Este preso político foi agredido e torturado na Papuda

 A jornalista gaúcha Ana Maria Cemin revelou, hoje, que depois das denúncias de tortura sofridas pelo preso político Lucas Brasileiro, 29 anos, se tornarem públicas, ele foi removido da massa carcerária do Presídio Papuda e levado para a Penitenciária do Distrito Federal IV (DF IV), bloco 2, ala B, cela 03, onde estão os outros presos políticos. Isso aconteceu nesta segunda-feira, 17 de fevereiro, à tarde.

Lucas Brasileiro foi agredido e torturado na prisão.

Leia a reportagem de Ana Maria:

“Nós fizemos um trabalho de denúncia sobre essas agressões com a ajuda da defesa do meu filho, protocolamos na Defensoria Pública da União (DPU) e a imprensa noticiou. Estamos colhendo os frutos desse trabalho formiguinha: meu filho saiu do local onde ele estava em risco de vida. Eu sei que isso tudo terminará um dia (referindo-se às prisões injustas de pessoas inocentes) e espero poder dar informações para uma matéria diferente, só com alegrias”, diz o pai emocionado, que tem lutado desde a última semana de janeiro para que Lucas fosse levado para uma cela mais segura.

Noticiamos a denúncia de Evandro ainda em 24.1.2025, quando relatou sobre as agressões sofridas por Lucas no final do ano, quando ele foi transferido do Centro de Detenção Provisória (CDP) para a Penitenciária do Distrito Federal I (PDF I), onde ficou misturado com a massa carcerária.

“Na pequena distância de 600 metros entre um prédio e outro, todos os presos foram algemados e colocados num camburão, porém antes da porta do veículo ser fechada os policiais acionaram gás de pimenta. Quando a porta foi aberta, todos estavam praticamente desfalecidos dentro do camburão”, conta Evandro, destacando que o policial ainda zombou deles dizendo que “sabia o tempo certo para deixar eles sofrendo sem que o dano fosse maior“.

Lucas cumpre pena de 14 anos. Naquela tarde fez concurso público nos arredores da Praça dos Três Poderes. Ao findar, passou para ver a manifestação e foi surpreendido pelos ataques da polícia. Diante do ambiente de guerra (unilateral) da praça, se abrigou num prédio. 

É considerado um criminoso perigosíssimo pela PGR e STF. 

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