Artigo, especial, Alex Pipkin - O culto ao grande ilusionista e à ditadura do pensamento lulopetista

Alex Pipkin, PhD em Administração


O lulopetismo é a versão tropical da velha ilusão marxista. Eu sei, os que pensam reflexivamente sabem. O velho sempre “novo” sonho de um mundo igual que, em todos os lugares e tempos, termina igualmente em ruína. 

Suas ideias brotam das raízes mofadas da “igualdade” e da “justiça social”, utopias que soam virtuosas, mas que, quando expostas à razão, revelam-se impossibilidades lógicas. Os seres humanos são desiguais por natureza, por capacidades, competências, necessidades, desejos e planos de vida. Pretender nivelá-los é uma forma refinada de negar a própria condição humana. Ainda assim, o PT insiste em restaurar esse delírio de laboratório, convencido de que pode reescrever as leis da realidade pela força da retórica, da tributação e do ressentimento.

A “igualdade” petista é, em essência, a negação do indivíduo. Nivelar por baixo rumo à pobreza eterna, sufocar o mérito e punir quem trabalha, produz e ousa prosperar; eis o verdadeiro significado de sua justiça social. Não se trata de oferecer oportunidades, mas de confiscar resultados; de transformar a inveja em programa de governo e a mediocridade em tatuagem nacional. O esforço, antes celebrado como nobre, torna-se suspeito; a competência é vista com desconfiança e a prosperidade, com hostilidade. No universo lulopetista, o sucesso individual é tratado como afronta ao coletivo, e o fracasso, como sinal de pureza moral.

O resultado é conhecido e, a esta altura, mais do que previsível. Mais dependência, clientelismo e uma população mantida cativa por programas assistenciais contraproducentes que garantem votos, mas jamais dignidade. No lulopetismo, a pobreza não é um acidente; seguramente a “razão de ser”. A miséria não é um drama humano, é um projeto político efetivo. A perpetuação da escassez é o combustível da dominação; quanto mais precário o cidadão, mais útil ele se torna ao Estado salvador.

Mas o que há de mais trágico não é o desastre econômico, é o colapso mental, intelectual. O lulopetismo representa a mais acabada expressão da ditadura do pensamento único, onde o contraditório não é apenas indesejado, é um crime de heresia. A pluralidade é suprimida, a dúvida é punida, o debate é substituído pelo dogma. A razão cede lugar à fé política, e a reflexão crítica, à liturgia da adoração. O resultado é um país mentalmente domesticado, onde pensar fora da cartilha é um ato de subversão.

A recente entrevista de Gleisi Hoffmann, ministra das Relações Institucionais, é a prova empírica desse obscurantismo. Antes o “problema” era Campos Neto. Agora, ao criticar Gabriel Galípolo, presidente do Banco Central indicado pelo próprio Lula, por manter a Selic em 15%, Gleisi repete o velho mantra do populismo fantasiado de compaixão. O problema, claro, não está no Banco Central, mas na gastança sem freio, na incontinência fiscal e na crença infantil de que crescimento se decreta por vontade política. O governo que gasta o que não tem acusa o guardião da moeda de sabotar o país. É a farsa transformada em narrativa moral e o erro econômico vestido de “humanismo”.

Irresponsáveis, eles seguem a burlesca TMM - Teoria Monetária Moderna…

Nada disso surpreende. O lulopetismo não tolera o dissenso porque depende da fé cega. É uma seita política cuja liturgia gira em torno de um único altar, o do líder de barro. Luiz Inácio da Silva não é apenas o fundador do PT; é a sua mitologia viva. O operário que dizia falar pelo povo tornou-se o próprio Estado. Um personagem populista, mentiroso contumaz, despreparado, corrupto e antissemita que, à força da retórica e da vitimização, converteu-se em entidade sagrada. Nada acontece fora de sua sombra. Ninguém o contesta, ninguém o substitui, ninguém o questiona. Sua presença é o cimento que mantém coeso o partido vermelho, paralisando o país.

O lulopetismo é um ciclo sem catarse. Cada ato começa com promessas redentoras e termina em ruínas previsíveis. A fé substitui a razão, a ideologia suplanta a técnica, e o fracasso é celebrado como resistência. A única coisa que se renova é o pretexto, mas o desfecho, invariavelmente, é o mesmo. Para seus devotos, o problema nunca é o socialismo; é apenas que ele, “desta vez”, não foi bem implementado…

Assim seguem, convictos, cultivando o único ideal que de fato conseguiram realizar: o sonho do fracasso lulopetista — a única utopia que, ironicamente, deu certo. Lamentável.

STF nega embargos. Bolsonaro pode ir para a cadeia imediatamente.

 Por unanimidade, a Primeira Turma do STF, toda ela integrada por inimigos pessoais e políticos do ex-presidente Bolsonaro, decidiu nesta sexta-feira manter a condenação de a 27 anos e três meses de prisão dele e  de mais seis réus na ação penal do Núcleo 1 da trama golpista.

Trata-se de um julgamento político. O senador Flávio Bolsonaro, ontem, depois da decisão, reafirmou o caráter ilegal, autoritário, político e vingativo, com ênfase para a ação do ministro Alexndre de Mores.

Por 4 votos a 0, os ministros do colegiado rejeitaram os chamados embargos de declaração, recursos protocolados pelas defesas para tentar reverter as condenações e evitar a execução das penas em regime fechado.

O placar desfavorável não levará o ex-presidente e seus aliados para a prisão imediatamente.

De acordo com a legislação vigente, que precisa ser seguida pela defesa, mas não pelos julgadores, que se consideram vítimas, promotores, chefes de polícia, juizes e chefes de cárceres, Bolsonaro e outros réus não têm direito a um novo recurso, que seria um agravo infringente (o STF só aceitas infringentes quando há pelo menos dois votos discordantes nos julgamentos). 

A prisão dos acusados só será decretada após o ministro Alexandre de Moraes, relator do caso, declarar o trânsito em julgado da ação penal, ou seja, o fim do processo e da possibilidade de recorrer. Não há prazo para a decisão, mas ela pode ocorrer atualmente.

Prisão

Atualmente, o ex-presidente está em prisão cautelar em função das investigações do inquérito sobre o tarifaço dos Estados Unidos contra o Brasil.

Se prisão for decretada por Moraes, o ex-presidente iniciará o cumprimento da pena definitiva pela ação penal do golpe no presídio da Papuda, em Brasília, ou em uma sala especial na Polícia Federal.

Os demais condenados são militares e delegados da Polícia Federal e poderão cumprir as penas em quartéis das Forças Armadas ou em alas especiais da própria Papuda.

Condenados

Além de Bolsonaro, também tiveram os recursos negados o ex-ministro e candidato a vice-presidente na chapa de 2022, Walter Braga Netto;  Almir Garnier, ex-comandante da Marinha; Anderson Torres, ex-ministro da Justiça e ex-secretário de segurança do Distrito Federal; Augusto Heleno, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI); Paulo Sérgio Nogueira, ex-ministro da Defesa e Alexandre Ramagem, ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin).

Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, assinou delação premiada durante as investigações e não recorreu da condenação. Ele já cumpre a pena em regime aberto e retirou a tornozeleira eletrôni

msn

Fábio Pannunzio revelou que, durante o período em que trabalhou como repórter na TV Globo, entre 1986 e 1991, a emissora proibia gravações em favelas e evitava mostrar cenas que retratassem a pobreza no país. Em entrevista ao podcast Cultiva Cast, do Instituto Cultiva, o jornalista contou que a direção de jornalismo também exigia que os profissionais disfarçassem seus sotaques regionais para manter um padrão considerado “neutro”.


“A Rede Globo, apesar de todos os erros que cometeu, melhorou muito sua cobertura ao longo dos anos”, afirmou Pannunzio. “Mas, quando eu era repórter lá, a gente não podia filmar favelas. Era proibido pela direção de jornalismo, porque era visto como algo feio, que mostrava pobreza”, relembrou.


Ele explicou ainda que havia uma política interna que dificultava a presença de jornalistas com sotaques marcantes. “A emissora lotava as redações de pessoas com sotaque neutro, porque não aceitava o sotaque nordestino. Era uma postura xenófoba”, disse.


Pannunzio mencionou também a atuação de Glorinha Beuttenmüller (1925–2024), profissional responsável por treinar repórteres e apresentadores para eliminar traços regionais da fala.


Apesar das mudanças editoriais ocorridas nos últimos anos, o jornalista criticou a permanência de estruturas de poder concentradas nas mesmas famílias dentro da emissora. “Hoje, as posições de comando na Globo estão nas mãos dos filhos de grandes jornalistas da casa. É uma verdadeira ‘filhocracia’ na mídia corporativa”, afirmou, citando os sobrenomes Leitão e Marinho como exemplos.