As siglas do atraso: ESG E CVM freiam o desenvolvimento do Brasil

 A CVM (Comissão de Valores Mobiliários) e o ESG (Environmental, Social and 

Governance, ou, em português, Ambiental, Social e Governança) não são meros 

atores coadjuvantes no mercado brasileiro; são os principais entraves ao seu 

desenvolvimento pleno e eficiente. A premissa de que a regulação excessiva e 

as pautas de "sustentabilidade" contribuem para o progresso é uma falácia que 

ignora a realidade das empresas e a lógica fundamental da economia. São mais 

discursos do que efetividade, e seus efeitos negativos são claros.

 A Comissão de Valores Mobiliários, em sua expansão regulatória, transformou-se 

de guardiã do mercado em um agente de burocratização e microgerenciamento. 

Sua missão original – proteger o investidor e garantir a transparência – foi 

distorcida. Agora, a CVM não apenas dita como as empresas devem se reportar 

financeiramente, mas também como devem se organizar internamente, como 

na controversa pauta da diversidade. Essa intervenção é danosa. Cada nova 

exigência, cada norma sobre governança que extrapola o essencial, impõe 

custos irrecuperáveis às empresas. São recursos que poderiam ser investidos 

em pesquisa, desenvolvimento, expansão ou otimização de processos, mas são 

desviados para atender a um sem-fim de requisitos burocráticos. 

Pequenas e médias empresas sentem o peso dessa carga, que as impede de 

crescer, inovar e até mesmo de considerar a abertura de capital. O resultado é um 

mercado de capitais menos dinâmico, com menor liquidez e menos oportunidades. 

Quando a CVM impõe agendas sociais, como a diversidade em conselhos, ela 

cruza uma linha perigosa. A composição de uma diretoria ou conselho deve ser 

baseada exclusivamente na competência e na capacidade de gerar valor, não em 

cotas ou características demográficas. Essa interferência ignora a meritocracia e a 

autonomia empresarial, fundamentais para a eficiência e a lucratividade.

 O movimento ESG, por sua vez, é a materialização de uma retórica idealista 

que ignora a dura realidade do mundo dos negócios. Vende-se a ideia de 

que empresas "sustentáveis" são mais lucrativas, mas as evidências concretas 

são inconsistentes e, muitas vezes, apontam para o oposto – ESG atrapalha 

o resultado financeiro. Os custos associados à adoção de práticas desse 

movimento são vultosos. 

Consultorias caras, sistemas de monitoramento complexos e a necessidade de 

equipes dedicadas a relatórios de sustentabilidade drenam recursos que seriam 

muito mais bem empregados na atividade-fim da empresa. Tal desvio de foco 

leva a uma busca por "virtude" em detrimento da eficiência e da produtividade. 

O que prevalece é o "greenwashing", onde empresas investem mais em 

parecer sustentáveis do que em realmente sê-lo. É uma farsa de marketing que 

ilude investidores e consumidores, mas que não se traduz em performance 

financeira superior. Fundos ESG frequentemente não superam os tradicionais, 

evidenciando que a promessa de retornos otimizados pela sustentabilidade é, 

em grande parte, ficção. A principal função de uma empresa em uma economia 

de mercado é gerar lucro e riqueza. Uma empresa lucrativa cria empregos, paga 

impostos robustos, inova, distribui valor aos acionistas e, assim, impulsiona o 

desenvolvimento social. Desviar esse foco para métricas ESG artificiais é sabotar 

a própria capacidade da empresa de cumprir seu papel mais fundamental.

 A CVM, ao expandir seu escopo para além da estrita regulação financeira, e o ESG, 

ao impor custos e distrações em nome de uma sustentabilidade muitas vezes vazia, 

são forças que restringem a liberdade econômica e sufocam a capacidade de 

inovação e lucratividade das empresas brasileiras. Na verdade, eles representam um 

custo pesado para o setor produtivo, desviando recursos e energia que poderiam 

estar gerando resultados concretos. O verdadeiro desenvolvimento advém de um 

ambiente de baixa burocracia, clareza regulatória e liberdade para as empresas 

focarem no que realmente importa. Somente empresas lucrativas e eficientes têm o 

poder de transformar a sociedade e impulsionar um progresso real. E quando essas 

duas siglas aparecem no caminho  – CVM e ESG – servem apenas para atrapalhar

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