Vendas dos Dia do Namorados

A Federação das Câmaras de Comércio e de Serviços do Rio Grande do Sul – FCCS-RS,  prevê para o Dia dos Namorados um volume de vendas entre R$ 500 milhões e R$ 550 milhões no Estado.

Diz Vitor Koche, presidente da entidade

– Os colegas lojistas estão otimistas com mais essa data comemorativa, após registrarem boas vendas no Dia das Mães. Por ser uma ocasião com grande apelo emocional e que se caracteriza pela compra dupla de presentes, já que cada integrante do casal adquire, pelo menos, uma lembrança, o Dia dos Namorados tem potencial para gerar mais um resultado positivo para os comerciantes gaúchos.

A principal referência para compras, segundo a FCCS-RSconômica é o preço. Ainda assim, o ticket médio das lembranças deve ficar em torno de R$ 450,00 por casal, ou seja, R$ 225,00 por pessoa.

Os presentes mais procurados pelos casais enamorados devem ser os que lideram o ranking de compras da data há alguns anos, como artigos de vestuário, calçados, perfumes, cosméticos, flores e eletroeletrônicos, nesta ordem de preferência. Além disso, bares, restaurantes e hotéis têm o seu movimento ampliado no dia 12 de junho.Por fim, como é costumeiro, os consumidores deverão seguir a tradição de fazer as compras na última hora, ou seja, vão buscar os presentes nos dias 10 e 11 de junho.


Rumble e Truth aditam ação indenizatória contra Moraes

 Rumble e Truth Social (Donald Trump) acusam Moraes aditaram uma ação contra o ministro Alexandre de Moraes, do STF, em um tribunal federal da Flórida. A petição chama as decisões de Moraes de “ordens da mordaça” e afirma que ele violou a Primeira Emenda da Constituição dos EUA ao tentar impor restrições a empresas e cidadãos americanos. A ação inicial foi apresentada em fevereiro, e o novo documento inclui mais acusações e solicitações à Justiça.A ação inicial foi apresentada em fevereiro, e o novo documento inclui mais acusações e solicitações à Justiça.

As companhias acusam o magistrado brasileiro de censura e pedem que ele seja responsabilizado civilmente, com pagamento de “danos compensatórios”.

Que as ordens de Moraes sejam declaradas “inexequíveis” nos EUA;
Concessão de liminar para impedir sua aplicação em solo americano;
Proibição de que o ministro acione empresas como Apple e Google para remover o Rumble das lojas de aplicativos;
Indenizações por danos comerciais e à liberdade de expressão;
Reconhecimento da responsabilidade pessoal de Moraes;
E outras reparações que o tribunal julgar adequadas.

As empresas alegam que Moraes agiu de forma ilegal ao aplicar leis brasileiras sobre liberdade de expressão nos Estados Unidos, e que teria enviado ordens sigilosas por e-mail sem seguir canais diplomáticos ou judiciais, o que tornaria as decisões inválidas no país.“Ora, permitir que ele silencie um usuário barulhento em um canal digital americano colocaria em risco o compromisso fundamental do nosso país com o debate aberto e robusto”, afirma a petição. Segundo os autores, o ministro tentou obrigar a Rumble a aceitar notificações judiciais brasileiras e a nomear um representante legal no Brasil, mesmo sem ter operações no país.

O caso gira em torno da decisão de Moraes que determinou o banimento da conta do blogueiro bolsonarista Allan dos Santos e a proibição da criação de novos perfis pelo youtuber. A ordem, segundo a Rumble, teria alcance global, o que tornaria sua aplicação ilegal fora do Brasil. Como a plataforma não cumpriu a determinação, Moraes ordenou em fevereiro sua suspensão no território brasileiro e fixou multa diária de R$ 50 mil.

A ação também menciona outras decisões do ministro contra residentes nos EUA, como Rodrigo Constantino e o ex-apresentador da Jovem Pan Paulo Figueiredo. Cita ainda a investigação recente sobre o deputado licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que está nos Estados Unidos e teria “buscado exílio” para fugir das investigações.

“Não tem base jurídica”

Para o advogado da Rumble, Martin De Luca, as ordens de Moraes ferem a liberdade de expressão e representam interferência direta nas atividades da empresa na Flórida. “Ele está atuando de forma ilegal, não tem uma base jurídica para o que está fazendo. Quando um funcionário público atua fora dos seus poderes oficiais, pode ser responsabilizado civilmente”, disse.

A ação cita ainda que o Departamento de Estado americano tem restringido vistos a autoridades estrangeiras envolvidas em atos de censura contra cidadãos ou empresas dos EUA, e compara as ações de Moraes às de membros do Tribunal Penal Internacional, que foram sancionados por Donald Trump durante seu mandato.





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Editorial, Estadão - O passadismo decrépito do PT

Candidatos à presidência do partido de Lula da Silva debatem o socialismo, defendem as ditaduras de Cuba e Venezuela contra o imperialismo e pedem que o governo dobre ainda mais à esquerda


É mesmo singular o mundo em que vivem os capas-pretas do petismo. Enquanto o governo do presidente Lula da Silva enfrenta sucessivas, permanentes e gravíssimas crises de natureza política, econômica e existencial, os candidatos à presidência do PT se reuniram na segunda-feira passada e produziram um festival de despautérios no primeiro debate público entre eles, surpreendente até para quem já espera o pior de qualquer convescote do partido.


Entre muitos delírios, três dos quatro postulantes – Rui Falcão, Valter Pomar e Romênio Pereira – defenderam estultices como a radicalização do governo lulopetista “à esquerda”, pregaram a necessidade de o partido sair em defesa de ditaduras companheiras como Cuba, Venezuela e “todos os povos que lutam contra a opressão e a exploração” para enfrentar o “imperialismo” e o “capitalismo”, esbravejaram contra a política econômica conduzida pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e, previsivelmente, atacaram os juros altos e o Banco Central, hoje presidido por um indicado de Lula.


A Edinho Silva, o quarto candidato e tido como favorito da disputa, restou o papel de alvo dos demais, defensor do indefensável (Lula 3) e anteparo contra os jargões esquerdistas dos adversários. Mas, provocado por um deles, precisou dedicar parte considerável do tempo disponível a, ora vejam, debater os rumos do socialismo. “Sem socialismo a gente não derrota o imperialismo. Sem socialismo a gente não derrota a ditadura do capital financeiro”, resumiu o historiador Valter Pomar, um autodeclarado “revolucionário”, recorrendo ao passadismo decrépito do esquerdismo tradicional para cobrar do ex-prefeito de Araraquara o tratamento devido ao tema. Historicamente o PT nunca se resolveu bem nem com o capitalismo nem com o socialismo. Crítico do primeiro, pregou para o segundo o que definiu como um mal explicado “socialismo democrático”.


O atual governo de Lula, a bem da verdade, já tem os piores cacoetes da esquerda, a saber: o discurso estatizante, o culto à personalidade (o PT sempre foi e continuará a ser infinitas vezes menor do que o ego de Lula), o populismo, a aversão ao mercado e ao setor privado, o afrouxamento fiscal e a incapacidade de superar seus limites ideológicos para se apresentar como governante de todos os brasileiros, e não apenas da patota. Mesmo assim, isso não basta para os candidatos à presidência petista.


O PT também nutre simpatia especial pelo que há de mais hostil à democracia e aos direitos humanos: Cuba, Venezuela, China, Rússia, os terroristas do Hamas e os aiatolás misóginos e homofóbicos do Irã. Também faz bravatas contra qualquer preocupação mínima com a austeridade fiscal e ignora que juros altos são o preço a pagar pelo populismo lulopetista, consubstanciado na ideia segundo a qual “gasto é vida”, frase símbolo da ex-presidente Dilma Rousseff que quase conduziu os brasileiros à ruína e segue inspirando a tibieza fiscal deste quinto mandato presidencial do PT.


Num dos raros momentos de consenso – e de lucidez –, os quatro candidatos petistas reconheceram que o PT e a esquerda perderam o pulso das ruas, distanciaram-se da juventude e se mostram hoje incapazes de interpretar o pensamento e os anseios da classe trabalhadora. Só não conseguiram reconhecer duas obviedades: sua dificuldade de escapar da obtusa simplificação do conflito brasileiro em uma anacrônica “luta de classes”; e a visão, igualmente simplificadora, da “classe trabalhadora” – como se sabe, o PT ainda enxerga trabalhadores com as lentes de um trabalho e uma base sindical que não existem mais.


Este jornal já sublinhou que não está em jogo apenas a escolha de um nome para presidir o partido – se fosse só isso, a eleição petista não teria a menor importância. Mas a definição do futuro presidente do PT dirá muito sobre a bússola que orientará o futuro imediato do partido do presidente Lula. O fato é que os rumos do partido decerto afetarão os rumos do governo. A julgar pelo debate sem bússola, contudo, esses rumos poderão ser ainda mais gravosos do que já são.