o O conflito no Oriente Médio escalou recentemente, contribuindo para a crescente volatilidade no mercado de petróleo e elevando os preços do Brent de aproximadamente US$ 60/barril no final de maio para US$ 75 na semana passada. Embora o Irã represente 3,1% da produção global de petróleo (3,3 mb/d), sua importância estratégica é amplificada por sua posição no Estreito de Ormuz, por onde transitam 20% do consumo global de petróleo, e por operar com capacidade de reserva limitada. A análise de diferentes cenários indica que, sob condições atuais com danos limitados, preços próximos a US$ 70/barril parecem sustentáveis, enquanto uma interrupção parcial de 50% da produção iraniana poderia ser compensada pela capacidade de reserva saudita, e um cenário extremo de produção iraniana zero elevaria os preços acima de US$ 90/barril. A capacidade global de absorver perturbações na oferta iraniana demonstra-se mais robusta do que as reações iniciais dos preços sugerem, com a OPEP possuindo aproximadamente 5,1 mb/d de capacidade de reserva - significativamente superior à produção total iraniana. Para o Brasil, que produz 4,5 mb/d e exporta cerca de 1,4 mb/d (6º maior produtor global), os impactos parecem limitados e até benéficos: estima-se que cada 10% de alta nos preços do petróleo resulte em redução de US$ 11,4 bilhões no déficit em conta corrente, melhoria de 0,16% do PIB no resultado fiscal primário e elevação de 0,07 pontos percentuais na inflação, caso haja repasse para os preços domésticos.
Artigo, especial, Marcus Vinicius Gravina - A Queda da Papuda
Marcus Vinicius Gravina é aadvogado no RS.
OAB-RS 4949
A Queda da Bastilha, de Paris, tem muito em comum com a desejada Queda da Papuda/Colméia, de Brasília.
Há plena identidade quanto à motivação da revolta parisiense de 14 de julho de 1789. Ambas têm a ver com estes presídios. Uma, já faz parte da história mundial.
A primeira delas, a Bastilha deu ensejo ao maior evento da Revolução Francesa. Marcou o início da luta contra uma monarquia absolutista, de opressão do povo insatisfeito com a crise socioeconômica que exigia uma pesada carga tributária, para que casta gozasse dos privilégios.
Isto desembocando nas prisões de quem eram tidos por inimigos daquele governo tirânico. Para a Bastilha foram levados e trancafiados os presos políticos.
Consta que a Bastilha, quando foi invadida pelos parisienses, só contava com sete presos. No entanto, serviu de símbolo da derrocada do poder Real e início da transformação política e social da França.
Mesmo assim, se prestou aos revoltosos. Naquela prisão estavam depositadas as armas e pólvora, com as quais eles se insurgiram contra as tropas reais, ao lado dos camponeses com suas foices e garfos do feno em mãos.
Isso aconteceu quando o “Primeiro Estado” francês, dominado pelo Clero e, em conluio com o “Segundo Estado”, representado pela realeza, foram excluídos.
A versão brasileira de presídios para presos políticos terá a sua data comemorativa, quando os presídios da Papuda e da Colmeia de Brasília tiverem o mesmo destino da Bastilha.
Com uma diferença. As armas serão substituídas pelos votos de Deputados e Senadores favoráveis à Lei da Anistia dos presos de 8 e 9 de janeiro. Não haverá sangue!
Nesta data sofreram o infamante ato de perfídia ao embarcarem em ônibus do Exército que - de forma enganosa e vil - levaram os manifestantes da frente do quartel a um campo de concentração de prisioneiros improvisado.
Foi preciso esvaziar a Papuda, dos prisioneiros comuns para haver lugar aos presos políticos, mandados para lá, por ordem de um ministro do STF.
Foram os parisienses que mudaram os rumos da França absolutista.
Enquanto ela esteve sob o jugo do “Primeiro Estado” - domínio do Clero e do “Segundo Estado”, formado pela nobreza, nada aconteceu até o surgimento do “Terceiro Estado” - que exclui os dois Estados anteriores.
O “Terceiro Estado”, integrado pela maioria da população francesa, de trabalhadores urbanos, camponeses, comerciantes, profissionais liberais e de outras camadas populacionais, rompeu o ciclo vicioso absolutista.
Deixaram uma grandiosa lição a todos os países, desde então.
A Queda da Bastilha é comemorada como se fora um Festival de Cinema, com a entrega de um único troféu a ser conferido a ela própria, a França. O Lula não irá perder a oportunidade de aparecer ao lado do presidente Macron.
O presidente e ela devem estar se imaginando sendo filmados para o mundo ver suas presenças no palanque presidencial francês nos Champs Elysees.
Não faz muito, o Lula foi festejar com o presidente Putin, em Moscou o dia da vitória da II Guerra Mundial. A Janja embarcou dias antes, em avião exclusivo da FAB, para assistir o ballet de Bolshoi.
Pois, a próxima viagem poderá ser a Paris. O Itamaraty deve estar programando a ida presidencial e da sua ilustrada corte, formada por ministros de tribunais superiores de justiça e de contas, seus fiéis escudeiros.
O Lula antes de embarcar deveria esclarecer-se sobre quais as causas da Queda ou, da Revolta da Bastilha, e comparar com o seu governo.
A França naquela época, era dominada pelo consórcio do Clero (Primeiro Estado) e pela Nobreza (Segundo Estado), semelhante ao conluio criado no Brasil entre o presidente da República e alguns ministros do STF.
Como se vê, as mesmas causas daquela revolta, que será lembrada em 14 de julho, estão fervilhando aqui no tacho de cobre dos protestos dos brasileiros nas ruas.
As armas, iguais as da Bastilha, serão substituídas pelos VOTOS dos Deputados e Senadores, a favor da ANISTIA dos presos políticos da Papuda e da Colmeia - penitenciária feminina no Gama, Brasília.
Em zonas do interior do Rio Grande do Sul ouve-se este ditado popular: “a raposa tanto vai ao ninho que um dia deixa o focinho”.
Pois serve ao Lula; de tanto - viajar sem olhar para o rabo de malfeitos. Acabará sendo impedido de desembarcar de volta ao Brasil, como aconteceu com o ex-presidente João Goulart, em 1961.
Só depois da troca do regime presidencialista para o parlamentarismo, o Jango pode governar o Brasil, antes de ser deposto em 1964 pelas Forças Armadas.
Poderá ocorrer o mesmo, quando o Comando das Forças Armadas, permitir que os seus generais e coronéis operem as cataratas do seus olhos.
Caxias do Sul, 22.06.2025
Artigo, Alex Pipkin - O Espantalho e a Toga Alex Pipkin, PhD
Quase sessenta anos de vida e, sinceramente, eu nunca imaginei que defender a liberdade — essa senhora discreta, já um tanto enrugada, que costumava ser unanimidade nas rodas da razão — me transformaria num perigoso membro da tal “extrema-direita”. Sim, aos olhos dos novos sacerdotes da moral ilustrada — armados de hashtags, códigos penais subjetivos e juízes messiânicos —, virei um extremista. E não por portar tochas ou pregar teorias conspiratórias, mas por cometer a heresia de pensar com a própria cabeça, de desconfiar do Estado-paizão, de preferir mérito à militância e de recusar ajoelhar diante dos novos totens ideológicos. Hoje, basta discordar de um dogma progressista — qualquer um, mesmo o mais delirante — e o veredicto vem automático, como notificação de banco: “extrema-direita detectada”. Não importa se você se ancora na ciência, na lógica, na história ou simplesmente no bom senso. O carimbo vem antes do argumento.
A expressão “extrema-direita” virou a Minancora do progressismo brasileiro: serve pra tudo. Dói o orgulho? Passa extrema-direita. Cai a popularidade do descondenado? Algoritmo fascista. Jovens começam a desertar do identitarismo e a pensar por conta própria? Radicais em formação. Tudo é extremismo. Exceto, é claro, o apoio à censura, à ditadura da toga, a grupos terroristas e ao culto a regimes bolivarianos. Isso, para eles, é democracia vibrante.
Mas vamos ao que realmente importa. Etimologicamente, “extremo” vem do latim
extremus — aquilo que está no limite, que rejeita o equilíbrio, que repele qualquer meio-termo. E, ao longo da história, quem ocupou os extremos? Quem promoveu purgas, paredões, guilhotinas, campos de reeducação, expurgos culturais e censuras travestidas de justiça? A resposta é clara: a esquerda extremada. Foi ela que, desde a Revolução Francesa até os regimes do século XXI, se especializou em levar ideias “bonitas” às suas consequências mais nefastas. Trocaram liberdade por igualdade à força. Trocaram a crítica pela ortodoxia. E agora, com nova maquiagem e apoio de ONGs internacionais, repetem o padrão: quem ousa pensar fora do script é, por definição, um perigo.
E aqui estamos. A esquerda que antes recitava Voltaire, hoje recorre ao STF para silenciar o dissenso. A esquerda que gritava “é proibido proibir” agora celebra inquéritos secretos e censura prévia. Trocaram Marx por Barroso. Trocaram a fábrica pelo tribunal. Trocaram o operário pelo influencer que nunca trabalhou, mas fala em “lugar de fala” com a mesma autoridade de quem nunca lavou um prato.
O que mais me espanta é ver jovens, muitos dos quais votaram em Lula por puro nojinho estético do adversário — o fenômeno Cubom Solaro, essa criatura que prefere a pose ao conteúdo — agora se contorcendo de arrependimento. E o que fazem para não encarar o erro? Apegam-se, com unhas, dentes e tweets, ao velho espantalho: “cuidado com a extrema-direita!”. Mas não percebem que o espantalho já está nu. E o povo não é pombo.
O cidadão comum, esse herege perigoso que só quer trabalhar, criar os filhos e dormir em paz sem ser chamado de opressor estrutural, já entendeu a farsa. E esse é o verdadeiro pavor dos iluminados do atraso: o povo está acordando. E acordando da maneira mais subversiva possível: pensando.
A esquerda atual, dita progressista, é, na prática, profundamente conservadora. Conserva o discurso vitimista, conserva o estatismo, conserva a velha e malcheirosa fórmula da dependência emocional do cidadão em relação ao Estado. E ainda tem a petulância de se autodeclarar guardiã da democracia, mesmo enquanto destrói seus pilares, ou seja, o pluralismo, a liberdade de expressão, a crítica e o debate. Na falta de argumentos, apelam à intimidação. Na ausência de legitimidade, recorrem ao rótulo. E na iminência de perderem o poder, gritam: “fascismo!”.
Mas fascismo, meus caros, não é o nome de quem defende a liberdade. Fascismo é a criminalização do pensamento divergente. É o culto à autoridade sem limite. É a tentativa de fundir moral de partido com Constituição. É o STF de toga ideológica — não o sujeito comum que carrega a Constituição no bolso e o terço na mão.
A verdade, essa senhora incômoda que volta e meia reaparece, é que o rótulo “extrema-direita” virou a desculpa moral de quem não quer admitir o próprio fracasso político, econômico e narrativo. É a bengala dos vencidos, o fôlego dos manipuladores, a última arma retórica de quem já perdeu a batalha da realidade.
E por isso tremem. Porque sabem que 2026 está logo ali. E o Brasil — esse país visceral, intuitivo e teimosamente livre — está voltando a ser… brasileiro.
Então, me digam: se defender a liberdade, criticar tiranetes de toga e recusar dobrar os joelhos para o deus-Estado é ser extrema-direita…
…o que, afinal, restou da esquerda que dizia lutar por liberdade?
A resposta é singela: quase nada.
TF retoma quarta-feira julgamento sobre redes sociais
O Supremo Tribunal Federal (STF) tem marcada para a próxima quarta-feira (25) a retomada do julgamento sobre a responsabilidade das redes sociais por publicações ilegais feitas por usuários em suas plataformas.
Em sessão anterior neste mês, o plenário formou maioria de 7 a 1 pela possibilidade de responsabilização, na esfera cível, das empresas caso permitam que seus usuários publiquem mensagens que violem a lei.
Essas mensagens podem conter, por exemplo, conteúdos racistas, homofóbicos, misóginos, de ódio étnico, contra a honra ou antidemocráticos, entre outros tipos de crimes cometidos online.
O alcance real do entendimento da maioria e como ele deve ser aplicado são questões que ainda devem ser esclarecidas ao final do julgamento, uma vez que cada ministro votou de forma própria.
Na essência, porém, a maioria entende que as empresas de tecnologia têm responsabilidade pelo que é publicado em suas plataformas, podendo ser punidas a pagar indenizações. Votaram nesse sentido os ministros Dias Toffoli, Luiz Fux, Flavio Dino, Cristiano Zanin, Gilmar Mendes, Luís Roberto Barroso e Alexandre de Moraes.
O único a divergir até o momento foi André Mendonça, para quem as plataformas não têm responsabilidade pelo exercício da liberdade de expressão feito por seus usuários. Ainda devem votar os ministros Edson Fachi e Cármen Lúcia.
O plenário julga dois recursos que questionam o artigo 19 do Marco Civil da Internet (Lei 12.965/2014). O dispositivo prevê que, "com o intuito de assegurar a liberdade de expressão e impedir a censura", as empresas provedoras de aplicações na internet somente podem ser responsabilizadas civilmente por publicações de terceiros se descumprirem alguma ordem judicial prévia de retirada.
Os recursos em julgamento têm repercussão geral. Isso significa que o plenário do Supremo vai estabelecer uma tese vinculante, que deverá ser seguida obrigatoriamente por todos os tribunais do país ao julgar processos sobre o assunto.
Artigo, Diego Muguet - O Dia em que o Martelo Desceu: Trump, o Irã e o Fim do Teatro Geopolítico
O mundo acordou com os ouvidos zunindo e os olhos arregalados. O que parecia bravata virou realidade. O que muitos chamavam de teatro virou impacto real. Donald Trump entrou na guerra. E entrou como só ele poderia entrar: sem pedir licença, sem pedir desculpas, sem jogar flores nas câmaras da ONU. Os EUA não pediram consenso, enviaram bombardeiros. O Irã não teve tempo de responder, apenas de evacuar. A diplomacia morreu sufocada sob o peso de uma ogiva enterrada a 70 metros de profundidade.
Esse não é um conflito entre nações. É um duelo entre realidades: de um lado, a civilização que ainda acredita em fronteiras, liberdade e sobrevivência. Do outro, um regime teocrático que jura matar Israel, enforca mulheres e chama o apocalipse de projeto nacional. O Irã não estava construindo energia nuclear. O Irã estava afiando uma adaga radioativa para degolar a estabilidade do planeta. E a única coisa que impedia o corte era a hesitação ocidental, até que Trump decidiu que hesitar já era colaborar.
Enquanto a esquerda global choraminga por cessar-fogo, o martelo americano já caiu sobre Fordow, Natanz e Isfahan. E ninguém pode dizer que não foi avisado. Israel gritou. Trump gritou mais alto. E o Irã, como sempre, subestimou quem não fala em código. Trump não joga xadrez com fanático. Ele derruba o tabuleiro.
Putin vai discursar, mas não vai mover um dedo. Está atolado na Ucrânia, torcendo para os EUA gastarem energia com Teerã. Xi Jinping vai emitir notas diplomáticas com papel reciclado enquanto abastece cargueiros no estreito de Malaca. A Europa vai lamentar em francês, sentada em painéis sobre “a nova ordem multipolar”. Mas o único botão que foi apertado… foi americano. E funcionou.
A verdade que ninguém quer dizer é: o Irã destruído interessa a todos, menos ao Irã. Interessa à Rússia, que ganha fôlego no petróleo. Interessa à China, que assume o discurso de paz sem sujar os dedos. Interessa à Arábia Saudita, que livra-se do vizinho barulhento. Interessa até ao Ocidente anestesiado, que prefere guerra cirúrgica a terror nuclear. Só não interessa ao establishment progressista, que detesta a ideia de que Trump estava certo.
E ele estava. Porque “America First” nunca significou “deixe que o inimigo ataque primeiro”. Significou: elimine o inimigo antes que ele levante a cabeça. E é exatamente isso que começou a acontecer. Ainda não acabou. O Irã vai retaliar. Israel vai seguir avançando. E Trump já deixou claro que isso não é busca por cessar-fogo, é busca por vitória total. O que vimos foi só o primeiro grande golpe. O resto virá em ondas, e o martelo ainda está no ar.
O tabuleiro mudou. O tempo das bravatas acabou. Os drones de reconhecimento foram substituídos por ogivas penetrantes. O silêncio foi trocado pela fumaça de instalações em ruínas. Trump não encerrou a guerra. Trump abriu a porta para o capítulo onde ela finalmente será decidida.
E quando a poeira se levantar, porque ela vai se levantar de novo, a história vai lembrar: foi preciso um homem odiado por diplomatas para dizer basta a um regime que há décadas sonha com a destruição do mundo livre. Essa é a verdade que ninguém quer escrever, mas que todo mundo, no fundo, já entendeu.