A *Aliança Pelotas* e todas as entidades que a compõem vêm a público expressar sua profunda indignação com a realização da Aula Inaugural da VI Turma Especial de Medicina Veterinária da Universidade Federal de Pelotas (UFPel), ocorrida no dia 22 de setembro, quando também foi aberta a XII Jornada Universitária em Defesa da Reforma Agrária, evento que adotou como tema a declaração “Defender a vida, combater o agronegócio”.
Consideramos inaceitável que uma instituição de ensino superior pública, custeada com verbas de toda a comunidade brasileira, use seu espaço para disseminar mensagens que demonizam e atacam diretamente um dos segmentos mais relevantes da economia: o agronegócio, que é parte essencial da vida de cada gaúcho e de cada brasileiro.
É o agronegócio que garante comida na mesa, que movimenta a economia, que gera empregos no campo e na cidade. Atacar o agronegócio é desrespeitar o esforço diário de milhares de produtores rurais, trabalhadores e empresas que sustentam e promovem o desenvolvimento da Região Sul, de Pelotas e o Brasil inteiro.
Seja pequeno, médio ou grande, o produtor rural cumpre uma missão nobre: cultivar, colher e alimentar famílias. É graças ao seu trabalho que o país cresce, que temos competitividade lá fora e que instituições públicas, como a própria universidade, continuam de portas abertas.
A Aliança Pelotas acredita no diálogo e na convivência de todos os modelos produtivos, da agricultura familiar ao grande agronegócio. Não aceitamos discursos que buscam criar divisões e transformar quem produz alimento em inimigo. O campo precisa ser valorizado, não demonizado.
Por isso, pedimos à Universidade Federal de Pelotas responsabilidade, equilíbrio e respeito ao princípio da neutralidade acadêmica. As universidades devem ser espaços de debate e pluralidade, que construam conhecimento e soluções para o futuro — não palcos para discursos que dividem e atacam setores fundamentais da nossa sociedade.
Pelotas/RS, 23 de setembro de 2025.
Aliança Pelotas