Legalidade

 A jornalista gaúcha Ana Maria Cemin, que é de Caxias do sul, é o único jornalista brasileiro que dedica tempo integral para reportar o que acontece com os presos e exilados políticos do 8 de Janeiro. Faz isto todos dos dias no seu site Bureau de Comunicação e nos seus perfis do Instagram. 

E faz isto há bastante tempo.

Ana Maria Cemin tem se envolvido nos dramas pessoais de muitas famílias desses prisioneiros de consciência, como também nos dramas mais do que pessoais das centenas de exilados brasileiros que fugiram das garras do ministro Alexandre de Moraes.

Centenas de exilados e presos políticos são desconhecidos, gente muito simples, muito pobre.

É o caso da família e do preso político Claudinei Pego da Silva, que já tentou se matar por duas vezes na prisão de Contagem, onde sequer foi apartado de presos comuns. Ana Maria conta o drama da mulher, Priscila, e do filhinho Gabriel, de apenas 6 anos, que acabam de usar um vídeo emocionante, apelando por ajuda para comprar remédios e até comida para a família e para o prisioneiro. Eu mesmo, penalizado, mandei poucos reais para a família. 

Este é apenas um caso de quem está preso, condenado, processado ou investigado dentro do Brasil.

Mais de 300 brasileiros buscaram o exílio na Argentina, quase todos pessoas muito simples e desocnhecidas do grande público, diferente de personalidades mais conhecidas como Alan dos Santos, exilado nos Estados Unidos, Carla Zambelli, exilada na Itália, Oswaldo Eustáquio, exilado na Espanha.

O maior problema são as centenas de exilados brasileiros que estão na Argentina. 5 deles estão presos e poderão ser extraditados a pedido de Moras. Outros, como a brasileira Shirley Faetthe de Andrade, 63 anos, temem prisão na própria Argentina e extradição. Shirlei, idosa de 63 anos, condenada a 17 anos de prisão, é um dos exilados que temem o pior.

Um juiz local teria acatado 61 desses pedidos, emitindo mandados de prisão. Atualmente, cinco brasileiros estão detidos e aguardam julgamento de extradição marcado para o dia 8 de julho de 2025.

Por último, anote estas contas sobre os manifestantes de oposição perseguidos por Moraes e seus auxiliares da PF e da PGR:


O Supremo Tribunal Federal (STF) já condenou 643 acusados pela participação nos atos de 8 de janeiro de 2023.O tempo de prisão varia entre três e 17 anos, além do pagamento solidário de R$ 30 milhões. Conforme o levantamento divulgado pela PGR, 555 acusados assinaram acordo de não persecução penal (ANPP), tiveram penas mais pesadas substituídas por restrições pesadas e terão seus processos encerrados.

Conforme o levantamento divulgado pela PGR, 555 acusados assinaram acordo de não persecução penal (ANPP) e terão seus processos encerrados. Estes 555 estão submetidos a severas restrições e obrigados a frequentar cursos de lavagem cerebral.

Dito tudo isto, alguém pode me perguntar:

Até quando eles abusarão da nossa paciência ? 

Eu respondo que no âmbito do que ainda resta de alguma possibilidade de solução dentro das 4 linhas, isto tudo só pode ter fim com uma anistia política ampla, geral e irrestrita, mas não recíproca, o que só pode acontecer pelas mãos do Congresso.

Vocês poderiam me perguntar:

- E você acredita nisto ?

Eu respondo que sim, porque acredito e até acho que isto poderá acontecer ainda neste semestre.

E o STF, mais seus aliados, não fulminarão a decisão do Congresso ?

Se tentarem isto, será o caso de saber se a força se colocará ao lado da legalidade.


Eduardo Leite falou no Gilmarpalooza, Lisboa, e ontem foi a Paris para falar na Expo Favela Innovation Paris

Ele fala, fala e fala. Na foto, em Parais, conforme foto de Maurício Tonetto, que Leite não dispensa em suas viagens.

Depois de ter falado no evento privado Gilmarpalooza, Portugal, na quinta-feira, o governador Eduardo Leite viajou para Paris e, neste sábado, falou noutro evento privado, a Expo Favela Innovation Paris.

O evento reuniu lideranças internacionais, empreendedores de favela, organizações sociais e representantes de governos em torno de soluções concretas para as desigualdades urbanas. O delegado Antônio Padilha, diretor-executivo do RS Seguro, também participou das atividades. O Rio Grande do Sul foi o único Estado brasileiro a apresentar um modelo estruturado de prevenção à violência com ênfase em inclusão produtiva e desenvolvimento local.

A edição francesa da Expo Favela contou com 12 mil visitantes, 106 palestras e 19 fundos de investimento