Senador Mourão acaba de pedir o impeachment de Moraes. Ele subscreveu pedido de Flábio Bolsonaro.

O senador Mourão acaba de entregar ao presidente do Senado, David Alcolumbre, ofício de apoio ao pedido de impeachment do ministro Alexandre de Moraes, protocolado na quarta-feira pelo senador Flávio Bolsonaro.

Mourão assinou o ofício como senador e vice-líder da bancada dos Republicanos. Ele foi o primeiro parlamentar na Casa a apresentar projeto de Lei em defesa da Anistia (PL 5064/2023) aos presos no evento de 8 de janeiro.

O senador gaúcho refere-se ao caso do presidente Bolsonaro, "diante da constatação de reiterados e graves atentados ao Estado Democrático de Direito, que vêm sendo sistematicamente perpetrados em desfavor do ex-Presidente da República Jair Messias Bolsonaro, bem como de inúmeros cidadãos brasileiros". 

Mourão denuncia a "escalada preocupante de práticas autoritárias, caracterizadas por censura, perseguições de cunho político, violações às prerrogativas da advocacia e do Parlamento, violação de foro legal, cerceamento à liberdade de expressão e restrições à liberdade de expressão e uso indevido de instrumentos do Estado para cercear adversários ideológicos. Essas ações não se restringem ao ataque a uma liderança política legítima, mas configuram verdadeiras afrontas à democracia, à Constituição Federal e à soberania popular expressa nas urnas."

CLIQUE AQUI para ler o ofício.

Embaixada defende adiamento da supertarifa

Durante encontro com empresários do setor mineral, realizado no Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram), o encarregado de negócios da Embaixada dos Estados Unidos em Brasília, Gabriel Escobar, afirmou que, neste momento, a alternativa mais realista para evitar prejuízos ao Brasil seria conseguir postergar a entrada em vigor do tarifaço anunciado por Washington. 

Neste momento, o governo brasileiro também trabalha com a expectativa de ao menos conseguir um adiamento da medida.

Segundo a coluna do jornalista Valdo Cruz do g1, Escobar disse que o tempo para uma resposta é escasso porque não houve reabertura das negociações entre os dois governos. Por isso, afirmou que o mais prudente seria buscar a postergação da medida.

Ao ser questionado por representantes do setor mineral se o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, estaria disposto a adiar o início do tarifaço, Escobar respondeu que essa é uma visão dos diplomatas, mas declarou não saber se há essa disposição por parte da Casa Branca. 

Escobar, que atualmente é o principal representante da diplomacia norte-americana no Brasil — já que a embaixada está sem embaixador —, sugeriu ainda que o governo brasileiro poderia colocar à mesa de negociações o acesso dos EUA a minerais críticos e terras raras.

No entanto, nesta quinta-feira (24), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) declarou que não pretende entregar minerais críticos nem terras raras aos Estados Unidos. O Brasil possui reservas relevantes de ao menos quatro dos 51 minerais considerados prioritários para os EUA: cobre, lítio, silício e as chamadas terras raras, insumos estratégicos para a transição energética e a indústria de alta tecnologia.

Artigo, Ana Schaffert - Aqui dos EUA, minha admiração pelo discurso histórico de Filipe Martins no STF

Ana Schaffert

Como advogada representando Filipe Martins nos Estados Unidos, expresso minha profunda admiração pelo belíssimo depoimento prestado pelo meu cliente hoje, 24 de julho de 2025, no Brasil. Sua conduta exemplar, marcada por clareza, transparência e colaboração com as autoridades judiciais, reforça seu compromisso inabalável com a verdade. Parabenizo também o trabalho incansável dos colegas advogados no Brasil

 @JeffreyChiquini e 

@ricardofdh, que têm enfrentado um cenário extremamente desafiador, com ações de cerceamento de defesa e desrespeito às garantias fundamentais, lutando com determinação para buscar, na medida do possível, o devido processo legal em um caso de tamanha complexidade.


Filipe Martins tem sido alvo de medidas judiciais questionáveis, como a prisão preventiva de seis meses em 2024, fundamentada em uma viagem aos EUA que nunca ocorreu. Ele enfrenta restrições desproporcionais, incluindo uso de tornozeleira eletrônica, proibições de atividades políticas, limitações de circulação, censura a entrevistas e impedimentos ao uso de redes sociais, medidas que violam garantias constitucionais e normas internacionais de direitos humanos. A defesa apresentou provas robustas, como dados de geolocalização da Tim e Uber, que confirmam sua ausência em reuniões citadas na denúncia, além de depoimentos de figuras públicas que o isentam de envolvimento com a suposta “minuta do golpe”. Ainda assim, ele permanece sob medidas cautelares que restringem sua liberdade de expressão e locomoção.


O depoimento de hoje demonstra, de forma inequívoca, a inocência e a transparência de Filipe Martins. Se havia qualquer dúvida sobre a perseguição política que ele tem sofrido, essa dúvida termina hoje. Sua conduta no processo e as evidências apresentadas reforçam que as acusações contra ele carecem de fundamento e se inserem em um contexto de clara instrumentalização judicial.


Vaidade, Fundo Partidário e Omissão Estratégica: A Falência do PL como Instrumento de Defesa Institucional

Este artigo é do "Observatório para um Brasil Soberano"

O Brasil vive uma das mais graves crises institucionais desde a rede mocratização. Um ex-presidente impedido de falar. Empresários sendo monitorados. Parlamentares intimidados. A Constituição interpretada conforme a conveniência política do momento. O Estado de Direito, ou trora cláusula pétrea do pacto democrático, hoje opera sob suspensão seletiva — e a resposta do maior partido da oposição é uma guerra de hashtags, faixas com fotos de Trump e eventos para tiktoker. A legenda que deveria liderar a reação republicana virou animadora de picadeiro. 

O Partido Liberal dispõe da maior bancada do Congresso e de um dos maiores orçamentos partidários do país. Ainda assim, age como se sua missão fosse administrar likes. Enquanto o regime avança com medidas de exceção normalizadas, o PL permanece inerte, investindo em estética de campanha e estratégias de engajamento virtual. Como se emojis e curtidas fossem capazes de conter o avanço de um projeto de poder que, a essa altura, já não precisa mais de disfarces. 

O contraste com outras iniciativas é evidente. Santa Catarina reuniu 183 entidades empresariais em defesa do Estado de Direito. O PL, com toda sua estrutura, não mobilizou sequer uma federação. Não articulou nenhuma confederação. Não envolveu um único setor produtivo. Sua paralisia institucional não pode ser explicada apenas por incompetência — ela revela uma escolha deliberada: a de não incomodar, a de manter o espetáculo funcionando, desde que os holofotes continuem voltados para dentro do próprio partido. 

A pergunta é inevitável: para que serve esse partidão? Para administrar fundo? Para alimentar rede social? Ou apenas para gerir vaidades internas? A formalidade partidária virou ornamento. A estrutura virou palco. A militância virou audiência. E o debate político foi substituído por clipes de 15 segundos. 

O antipetismo automático virou muleta ideológica para quem não tem projeto. Sem densidade, sem articulação institucional e sem vocação estratégica, o PL perdeu a capacidade de exercer protagonismo. Sua pauta da soberania desapareceu. Seu compromisso com o país evaporou. O que restou foi um aparelho partidário decorativo, salvo por alguns nomes isolados que ainda não se renderam ao marketing como fim em si mesmo. 

Não fosse por esses poucos dissidentes internos, o PL já teria sido entregue por completo ao mesmo sistema que diz combater. Mas mesmo esses nomes, ao romperem a inércia, continuam enfrentando um aparato partidário que prefere a irrelevância estratégica à perda de controle interno