Neste mundo imaginário, numa galáxia não tão distante da Terra, os abutres da Ordem Cinzenta, a ditadura que se esconde sob togas e sorrisos cínicos, liderada por Lumad e Alenintler, zombam da inteligência do povo, vivendo distantes de seus verdadeiros anseios, onde suas vontades e interesses prevalecem sobre tudo e todos. A representação eleita do povo virou um circo de fantoches chantageados, curvando-se à tirania, enquanto João Batista, o poeta com um caderno mais perigoso que uma tempestade, incendeia o povo com rimas de resistência. Preparem-se para o espetáculo tragicômico de um país onde a verdade é crime, mas a esperança é indomável!
João Batista é o coração pulsante de Solumbra, um poeta que acredita que versos podem derrubar tronos ilegítimos, frutos de manobras e subterfúgios antidemocráticos. Com seu caderno de poemas colado ao peito, ele atrai multidões em praças públicas e ruas lotadas. Basta uma simples saída às ruas para o povo aclamá-lo, proclamando que Solumbra será livre, com famílias unidas, justiça sem algemas, prosperidade para todos e liberdade de expressão respeitada, como era quando João Batista conduzia os destinos de Solumbra. Seus olhos ardem com uma chama que a Ordem Cinzenta não consegue apagar, sua voz soprando sementes de esperança. “Foge, João!”, gritam seus aliados, temendo a fúria macabra dos ditadores. “Fugir?”, ele ri, com um brilho desafiador. “Prefiro rimar até os abutres tombarem!”
Nas vilas do sul, o povo o chama de “pastor da esperança”, um guia que reacende o sonho de liberdade. A mídia comprada, regada com o ouro dos corvos, pinta-o como um lunático perigoso, mas ser chamado de louco é prova de que você está no caminho certo.
No comando da Ordem Cinzenta, Lumad é o fantoche carismático, um ex-ladrão de galinhas que se autoproclama “pai da nação”. Ao lado de sua aliada fanática, Estonieta, ele desfila por terras exóticas, posando com líderes tão confiáveis quanto poções vencidas. Enquanto discursa sobre “democracia” e alerta contra “golpes”, governa para banqueiros e magnatas, deixando o povo faminto, esmagado por impostos e preços que tornam o básico um luxo. Solumbra afunda em corrupção e violência, mas a claque comprada aplaude, e os jornais, subornados, juram que Lumad é um gênio.
Nos bastidores, Alenintler, o togador supremo, é o arquiteto da tirania. Com um grupo de corvos togados, ele tramou a queda de João Batista, manipulando eleições e todo o processo para impedir que o poeta governasse ou competisse em igualdade. Seu exército de juízes e guardas, que dizem “amém” mais rápido que um trovão, prende qualquer um que ouse desafiar o modelo ditatorial. Questionar a eleição “impecável”? Cela. Apresentar evidências de fraude? Em vez de investigações, silêncio, ou pior. A justiça é uma piada cruel, e Alenintler é o comediante que nunca ri, apenas debocha, seguro de sua impunidade, enquanto os representantes eleitos, manietados, assistem calados.
A casa responsável pelas leis é o maior circo da nação, uma trupe de palhaços que assiste à Ordem Cinzenta legislar, desmoralizada, e ainda aplaude, trocando o povo por propinas e privilégios. Eleitos para defender a vontade popular, seus membros estão acorrentados pelos supremos da Ordem Cinzenta, que os chantageiam sem cerimônia, convictos de
que podem agir às claras, pois ninguém ousa contrariá-los. Com os representantes do povo nas mãos dos togados, reféns de processos abertos a bel-prazer, a casa das leis aprova decretos que amordaçam a liberdade e ignora os clamores de João Batista por justiça. Quem ousa resistir é punido, preso ou silenciado, pois a lei maior foi rasgada, e os novos senhores zombam do povo com risadas debochadas. O lema das velhas raposas, sempre reeleitas com emendas e dinheiro vivo retirado dos impostos do povo? “Se a tirania paga, a gente obedece — e lucra.”
Outrora um farol de esperança, a casa das leis é agora um pântano onde a coragem afunda. Marionetes de Alenintler, seus membros dividem Solumbra por cores, ofícios e até preferências triviais, garantindo que o povo brigue enquanto a Ordem reina. A Ordem Cinzenta é um espetáculo de horrores, onde tudo é invertido. Bandidos dançam nas ruas, enquanto poetas e camponeses apodrecem em celas por “crimes de pensamento”. A democracia é uma máscara de carnaval, a liberdade, um cartaz rasgado.
A mídia, regada com o ouro dos abutres, transforma João em vilão e exalta Lumad e Alenintler como santos. O povo? Parte engole a farsa, seduzida por promessas ocas ou benesses; parte, fanática, aplaude os tiranos; e o resto, entre o medo e a esperança, junta-se a João, espalhando seus versos em redes sociais que a Ordem Cinzenta tenta, mas não consegue, controlar.
Solumbra é um espelho torto, uma sátira de um mundo onde o poder mente e a poesia resiste. João Batista é o cordeiro que enfrenta os abutres com rimas e fé no Criador, reacendendo o sonho de um povo que anseia por democracia verdadeira e liberdade. Lumad e Alenintler, com suas máscaras de virtude, riem enquanto o país queima, mas sua tirania, travestida de legalidade, carrega as sementes de sua própria ruína. A casa das leis, chantageada e covarde, é o público que paga para assistir ao desastre.
Sob as estrelas, João escreve: “Os abutres caem quando o vento sopra.” Em praças escondidas, o povo entoa seus versos, sonhando com o dia em que Solumbra voltará a ser do povo, com justiça, prosperidade, democracia e liberdade. A esperança persiste, pois todas as tiranias, até as que se escondem sob o manto da democracia, sucumbem. Onde a legalidade é uma fachada e os guardiões da lei são os algozes, o povo sabe: não há como recorrer, são os “supremos”, mas há como resistir. E enquanto João Batista rimar, o sonho viverá, pois sua poesia traz esperança. A história das galáxias diz que toda tirania acaba um dia, e esta irá acabar nas rimas de João, que carregam os anseios do povo, com seu exemplo plantado no coração de todos que produzem para sustentar Solumbra e seu aparato pesado, vivendo um universo paralelo de benesses, enquanto o povo que os sustenta com seus impostos vive apertado, contando seus centavos para chegar ao fim do mês
Solumbra. Ano 2040 da luz criadora