Saiu a Nova Política de Ensino a Distância. EAD fica proibido para Direito e Odonto.

O governo federal lulopetista assinou nesta segunda-feira, 19 de maio, decreto que regulamenta a Nova Política de Educação a Distância.

 O decreto mexe no marco regulatório e lança as bases de uma nova política de EaD. 

 Ao criar o modelo semipresencial, o Ministério da Educação (MEC) está diversificando os formatos e ampliando as oportunidades para que os estudantes possam escolher aquele modelo que melhor se encaixa no seu perfil, sem descuidar da qualidade que deve ser garantida em qualquer um deles.

CLIQUE AQUI para saber exatamente o que muda. O material foi envtregue ao editor pela Secom, razão pela qual o editor recomenda ignorar os nomes próprios, adjetivos e juizos de valor.

 


EUA oferecem US$ 10 milhões por informações sobre o Hezbollah na Tríplice Fronteira da Argentina, Brasil e Paraguai

- O texto final deste material é do site Gaúcha Zero Hora,


O Departamento de Estado dos Estados Unidos está oferecendo uma recompensa de até US$ 10 milhões por informações que levem à interrupção dos mecanismos financeiros do Hezbollah na região da Tríplice Fronteira entre Argentina, Brasil e Paraguai. A iniciativa busca informações sobre redes financeiras da organização nesses países.


Conforme informações divulgadas pela Embaixada dos EUA no Brasil nesta segunda-feira (19), financiadores e facilitadores do Hezbollah na região da Tríplice Fronteira arrecadam recursos para a organização por meio de lavagem de dinheiro, tráfico de entorpecentes, contrabando de carvão e petróleo, comércio ilegal de diamantes, cigarros e produtos de luxo, falsificação de documentos e falsificação de dólares americanos. A organização também obtém, segundo o governo americano, receitas de atividades comerciais em outras localidades da América Latina, incluindo construção civil, importação e exportação de mercadorias e venda de imóveis.


Ainda segundo o comunicado, as recompensas serão pagas por informações que resultem na identificação e neutralização de:


 - Fontes de receita do Hezbollah ou de seus principais canais de facilitação financeira;

- Doadores ou facilitadores financeiros da organização;

- Instituições financeiras ou casas de câmbio que facilitem transações do Hezbollah;

- Empresas ou investimentos pertencentes ou controlados pela organização ou seus facilitadores financeiros;

- Empresas de fachada envolvidas na aquisição internacional de tecnologia de dupla utilização em nome do Hezbollah; e

- Esquemas criminosos que envolvam membros ou apoiadores e que beneficiem financeiramente a organização.


A ação faz parte do programa Rewards for Justice (RFJ), que fica dentro do Departamento de Estado dos EUA e é administrado pelo Serviço de Segurança Diplomática. 


Qualquer pessoa que tenha informações pode entrar em contato com o programa por meio do Signal, Telegram, WhatsApp no número ‪+1-202-702-7843‬ ou por meio do canal de denúncias via Tor . Todas as informações serão mantidas em sigilo absoluto.


Os EUA designaram o Hezbollah como Organização Terrorista Estrangeira em outubro de 1997, pela Lei de Imigração e Nacionalidade, e como Terrorista Global Especialmente Designado (SDGT), em outubro de 2001. 


SÃO LEOPOLDO 2025: A REALIDADE QUE NENHUM FILTRO DE INSTAGRAM CONSEGUE DISFARÇAR

POR JOÃO DARZONE – ADVOGADO e PRESIDENTE DO OBSERVATÓRIO SOCIAL DE SÃO LEOPOLDO


Passado um ano da devastadora enchente que submergiu mais de 70% da área urbana, São Leopoldo ainda navega em águas turvas quando o assunto é planejamento e recuperação. 


A cidade, que viveu um dos maiores desastres de sua história em 2024, segue sem um plano de contingência estruturado, enquanto o comércio local agoniza e o debate político se perde em retórica vazia.


Em uma caminhada pelo centro comercial, o cenário é desolador: salas comerciais vazias multiplicam-se a cada esquina, evidenciando o colapso econômico que se intensifica mês após mês. Comerciantes que resistiram à enchente agora enfrentam outro tipo de inundação: a de impostos. 


Os dados oficiais confirmam a sobrecarga tributária: a Unidade Padrão Monetária (UPM), base de cálculo para o IPTU, saltou de R$ 3,91 em 2020 para R$ 6,06 em 2025, representando um aumento acumulado de 55% em apenas cinco anos. 


Os números da economia de São Leopoldo quando analisados em seu montante final são bons apenas na retórica. Em que pese ser a sétima economia do estado, esses números refletem o alto desempenho de segmentos como grandes empresas, polo de informática e serviços. 


São Leopoldo oferece oportunidades para grandes empresas, o que gera emprego e renda, porém são as pequenas e médias empresas que criam impactos reais no progresso da cidade, e que somadas criam muito mais renda e distribuição de riqueza que as grandes corporações. 


Enquanto as multinacionais e grandes indústrias são inegavelmente importantes para o ecossistema econômico local, os lucros e resultados dessas corporações quase nunca ficam no município, sendo geralmente distribuídos para as empresas matriz ou outras filiais, ou ainda destinados a acionistas que raramente residem na cidade. 


Em contraste, as pequenas e médias empresas reinvestem seus ganhos localmente, são os pequenos e médios empreendimentos que fazem a verdadeira capilarização dos recursos na comunidade. 


No entanto, no volume que realmente distribui renda existe ZERO ATUAÇÃO DO PODER PÚBLICO MUNICIPAL, o que deixa claro que o pequeno e médio empresário, seja ele dos serviços, indústria e comércio, sofre de forma algoz e cruel, pois seus altos custos são impactados pela ausência de serviços essenciais e políticas públicas que o município deveria dispor, entre eles:

(1) sistema tributário com pouca inteligência e alta burocracia; 

(2) política de segurança pública praticamente inexistente; 

(3) coleta de lixo; (4) saúde precária e pouco transparente; 

(5) sistema de mobilidade urbana decadente e ultrapassado;

 (6) falta de modernização do plano diretor;

 (7) falta de estímulos à cultura, turismo e lazer.


A falta desses sete elementos essenciais impacta diretamente os custos operacionais das pequenas e médias empresas, pois para reter talentos de recursos humanos ou mesmo competir com grandes empresas, elas são oneradas com despesas adicionais que deveriam ser supridas pelo poder público. 


São Leopoldo, em razão dessa escassez de qualidade de serviços públicos, de segurança pública, de turismo, lazer, bons locais públicos e alta carga tributária, NÃO É SONHO PARA NENHUM CIDADÃO OU IMIGRANTE/MIGRANTE. 


A cidade que já foi conhecida como "Berço da Imigração Alemã" tornou-se um mero dormitório para trabalhadores que, ao menor sinal de prosperidade, migram para municípios vizinhos com melhor qualidade de vida. 


Enquanto as grandes corporações conseguem absorver esses custos extras ou negociar incentivos fiscais específicos através de seu poder econômico e político, os pequenos e médios empreendedores são sufocados por uma administração pública que parece deliberadamente ignorá-los. 


Sem capacidade de pressão política ou econômica para barganhar benefícios, estes empresários ficam completamente desestimulados a crescer ou investir na cidade, criando um ciclo vicioso perverso que estrangula justamente o segmento que mais contribui para a economia local e que poderia transformar São Leopoldo em um município próspero e atrativo. 


Esta política míope de privilegiar apenas os grandes players econômicos, enquanto massacra os pequenos com impostos e burocracia, revela uma gestão municipal que não compreende os fundamentos básicos de desenvolvimento econômico sustentável.


Enquanto as grandes corporações conseguem absorver esses custos ou negociar incentivos fiscais específicos, os pequenos e médios empreendedores ficam desestimulados a crescer ou investir na cidade, criando um ciclo vicioso que prejudica justamente o segmento que mais contribui para a economia local.


Ademais, a geração de impostos local não é aplicada de forma inteligente há décadas, com máquina pública inchada, projetos ruins e ausência total de políticas públicas que revertam em benefícios para cidade.


Mesmo considerando que são necessários impostos para fazer frente às discrepâncias dos 8 anos de governo Vanazzi, que foi um gestor irresponsável na condução das finanças, não há nenhuma evidência de corte de gastos em Cargos em Comissão (CCs) na gestão Gheliormar. 


Pelo contrário, o que se observa é a manutenção ou até mesmo a ampliação da estrutura de cargos comissionados, onerando ainda mais os cofres públicos e contradizendo o discurso de austeridade fiscal utilizado para justificar o aumento expressivo da carga tributária sobre os cidadãos e empresários leopoldenses. 


A continuidade desta política de inchaço da máquina pública com cargos políticos demonstra que, apesar da mudança de comando, as práticas de gestão permanecem alinhadas com interesses eleitorais em detrimento da eficiência administrativa e do equilíbrio das contas públicas.


Enquanto isso, a Câmara Municipal transformou-se em palco antecipado para as eleições de 2026. Os vereadores estão visivelmente em campanha, como evidencia a quantidade de discursos vazios lançados em plenário. 


As poucas oportunidades de debater os reais problemas da cidade são as audiências públicas, estrategicamente marcadas 24 horas antes de feriados, transformando-se em palanques eleitorais onde os parlamentares envergonham a cidade ao demonstrar zero preocupação com debates essenciais.


Temas urgentes como a discussão de um plano de contingência caso as chuvas atinjam novamente os níveis de 2024, a necessária reforma tributária e o alavancamento da economia local são sistematicamente ignorados. 


Em vez disso, a Câmara de Vereadores, ao invés de focar nos problemas cotidianos do cidadão leopoldense, dedica-se a homenagens inúteis cujo único objetivo é criar exposição para os futuros candidatos de 2026.


Quanto ao poder executivo, suas ações efetivas são completamente desconhecidas. Tal como no governo Vanazzi, os dados de transparência são pouquíssimos claros, e suas políticas ainda são desconhecidas. 


Porém, segue um padrão de governança distinto do prefeito anterior: o uso das redes sociais de forma intensa, que parece ter substituído integralmente a publicação de atos oficiais.


Este exemplo ruim é seguido pela vice-prefeita, muitos secretários municipais e por cargos em comissão de alta posição no município que, por óbvio, não escondem de forma descarada que o objetivo é usar o cargo como trampolim para 2026.


Esta conduta é arriscada, pois, quem governa por redes sociais acaba sendo governado por elas. A rede social, que não deve ser interpretada como internet, é uma ferramenta de mão dupla que, ao contrário do que se pensa, ajuda a desconstruir a imagem que foi inventada, transformando o gestor em prisioneiro de sua própria fantasia idealizada, sendo obrigado imperceptivelmente a se comportar de acordo com a imagem que passa a ser imposta pela própria rede social.


A rede social é a antítese da estabilidade. Ela tem a capacidade imensa de provocar crises, desentendimentos, julgamentos públicos e linchamentos, como se vê cotidianamente.


Utilizar a rede social para apagar incêndio é jogar gasolina ao invés de água. Governar por redes sociais faz com que se aumente a instabilidade. E quem governa dessa forma acaba sendo governado por isso.


É justamente aqui que ocorre o maior erro dos agentes políticos ao se utilizarem dos respectivos likes ou comentários positivos dos movimentos que foram virilizados como parâmetro global de opinião pública, deduzindo que as suas ações, que por diversas vezes foram decididas no mundo fantasioso da rede social, estão sendo respaldadas pela maioria da população.


A lista de temas ignorados pelo poder público municipal é extensa: não há debate sobre a reforma do Plano Diretor (fundamental após as alterações geográficas causadas pela enchente), o colapso do sistema de saúde municipal segue sem solução, e a modernização administrativa através de processos eletrônicos permanece no papel.


Mais grave ainda é a ausência de um plano estruturado para enfrentar novas enchentes. Estudos meteorológicos indicam que eventos climáticos extremos tendem a se repetir com maior frequência, e a cidade segue vulnerável como estava em 2024.


A falta de transparência também é evidente. A própria Câmara Municipal não mantém atualizada a publicação das leis aprovadas, dificultando o acesso da população às informações sobre o trabalho legislativo. Uma consulta ao portal da transparência revela lacunas significativas na divulgação dos atos oficiais.


Outros temas fundamentais para a recuperação e modernização da cidade permanecem fora da pauta: coleta de lixo inteligente, fiscalização efetiva sobre atos do executivo e transparência de dados são assuntos praticamente ignorados nas sessões legislativas.


Enquanto o poder público se perde em promessas vagas e disputas políticas antecipadas, São Leopoldo segue à espera de ações concretas que possam reconstruir não apenas sua infraestrutura física, mas também sua economia e a confiança de seus cidadãos. 


A água baixou, mas os problemas continuam a transbordar.


Resta saber quanto tempo mais durará o governo com base em resultados de aparências. Bastará uma chuva forte – ou talvez apenas mediana – para expor novamente as fragilidades que nenhum story ou post bem produzido consegue esconder. 


A economia combalida e a ausência de projetos em áreas sensíveis podem derrubar este castelo de cartas digital muito antes das eleições de 2026. 


Afinal, enquanto os likes são efêmeros, a realidade é implacável, e diferente das redes sociais, ela não oferece a opção de "deletar" quando as coisas dão errado. 


No final das contas, nem o mais habilidoso social media conseguirá editar a enchente que pode estar por vir – tanto nas ruas quanto nas urnas.



Artigo, Marcus Vinícius Gravina - Interferência dos EUA – Eleição de 2022

O deputado federal Felipe Barros, confiando em sua imunidade parlamentar ou constitucional, declarou com imagem e voz e eu vi – que houve interferência dos EUA na democracia do Brasil. Não foi gratuita, teria sido provocada, segundo os fatos arrolados por ele. 

Foram muitos, culminando com o do chamado “complexo industrial de censura”, experiência importada dos órgãos de intervenção daquele país em assuntos de outros países, com poderes “dissuasórios especiais”, possivelmente iguais aos da USAID, vindo à tona na mídia nos últimos dias.  

O deputado apresentou um vídeo em que o ministro Luis Roberto Barroso declarou: “os EUA tiveram papel decisivo para evitar golpe no Brasil”.  Prosseguiu: “Eu mesmo como presidente do TSE estive com encarregados dos negócios americanos em muitas vezes, mas em três vezes eu pedi apoio à democracia no Brasil.” 

O que isso, no fundo, tem a ver com os seus arroubos: “eleição não se ganha, se toma”, “vencemos o Bolsonarismo e o hostil, “perdeu mané, não amola”. 

Estes encontros aconteceram entre 2020 e 2022.  Curiosamente, neste período iniciaram as prisões, multas impagáveis a cidadãos e a partidos  políticos  por petições incomodas ao TSE e STF, banimento de contas de jornalistas, por censuras explícitas provocadas por partidos da esquerda ou espontâneas segundo a vontade dos ministros.  Um verdadeiro: cale-se a boca, senhores da direita.

A revista Veja chegou a publicar que o TSE iria contratar uma empresa particular com a finalidade de monitorar, com ferramenta tecnológica de última geração, as redes sociais sobre as mensagens que envolvessem o TSE e o STF.  Isto é, críticas ou denúncias as suas extravagâncias judicias ou de parcialidade eleitoral, que logo ficaram exposta aos eleitores atentos a algum desvio do processo eleitoral. A tática ensinada pelos consultores estrangeiros foi a de impor o medo e nisso encontram bons alunos no STF/TSE.   Mesmo assim, houve protestos.

O deputado afirmou que houve articulações para que os EUA interferissem no processo eleitoral do Brasil.  Foi visível a ingerência do Partido Democrata  dos EUA do presidente Biden e os métodos da força de persuasão, logo aplicados pelo TSE que foi, no dizer do deputado, obra do citado Partido Democrata norte-americano. 

É certo um ministro do STF pedir, com tanta insistência, a intervenção de outro pais no processo eleitoral do Brasil, mesmo que fosse em defesa da democracia? Uma democracia que não respeita,  sequer,  o Devido Processo Legal dos seus cidadãos? Qual a democracia esteve ameaçada, senão pelas urnas eletrônicas sem voto impresso ou comprovação dos votos? 

O PDT por muito menos, se vangloria até hoje por ter conseguido no TSE a suspensão eleitoral do Bolsonaro por oito anos, com a menção de “missão dada é missão cumprida” de um de seus ministros. 

O Bolsonaro reuniu a representação diplomática de alguns países acreditados em Brasília para expor – cara a cara – sem subterfúgios  a situação do país e as ações de ministros de seus tribunais judicias superiores conflitantes com a Constituição Federal. Reparem a diferença. 

Os fatos essenciais são estes. Cabe aos cidadãos refletirem sobre eles.

E, os demais deputados e senadores deixarão só, sem apoio o deputado Felipe Barros nesta relevante causa? Ou, irão pedir a cassação do seu mandato?

Nada mais me surpreende diante de tanta patifaria. 

Caxias do Sul, 19.05.2025


 


  

Confira, a seguir, as principais perguntas e respostas sobre a

Conforme avaliação da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas).


O que é a influenza aviária?


A influenza aviária, comumente conhecida como gripe aviária, é uma doença causada por vírus influenza originários de aves. Esses vírus pertencem à família Orthomyxoviridae e incluem o A(H5N1). Eles afetam principalmente aves, mas também foram detectados em mamíferos, incluindo bovinos. A gripe aviária raramente afeta humanos, mas a orientação é que as pessoas se mantenham informadas e tomem as medidas preventivas recomendadas.


Como acontece a transmissão?


A forma mais comum de entrada do vírus em um território é por meio de aves selvagens migratórias. O principal fator de risco para a transmissão do vírus de aves para humanos é o contato direto ou indireto com animais infectados ou com ambientes e superfícies contaminados por fezes ou outros fluidos animais. Depenar, manusear carcaças de aves infectadas e preparar aves para consumo, especialmente em ambientes domésticos, também podem ser fatores de risco.


Quais são os sintomas em humanos?


Os sintomas variam de leves – com alguns pacientes até mesmo assintomáticos – a graves. As principais manifestações relatadas incluem febre, tosse, resfriado, conjuntivite, sintomas gastrointestinais e problemas respiratórios.


Qual é o tratamento para a gripe aviária?


Medicamentos antivirais são recomendados para pessoas com quadros graves ou em risco de desenvolver quadros graves devido a condições pré-existentes ou subjacentes, como no caso de idosos ou indivíduos com problemas de saúde crônicos. A orientação é que pessoas que apresentarem sintomas de gripe aviária entrem em contato com um profissional de saúde para receber o tratamento adequado.


Pessoas podem morrer de gripe aviária?


Os seres humanos não têm imunidade prévia à gripe aviária, portanto, o vírus pode causar quadros graves da doença. Entretanto, a OMS diz ser difícil generalizar a análise com base em dados históricos, já que o vírus tem evoluído. Desde 2003, cerca de 900 casos humanos de infecção por A(H5N1) foram relatados, com uma taxa de mortalidade superior a 50%.


Existe uma vacina para gripe aviária?


A OMS atualiza regularmente vacinas em potencial no intuito de se preparar para eventuais pandemias, o que ajuda a garantir que as doses possam ser produzidas rapidamente, se necessário. No caso do vírus H5N1 encontrado em vacas leiteiras, a entidade já tem vacinas em potencial prontas por meio de seu Sistema Global de Vigilância e Resposta à Influenza. Em relação a vacinas para humanos, a OMS tem acordos com 15 fabricantes de imunizantes para acessar cerca de 10% da produção em tempo real de uma futura dose contra a influenza em caso de pandemia. Essas vacinas, segundo a entidade, serão distribuídas aos países com base no risco e na necessidade para a saúde pública.


A vacina contra a gripe sazonal protege contra a gripe aviária?


As vacinas atuais contra a influenza sazonal ou gripe comum não protegem contra a infecção humana pelo vírus da gripe animal, incluindo os vírus H5N1.


Quem corre risco de contrair a gripe aviária?


De acordo com a Opas, sempre que houver qualquer tipo de exposição a animais infectados (como aves domésticas, aves selvagens ou mamíferos) ou a ambientes contaminados, onde circulam os vírus da gripe aviária, existe risco de infecção humana esporádica. Casos humanos de gripe aviária associada ao vírus A(H5N1), segundo a entidade, são isolados. Ao longo dos últimos anos, cerca de 70 infecções humanas foram relatadas na região das Américas, sendo 67 nos Estados Unidos (até abril de 2022), uma no Equador (janeiro de 2023), uma no Chile (março de 2023) e uma no Canadá (novembro de 2024), com uma morte associada à infecção nos Estados Unidos. A maioria dos casos está ligada ao contato com a criação de gado (40 casos, todos nos Estados Unidos) ou aves. A transmissão entre humanos não foi identificada em nenhum desses cenários.


É seguro consumir ovos e frango originários de áreas com surto em animais?


Carnes e ovos podem ser consumidos com segurança, desde que preparados adequadamente. O consumo de carne e ovos crus ou mal cozidos de áreas com surtos de gripe aviária é de alto risco e deve ser evitado. Da mesma forma, animais doentes ou que morreram inesperadamente não devem ser consumidos.


Como preparar carne e ovos com segurança?


A OMS recomenda seguir cinco orientações específicas:


mantenha o ambiente limpo;

separe alimentos crus dos cozidos;

longo tempo de cozimento;

manter alimentos em temperaturas seguras;

utilizar água e matérias-primas seguras.

É seguro beber leite de vacas infectadas?


Altas quantidades do vírus A(H5N1) foram encontradas no leite cru de rebanhos infectados. O consumo e manuseio do leite em meio à transmissão da doença está sendo investigado pela OMS. Produtos lácteos produzidos com leite seguindo rigorosos padrões de higiene devem ser considerados seguros para consumo. A OMS e a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) recomendam fortemente o consumo de leite pasteurizado, já que a pasteurização é um sistema eficaz contra o vírus e outros patógenos. Estudos da Food and Drug Administration (FDA) sobre pasteurização também mostraram resultados promissores. A OMS alerta, entretanto, que algumas amostras comerciais de leite pasteurizado nos Estados Unidos continham fragmentos de vírus. Desde que o leite contenha apenas fragmentos de vírus e não o vírus vivo ou em sua forma infecciosa, ele é considerado seguro para consumo. Para trabalhadores da indústria leiteira, atividades que envolvem o manuseio do leite de rebanhos infectados, como ordenhar vacas ou limpar a sala de ordenha, podem aumentar a chance de infecção. Portanto, esses profissionais devem seguir medidas preventivas recomendadas.


E quanto ao queijo e outros laticínios?


Laticínios feitos com leite pasteurizado e que seguem rigorosos padrões de higiene são considerados seguros para consumo. No caso do queijo de leite cru, a sobrevivência do vírus durante a produção está sendo investigada. Como precaução, a produção de queijo de leite cru em áreas com surtos não é recomendada.


A carne bovina foi afetada? É seguro consumir carne de animais afetados?


Não foram relatados casos de detecção em rebanhos de gado de corte. A OMS recomenda o cozimento completo da carne para reduzir a exposição a patógenos.


O que tem sido recomendado para prevenir ou controlar surtos de gripe aviária em animais?


Os países precisam ter um plano de contingência completo e atualizado para surtos. Recomendações específicas para esses planos podem ser obtidas de organizações como a Food and Drug Administration (FAO) e a Organização Mundial da Saúde Animal (WOAH). Equipes envolvidas na vigilância e na resposta à gripe animal devem ser treinadas para implementar esses planos em caso de emergência, além de receber recursos necessários para isso. Também é considerado fundamental que produtores de aves reforcem a biossegurança em suas instalações, evitando o contato entre aves domésticas e aves selvagens, inclusive por meio de água e ração. Ainda segundo a OMS, os produtores desempenham papel fundamental na detecção precoce da doença e precisam ser capazes de reconhecê-la e notificá-la às autoridades veterinárias, para que a gripe aviária possa ser descartada ou confirmada e medidas apropriadas sejam tomadas. A detecção precoce facilita uma resposta oportuna, ajudando assim a reduzir a propagação do vírus. Indivíduos ou famílias que criam aves para consumo pessoal também devem estar bem informados sobre como reconhecer uma ave infectada, quais medidas tomar e como se proteger adequadamente.


Gatos são afetados pela gripe aviária? Existe risco para humanos que criam gatos?


Os gatos são suscetíveis ao H5N1, incluindo os de estimação e também felinos selvagens, como tigres, leões e leopardos. Os fatores de risco para gatos incluem exposição a aves doentes ou mortas, o consumo de aves cruas infectadas ou a ingestão de leite cru. Gatos infectados podem desenvolver sintomas graves e morrer em razão da doença. Estudos sugerem que as pessoas podem transmitir o vírus da gripe sazonal aos gatos, mas o risco da transmissão, para humanos, através de gatos infectados é classificado como baixo. A OMS, entretanto, recomenda evitar o contato com animais doentes ou mortos e a prática de hábitos de higiene ao manusear animais de estimação.


Por que a vigilância animal e a detecção precoce de casos são importantes?


A vigilância adequada da presença de influenza aviária em animais, incluindo aves e mamíferos, fornece informações sobre quais subtipos de influenza estão em circulação. O processo também permite detectar a presença do vírus com caráter zoonótico mais acentuado, ou seja, possivelmente apresentando alterações genéticas que podem resultar em maior adaptabilidade à transmissão de humano para humano, o que é importante para a saúde pública. A detecção precoce torna possível ainda que os países implementem ações de resposta rápida para mitigar o risco de transmissão do vírus para humanos.

Agenda de depoimentos

Confira os principais depoimentos previstos: 

Dia 19/5 

Ibaneis Rocha - governador do Distrito Federal. Ele vai prestar depoimento como testemunha de defesa indicada pelo ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança Pública do DF Anderson Torres. Ibaneis foi afastado do cargo após os atos golpistas de 8 de janeiro e i investigado em inquérito aberto pelo STF.  Em março deste ano, a investigação contra o governador foi arquivada porque a PGR entendeu que não houve omissão dele.

General Marco Antônio Freire Gomes - comandante do Exército no governo de Jair Bolsonaro, o militar voltou-se contra Bolsonaro e, de acordo com as investigações, teria ameaçado dar voz de prisão ao ex-presidente.

Eder Lindsay Magalhães Balbino - dono de uma empresa de tecnologia da informação que teria ajudado o PL, partido de Bolsonaro, na produção de um estudo para alegar fraudes nas urnas eletrônicas;

Clebson Ferreira de Paula Vieira - servidor que trabalhou no Ministério da Justiça durante a gestão de Anderson Torres e teria presenciado a solicitação de relatórios de inteligência para embasar as operações da Polícia Rodoviária Federal (PRF) a fim de barrar o deslocamento de eleitores do Nordeste no segundo turno do pleito presidencial de 2022. 

Adiel Pereira Alcântara - ex-coordenador de inteligência da PRF.

Outros depoimentos que serão destaque: 

Dia 21/5

Tenente-brigadeiro do Ar Carlos de Almeida Baptista Júnior - Comandante da Força Aérea Brasileira (FAB) em 2022, que também desrespeitou as ordens de Bolsonaro.

Dia 23/5

Senador Hamilton Mourão (Republicanos-RS) -  o parlamentar foi indicado como testemunha de defesa de Bolsonaro, do ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) general Augusto Heleno, do general Braga Netto e do ex-ministro da Defesa Paulo Sérgio Nogueira.


Almirante Marcos Sampaio Olsen - atual comandante da Marinha, o militar foi arrolado pela defesa do almirante Almir Garnier, que chefiou a força durante o governo Bolsonaro e ficou fiel a Bolsonaro até o final do seu governo.

Dia 26/5 - Marcelo Queiroga - O ex-ministro da Saúde do governo Bolsonaro foi indicado como testemunha de defesa de Braga Netto.

Dia 29/5 - Paulo Guedes e Adolfo Sachsida - O ex-ministro da Economia e o ex-ministro de Minas e Energia de Bolsonaro vão depor na condição de testemunhas de Anderson Torres.

Dia 30/5 - Os senadores Ciro Nogueira (PP-PI), Espiridião Amim (PP-SC), Eduardo Girão (NOVO-CE), os deputados federais Sanderson (PL-RS) e Eduardo Pazuello, e o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, serão ouvidos como testemunhas de Bolsonaro.

No mesmo dia, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, também será ouvido como testemunha de defesa do ex-presidente.

Dia 2/6 - O senador Rogério Marinho prestará depoimento como testemunha de Braga Netto. 

Núcleo 1

Os oito réus compõem o chamado “núcleo crucial” do suposto golpe, o núcleo 1, e tiveram a denúncia aceita por unanimidade pela Primeira Turma do STF em 26 de março. São eles:


Jair Bolsonaro, ex-presidente da República;


Walter Braga Netto, general de Exército, ex-ministro e vice de Bolsonaro na chapa das eleições de 2022;


general Augusto Heleno, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional;


Alexandre Ramagem, ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin);


Anderson Torres, ex-ministro da Justiça e ex-secretário de segurança do Distrito Federal;


Almir Garnier, ex-comandante da Marinha;


Paulo Sérgio Nogueira, general do Exército e ex-ministro da Defesa;


Mauro Cid, delator e ex-ajudante de ordens de Bolsonaro.


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