Fávaro anuncia pacote de alívio ao agro gaúcho após articulação do deputado Zucco

 

O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, anunciou nesta terça-feira (29), em reunião com a bancada gaúcha, um pacote de medidas emergenciais para enfrentar a grave crise vivida pelos produtores rurais do Rio Grande do Sul, afetados por sucessivas estiagens e pela tragédia climática do último ano.


O encontro foi articulado pelo líder da oposição na Câmara dos Deputados, deputado federal Zucco (PL-RS), que tem sido voz firme na defesa do setor produtivo gaúcho no Congresso. Zucco fez questão de levar ao ministro as demandas de produtores de diversas regiões do estado, exigindo providências urgentes diante do colapso financeiro que atinge pequenos, médios e grandes agricultores.


Durante a reunião, o ministro Fávaro anunciou que irá oficiar o Ministério da Fazenda para que a pasta convoque uma reunião extraordinária do Conselho Monetário Nacional (CMN), “para que a gente exerça o manual de crédito rural, prorrogando as dívidas de custeio, que se acrescente a isso também a prorrogação das dívidas de investimento, e que a gente possa pleitear também que as CPRs sejam prorrogadas daqueles produtores afetados por intempéries climáticas”, detalhou Fávaro.


Além do limite


Fávaro destacou ainda que o governo tralhará numa norma que permita às instituições financeiras conceder financiamentos que excedam 8% do seu saldo total de operações de


crédito rural para um único setor ou segmento, neste caso o agronegócio. Com a crise climática e os prejuízos extremos no Sul do Brasil, os produtores estão dependendo mais dos bancos para refinanciamento e novos recursos. Algumas instituições já ultrapassaram o limite de 8% com empréstimos no Rio Grande do Sul, o que, pelas regras, impede novos financiamentos. “Isso evitaria o colapso do setor produtivo em regiões com forte concentração de crédito. E facilita a prorrogação de dívidas e liberação de capital de giro num momento de emergência”, destacou Zucco. 


Outra medida anunciada após o encontro é a criação de um Grupo de Trabalho entre Ministério da Agricultura, Ministério do Desenvolvimento Agrário, Ministério da Fazenda, e as comissões de Agricultura de Câmara e Senado. O objetivo deste colegiado será o de trabalhar medidas estruturantes para o agronegócio gaúcho, como a criação de fundos que possam vir a financiar a recuperação de áreas degradadas e a prorrogação de dívidas de longo prazo.


Zucco: “Fôlego necessário, mas o debate continua”


Na avaliação de Zucco, o anúncio é um passo importante, mas não encerra a gravidade da situação. “Essas medidas representam um fôlego fundamental para que o produtor consiga respirar, mas o problema do agro gaúcho é estrutural. Precisamos falar de securitização das dívidas, investimentos em irrigação, seguro rural de verdade e crédito acessível para quem perdeu tudo. Nosso papel é garantir que essa pauta continue viva, até que soluções definitivas cheguem ao campo. O agro não pode esperar promessas. Precisa de ação, de recursos e de respeito”, finalizou o deputado.

PL 363/25: mais R$ 15 bilhões para alimentar o balcão de negócios da Cultura

O presidente da Câmara, Hugo Motta, que faz corpo mole para obter aprovação dos líderes para impor regime de urgência ao projeto da anistia, enfiará goela abaixo dos deputados este tipo de urgência para votar no escuro o projeto de lei 363/2025, que altera a Lei Aldir Blanc de Fomento à Cultura, autorizando a liberação de R$ 15 bilhões ao Ministério da Cultura.

"Logo agora, quando o ministério da Cultura está envolvido em denúncias de corrupção, favorecimentos políticos e absoluta falta de transparência ?", questiona o deputado Luciano Zucco, falando em nome da oposição, em nota enviada ao editor.

A votação ocorre às vésperas da convocação da ministra Margareth Menezes pela Câmara dos Deputados, prevista para esta quarta-feira (30), para prestar esclarecimentos sobre os escândalos envolvendo a pasta — inclusive as acusações de que a própria ministra teria sido beneficiária de recursos públicos para se apresentar no Carnaval, quando já ocupava um cargo no governo.

Leia esta denúncia de Zucco

- É inadmissível que, diante de tantos indícios de irregularidades — ONGs ligadas a petistas favorecidas com recursos milionários, projetos sem prestação de contas, eventos culturais bancando campanhas políticas — o governo aprove uma injeção bilionária de recursos como se não houvesse qualquer obrigação com a moralidade pública. Estamos assistindo à consolidação de um modelo criminoso de gestão pública, em que a cultura se tornou mais uma engrenagem do projeto de poder da esquerda. O PL 363/25 não é um ato de fomento cultural — é a manutenção de um esquema de aparelhamento e desvio institucionalizado. É um projeto que rasga qualquer senso de prioridade diante do iminente colapso das contas públicas.


Funaro retorna ao mercado como “resolvedor de problemas empresariais”

Lúcio Funaro retorna ao mercado como Consultor de Empresas. Funaro foi um dos mais importantes delatores da Lava Jato.

De acordo com informações veiculadas na imprensa nacional, o empresário Lúcio Funaro formalizou seu retorno ao mercado, atuando no segmento de consultoria empresarial. Após um período de afastamento, Funaro passou a oferecer serviços voltados à reestruturação patrimonial, negociação de ativos e mediação de acordos complexos, com especial foco em situações de alta sensibilidade estratégica.

A atuação do consusltor tem ocorrido de maneira reservada, concentrando-se em operações de reestruturação e reorganização societária para empresas que demandam soluções customizadas em contextos jurídicos e financeiros desafiadores.

Conforme registros públicos, Funaro mantém vínculos históricos com a família Vorcaro, fundadora da holding Multipar, controladora do Banco Master.Notícias recentes apontam que, apesar de eventuais disputas jurídicas anteriores entre as partes, houve recomposição de relações por meio de acordo extrajudicial, o que teria contribuído para a normalização dos contatos profissionais.

A movimentação de Funaro no mercado é acompanhada com atenção por agentes financeiros, investidores e analistas, dada sua experiência prévia em operações de alta complexidade e a atual demanda por profissionais capazes de articular negociações patrimoniais sob condições especiais.

Até o momento, não há informações públicas que indiquem qualquer irregularidade associada à sua nova atuação, que se insere dentro dos parâmetros empresariais.

Até diretores do INSS levaram dinheiro sujo dos aposentados

 A Polícia Federal indicou que ex-diretores do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) e pessoas próximas receberam mais de R$ 17 milhões em transferências suspeitas apontadas como intermediárias de associações que realizavam descontos irregulares de aposentados e pensionistas, segundo O Globo:

1) Foi registrada a transferência de um veículo avaliado em cerca de R$ 500 mil à esposa do procurador do INSS Virgílio Oliveira Filho. Na semana passada, a Justiça determinou o afastamento de Virgílio do cargo.

2) Pessoas próximas a André Paulo Félix Fidelis, ex-diretor de Benefícios e Relacionamento com o Cidadão, receberam R$ 5,1 milhões das empresas intermediárias.

3) Alexandre Guimarães, ex-diretor de Governança, Planejamento e Inovação do INSS, teria embolsado R$ 313 mil através de uma pessoa jurídica vinculada a ele. Segundo os investigadores, pessoas ligadas a Virgílio receberam quase R$ 12 milhões de empresas intermediárias relacionadas às entidades associativas.

O caso envolveu o desvio de R$ 6,3 bilhões de reais.

O ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, foi alertado sobre o aumento de fraudes nos descontos de pensões e aposentadorias do INSS em junho de 2023.No entanto, Lupi levou quase um ano para tomar providências.