de segundo turno nas eleições municipais, vem tornar público seu apoio programático à candidatura de Manuela D’Ávila, mediante os seguintes compromissos.

Dar   cumprimento   à   lei   da   Escola   de   Tempo   Integral, implementando CIEP’S, nos moldes de Leonel Brizola.

Revogar  as  alterações  na  lei  do  plano  de  carreira  dos servidores públicos realizadas no atual Governo.

Zerar o déficit de vagas na educação infantil.

Implementar a creche noturna para a mãe trabalhadora.

Retomar a hora atividade para planejamento e estudo dos professores da Rede Municipal.

Não  privatização  das  empresas  Procempa,  Carris,  Dmae  e DEP.

Manter a gestão pública do Mercado Público.

Fortalecer  o  SUS,  com  foco  no  combate  à  pandemia,  e retomar o programa de Saúde da Família.

Ampliar os postos de saúde com atendimento até as 22h.

Dar  fim  ao  desabastecimento  de  água  em  Porto  Alegre, como nas localidadesda Lomba do Pinheiro e Morro Santana.

Política permanente de regularização fundiária e produção habitacional.

Implementar o Plano de Desenvolvimento Municipal para geração de emprego e renda na cidade.

O  Partido  Democrático  Trabalhista  tem  compromisso  com  o desenvolvimento nacional, com a geração de emprego e renda, com o povo trabalhador,  com  as  mulheres,  jovens  e,  fundamentalmente,  com  as crianças. Importante ressaltar que este apoio se funda, pura e simplesmente, em ideais programáticos e no antibolsonarismo, no combate ao ódio e ao rancor. Neste sentido, ainda que com diferenças, a candidatura de Manuela D'Ávila é aquela que mais se assemelha ao nosso projeto."



Artigo, Renato Sant'Ana - Turbulento sistema de votação

Sob o título "Nosso nebuloso sistema de votação", esta coluna advertiu, dias atrás, para a fragilidade (eufemismo) de um sistema baseado na "urna eletrônica", que nem urna é, mas um compilador de dados.

Aí, no dia da votação, estourou a bomba: hackers tinham invadido os "computadores" do Superior Tribunal Eleitoral (TSE).

Apesar disso, o pessoal da Justiça Eleitoral segue mantendo o surrado discurso da "total segurança da urna eletrônica".

Outra advertência foi para a possibilidade de alguém votar em nome dos que não comparecem no dia da votação.

O voto é virtual (não deixa vestígios e impede a recontagem); é grande o número de eleitores que não comparece; e é possível, aos mesários, ter certo controle sobre quem não vai comparecer.

Mas também nesse ponto a Justiça Eleitoral não reconhece o problema.

Oxalá, só existam mesários honestos...

Agora, como saber se, além de causar tumulto, os hackers não alteraram a votação em favor de candidatos de seu interesse ideológico?

E quem pode assegurar que ninguém tirou proveito das abstenções?

Não se trata de pôr sob suspeita os resultados do último dia 15, mas de examinar em abstrato a questão.

Fato é que ninguém dispõe de dados objetivos para afirmar se há ou não fraude, já que é impossível a recontagem dos votos, o que impede a existência de contraprova, tornando obscuro o processo.

Mas resta muito o que fazer. E não há por que pecar por omissão.

Onde houver 2º turno, é vital que os partidos organizem a mais rigorosa fiscalização, o que concorre para a transparência do pleito.

E o eleitor de boa vontade terá que reflexionar!

Por mais que não tenha tal intenção, quem não aparece para votar acaba somando para ampliar as condições favoráveis a fraude.

Para finalizar, meditemos no que adverte Edmund Burke:

"Para que o mal triunfe basta que os bons fiquem de braços cruzados."

 

Renato Sant'Ana é Advogado e Psicólogo. 

E-mail sentinela.rs@uol.com.br