Artigo, Ana Pregardier, Zero Hora - Nova base curricular: um desafio


A definição dos temas integradores entra para a história da educação brasileira junto com a implantação da nova Base Nacional Comum Curricular (BNCC) da Educação Infantil e do Ensino Fundamental para crianças de 0 a 14 anos. A BNCC é definida como documento de caráter normativo que define o conjunto orgânico e progressivo de aprendizagens essenciais como direito das crianças, jovens e adultos na educação básica.
Ao adotar a BNCC, o Brasil se alinhou ao movimento internacional que busca aprimorar a qualidade de ensino para assegurar o desenvolvimento da pessoa humana, normatizando as aprendizagens essenciais garantindo que o cidadão brasileiro esteja apto para o exercício da cidadania ativa, baseado em princípios crescentes de igualdade.
Entre as diretrizes definidas na BNCC, além do conteúdo curricular obrigatório, competências e habilidades, existem 13 temas integradores que são temáticas a serem contempladas nas habilidades dos componentes curriculares: direitos da criança e do adolescente, educação par o trânsito, educação ambiental, diversidade cultural, saúde, vida familiar e social, educação para o consumo, e educação financeira e fiscal, entre outros.
Um passo importante para atingirmos uma educação de qualidade.
Existe, contudo, um clamor que deve ser ouvido: e os professores? No dia a dia da sala de aula, os professores das diversas áreas de conhecimento estão preparados para incluir esses temas integradores no seu plano de aula? Eles tiveram formação ou possuem materiais de apoio pedagógico para trabalhar esses temas? Estão tendo apoio para cumprir com maestria essa nobre tarefa de desenvolvimento integral da pessoa humana? Se ensinar matemática financeira fosse o mesmo que ensinar educação financeira, na existiria pessoa alguma da área das exatas com problemas financeiros. Como faremos para ensinar esse tema se muitos de nós vivem problemas financeiros na vida pessoal?
O prazo que as escolas têm para implantar as diretrizes descritas na BNCC é de dois anos. Esse é um passo importante para atingirmos uma educação de qualidade e igualitária. Reitero a necessidade de os professores terem apoio, formação e materiais para implementar todas essa novas diretrizes.

2 comentários:

  1. É o primeiro passo. Vários virão. Mudar é preciso.Certo é que somos um país analfabeto, com as universidades povoadas de universitários analfabetos. A mídia? Vinde à Belo Horizonte pra ver. Que horror!

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  2. A educação é desastrosa no Brasil desde a adoção do construtivismo!. Gera analfabetos funcionais. E a cada geração nossos jovens se distanciam mais dos padrões do primeiro mundo! Os professores, mal remunerados e TB semi alfabetizados, apesar dos inúmeros cursos e títulos, não tem o que oferecer no processo ensino/aprendizagem. E quando o processo dá errado, e dá, culpam os alunos e, no ensino particular, penalizam os pais que tem que pagar de novo o mesmo conteúdo "chinfrim" e inútil!

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