O Banco Master, do empresário Daniel Vorcaro, preso nesta terça-feira (18/11) pela Polícia Federal (PF), contratou o escritório Barci de Moraes, onde trabalham a mulher e dois filhos do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). As informações são da jornalista Malu Gaspar, do jornal O Globo


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Daniel Vorcaro foi preso em Guarulhos (SP) no âmbito da Operação Compliance, que investiga a emissão de títulos de crédito falsos por instituições financeiras. A ação ocorre um dia após o Banco Central decretar a liquidação extrajudicial do Banco Master, medida que encerrou de imediato a possibilidade de avanço nas negociações de venda ao Grupo Fictor. 


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Viviane Barci de Moraes representou o Master em ações na Justiça. O banco não revela quais são os processos ou quanto ela já recebeu. No âmbito do STF, Viviane atua em pelo menos 30 processos públicos, mas não consta no arquivo processual da Corte ações ligadas ao Banco Master, de acordo com a reportagem.


O mesmo escritório atuou na defesa de Alexandre de Moraes e sua família na investigação sobre o episódio em que o ministro teria sido agredido por brasileiros no aeroporto de Roma, em julho de 2023.



O banco já firmou outros contratos com figuras públicas, como o hoje ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, após ele ter se aposentado do Supremo, em 2023. Na época, ele receberia um salário de aproximadamente R$ 100 mil.


O Banco Master pertence ao mineiro Daniel Vorcaro, que é sócio em empresas de diversos ramos (como o Fasano do Itaim, em São Paulo, e o Will Bank) e dono de aproximadamente 26% da Sociedade Anônima de Futebol (SAF) do Atlético Mineiro. 


Em 2023, ganhou destaque nacional ao gastar cerca de R$ 15 milhões na realização da festa de 15 anos da filha em Nova Lima, na região metropolitana de Belo Horizonte, com direito a show do DJ Alok. Na mesma época, ele teria comprado a mansão mais cara já negociada em Orlando, na Flórida, com um valor de US$ 37 milhões.



O Master tinha em sua carteira um total de R$ 8,7 bilhões em precatórios, que são dívidas do governo oriundas de ações judiciais. O banco tem em andamento uma ação contra a União que trata do recolhimento da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL), sob relatoria do ministro Gilmar Mendes.


Novo recorde deste blog

Este blog quebrou, ontem, o recorde do número de leitores de um só dia, apuração feita no caso de todo o mês de dezembro, alcançando este número: 69.108. Este número garante média diária superior a 50 mil leitores alcançada seis dias seguidos. São dados oficiais do Google Analytics, ferramenta usada pelo Google para medir números de leituras em todos os tipos de publicações de internet. São números que podem ser conferidos por qualquer pessoa.

Segunda-feira - 69.108
Domingo - 58.920
Sábado - 59.606
Sexta-feira - 63.978.
Quinta-feira 45.548 leitores. 
Terça-feira 44.132

Este blog atinge público especialmente qualificado.

Para efeito de comparação, mesmo que sejam publicações de natureza diferente, o jornal mais importante do RS, Zero Hora, segundo dados oficiais do IVC, terminou o ano passado com 34.738 impressos (cada jornal impresso é lido por 4 pessoas em média) em papel (redução de 5,1%). CLIQUE AQUI para conhecer a tiragem dos principais jornais do Brasil em 2024.

Justiça doTrabalho existe em 30 Países. Saiba quais são e quais as diferenças.

O editor participou, ontem ao meio dia, do programa +Brasil, conduzido pelo jornalista Júlio Ribeiro, quando se discutiu a PEC do deputado Luiz Philipe que propõe a extinção da Justiça do Trabalho. A informação prevalecente no debate de que só o Brasil possui Justiça do Trabalho é um mito. Pelo menos 30 países possuem alguma forma de Justiça do Trabalho ou cortes especializadas para julgar conflitos trabalhistas, embora a estrutura varie muito, com exemplos notáveis na Alemanha, França, Reino Unido, Nova Zelândia, Argentina, Chile e México, que têm sistemas dedicados, enquanto outros países, como os EUA, resolvem essas questões na Justiça Comum. A existência de uma justiça especializada em matéria laboral é um fenômeno internacional, presente em diversas nações desenvolvidas e em desenvolvimento, com raízes históricas que antecedem o modelo brasileiro. 

Exemplos de Países com Justiça do Trabalho Especializada:

Europa: Alemanha, França, Reino Unido (Inglaterra), Espanha, Bélgica, Suécia, Portugal.
América Latina: Argentina, Chile, México, Peru, Uruguai, Costa Rica, Bolívia.
Outros: Nova Zelândia, Austrália, Israel, África do Sul, Coreia do Sul, China. 

O editor fez consulta por Inteligência Artificial e o resultado foi este sobre o caso:

Diferenças e Semelhanças:

Estruturas Variadas: Alguns países têm um ramo judiciário distinto e codificado (como o Brasil com a CLT), enquanto outros têm tribunais específicos ou órgãos administrativos, como os departamentos de trabalho nos EUA, que lidam com milhões de casos através de uma "indústria legal" trabalhista, mas não uma "Justiça do Trabalho" no sentido brasileiro.

Antiguidade: Alguns sistemas, como o francês e o alemão, são mais antigos que o brasileiro, criado em 1941. 

Vitórias dos trabalhadores

Estudos indicam que os trabalhadores vencem a maioria das ações na Justiça do Trabalho, com percentuais de vitória total ou parcial que chegam a 88% em certas regiões, como no Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região (TRT-2) em São Paulo. No entanto, é importante notar que eles ganham todos os pedidos em uma porcentagem muito menor dos casos (cerca de 2,6% a 5%). 

Artigo, especial - O último trinco entre o futuro e o caos

Este artigo é do Observatório Brasil Soberano

 A porta de aço de um cofre bancário possui segredos e fechaduras temporais, mas seu mecanismo decisivo é o trinco morto. Uma alavanca simples que, uma vez acionada, torna o acesso irreversível. Não importam combinações ou recursos; quando ele cai, estabelece uma verdade elementar: ou se está dentro, protegido, ou fora, à mercê do que vem. A política nacional conhece bem esse mecanismo. Conhece bem o impersona lismo que certas decisões têm, e precisam ter, quando o que se está em jogo é o destino de um país tão gigante e tão imperfeito quanto o Brasil. A variável da espe rança, cedo ou tarde, se vê substituída pela da inevitabilidade. A imprensa tem um papel fundamental - nem sempre positivo - em traduzir o barulho que a queda do trinco final causa. Rumores são plantados diariamente para semear dúvidas, incapazes de mover as alianças fundamentais. Hoje, o país tem uma dessas alianças com o governo americano, uma barreira natural contra o avanço de um projeto que não respeita fronteiras nem soberanias. A verdadeira ameaça, então, é mesmo a interna: esse sistema de poder que opera com o objeti vo único da reconfiguração das próprias engrenagens da nação. O mercado, sempre arredio a qualquer movimento que não venha com luva de pelica, interpreta como risco essa linha de giz traçada ao chão da política nacional. Tal reação, no mínimo miope, que não vê o perigo real, está justamente na não definição de um polo, na ilusão de que existem atalhos civilizados para deter essas forças políticas donas do sistema atual, que desconhecem as regras do jogo civili zado. Mas essa reação também pode ser intencional, se o mercado tiver decidido se aliar justamente com aqueles que usurpam os poderes legislativos, ameaçam a democracia, se unem ao bolivarianismo narcoterrorista. Seja como for, o merca do sabe muito bem que a fragmentação é o campo fértil onde esses abutres que agem contra o país se refestelam, unidos sob a bandeira da destruição do país, en quanto o lado que tem amor à pátria se perde em intrigas de vaidade, em nomes levantados pela Faria Lima em salas refrigeradas que se desfazem ante ao menos sinal de pressão. O futuro não precisa ser descrito em cenários de ruína para ser compreendido. Basta observar a direção. Quando a resistência se divide, o flanco da oposição se abre, a prioridade deixa de ser a unidade para ser a sorte individual. A oposição ao mal não precisa ser brilhante, precisa apenas ser coesa. E contra uma coesão férrea, a fragmentação é sempre derrota anunciada. A definição e a unidade precisam transcender as personalidades. Devem ser sobre função. É preciso reconhecer que, em certos momentos da vida, a única resposta possível à uma força que só busca destruir é uma contra-força igualmente sólida, única e indivisível. É o pino de aço que se insere na engrenagem para travar seu movimento. Não se pede adoração ao trinco, se pede o entendimento da sua fun ção na mecânica da preservação. Este é o momento que estávamos esperando. As discussões partidárias, sempre se cundárias, acabaram. Ou a resistência à aliança socialista-liberal se consolida como um bloco impermeável e resoluto, ou será dispersada pelo vento que o sistema faz soprar com força na porta do país. O erro fatal seria acreditar que ainda há tempo para escolher o formato da resistência, do trinco, da fechadura. Esse tempo já se esgotou. O som que se ouve não é de campainha, mas do último trinco caindo no lugar. A partir de agora, resta uma única decisão: ficar do lado de dentro da história, ou ser deixado do lado de fora de um futuro que não perdoa hesitações. • Trinco político: A política nacional entra em ponto de irreversibilidade, em que escolhas deixam de ser opcionais e passam a definir quem permanece protegido e quem fica exposto ao caos institucional. • Ameaça interna: O centro de risco do país se desloca para dentro, onde um sistema de poder organizado busca reconfigurar as engrenagens da nação enquanto a imprensa alimenta incertezas irrelevantes. • Unidade ou derrota: A fragmentação da resistência abre caminho para o avanço de forças destrutivas; apenas uma oposição coesa e funcional impede a queda definitiva do último mecanismo de contenção. Pág. 1 A hora não é a de escolher rostos. É hora de escolher lados

Artigo, Revista Crusoé - Gilmar, Incitatus, a toga e o silêncio

"Quando o cavalo Incitatus foi nomeado cônsul por Calígula, o Senado se calou. Quando o juiz moderno decide que apenas uma mão pode tocar nos intocáveis, o povo se cala"

Não era um ato de humor, tampouco de loucura aleatória. Era gesto de poder. Era o triunfo da vontade imperial sobre a razão pública.

(...)

Séculos depois, um magistrado, Gilmar Mendes, decide, como Calígula:

"Sim, eu determino que somente fulano pode me julgar, segundo os critérios que eu mesmo dito."

Pobre Brasil, essa Zumbilândia.

CLIQUE AQUI para ler mais.


Artigo, especial, Alex Pipkin - Cleptocracia firme e intacta

Alex Pipkin, PhD em Administração

É tragicômico — e instrutivo, no pior sentido — ver autoridades do Estado tupiniquim recitando “democracia” e “Estado de Direito” como mantras redentores, fórmulas mágicas supostamente capazes de purificar a lama institucional. 

Democracia o quê, Estado de Direito o quê! Na cartilha deles, democracia é um deboche, e a lei é só mais uma criada obrigada a reverenciar o senhor do momento.

Aqui vigora cleptocracia na veia. Eles arrotam virtudes enquanto praticam exatamente o oposto. É um teatro dantesco: posam de estadistas, vestem o figurino da liturgia, mas agem como maldosos profissionais, e claro, incompetentes de carteirinha. São simultaneamente ambas as coisas.

O improviso do chefe expõe o que a encenação tenta disfarçar. Há sempre um preconceito escorrendo, às vezes homofóbico, às vezes antissemita, embrulhado na grosseria que se normalizou. Somam-se a isso a limitação intelectual crônica, que jamais o abandonou, e o maltrato cotidiano da língua portuguesa, que ele subjuga com a 

 mesma displicência com que subjugou a ética pública. Não há compromisso com civilização, com republicanismo ou com qualquer virtude pública; há, sim, a velha esperteza nacional transformada em doutrina oficial.

O objetivo real sempre foi o mesmo: autoenriquecimento. Primeiro dele, depois dos seus, e finalmente da confraria vermelha que se alimenta do dinheiro alheio. 

O caso envolvendo o filho do presidente, Lulinha, e o operador do esquema no INSS — o célebre “Careca” — não surpreende ninguém que ainda conserve a capacidade elementar de somar fatos. Há depoimentos nebulosos, favores, proximidades que desafiam a lógica. O mesmo aroma conhecido dos negócios feitos nas sombras. É a Lei de Gerson com brasão governamental.

A moldura institucional cumpre seu papel com devoção. Onde há banco, brota arranjo; onde há conselho, viceja compadrio com “autoridades”, onde há risco, aparece um ministro pronto para desligar a luz. O episódio do Banco Master é quase um estudo de caso dessa engrenagem. Bastou a transparência ameaçar entrar para surgir Toffoli, diligente, decretando sigilo. Evidente, uma forma elegante de anunciar que todos estão proibidos de enxergar o óbvio, esse óbvio “lulante”.

No dicionário lulopetista, “conflito de interesses” simplesmente não existe. Não por discordância doutrinária, mas porque, para eles, interesse legítimo é apenas o deles. Escárnio.

Enquanto isso, o Brasil segue assistindo confortavelmente essa cleptocracia aberta, explícita, quase didática. Mas a juventude modernosa doutrinada desfila slogans importados — “do rio ao mar” — sem saber qual rio, qual mar ou sequer o sentido das palavras que repete. Manipulados de manual, puros idiotas úteis. Triste, mas do outro lado, os que se dizem conservadores também falham. Protestam cegos quando é conveniente, calam quando é necessário. Habituaram-se ao escândalo, normalizaram o absurdo. Ou cansaram…

Porém, a verdade permanece cristalina:

a cleptocracia segue firme, blindada, intacta, alimentada pela maldade predatória dos seus operadores e pela incompetência monumental que os acompanha. 

Era previsível. Eles voltariam ao palco onde sempre atuaram, a cena do crime, só que com mais fome, mais método e menos pudor.

Lamentável! E a plateia continua sentada, talvez por covardia, talvez por hábito, mesmo quando o país inteiro exala aquele cheiro inconfundível de que há, sim, algo de podre no reino vermelho, verde e amarelo.

No fim das contas, muita gente ainda não entendeu que não se trata de político de estimação. É a corrupção, estúpido!

Conheça as relações corrosivas entre Dias Toffoli e os amigos dos amigos dos donos do Banco Master

O advogado Augusto Arruda Botelho conseguiu que o ministro Dias Toffoli avocasse para si, quarta-feira, todas as ações relacionadas com o Banco Master, colocando tudo sob sigilo. Botelho é advogado de Luiz Antonio Bull, que foi diretor de Compliance do Banco Master e preso na operação Compliance Zero. A  mulher de Toffoli, Roberta Toffoli foi sócia do advogado, que além disto viajou em jatinho com o ministro, dia 29, para Lima, tudo para ver um jogo de futebol.

O ministro tomou a decisão depois que a juiza federal Solange Salgado da Silva, TRF1, libertou Daniel Vocaro, o presidente do banco e todos os diretores,inclusive Bull.

O advogado Botelho é amigo de Dias Toffoli e foi com ele ao Peru para assistir em 29 de novembro de 2025 ao jogo final da Libertadores da América entre Palmeiras e Flamengo. O Flamengo venceu por 1 a 0 e foi campeão. Toffoli é palmeirense e foi num jatinho com outros torcedores do time. O dono do avião é o empresário Luiz Osvaldo Pastore, amigo de Toffoli e do pessoal do Banco Master, que convidou também o ex-deputado e ex-ministro Aldo Rebelo e o advogado Augusto Arruda Botelho, todos palmeirenses. No caso de Botelho, ele é advogado de Luiz Antonio Bull, que foi diretor de Compliance do Banco Master e preso na operação Compliance Zero.